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ೋ°|𝗖𝗵𝗮𝗽𝘁𝗲𝗿 𝟐𝟗

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Parou o carro na frente de casa e encostou o rosto no volante, tentando concentrar sua respiração, enquanto Castiel respeitava seu tempo.

Respirou fundo e depois o soltou, se sentindo mais calma. Olhou para o seu companheiro de quatro patas e depois sorriu levemente, escondendo sua feição abatida de segundos atrás.

– Vamos entrar, temos só algumas horinhas pra descansar. – Ela saiu do carro e o arrodiou, abriu a porta do passageiro para que Castiel pudesse sair e depois seguiram em silêncio até a entrada da casa.

Pegou a mochila que seu conselheiro carregava nas costas e acariciou a cabeça dele, que lambeu sua mão, como um carinho.

A azulada abriu a porta e suspirou relaxada, sentindo o cheiro de lar que aquela casa emanava. Subiu as escadas com Castiel em seu encalço e apreciou o silêncio, obviamente seu pai e Min-ki já estavam dormindo, faltava algum tempo pra amanhecer ainda.

Abriu a porta do quarto de seu irmão e quase riu, vendo que ele estava dormindo sentado em sua mesa de estudos, na frente do computador ainda ligado, com a cabeça deitada em um livro aberto.

Largou a mochila e entrou no quarto, desligou o computador e depois pegou seu irmãozinho no colo, ele cresceu tanto, não era mais aquele bebêzinho chorão que cabia perfeitamente em seus braços.

O deitou na cama e o cobriu, deixando um beijo na testa dele acariciando seus fios azulados, iguais aos seus, algo que não faria com o pirralho acordado, graças a implicância de irmãos.

O observou por alguns segundos e sorriu, se ele soubesse o quanto o amava.

Se virou e fechou a porta ao sair, andou até seu quarto, vendo que Castiel não estava a esperando pra dormir. Tão impaciente.

Mas quando deu o primeiro passo, escutou um som estranho vindo no final do corredor, um som de alguém tossindo. Franziu a testa, mas deu de ombros, soltando um bocejo, tinha que aproveitar o resto de tempo que tinha pra dormir, sairia bem cedo.

Mas desistiu quando o som de alguém tossindo persistiu e estranhou, vinha do quarto de seu pai. Seu corpo se arrepiou quando a sensação de preocupação surgiu em instantes.

Se aproximou em passos apressados e silenciosos, abrindo aporta devagar. Espiou pela fresta e viu que a cama estava baguncada, mas não tinha ninguém nela, abriu mais a porta e entrou, tendo apenas a claridade do banheiro como fonte de luz no cômodo.

Se aproximou, escutando mais tossidos e estremeceu, vendo seu pai na frente da pia, com a mão sob a boca. Mas o pior de tudo veio depois, quando através do reflexo do espelho, viu a mão dele suja de sangue quando o tirou de sua boca, logo depois ligou a torneira a limpando como se isso fosse algo comum, mas ainda sim, com uma feição cansada.

– P-Pai... – Min-ji murmurou com a voz fraca.

Hyun se assustou e rapidamente a olhou pelo reflexo do espelho, vendo a mais nova na frente da porta do banheiro, assustada, e com a atenção em suas mãos, onde a água vermelha ainda descia pelo ralo da pia.

– Min-ji. – Engoliu em seco, ainda sentindo o gosto metálico em sua boca – Minha filha...

– O que é isso? – Perguntou baixinho apontando para suas mãos – O que está acontecendo?

– Não é nada, não se preocupe...

– Como não é nada?! – Se exaltou, mas logo depois se auto reprepreendeu, com seu corpo inquieto e o olhou ainda indignada com a calma que ele fazia – Você estava tossindo sangue. Sangue.

– Filha, vamos conversar. – Ele se aproximou, mas ela deu um passo para trás – Min-ji, se acalma...

– Como você me pede calma?! Como eu posso me acalmar vendo você tossir sangue bem na minha frente?! Você está doente! – Ela exclamou em um sussurro, indignada.

– Filha. – Hyun a chamou outra vez, com a voz firme, fazendo do a azulada parar de falar – Venha, sente-se comigo.

– Pai. – Seus lábios tremeram, quando ele a segurou pelas mãos e levou até a cama, onde se sentaram um ao lado do outro – M-Me explica... o que está acontecendo com você?

Hyun encarou os olhos púrpuras marejados e suspirou, escondendo a dor que sentia em seu corpo. Ao mesmo tempo em que estava torcendo para que a crise de tosse não voltasse e não fizesse toda aquela cena na frente de sua filha outra vez.

Segurou as mãos dela que estava trêmulas e deu-lhe um sorriso triste.

– A mais ou menos três anos, venho sentindo coisas entranhas, dores no corpo sem sentido. – Diz, vendo a garota escutar tudo em silêncio – Fiz alguns exames, mas não era nada grave, passei todo esse tempo tomando alguns remédios e... por um curto período, pensei que tinha sido o suficiente.

– Mas... então, por que...? – Min-ji perguntou com a voz rouca e olhou de relance para o banheiro.

– Há dois meses, tudo piorou, as dores no corpo voltaram e vieram mais fortes, além das dores de cabeça e a tosse... os remédios me ajudaram a disfarçar, mas... – Ele abaixou o olhar, quando escutou o soluço dela – Os médicos não sabem dizer o que é exatamente, fiz alguns tratamentos, mas não adiantaram de nada.

– Não...

Ela soluçou mais uma vez, deixando as lágrimas molharem seu rosto. Hyun a puxou para um abraço, segurando a vontade de desabar junto com a mais nova.

Min-ji sentia seu coração se despedaçar, e doía como o inferno. Os sintomas, não conseguia acreditar nisso, se recusava a acreditar, mas eram os mesmos de sua mãe. As dores, a hemorragia, tudo igual.

O abraçou com mais firmeza, sentindo o seu cheiro, o aroma de segurança e amor que qualquer filho devia sentir com seu pai. Suas lágrimas já molhavam a camisa dele, mas não se importava, não conseguia parar de chorar, e nem queria desgrudar de seu aperto.

– Por que você não me contou, pai? – Perguntou, com o rosto enfiado no peito dele.

– Não queria te deixar preocupada. Olha só como isso te deixou, minha filha?

– É claro que estou preocupada, você está d-doente... igual a mamãe! – Min-ji diz com a voz abafada e soltou outro soluço – Você não pode me deixar, não quero passar por isso denovo. Não pode deixar a mim e o Min-ki... ele não pode sentir isso também... não pode.

– Eu não vou deixar vocês dois sozinhos. – Suspirou com os olhos fechados – Eu não me perdoaria.

– Como isso é possível? – Min-ji murmurou baixinho – Como você pode estar do mesmo jeito que a mamãe?

– Eu não sei... – Hyun respondeu, afagando os fios azulados dela com carinho – Mas vamos passar por isso, juntos...

– Não. – Ela se levantou, secando as lágrimas com o antebraço e fungou – Isso não pode acontecer, eu me recuso.

– Minha filha... é exatamente por isso que eu não contei, eu não quero te ver assim. – Hyun também se levanta e se assusta com a feição fechada que ela faz.

– Você não tinha o direito de esconder isso de mim, pai. – Engoliu em seco, em negação – E quando você me contaria? Quando estivesse num leito de morte, ou dentro de um caixão?!

– Min-ji... – Hyun sentiu seu peito se apertar, vendo a situação que ela se encontrava – Não diga isso.

– Eu poderia ter ajudado, talvez você nem mesmo estivesse mais doente...!

– O que você poderia fazer, minha filha? – Hyun tenta se aproximar, mas ela se afasta – Nem mesmo os médicos puderam desacelerar...

Eu não me importo com os malditos médicos! – Exclamou baixinho e balançou a cabeça de um lado para o outro, sentindo o peso do cansaço e o estresse dando seus resultados negativos e sua garganta se fechou, fazendo entrar em pânico – E-Eu preciso...

Olhou para seu reflexo no espelho e se assusta quando vê seus olhos brilharem em um tom prateado, se virou de costas para o mais velho, sentindo seu corpo esfriar.

– Min-ji...? – Hyun se preocupou, vendo ela por a mão na garganta e respirar freneticamente – Filha!

– Não se aproxima! – Levou a mão livre na direção de Hyun e saiu do quarto, sendo seguida por ele.

– Min-ji, deixa eu te ajudar! – Hyun andou até ela.

– E-Eu disse pra não chegar perto. – Min-ji diz com dificuldade. Logo depois Castiel saiu do quarto, tendo sua atenção fisgada pelo barulho da discussão, mas então, se preocupa percebendo que ela não estava bem – Castiel, cuide dele... eu preciso... sair dessa casa. Não deixe ele me seguir.

Castiel latiu em concordância, ficando na frente do mais velho, que parou de imediato quando percebeu a presença do cachorro.

Min-ji aproveitou e andou rapidamente até a saída e pegou a chave do carro, praticamente correu até o veículo e respirou fundo o ar puro, ainda sentindo a sensação de que seus pulmões não se enchiam o suficiente.

– Isso só pode ser um pesadelo... um pesadelo... – Balançou a cabeça de um lado para o outro, e entrou no carro, dando partida, andando sem rumo com seu rosto molhado em lágrimas – Por favor, denovo não... denovo não.

Sua mente voltava para anos atrás, vendo sua mãe na mesma situação e em poucos meses, teve sua vida seifada pela doença. Isso não podia estar acontecendo, seu pai com os mesmos sintomas, a mesma doença desconhecida, em que nenhum tratamento dava resultados.

Há três anos, começou. E há dois meses, piorou drasticamente.

O tempo em que se tornou caçadora. E também tempo em que o sistema deu as caras, isso era uma grande coincidência. Grande demais.

Socou o volante e depois de algum tempo andando sem saber pra onde ir, parou na frente de um bar restaurante, mesmo de madrugada, estava aberto, logo depois viu em um canto na parede do lado de fora brilhando em néon, que o estabelecimento era aberto vinte e quatro horas.

Deu uma olhada no retrovisor e suspirou aliviada quando viu que seus olhos estavam normais.

Olhou a hora pelo seu relógio de pulso e viu que era quase quatro da manhã, e pelo que percebeu só de olhar pela frente, dava pra contar nos dedos as pessoas que tinham lá dentro.

Saiu do carro e andou até lá, sentou em um lugar no balcão e viu uma garota ruiva limpando algumas taças de vidro, enquanto escutava as risadas e conversas de algumas pessoas que ainda estavam lá, principalmente de um grupinho de jovens bêbados mais afastados, provavelmente era o fim de um role entre amigos.

Sentiu inveja deles por um momento, estavam alegres, despreocupados e não pareciam se preocupar com nada, apenas em se divertir. No máximo, só vão se preocupar com a ressaca que obviamente viria mais tarde.

– Traga a bebida mais forte que você tiver, por favor. – Min-ji pediu chamando a atenção de uma ruiva e a garota franziu a testa, olhando para o relógio da parede com seus olhos verdes cansados, provavelmente está a acordada a noite toda e já estava terminando seu turno de trabalho.

– Noite difícil? – A garota ruiva sorriu e deixou um copo pequeno na frente da azulada, a servindo uma dose de uma bebida âmbar, que Min-ji nem se preocupou em descobrir o que era.

– Você nem imagina... – Engoliu todo o líquido, sentindo ele descer queimando. Mas rapidamente o sistema apareceu, avisando que já estava eliminando a substância e murmurou aborrecida – Nem pra ficar bêbada...

– O que disse? – A ruiva perguntou.

– Mais uma, por favor. – Min-ji apontou para o copo, e com maestria, a garota encheu mais uma dose.

...

Descendo as escadas com rapidez, Min-ki chegou na sala de estar e franziu a testa vendo seu pai sentado no sofá com a cabeça baixa e as duas mãos apoiadas no rosto. Enquanto isso, Castiel estava deitado no tapete na frente da porta, a uma distância segura do mais velho.

– Pai. – Ele murmurou e estranhou a aparência cansada do mais velho – O que estava fazendo aí olhando pro chão?

– Não é nada, Min-ki. – Respondeu seriamente.

Andou até o pai, tocou seu braço e se assustou quando sentiu a pele dele muito quente e ofegou com uma feição preocupada.

– Você está com febre! – Exclamou.

– Não se exalte, é só um resfriado que peguei ontem. – Hyun mentiu, sentindo seu corpo exausto.

– E por que o Castiel está na frente da porta? – Perguntou confuso e depois olhou ao redor, só aí se dando conta que a casa estava silenciosa demais para uma manhã de sábado – Onde está a Min-ji? Ainda não escutei a voz dela.

– Ela saiu... pedi que comprasse algum remédio.

O mais novo percebeu que ele ficou tenso de repente e estreitou os olhos desconfiado.

– Mas a Min-ji me disse que sairia apenas as oito, e ainda são sete e meia. E ela sempre sai com o Castiel. – Min-ki conferiu as horas e fechou a cara – Ela me garantiu que hoje esperaria pra me dar uma carona até o centro, tenho que encontrar os meus amigos.

Hyun permaneceu em silêncio, fazendo o mais novo ficar ainda mais desconfiado.

– Além disso... ela nunca te deixaria sozinho assim, estando queimando em febre, Min-ji te arrastaram pro hospital de uma vez.

Seu pai estava com uma aparência péssima, estava um pouco pálido e seus cabelos, normalmente bem penteados, pareciam que um redemoinho tinha passado por eles. E as roupas, ele estava vestido as mesmas de ontem ainda. Suspirou, encolhendo os ombros.

– Vocês... brigaram outra vez, não foi? – Min-ki questionou, com uma feição entristecida, chamando a atenção dele – Pensei que tinham parado com isso, desde que ela parou de se machucar no trabalho. Qual foi o motivo?

– Isse é um assunto de adultos, meu filho. – Hyun suspirou e olhou de relance para o cachorro, que o observava minuciosamente.

– Vou fazer doze anos, sou quase a adulto. – Min-ki encheu as bochechas de ar, contráriado – Eu posso ajudar.

– Talvez em uma discussão qualquer. Mas dessa vez... foi pior.

– Ela deixou o Castiel para que não a seguisse, não é? – Min-ki engoliu em seco e o mais velho assentiu – Quando foi isso?

– Faz algumas horas... e ela ainda não voltou. – Hyun abaixou a cabeça outra vez, com preocupação – Ela estava... daquele jeito. Você sabe como sua irmã é cabeça quente.

– Não se preocupe pai, ela só precisa pensar. – Min-ki garantiu, e se sentou ao lado dele – Logo, logo ela vai estar de volta.

Mas no fundo estava tão preocupado quanto o pai, não sabia o motivo da briga, mas para sua irmã sair de casa e sumir por horas, não devia ser algo irrelevante.

Não era do feitio de sua irmã fazer algo assim, sair sem dar notícias, e ainda mais, sendo que seu pai estava doente, mas só o que podia fazer agora era esperar.

Hyun tossiu freneticamente em um lencinho que tirou de dentro do bolso e Min-ki o observou com preocupação, se levantou e entrou na cozinha, e começou a preparar um chá. Sempre observou tudo que Min-ji fazia quando um deles estava doente, se ela não estava lá, ele deveria cuidar de seu pai.

Ela nunca sairia assim, a saúde de qualquer um da família viria sempre em primeiro lugar, Min-ji normalmente esquecia qualquer briguinha, sua preocupação a fazia esquecer seu orgulho na hora.

Enquanto preparava o chá e pegava panos limpos para uma compressa de água fria, para tentar abaixar a febre, observou o lado de fora da casa através da janela, onde dava uma visão da rua, vendo alguns carros passarem.

Onde você está, Min-ji?

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