𝟎𝟎𝟗 - 𝐀𝐒𝐂𝐄𝐍𝐂𝐀𝐎 𝐃𝐄 𝐔𝐌𝐀 𝐑𝐀𝐈𝐍𝐇𝐀
"E eu só quero ver se você sente o mesmo que eu.
Você já ficou um pouco cansado da vida?
Como se você não estivesse realmente feliz, mas não quisesse morrer.
Como se você estivesse por um fio, mas precisa sobreviver
Porque você tem que sobreviver!" — Numb Little Bug
(Itálico em grandes cenas significa Flashback!)
Heyoon não teve tempo para pensar, foi levada para outra sala pela milícia, não dando tempo nem de olhar para Chishiya que pela primeira vez parecia perdido no tempo.
Aguni colocou a destra sobre o ombro da coreana a guiando a outra sala, onde dariam início a cerimônia de líder.
A garota respirava de modo ofegante como se seu pulmão estivesse apertado precisando de ar, ela sentia no fundo de sua mente a voz do chapeleiro sussurrando como se fosse seu subconsciente. Mate todos eles! Ele gritava exigindo que sua ordem fosse cumprida. Lee Heyoon iria enlouquecer isso se já não estivesse louca, afinal conversar com mortos não era algo muito bem visto.
Eles adentraram na sala, apenas as pessoas do alto calão estavam presentes, os melhores jogadores. Aguni ainda man
tinha as mãos no ombro da coreana, como uma espécie de controle. Ele pensava que tinha algum controle sobre ela após a morte do chapeleiro.
Heyoon não era um cachorro na coleira e logo ele descobriria isso.
A cerimônia logo começou tediosa como sempre foi, palavras mentirosas eram ditas enquanto um envelope era colocado na frente da garota. Uma carta, escrita e autenticada pelo chapeleiro. Ela quis chorar ali mesmo.
Suas mãos tremiam conforme ela abria o envelope e puxava a pequena carta para ler seu conteúdo.
Minha querida raposa.
Estou confiando em você para seguir o meu legado como chapeleiro, claro que nesse momento eu devo estar ao seu lado lendo minhas próprias palavras. Porém quis escrever para deixar registrado a sua cara de surpresa!
Acredito que seja a hora de finalmente descansar, então eu vou beber muito e aproveitar a praia enquanto você cuidar da burocracia e da milícia.
Eu confio que você será uma grande líder e saberá guiar todos para fora desse mundo terrível!
Com muita loucura e diversão
Chapeleiro.
Seus lábios tremeram ao terminar de ler a carta, ela engoliu seco com dificuldade tentando assimilar o conteúdo daquele papel, chapeleiro sempre quis ela como sucessora, mas... como... ele já não estava são a muito tempo, Heyoon tentou respirar mas naquele momento pareceu difícil com todos naquele sala a encarando com curiosidade.
— Realmente a sua cara é impagável! — novamente a figura de Chapeleiro foi personificada no canto da sala com um sorriso radiante — Você vai cuidar da milícia para mim não vai?
O ódio se fez presente nos olhos de Heyoon que guardou a carta novamente no envelope e olhou para Aguni dando o sinal para continuar a cerimônia.
Logo um envelope preto foi colocado sob a mesa e a burocracia estúpida havia começado novamente, a senha foi mostrada para Heyoon que guardou o papel no envelope e lacrou como chapeleiro havia feito em sua ascensão.
Ela passou o envelope para os membros presentes que a contragosto deixaram suas assinaturas.
— Agora que acabou... posso ir para meu novo quarto? — questionou bocejando de pura exaustão.
Niragi sorriu discordando com a cabeça.
— Nada disso Alice, vamos te apresentar como nova líder para seus seguidores! — desdenhou fazendo a garota revirar os olhos.
— Ótimo, eu vou me trocar — disse se levantando para se retirar da sala.
Niragi se levantou rapidamente alcançado o pulso da garota e o segurou com firmeza.
— Não sem uma escolta! — ele sorriu passando a língua pelos lábios. Um ato que deixou Heyoon enojada — não podemos deixar nossa querida líder sem proteção, viu o que aconteceu como chapeleiro quando ficou sozinho?
Ela sorriu também com a sua implícita ameaça e se aproximou perigosamente do japonês.
— Se me seguir, vou te esfaquear até conseguir arrancar sua artéria carótida! — ameaçou em bom som fazendo o rapaz ranger os dentes.
— SUA!
— Deixe ela ir Niragi! — o chefe da milícia ordenou.
O rapaz mesmo a contragosto soltou a morena de mechas avermelhadas que se retirou da pequena sala depressa querendo apenas um momento tranquilo consigo mesma.
Ela seguiu para o quarto do chapeleiro, agora seu, encostou na parede do cômodo vazio, conseguindo finalmente ouvir seus próprios pensamentos.
Seu plano era muito simples, mandaria a milícia para o próximo jogo e se certificaria de suas mortes naquela mesma noite, era algo simples, um empurrãozinho ali, outra intriga aqui. No fim todos estariam mortos por não confiar uns nos outros.
— Sinto que nesta noite tudo está ao nosso favor raposinha! — a voz de chapeleiro chamou atenção da garota que o encarou sentado em sua cama.
— Preciso ficar em paz! — exclamou exausta caminhando até o banheiro.
— Você não vai ter paz até que elimine todos eles, sabe disso não sabe? — sua voz causou arrepios em suas costas — você sempre soube que não devia confiar em ninguém...
— Se você tivesse me escutado... — lamentou angustiada — você não estaria morto.
— E eu estou Alice?
Ela piscou desconexa sentindo outro arrepio pelo seu corpo.
— Chapeleiro? — o chamou novamente perdida entre o real e o país das maravilhas.
A coreana olhou em volta do banheiro vendo que agora estava totalmente sozinha, ela respirou fundo tirando suas roupas e adentrando na banheira com água quente esperando tirar o frio que aquele cômodo dava e finalmente relaxar por alguns segundos.
Mas novamente sua mente a levava as lembranças passadas, de meses atrás onde a desgraça não ocorreu, onde Chapeleiro a ensinava toda burocracia chata e o Aguni a treinava para ser a melhor.
Quando era só os três, todos amigos.
Heyoon sentiu seu corpo doer pelo impacto de ser jogada no chão novamente, ela respirou fundo apoiando suas mãos no chão para se levantar novamente. Mesmo que seu corpo doesse ela não poderia desistir.
— Tente de novo — Aguni ordenou quando a viu de pé novamente, sua destra estava massageando a costela que possivelmente estivesse quebrada pelo treinamento pesado com o militar.
— Aguni... — choramingou.
— Não fique aí choramingando, tente de novo!
Ela se colocou em posição de luta novamente se preparando para o combate, o militar se aproximou depressa a fazendo desviar por baixo de seus golpes brutos. A coreana usou sua perna direita para dar um chute lateral em Aguni que prontamente segurou sua perna e a jogou contra o chão.
Novamente Heyoon puxou o ar depressa para seus pulmões sentindo uma dor aguda pelo seu corpo.
— De novo!
— Pegue leve com ela Aguni! — a voz de chapeleiro chamou atenção dos dois lutadores — Não quebre a minha jogadora favorita.
Heyoon conseguiu enfim respirar fundo apoiando seus cotovelos no chão na tentativa de se levantar.
— Ela deveria treinar mais se quiser continuar sendo uma jogadora — ele desdenhou.
— Ei! Isso foi maldoso — resmungou saindo do tapete de luta e indo para o lado de chapeleiro.
Chapeleiro diferente de Aguni sempre a protegia, se pudesse a deixaria protegida em seu hotel.
— Vamos lá criança! Vou te ensinar a ser uma grande líder — o chapeleiro a chamou a guiando para fora do campo de treinamento deles.
— Amanhã no mesmo horário! — Aguni informou cruzando os braços vendo os dois saindo rapidamente.
Heyoon sentou em uma das poltronas da sala do chapeleiro aceitando o copo de Whisky que ele a entregou.
— Quando iremos abrir este hotel? — ela questionou o observando com atenção.
— Em breve pequena — prometeu — esse lugar será nossa saída daqui!
Heyoon sorriu, mesmo num mundo daquele onde poderia morrer a qualquer momento, ali ela se sentia imensamente feliz.
Lee Heyoon foi guiada pela milícia para o segundo andar onde Chapeleiro costumava fazer seus discursos para o povo da praia. Ela estava vestida com as típicas roupas do chapeleiro, seu roupão de praia das cores quentes de verão e um biquíni preto básico.
Ela parou no topo da sacada encarando a multidão se divertindo distraidamente, eram todos tão tolos.
— AI! EU QUERO O SILÊNCIO DE TODOS! — Niragi gritou atirando com sua metralhadora para o alto assustando os moradores — Temos um comunicado a fazer, o chapeleiro não está mais entre nós! A nova líder será a Lee Heyoon.
Os murmúrios começaram rapidamente entre os moradores, Heyoon desviou seu olhar da multidão por algum motivo olhando para o alto na sacada do terceiro andar, captando por um momento Chishiya observando tudo de longe.
Ela semicerrou os olhos sentindo a desconfiança crescer dentro de si, eles iriam atrair e seria naquela noite.
— Parece que o chapeleiro fracassou no jogo e não conseguiu voltar, em uma votação entre os membros executivos, foi decidido que Heyoon será a nova número um.
O japonês lhe deu um pequeno empurrão para começar a falar, ela o encarou por um segundo antes de respirar fundo e dar um passo à frente.
— Eu imagino que Niragi já explicou bem os acontecimentos recentes, não tenho como dar muitos detalhes... porém prometo manter todos seguros e protegidos, vamos nos manter unidos para encontrar o dez de copas e finalmente sair deste lugar infernal... obrigada!
A tensão que antes existia se dissipou rapidamente com uma salva de palmas para a nova líder Heyoon.
Todos que antes estavam aflitos com a decisão agora comemoravam, já que a herdeira do chapeleiro havia assumido o seu lugar.
— Problemas no quarto do chapeleiro! — Niragi sussurrou para Aguni que prontamente concordou e puxou Heyoon pelo braço a guiando pelos corredores.
— Me solta! — ordenou rude puxando seu braço de volta — O que houve?
— Traidores princesa! — Niragi disse contente — Vamos dar um jeito neles! A sua ordens é claro.
Heyoon respirou fundo temendo ser o que estava pensando, não Chishiya não seria tão idiota assim... não, não... ele era uma raposa afinal. Ardilosa e traidora assim como ela.
Eles caminharam depressa seguindo para o novo quarto de Heyoon para pegar o flagrante. Assim que chegaram em frente a sala conseguiram ver Chishiya esperando eles com um sorriso vitorioso em seu rosto.
— Ele está lá dentro, e a Usagi está no próximo corredor à direita — ele entregou a garota olhando em direção a Heyoon que semicerrou os olhos sentindo algo errado.
— Peguem ela — ela deu a ordem para a dois membros da milícia que saiu atrás da garota.
A coreana olhou uma última vez para Chishiya antes de adentrar em seu novo quarto encontrando Arisu tentando abrir o cofre.
— Você veio na maior cara de pau! — Niragi falou anunciando a presença de todos no ambiente, assustando Arisu.
Logo em seguida Chishiya entrou no quarto deixando o moreno incrédulo com sua traição.
— Por quê? — ele questionou magoado.
Usagi foi arrastada para o centro da sala aos gritos e se debatendo para sair das mãos dos milicianos.
— ME LARGUEM! — ela implorou tentando se soltar.
Arisu arregalou seus olhos vendo a garota daquela forma e se levantou rapidamente na esperança de alcançá-la.
— Usagi!
Porém Heyoon foi rápida em acertar um soco certeiro que fez o garoto cair atordoado no chão.
— Gritar Usagi não vai adiantar, idiota! — o miliciano exclamou contente começando a espancar o rapaz que já estava caído.
Heyoon revirou seus olhos e novamente encarou o loiro no canto da sala, que assistia a cena que se seguia com tranquilidade, como se tudo fosse conforme seus planos. A coreana sentiu novamente o amargo da traição queimar sua garganta formando uma bolo no local lhe dando ânsia, ela sabia o que ele estava fazendo.
Atuando em um de seus melhores papéis por tanto tempo, se disfarçando de um homem apaixonado para chegar até esse momento.
Ela semicerrou os lábios sentindo seu estômago queimar em pura ânsia de vômito, queria Chapeleiro para lhe aconselhar agora.
— Você me salvou, Chishiya! — ela agradeceu com um sorriso diabolicamente doce se aproximando do rapaz perigosamente — o que eu posso fazer por você?
— Tranquilo — ele jogou os ombros — é o meu trabalho, eu também quero proteger você!
Ela piscou desconexa afetada por aquelas palavras falsas relutantemente se afastando do loiro.
— Ele está mentindo, você sabe disso! — chapeleiro apareceu novamente ao seu lado — você sempre soube que eles estavam te enganando não?
Ela respirou fundo voltando sua atenção para Arisu que ainda apanhava.
— Já chega Niragi! Ou vai sujar o meu quarto — disse alto atraindo a atenção do moreno.
— Caramba... olha só Heyoon, ele já está com sono! — Zombou vendo o rapaz desmaiado.
— Tirem ele daqui — ela mandou revirando os olhos com a bagunça feita no quarto do chapeleiro — livre-se deles!
— Com prazer! — Niragi lambeu os lábios ansiosos arrastando os dois para fora do ambiente.
Heyoon ficou em silêncio observando a cena que se protagoniza em sua frente ouvindo os gritos histéricos de Usagi sem poder fazer nada. Infelizmente algumas pessoas têm que pagar pelos erros das outras.
— Se precisar de mim é só me chamar! — Chishiya garantiu enquanto Heyoon o observava saindo da sala junto a milícia.
Ela sabia que Chishiya estava tramando algo, o conhecia bem porque eles eram iguais. Sempre foram assim, traiçoeiros e nada confiáveis.
Que lamentável era entregar seu coração a dois traidores.
— Qual é a regra mais importante da praia Raposinha? — Chapeleiro questionou sentado em sua cama.
Ela sentiu sua boca seca e a ânsia para vomitar novamente, porém engoliu suas frustrações e respondeu.
— Morte aos traidores!
Kuina respirou fundo angustiada encostada na parede esperando as ordens de Chishiya. Ela queria desistir de tudo e correr para os braços de Heyoon.
Porém em algo Chishiya estava certo, Heyoon iria descobrir sua traição e nunca a perdoaria. De qualquer jeito, todos iriam sair perdendo.
— Já estou ficando de saco cheio disso! — ela reclamou pelo rádio, já estava naquela mesma posição a horas.
— Então vamos seguir com nosso plano? — o loiro questionou através do pequeno rádio de contato — Eu ainda não sei se o Arisu é esperto ou burro, como ele acreditou que as estariam em um cofre comum?
A japonesa suspirou sentindo seus olhos arderem, a traição parecia a cortar em dois, como Chishiya poderia estar tão frio quanto isso?
— Como ela está? — perguntou receosa com a resposta que veria — não vejo ela desde ontem...
Ela conseguiu escutar o suspiro de Chishiya através da ligação, ele pareceu receoso pela primeira vez durante aquele plano.
— Ela parece bem na maioria do tempo... — ele parou por um segundo pensando em suas próximas palavras — mas parece perdida, acho que a morte do chapeleiro a chocou mais do que a gente esperava.
Kuina mordeu os lábios sentindo a ansiedade tomar conta de seu corpo, aquilo era errado, depois de tudo. Das juras de amor, dos beijos e segredos compartilhados.
— Não podemos deixar ela aqui nesse inferno, vão matá-la quando ver que as cartas sumiram!
— Não podemos jogá-la pelo ombro e trazê-la a força Kuina, sabe que Heyoon não faz nada que não quer
Chishiya naquele momento desligou o rádio adentrando no quarto vazio do líder, não queria dar ouvidos ao sentimentalismo de Kuina, afinal tudo o que estava fazendo era para a sobrevivência deles.
Claro que havia um incômodo em seu peito por todo aquele plano, por usar a fragilidade emocional de Heyoon ao seu favor, porém era tudo necessário para sair daquele lugar.
Ele olhou para o quadro horroroso de um cervo, tudo indicava que as cartas estariam ali. Com cuidado ele retirou o quadro revelando um segundo cofre, novamente sua intuição estava correta.
O loiro digitou a mesma senha que havia indicado para Arisu e o compartimento de metal abriu rapidamente revelando uma pequena caixa dentro dele. Pela primeira vez naquele dia Chishiya sorriu verdadeiramente sentindo a vitória em suas mãos.
Depressa ele apanhou a caixa e a abriu sentindo toda sua animação ir embora na mesma hora, pois a caixa metálica estava vazia.
— Procurando por isso? — a voz fria de Heyoon se fez presente na sala, Chishiya se virou observando a coreana sair da escuridão do quarto com as cartas em mãos — eu sempre disse que sabia onde as cartas estavam Chishiya — ela se aproximou dele devagar — sempre estiveram comigo.
O loiro colocou as mãos para dentro de seu casaco branco encarando a raiva nos olhos amendoados de Yoon.
— Chapeleiro confiava tanto assim em você? — questionou ainda com a frieza que feriu o coração da morena.
— Eu confio raposinha, mas pelo visto ele não confia em você! — a voz de chapeleiro se fez presente novamente em sua mente.
Ela piscou desconexa, oscilando novamente entre o real e sua imaginação.
— Claro que sim, ele criou a melhor jogadora da praia afinal! — ela sorriu um pouco — Eu sabia o que você queria assim que chegou na praia Chishiya.
— E no entanto você não me entregou em nenhum minuto! — falou passou a destra no rosto de Yoon como um doce carinho.
— Eu não o fiz, mas nada me impede de fazê-lo agora — declarou tirando a adaga de dentro de seu roupão e apertando a arma branca contra o pescoço do loiro.
Chishiya sorriu com a ousadia da nova líder da praia.
— Você pode fazer isso ou fugir comigo e com a Kuina para longe daqui!
Ela riu incrédula com a proposta que ele teve a ousadia de fazer.
— Um pouco tarde para me incluírem nesse planinho de vocês não acha? — questionou amargurada, havia sido traída pelos seus amantes — isso foi apenas um jogo para vocês?
— Não! — ele negou de imediato.
— Eu amava você! — declarou sentindo sua garganta fechar — eu amava ela!
Chishiya ficou em silêncio naquele momento, absorvendo as palavras que tinha acabado de escutar. Ele respirou fundo sentindo o metal da lâmina afiada em seu pescoço.
Por muitos anos de sua vida, ele nunca soube o que era amor ou como era amar. Nunca sentiu empatia ou preocupação por ninguém, além delas aquelas duas garotas conseguiram despertar nele sentimentos estranhos. Agora, por exemplo seu coração parecia que iria explodir e isso era cientificamente impossível, mas era incrível como apenas três palavras pareciam mexer com todo seu corpo e mente.
— Então venha comigo! — pediu novamente — não precisamos das cartas apenas de você.
As palavras saíram com rapidez que ele nem ao menos deve como entender o peso delas no momento, sempre achou que estava atrás das cartas do chapeleiro. Mas queria apenas os olhos de Heyoon e Kuina sobre ele.
Ela riu se afastando dele sentindo as lágrimas acumularem no canto dos olhos novamente.
— Saía — ordenou — sai daqui agora!
Então ela o observou partindo da sala a deixando sozinha com seus sentimentos conflituosos e uma mente quebrada perturbada por um morto.
Heyoon passou as horas seguintes no antigo quarto do chapeleiro com as cartas em mãos, se lembrava muito bem quando deu a ideia de ficar com elas. Era um plano perfeito para caso a milícia tentasse tomar o controle da praia.
— Você vai ficar aí? Parada como se estivesse morta? — Chapeleiro a questionou — achei que tinha planos...
Ela revirou os olhos encarando todos da sacada de seu quarto, festejavam sem se preocupar com nada.
— Nós sabemos que só tem um morto neste quarto e não sou eu — ela o encarou de solário.
O ex -líder levou a mão em seu coração como se estivesse ofendido.
— Assim você me mágoa Yoon!
A coreana sorriu um pouco, porém se desfez rapidamente ao ver uma espécie de cela a laser ser posicionada por volta do hotel depressa.
— Não pode ser...
— Agradecemos a estadia no paraíso litorâneo Tóquio — a voz robótica soou por todo o hotel — como sinal de gratidão daremos início a um jogo para todos os hóspedes do hotel.
Lee Heyoon sentiu um arrepio por seu corpo, a adrenalina novamente em contato com sua pele.
— É a porra do dez de copas! — exclamou animada guardando a adaga e as cartas entre as vestes.
— Você sabe o que fazer Heyoon... está tudo planejado — Chapeleiro sussurrou em seu ouvido a fazendo balançar a cabeça em concordância — Vamos dar a todos traidores o que eles merecem!
Com esse pensamento em mente ela saiu de seu quarto seguindo para o salão principal onde estavam todos.
— Todos os jogadores devem se reunir no saguão — a voz da instrutora surgiu pelo hotel alarmando todos os moradores.
Heyoon apanhou um celular e se afastou de todos os observando atentamente de longe, conseguindo enxergar Chishiya e Kuina lado a lado também esperando para ver qual seria o jogo.
Os moradores seguiam espantados ao ver o corpo de Momoka assassinado no saguão.
JOGO: CAÇA A BRUXA
"A bruxa má que matou a garota se esconde entre vocês."
Os jogadores se entreolharam aflitos.
"O papel de bruxa não se restringe às mulheres, zero o jogo encontrando a bruxa e queimando na fogueira do julgamento!"
TEMPO LIMITE: DUAS HORAS.
A fogueira estava acesa no pátio e todos agora se encaravam com medo do que poderia vim a seguir.
— Você já sabe o que fazer Heyoon... — Chapeleiro colocou as mãos sobre o ombro da garota — essa é a sua vez de brincar com o coração deles.
Era o fim de todos dentro daquele maldito hotel.
JOGO INICIADO!
— TUDO BEM? EU DEMOREI MAS VOLTEI!!!
— Confesso que esee capítulo foi difícil, mostrar toda confusão que Heyoon está passando é complicado porque Chapeleiro está mexendo com ela.
— A declaração de Chishiya e Heyoon???? Tô apaixonada!!!
— No próximo capítulo vocês vão ver uma Yoon completamente insana! Eu confesso que estou ansiosa para escrever ela matando e se vingando de seus amantes!!!!
— Ela pode amar muito eles, porém ela guarda rancor viu bicho!!
— Eu espero que vocês tenham gostado! Fiquei um tempo sem escrever essa fanfic então posso ter perdido o jeito com os personagens!
— Porém me esforcei <3
— Até a próxima jogadores!
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