𝐒𝐄𝐀𝐒𝐎𝐍 𝐎𝐍𝐄; chapter eight
Saímos da roda gigante e tiramos algumas fotos na cabine fotográfica. Seria uma lembrança e tanto caso ele decidisse sair da minha vida, como sempre fazem.
— Esse foi o melhor encontro da minha vida.
— Bem... tecnicamente não é um encontro... — Ele disse com o braço em volta do meu ombro, enquanto caminhamos até a beira da rua, para esperar o táxi.
— Ta bom... — O puxo para perto e o beijo. Não é um beijo de tchau. É um beijo de "eu realmente estava esperando por isso".
Ele me envolve com os braços e continua me beijando até eu começar a me sentir tonta outra vez. Quando se afasta, está me olhando, contente.
— E isso não foi um beijo. — Brinquei e ele revirou os olhos, entramos no táxi que parou.
...
Era manhã, uma ou duas noites depois do encontro. Eu e Miguel estamos no Dojô, finalmente fomos aceitos no torneio. Miguel dava socos no boneco sem parar.
— Respira... ele não vai sair daí. — Cruzei os braços acima do peito. — Guarda um pouco pro nosso torneio.
— Porque eu sou o único aqui Cora? — Ele questionou, cansado.
— Bem, na minha visão e na de meu pai você é eu somos os que tem uma única chance de ganhar. Você é o que mais se esforça no Cobra Kai.
— Eu sou o seu melhor aluno, é? — Ele passou por mim com um sorrisinho nos lábios que quase me fez perder o controle das pernas. Como um simples sorriso de um garoto que eu conheço a alguns meses mexa tanto comigo?
— Ha ha. Não fica se achando não, tá? — Resmunguei. — Você viu os outros?
Ele pegou o celular, e começou a rir para o mesmo, como se estivesse vendo algo que o deixasse bobo. Minha curiosidade foi maior, porém teve algo além da curiosidade, por que eles estava sorrindo? Ou, para quem?
— Qual é a graça?
— Nada. Só a foto mais linda do mundo que minha namorada postou a... vinte minutos atrás.
Ele virou o celular para mim e era eu, uma foto no carro onde a luz do sol dava ênfase no azul dos meus olhos.
— Espera um pouco. — Meu pai chegou por trás de nós, não sabia que ele já tinha chegado.
Meu pai e Miguel agora são um pouco próximos, passam bastante tempo juntos, e isso é bom, porque vejo o moreno mais vezes.
— Ta namorando a minha filha?
— Sim, por que? Algum problema? — Miguel franziu o cenho, mas não parecia preocupado, apenas curioso.
Isso me encanta nele: sempre dizendo a verdade; se fosse eu, na mesma situação, teria mentido dizendo que era só brincadeira.
Meu pai ficou em silêncio, e mal pude ver que na verdade ele estava sorrindo. Apertou a mão de Miguel antes de abraçar o garoto.
— Você é o cara Miguel! — Ele disse tão animado que eu nunca o vi assim antes. — Pelo menos o primeiro namorado da minha filha é um Cobra Kai de verdade.
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