— Sai de perto de mim! — Robby disse para nosso pai e eu me virei.

— Pai sai de cima desse idiota!

— Ele é seu irmão. — Ele sussurrou para mim quando o juíz afastou ele.

— Ele não é meu irmao. — Voltamos para fila.

— Não acredito que você fez isso. — Miguel disse para Falcão.

— Não enche cara. — Ele respondeu.

— Devia ter matado ele.

Com isso, Robby foi oficialmente para a final, junto com Miguel.

...

Miguel venceu, e o cobra kai nunca nos abraçou tão forte assim. Ver ele segurando o troféu do ano foi lindo, os nossos gritos de vitória melhores ainda. Estava tão orgulhosa dele.

— Eu só quero dizer que se não fosse pelo meu Sensei e a minha namorada, eu não estaria aqui! — Ele disse tão rápido que por pouco não ouvi suas palavras. — Então isso é para o meu Sensei Johnny Lawrence, para a Coraline Lawrence e o Cobra Kai!

Começamos a gritar "cobra kai" em comemoração e eu nunca sorri tanto na vida, mesmo com a cara arrebentada.

Meu pai puxou meu braço e me levou até Robby e ao Daniel, tentei voltar mas não consegui.

— Robby. — Ele disse, e meu irmão se virou, com a mão no ombro. — Eu... nós... sentimos muito.

— Nao falei por mim. — Respondi fazendo um movimento irritado para ele soltar meu braço.

— Ta tudo bem pai, ta tudo bem. Vamo lá Sr. Larusso.

Robby começou a andar.

— Conseguiu o que queria Johnny, venceu. Meus parabéns. — Daniel falou com a gente e tudo o que eu queria agora era dar um soco nele.

— Cora! — Ouvi a voz de Carmen, e quando me virei para trás vi Miguel ao lado dela abraçando a Yaya que fazia um movimento com as mãos me chamando para o abraço também.

Corri até elas e as abracei tão forte que me senti leve.

— Vocês arrasaram! — Carmen comemorou comigo. — Só temos que botar gelo nesse machucado.

— Obrigada Carmen. — Sorri para ela.

...

Um mês se passou após o torneio. Virei amiga da Samantha, novas pessoas entraram no Cobra Kai, e hoje, um senhor entrou no Cobra Kai. Passei por trás do Miguel, e meu queixo quase caiu no chão quando vi quem era.

— An... Cora?... — Ele apontou para o homem.

— Ai meu Deus, oi! — Meu sorriso era enorme, e o sorriso dele era mínimo.

Era o treinador do meu pai, achei que tivesse morrido. Ele foi falar com meu pai.

...

— Esse é o Sr. Kreese, ele é só um observador.

Meu pai o apresentou para a equipe, meu coração quase saiu pela boca. Eu queria me mostrar melhor que todos ali. Queria que ele gostasse de mim.

— Sr Diaz, aquece a turma. — O Sensei falou e Miguel ficou a nossa frente.

Fizemos o comprimento, posição de luta, chute frontal, soco direito, dab lateral (que estava mais para uma brincadeira). Cerrei os punhos nessa hora, sabendo que Kreese não iria gostar disso.

Fizeram mais de uma brincadeira e vi o desgosto no rosto do Sr Kreese. Queria enfiar minha cara no chão.

Meu pai nos dispensou totalmente irritado e mandou voltarmos amanhã às cinco da manhã em um lugar marcado. Passei por Miguel o encarando um pouco, e vi o olhar dele, descobriu que fez coisa errada.

...