34. Detalhe Quase Esquecido
⚠️ Final do capítulo contém hot (leve). Marcado após os "**", sinta-se livre para pular se não gostar de ler! :)
Downtown, Boston
02 de janeiro, 16h
S C A R L E T T
A movimentação foi intensa após aquele retrato falado. Estava mais do que claro que era Brandon ali, mas por via das dúvidas nós mostramos uma foto dele a Samantha, e ela reconheceu de imediato. Também reconheceu a voz quando lhe mostramos um dos vídeos do seu interrogatório. Não havia engano. Brandon estava envolvido com os assassinatos. Diretamente com o principal culpado.
Não tivemos outra reação se não acionar a equipe tática. Waters estava em prisão domiciliar restrita após nossa decisão do dia 30, então não seria difícil encontrá-lo. Acionamos seu advogado, o mandando para a delegacia, e então nós seguimos para lá. Meu coração batia acelerado, e animado. Estávamos tão perto.
Chegamos na delegacia com pressa, reunindo tudo o que tínhamos ali, aguardando o advogado e Brandon. Eles não demoraram, e eu agradeci mentalmente por isso. Estava mais que animada para finalmente finalizar esse caso. Os dois foram levados para a sala de interrogatório, e Evans e eu entramos lá após nos certificarmos de que estávamos com tudo o que pudesse ser necessário.
— Detetives, podemos ao menos saber o motivo de tanta pressa? Até onde eu sei, meu cliente já respondeu tudo o que era necessário.
— Até onde nós sabíamos, também. — Chris diz, pondo os papéis sobre a mesa. — Acontece que o caso do seu cliente é ainda pior do que imaginamos.
— Como?
— O caso está sigiloso, por enquanto. Os detalhes que podemos lhe dar é que envolve uma serial killer, é com certeza um crime motivado por vingança, já há dez vítimas fatais, sendo 4 policiais, e 6 seguindo um mesmo padrão. Reconhecemos o modus operandi. E recentemente conseguimos resgatar duas vítimas com vida. — Eu explico, e começo a encarar Brandon, iniciando a leitura corporal. E já estava obtendo resultados.
— Onde querem chegar?
— Uma das culpadas reconheceu o rosto e voz do Sr Waters. Ela fez o retrato falado, reconhecemos o rosto e lhe mostramos fotos e vídeos. — Evans diz, e eu continuo avaliando o homem, estando mais certa a cada segundo.
Foi imediato. Brandon arregalou os olhos, e a palidez começou pelos lábios, o sangue sumia do seu rosto lentamente. Estava certa de que se usássemos um medidor de pressão nele naquele momento, o objeto pipocaria.
— Sr Waters esteve na casa onde duas vítimas foram mantidas presas. Sr Waters teve uma briga com a sequestradora, uma.. Discussão de relacionamento, aparentemente. O seu cliente, Sr Howard, sabe quem é a assassina culpada pelas mortes que viemos investigando, e é cúmplice, pois segundo a nossa vítima, os dois conversaram sobre o assunto. — Chris completa, cruzando os braços sobre a mesa.
— Fica ao seu critério, Sr Waters. Pode cooperar com a polícia, nos ajudar para que consigamos capturar a culpada antes que faça mais vítimas, assim podemos aliviar um pouco na sua sentença, já que o senhor é um cúmplice direto. — Digo, o encarando.
— Mas eu não estou envolvido em nada!
— Waters… — O advogado o adverte.
— Mas tem conhecimento do que ela está fazendo. De que está sequestrando, drogando e matando pessoas. Esteve na casa em que vítimas estavam presas, com certeza sabendo que elas estavam lá. E segue em negação. O senhor é cúmplice, tão culpado quanto ela, seja lá quem “ela” é. — Concluo.
— Eu não vou dizer nada. — Ele diz, extremamente decidido.
— Tem certeza? — Questiono, e ele assente. — Ótimo.
Pego o celular, ligando para Hemsworth e Margot, pondo os dois na mesma chamada. Assim que atendem, ponho a ligação em viva voz e pego o caderno do caso.
— Fala, Johansson. — Hemsworth diz.
— Atualizações sobre o caso de Brandon Waters. O julgamento está definitivamente cancelado.
— Tem certeza?
— Permissão de cancelamento ordenada por juíza Johansson. Tenho certeza. — Digo, sem tirar os olhos de Brandon.
— Ok. Arquivo a papelada do caso? — Marg pergunta.
— Por hora, até finalizarmos o caso dos assassinatos, a qual o Sr Waters também está envolvido.
— Você que manda, chefia. — Hemsworth concorda. Desligo a chamada, pondo o celular de volta no bolso.
— Pode deixar seus pertences na coleta, Sr Waters. O senhor ficará recluso até o fim do caso, ou até que finalmente queira cooperar. A decisão é inteiramente sua. — Digo, reunindo meus papéis.
— Não é uma decisão precipitada? — O advogado questiona.
— Decisão precipitada é deixá-lo solto, podendo ter contato com a assassina, quando já temos certeza de que ele está envolvido. Essa é minha decisão final, Sr Howard. O restante é com o seu cliente. Boa tarde.
Com os papéis, pastas e anotações em mãos, saio da sala de interrogatóio, e Evans me segue. Encontro o capitão na saída, que já ordenava um policial a guiar Brandon para a coleta e levá-lo para a área de reclusão. Edward nos agradeceu pelo tempo e pelo excelente interrogatório, e nós voltamos para os nossos carros.
Não pretendia, mas voltei ao fórum. Sabia que já estava perto do horário de largar e poderia ir para casa se quisesse, mas algo estava na minha cabeça, e eu precisava me sentar para me concentrar e saber o que era. Algo pinicava na minha mente, quase que como uma pulga atrás da orelha, mas no sentido literal, porque minha orelha realmente coçava nesses momentos. A sensitividade da mulher ainda me assusta.
Cheguei ao fórum e estacionei na minha vaga, subindo pelo elevador. Enquanto aguardava, peguei o celular, respondendo as mensagens de Scott, que me chamava para jantar. Estava mostrando a cidade para um amigo e não queria que o irmão ficasse sobrando entre os dois. O avisei que tinha trabalho para a noite, mas tentaria dar um jeito.
Passei direto para a minha sala, deixando a porta fechada e acendi as luzes. Reorganizei a mesa, pondo todos os papéis ali em cima, e me sentando, começando a repensar os casos do início ao fim, cada pequena investigação, cada detalhe, observando tudo o que tínhamos ali, tudo.
E aquilo demorou horas. Muito mais tempo do que eu imaginei que levaria. Só me dei conta de fazer uma pausa quando percebi o céu escuro lá fora. Levantei, esticando as pernas e a coluna, e voltei a minha atenção ao meu caderno de anotações. Mais especificamente para o dia 17 de dezembro, quando conversamos com Lilian pela primeira vez.
Era isso.
Um infiltrado. Só poderia ser isso! E responderia tantas questões. Era a opção mais óbvia, e pensar nela me acalmou estranhamente, me fazendo ter certeza que aquela era a pulga que estava me deixando louca. Minha atenção foi roubada pelas batidas na porta, e eu encarei o horário no relógio. Sete da noite. Aquilo era estranho.
Tateei a base da minha mesa até achar a magnum que sempre guardava ali, a pegando com a destra e mandando que entrasse. Meu coração se acalmou após ver Chris, e eu pus o revólver de volta, aliviada.
— Porque ficou até tão tarde? — Pergunto, vendo o loiro se aproximar, beijando o topo da minha cabeça.
— A ida a delegacia atrasou algumas revisões que tinha que fazer. Preferi terminar tudo aqui, arquivar e ir embora. — Explica. — E você?
— Meu sexto sentido apitou, vim investigar.
— Já sabemos tudo o possível, Scay. — Diz, encarando os papéis. — O que você achou?
— Lilian esteve muito bem preparada para as nossas perguntas quando fomos lá, lembra?
— Sim. E Brandon parecia extremamente confiante hoje.
— Exato! Nada me tira da cabeça que alguém da promotoria ou.. Não sei… Alguém está passando informações para eles. Acho que até mais cedo do que nós estamos recebendo.
— Mas não tem ideia de quem é?
— Não. E isso está me matando. — Sou sincera. Logo o sinto me abraçar por trás, talvez numa tentativa de me confortar.
— Alguém interno não se arriscaria assim… — Ele diz, e eu assinto, concordando.
— De qualquer forma é bom continuar revisando tudo, podemos eventualmente achar alguma pista. E manter o olho bem aberto, é claro. — Suspiro, massageando as têmporas. Estava começando a ficar cada vez mais estressante. — Vai para casa, Chris. Já passou demais do seu horário.
— Já passou o horário de todos, Pimentinha. Os únicos aqui além de nós são os seguranças, lá em baixo. — Ele rebate, ainda abraçado comigo, mas encarando os papéis. — Eu fico.
— Não seja irritante agora. Eu sei que seu irmão está na cidade, vai para casa.
— Meu irmão está com o namorado e levou Dodger, não tenho o que fazer em casa. E não vou te deixar aqui sozinha. — Rebate, e eu viro o corpo, o encarando.
— Você é muito persistente, sabia?
— Aprendi com a melhor. — Diz, e o sorriso é inevitável.
**
Aproveitando o momento, Chris me beija, segurando as laterais do meu rosto. Retribuo, intensificando mais as coisas, e o puxo pela camisa. Suas mãos encontram meus quadris, e ele ergue meu corpo, me pondo sentada sobre a minha mesa. O fogo se reacende entre nós de forma extremamente rápida, e eu mal percebo, apenas quando sinto seus lábios sugando a pele do meu pescoço e as mãos gentis subindo o tecido da minha saia.
— Sem interrupções dessa vez? — Pergunta, e eu assinto, voltando a lhe beijar. — Alguém está com pressa.
— É nisso que dá se acostumar a transar todo dia. — Rebato, e ele ri.
Suas mãos arranham a pele das minhas coxas, e as minhas, os seus braços por cima da camisa social. Chris não hesita, não pensa, apenas abre o zíper da calça, o suficiente para que libere apenas seu membro, e pega a carteira. Aproveito os curtos segundos e desço da mesa, me virando de costas e afastando os papéis o máximo possível.
Ouço o som do preservativo, e logo sinto as mãos de Chris me mantendo exatamente onde eu estava. O sinto apertar minha cintura quando me penetra, indo fundo dentro de mim e se ajustando com pulsações. Preliminares não eram necessárias para nenhum de nós. Pouco tempo perto dele já me deixava excessivamente molhada.
O loiro começou a se mover, apertando minha cintura e chocando o corpo contra o meu. A destra mantinha minha boca fechada, abafando gemidos, arfados e ofegos, súplicas pelo seu nome, palavras sujas e desconexas. Eu sentia minha sanidade se partir em duas, e depois em milhões de pedacinhos enquanto ele me fodia sobre a minha mesa. O prazer tomava conta de mim, como eu tanto ansiava.
— Chris! — Gemi, me sentindo próxima a um orgasmo. Seus choques e acertos no meu ponto exato só me deixavam mais e mais perto. — Chris, eu vou…
— Já, amorzinho? — Desdenha, me provocando, mas sequer consigo sentir raiva. — Goza pra mim, vem.
Assinto, sentindo meu interior vibrar e pulsar em torno de Evans. A fraqueza assola minhas pernas, e meu apoio é a mesa. Relaxo sobre a peça fria e sinto Chris estocar com força. Reviro os olhos com o prazer, e sinto meu corpo mole, leve.
— Porra, Scarlett! — Ele geme, sentindo as pulsações. — A melhor parte de te fazer gozar é essa. Tão molhada..
Ele se afasta, saindo de mim e girando meu corpo, me pondo sentada sobre a mesa e aberta para si. Sem delongas, Chris volta a me penetrar, estocando firmemente, fundo. O senti puxar o tecido da minha blusa, e a subi, puxei o sutiã para os lados, revelando meus seios, e senti os lábios de Chris sugando os bicos quase imediatamente.
Sua posição curvada o fazia atingir ainda mais meu ponto, me levando a insanidade. Descontava aquele prazer com minhas unhas, arranhando seu corpo, mordendo sua orelha, pescoço, sugando a pele, deixando marcas.
O cabelo de Chris estava desgrenhado, e eu não contive o sorriso com a visão. Vi o loiro sorrir para mim, e me puxou para outro beijo. Sentir sua língua quente contra a minha enquanto o sentia ir fundo dentro de mim era delicioso. O som do nosso choque, o ranger da mesa, nossos gemidos contra a boca um do outro… Tudo naquele momento era perfeito.
— Estou te sentindo me apertar, S-Scarlett. — Diz Evans, gemendo. Aquele som era como uma deliciosa melodia.
— Eu sei que também vai gozar, Chris. Vem comigo. — Ordeno, vendo-o apertar os olhos.
Apelo, pulsando contra seu membro, e vejo seu corpo tremer, sabendo que havia atingido meu objetivo. Me permito relaxar, liberando meu orgasmo de uma vez. Apoio minhas mãos na mesa e sinto Chris aproximar o rosto do meu, afundando-o na curvatura do meu pescoço, mordendo a minha pele para abafar os gemidos enquanto estocava rápido, firme e forte em mim, também atingindo o seu orgasmo.
Assim que ele sai, eu me apoio com a pouca força que restava nas minhas pernas e respiro fundo, recobrando o controle do meu corpo. Ando para o banheiro, me limpando. Chris chega, jogando o pacote e o preservativo usado no lixo, e lava as mãos, voltando comigo para a sala.
— Vamos para casa, já trabalhou demais hoje. — Ele pede, me encarando.
— Tudo bem. Me ajuda com os papéis.
— Sim senhora, meu amor.
▰▰ // ▰▰
Olaa
Investigação criminal e atos libidinosos, é pra isso que eu tô aqui brasiiill.
Aguardem a novela que vai ser após essa prisão, e fiquem de olho, agora cada detalhe importa...
Nos vemos segunda!
Té mais, beijos
🌷
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro