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40. Aquele Mesmo Pesadelo

(Roupa do casal na mídia)

××

Você é tão maldoso, eu não gosto de você

foda-se, de qualquer forma

Você me faz querer gritar,

até acabar com meus pulmões

Isso dói, mas não vou te impedir

Você é uma idiota de qualquer maneira

Você me faz querer morrer...

— Afraid ; The Neighbourhood

Upper East Side, Nova Iorque, NY
12 de janeiro, 14h

S C A R L E T T

Eu estava perdida, presa entre pensamentos, lembranças e ansiedade desde que abri os olhos hoje. Eu sequer lembro de ter sonhado. Para mim a noite inteira foi um grande blackout. Nada além do preto, do luto, e ao despertar, tudo veio de uma vez, inundando minha mente conforme as luzes chegavam aos meus olhos.

Eu sabia que não descansaria aqui, mas não importava o lugar que eu estivesse agora, minha mente sempre estaria caótica por dentro. Em Boston, as ameaças de morte e o caso não concluído não paravam de me atormentar, e por isso eu decidi vir para Nova Iorque. Onde tudo o que me atormentava era o passado.

Também sabia que depois de hoje não tinha como correr, como esconder. Chris saberia sobre o meu passado por bem ou por mal. Eu estou certa de que eles estarão no casamento, e eu não poderei fugir a noite toda – embora quisesse. Não sei como me tratarão, não após dezesseis anos distantes, sem se ver, se falar.. Não tenho medo, apenas.. É uma situação estranha.

Deus, porque eu ainda me meto nessas coisas?

— Scar? — Ouço Chris me chamar e o encaro, vendo seu corpo seminu, com a toalha enrolada na cintura. — Você não me disse qual o porte do casamento, então eu trouxe dois ternos. Qual eu uso?

— O melhor deles. Ela fechou o 65º andar do Rockefeller Center. — Explico, enquanto termino de limpar os cantos das unhas.

— Oh… Por essa eu não esperava.

— Nem eu. Enxerguei dobrado quando vi o convite. — Brinco e ouço seu sorriso.

— Ela tem alguma preferência de cor?

— As madrinhas vão de rosa, os padrinhos de cinza. Qualquer outra cor está livre. Qual a cor do seu terno?

— Depende da cor do seu vestido.

— Azul claro.

— Então eu uso o terno azul e preto.

— Se fosse outra cor?

— Tinha o terno todo preto. Vim preparado, gatinha. — Ele diz, piscando para mim e me dando um selinho. — Que horas saímos?

— As três. A recepção começa as três e meia, a cerimônia as quatro.

— Ok. — Diz, e se deita na cama, ao meu lado.

Guardo os materiais que usava na pequena maleta e checo as unhas, tentando ver se não havia deixado passar nada. Isso era sempre a minha terapia fora de hora. Pintava as unhas para distrair, para fingir que não tinha quaisquer preocupações. De alguma forma isso acalmava minha mente. Após me certificar de que estava pronta nesse quesito, levantei.

Segui para o banheiro, sendo seguida por Chris, e liguei a ducha ao entrar no box, molhando corpo e cabelo. O loiro entrou comigo, dividindo o espaço que era grande o suficiente para nós, e me impediu de lavar meu cabelo, fazendo isso por mim, garantindo que eu precisava poupar forças.

Terminei o banho primeiro, e assim que saí, vesti o robe, indo para o enorme espelho da pia para secar o cabelo. Não o queria preso. Chris falava tanto, todo o tempo de como ele ficava lindo quando solto, que eu já havia me acostumado a usá-lo assim. Modelei algumas curvas nas pontas, não deixando-o tão simples. E então comecei a maquiagem.

— Quer que eu vá me vestir agora ou espero você?

— Pode ir. Não vou demorar aqui.

— Sim senhora, minha paixão. — Ele diz, apertando meu quadril e beijando meu pescoço.

— Esses seus apelidos… — Digo, baixo, mas ele ouve e sorri, e volta a me abraçar e beijar.

— Você é minha, Pimentinha. Os apelidos são só para não parecer tão possessivo.

— Ah, é? E desde quando você quer exclusividade? — Questiono, e ele comprime os lábios.

Permaneço calada, evitando falar sobre o seu celular, o app de mensagens e a tal “Loirinha”. Não queria uma discussão agora, não nos levaria a nada. Eu continuei a maquiagem e Chris seguiu para o quarto, indo se vestir. Não caprichei demais em maquiagem, afinal eu sequer sabia muito disso. Com o básico, fui para o quarto, tirando o vestido da capa protetora.

O vesti com cuidado, fazendo o possível para não amassar, e me apoiei na porta, vendo Evans se agachar na minha frente, calçando meus saltos em mim. Pus documentos, chaves e celular na bolsa de mão, junto com o convite e os documentos de Chris. Ele pôs o blazer azul e limpou o tecido de veludo, e estendeu a mão para mim assim que tirou os pelinhos.

— Você está um absurdo de linda. Uma beleza imoral. Antiética. — Ele diz, se aproximando cada vez mais.

— Você também. Esse seu perfume…

— Sei que é o que você gosta. — Ele diz, pisca, e aperta minha cintura. — Vamos logo ou não vamos a casamento algum.

Saímos juntos, de mãos dadas, atraindo uma extrema atenção por onde passávamos no hotel. No térreo, Chris chamou pelo motorista particular que havíamos solicitado ao hotel, e em minutos ele veio, nos guiando para o carro. Pegamos um pouco de trânsito, Nova Iorque nunca decepcionava nesse sentido, e aproveitamos para apreciar a paisagem.

A cidade ainda estava coberta em neve, e alguns lugares ainda mantinham suas decorações de natal e réveillon. O Rockefeller Center estava um absurdo de lindo. E me lembrou das vezes em que nós sete vínhamos aqui, patinar, aproveitar os domingos… Sete, que agora eram cinco, e eu, que não era incluída.

Balancei a cabeça, afastando esses pensamentos, e me foquei no agora. O motorista parou o carro e desceu, abrindo a porta para nós. Chris agradeceu e combinou com ele que ligaria quando precisasse vir nos buscar. Seguimos para dentro do lugar e subimos para o andar onde haveria a recepção e a cerimônia.

Na entrada, entreguei os convites e nós dois entramos. Havia todo tipo de pessoa ali. O círculo social de Kate sempre foi muito aberto, e ela, como uma publicitária de sucesso, trabalhava para muitas pessoas. Todos estavam muito bem vestidos, mas eu não contive um ligeiro sorriso ao perceber como olhavam para Chris e eu.

Talvez realmente formássemos um casal bonito…

— Está vendo alguém conhecido? — Evans perguntou, me estendendo uma taça de champagne.

— Não, graças a Deus.

— Vamos pegar um lugar, então. O noivo já vai entrar. — O loiro avisa, e toca minha cintura, me guiando pelo salão.

Pegamos um na ponta, na penúltima fileira. Vimos a entrada do noivo com a mãe, dos padrinhos e madrinhas, pajens, daminhas de honra e floristas. A marcha nupcial clássica tocou, chamando a atenção e fazendo todos levantarem. Kate vinha abraçada com o pai, meu tio. O vestido clássico, baixo e com pouca armação. Em um tom branco perolado e caindo em degradê para o mesmo rosa do vestido das madrinhas.

Ela estava incrível.

Sorri de forma inevitável. Estava insanamente feliz por ela. Passamos muito tempo separadas, sem sequer se ver ou se falar, mas ainda mantínhamos nossas considerações uma pela outra, e vê-la tão feliz, claramente realizada, me trouxe um pouco de paz. Um calor no peito. Um sentimento bom.

A cerimônia em si foi rápida. O mestre responsável disse bonitas palavras todo o tempo para os dois. Os votos foram fofos, engraçados e tiraram um pouco da “seriedade” daquele momento. Houve a entrega das alianças, e o fim com o beijo dos recém casados. Os dois desceram do altar, seguindo para o salão ao lado, organizado exatamente apenas para a festa.

Seguimos para a mesa onde estava o nosso nome. Agradeci aos céus assim que percebi que não era a mesa da família. Evans e eu nos sentamos, cumprimentando os outros que já estavam lá, e que logo começaram a puxar assunto. Eram amigos de trabalho de Kate. Nos entretemos juntos por bastante tempo, comendo e bebendo, até que os noivos chegaram a nós, após passar de mesa em mesa.

— Nem acredito que você está aqui. — Ela diz, me abraçado.

Eu não era lá a melhor fã de contato físico, mas cedi. A abracei, descontando a saudade que senti – e que sequer sabia que estava sentindo, de tão bem encoberta.

— Acredite, nem eu. — Digo, e ela sorri assim que nos separamos.

— Dan, essa é Scarlett, minha prima favorita. — Ela apresenta, e eu cumprimento seu, agora, marido, lhe dando os parabéns.

— Devia tê-la posto na mesa da família. — Ele diz.

— Não, está tudo bem. Aqui é melhor. — Digo, sorrindo leve e me virando para Evans. — Chris, essa é Kate, minha prima, e Daniel, o marido. — Apresento, e ele se aproxima. — Este é Chris, meu… mhmm..

— Caso indefinido. — Ele mesmo completa, e estende a mão para Dan. — É um prazer conhecê-los. Meus parabéns. — Chris diz, e os dois agradecem ao mesmo tempo.

— Que gato! — Kate sussurra para mim, e eu não contenho a risada. — Vou terminar de fazer a sala para o pessoal e volto para conversar melhor com você.

— Sem problemas.

Os dois se afastam e Chris e eu nos sentamos novamente. Eu percebia os olhares em mim, e os nele. E ele percebia também. Quando estávamos de pé, pegando a comida do jantar, e algum homem se aproximava sugestivamente, ele já repousava a mão na minha cintura, coxa, ou quando o homem chegava ainda mais perto, na minha bunda.

Pouco possessivo, não?!

— Esse seu vestido vai me matar. — O ouço dizer enquanto voltamos para a mesa.

— Nem é tão extravagante. Tenho piores.

— Piores? Um lado do seu corpo está quase todo exposto. Fora o decote. Você.. Está sem calcinha?

— Não. — Digo, sorrindo. — Acredite quando digo que esse vestido ainda é comportado perto dos outros que tenho, mas nunca uso.

— Vai usar para mim. — Ele diz, me encarando sério e pisca o olho.

Nós comemos, observando a primeira valsa dos noivos, e então a pista de dança foi aberta. Um lugar que eu não iria, mesmo que Chris já estivesse brincando, dizendo que se tocasse Michael Bubblé ele me tiraria para dançar. Eu não duvidava dele, mas preferia continuar acreditando que era brincadeira.

— Você está simplesmente incrível. — Kate retorna, agora com um copo na mão e um docinho na outra.

— Eu? Meu amor, você é a atenção aqui. Está um absurdo de linda. Noiva de capa de revista. — Eu digo, vendo-a sorrir.

— Quase não me serviu, super apertado na barriga, na cintura. — Ela diz, semicerrando os próprios olhos após explicar.

— Vai ver é um bebê crescendo aí. — Dou corda, bebendo o champagne.

— Há possibilidades… — Ela diz, quieta, como se pensasse bastante no assunto. — Mas e você? Nada de uma Scarlettzinha? Seria tão linda.

— Nada. Nem tenho um relacionamento estável ainda. — Digo, e ela rapidamente desvia o olhar para Chris.

— Não sei dizer quem dos dois tem mais sorte. — Ela diz, e eu não contenho o sorriso bobo.

— Eu, com certeza. Ele é incrível em todas as formas. — Digo, o olhando de relance. Ele conversava animadamente sobre algum livro com um dos amigos de Kate. — Escuta. Não tive tempo de olhar a lista de presentes, e vim tão corrido que sequer conseguiria comprar algo. Então você me manda sua conta que eu transfiro um valor e vocês decidem o que compram juntos.

— Sem problemas. Eu nem lembrava de presente. Ver você aqui já foi perfeito. — Ela diz.

Tenho a rápida sensação de que alguém se aproximava de mim, mas sequer me viro, imaginando que fosse Chris, e inconscientemente espero o toque nos meus ombros ou cintura. Mas o toque não vem. Sua mão não me aquece, e então eu me viro de lado. Ele continuava conversando, mas me olhou, como se sentisse estar sendo observado, e assim que o fez, subiu o olhar para alguém que estava atrás de mim. E sua feição seguinte não foi boa.

— O que você está fazendo aqui?

▰▰ // ▰▰

Ola!

Ainda bem que eu postei esse na sexta, vocês precisam esperar menos pelo próximo cap.
aviso aqui: vai ter alguns gatilhos no início, pois é, finalmente, o capítulo em que se conta o tão esperado passado da Scar.

Segunda vem a bomba, cuidado com o coração, pressão, ansiedade, gripe, febre e afins. Vai ser tenso.

Té mais! Beijão
🌷

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