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17. Conversas Que Fazem Falta

North End, Boston, Massachusetts
23 de dezembro, 12h

S C A R L E T T

Hoje era definitivamente o domingo mais animado para mim em anos. Esses dias costumavam ser o meu único descanso. O único dia em que ninguém me importunava, em que eu não dava a mínima para trabalho ou afazeres. Distraía minha mente com a limpeza da casa e, as vezes, fazia alguma comida diferente – leia-se lasanha pronta.

Mas hoje não.

Eu havia limpado tudo por querer, não por ter que fazer. E havia cozinhado. Comida de verdade. Risoto vermelho, bife argentino, salada de batata e salada caesar com nachos. E uma sobremesa de creme com biscoitos, aproveitando a vinda das crianças para cá.

Já estava com os presentes todos juntos, esperando eles chegarem. A mensagem de Elsa avisando que já estava vindo me deixou ansiosa. Mas era uma ansiedade boa. Mesmo tendo os visto no aniversário dos gêmeos, eu sentia falta deles. Ficamos sem qualquer interação por muito tempo e eu adorava aquelas crianças. Eram uma parte do meu coração fora de mim.

O interfone tocou, e eu rapidamente o atendi. Confirmei a entrada de Elsa e reorganizei a mesa e os presentes, indo até a porta para recepcioná-la. Abracei as três crianças prontamente, os apertando contra mim, e assim que os mandei irem para dentro, me levantei e abracei minha amiga. Ela entrou e andamos até a sala de estar, nos sentando no sofá.

— Chris disse que tirou o dia de folga ontem, então não pôde te entregar o presente. Hoje ele está com Liam, por isso não veio. — Elsa explica.

— Não tem problema. Comprei um presente para ele também, você leva. — Disse, e minha amiga assentiu.

— Tia Scarlett! Eu trouxe um presente bem lindo para você! — Sasha disse, animado.

— Bem lindo? Quero ver.

Os três se sentaram no sofá e pegaram os presentes com a mãe. Sasha me entregou o tal presente, um quadro emoldurado, o desenho e pintura ele mesmo havia feito. Era simples, ele ainda é uma criança, mas era muito fofo.

Eu lhe entreguei o dele, um carrinho que ele queria. Fiz a mesma troca com Tristan, e o gêmeo 2 me deu uma pulseira com pingentes representando ele e eu, um bebê e uma boneca. Fofo. Prendi no pulso logo após lhe entregar seu carrinho, numa cor diferente da do irmão. India me deu um colar com uma lua de presente, combinando com o que eu havia lhe dado, se saturno, e eu lhe dei uma pulseira de pingentes colecionáveis, e cinco dos pingentes possíveis.

Enquanto as crianças mexiam nos seus presentes, Elsa e eu trocamos os nossos e eu lhe entreguei o de Hemsworth. Com as trocas feitas, nós seguimos para a sala de jantar, onde o almoço estava servido na mesa. Elsa deixou os sucos que trouxe lá e eu peguei os copos.

Eu a ajudei a servir as crianças e nós nos servimos, sentando para comer. Durante o almoço, conversamos apenas bobagens. Sobre as férias de inverno das crianças, viagens que planejavam para o próximo verão, coisas que Elsa queria combinar comigo, mesmo que nós duas soubéssemos da dificuldade que era me fazer sair de Boston.

— Você precisa de umas férias, sabia?

— Sim, eu sei.

— Há quanto tempo não tem um descanso?

— Muito. Tiro alguns dias de folga perdidos, mas férias eu não tiro há mais de dois anos.

— Scar! Olha, não sei como a sua mente não se desligou ainda, sozinha.

— Nem eu. As vezes eu acho que já vivo no automático.

— No modo avião. — Ela diz, e nós duas sorrimos. — Sério, tira uma folga depois desses casos. Você precisa.

— Você e Margot falam a mesma coisa do mesmo jeito. Eu vou pensar.

— Não vai pensar, vai fazer. É sério. Olha, eu só tenho trabalhos até janeiro, posso pegar uma folga e nós duas viajamos!

— E vai deixar eles com o Chris? — Pergunto, apontando para as crianças, a olhando com o cenho franzido.

— Não, coitados. Um dia, uma semana até vai. Mais que isso o Chris enlouquece, e eles põem fogo na casa. Eu os deixo com meus pais. Me infernizaram para terem netos, eles que cuidem. — Ela diz, gesticulando de forma engraçada, e eu não contenho o riso.

— Ótimo então. Viagem marcada, a data fica em aberto.

— Não pode passar do próximo ano! — Ela diz, rápido, me impedindo de dizer mais algo, e sorri vitoriosa. — Você não me engana, safadinha.

— Você já sabe como me dobrar. Droga!

— Anos de convivência já me ensinaram muito.

— Espertinha. Bom, já que você venceu, escolha o destino.

— Qualquer um?

— Qualquer um. — Digo, e ela toca minha testa, verificando se estou febril.

— Não está quente… Quem é você e o que fez com a minha amiga? — Ela questionou e eu não segurei o riso.

— Ah, coleguinha, temos muito o que conversar.

Curiosa pelo que eu tinha a dizer, Elsa me ajudou a tirar os pratos e levamos todos para a cozinha, limpando e pondo na lava-louças. Voltamos para a sala de estar, comendo da sobremesa, e eu me alegrei um tanto com os elogios. Ao final, as crianças viram outras crianças brincando na rua e pediram para sair. Após eu confirmar que era seguro, Elsa deixou. Nós os observávamos pela imensa janela da sala.

— E então, o que mudou tanto nessa cabeça? — Ela pergunta, virando na minha direção.

— Tanta coisa! Ahm.. Margot conversou comigo sobre esses meus traumas e crises, e pediu ajuda para uma pessoa. Essa pessoa também conversou comigo, abriu meus olhos.

— Quem é a pessoa?

— Não posso falar.

— Claro que pode! Não há segredos entre nós.

— Não posso, é sério. — Digo, e ela semicerra os olhos na minha direção.

— É o Evans. — Ela afirma, e minha reação de surpresa e timidez entregam que estava certa.

— Como… Como?

— Qual a única pessoa que você odeia tanto, mas tanto, que se algum dia essa pessoa conseguisse mudar sua cabeça, coisa que ninguém consegue, você não iria querer que outras pessoas descobrissem? Qual é, vocês tem uma imagem de ódio mútuo a zelar. Não foi difícil.

— Você deveria largar de ser modelo e virar detetive também.

— Me diz, o que rolou entre vocês?

— Começou no aniversário dos gêmeos. Margot pediu para ele me distrair, então fomos para o parque da cidade. Conversamos, comemos juntos…

— Sabia que sair agarradinha de moto com ele resultaria em algo. — Ela diz, e nós duas sorrimos, embora minhas bochechas agora estivessem rosadas.

— Bom… Deu e não deu. Acontece que eu sinto que estamos bem mais próximos agora. Brincamos mais um com o outro, mas continuamos com o ódio de sempre. E… Ele me beijou. — Digo, e ela paralisa.

— O quê? Como? Quando? Como? C- O quê? — Elsa tilta, e eu sorrio.

— Eu estava tendo uma crise, ele entrou no escritório e me viu. Não sabia o que fazer, então me beijou. O objetivo foi fazer a crise parar, e ele conseguiu.

— Uau… Só… Eu nem sei o que dizer! Foi bom? O beijo, claro, não a crise.

— Foi normal. Um selinho mais demorado com gosto de lágrimas.

— Que triste?! — Ela diz, e eu não contenho o riso. — Não sentiu nada demais?

— Não.

— Não ficou pensando nisso depois?

— Sim. Qual é! Ele me beijou! Eu só… Ok, eu pensei em repetir, mas só pra… Sabe… Saber se é bom mesmo.

Minha confissão parece diverti-la, pois ela sorri de felicidade e tem espasmos incontroláveis com o braço enquanto faz caras e bocas extremamente engraçadas.

— Scarlett, você precisa beijar esse homem. Pra ontem!

— Anteontem ele tentou me beijar de novo.

— O quê? — Ela grita e paralisa logo em seguida.

— Fui a festa dele, comemoração antecipada de natal e afins, e já alguns bons copos depois, Chris e eu conversamos sobre muitas coisas. Muitas. Eu me senti tão… Eu… Me faltam palavras para descrever sem ser melosa ou dramática demais. Mas eu me senti segura. Segura do tipo… Como me sinto com você e Margot.

— Isso é ótimo!

— É. Bom, aí ele continuou com os flertes sutis, depois foi se deixando mais perceptível. Eu estava bem alcoolizada, mas percebi logo o que ele queria. E deixei! Ele só não me beijou porque fomos interrompidos.

— Ai, sério… Que ódio!

— Ficamos um pouco distantes depois, acho que ele ficou com vergonha ou perdeu a coragem. E no outro dia… Eu não sei, eu podia sentir uma certa tensão.

— Óbvio que podia! Porque ela está bem aí! Sempre existiu, só vocês não viam.

— Ah, para.

Na-ham. Até o Hemmy acha que vai acontecer algo entre vocês algum dia. Ele vive dizendo “onde há ódio, há paixão”. E sendo bem sincera, eu adoraria que, se fosse para tirar a virgindade que já voltou pra você, deveria ser com ele.

— Elsa!

— Eu só estou falando a verdade e muita gente concorda comigo! Oito meses sem sexo e tirar o atraso com o Evans? Garota, você merece.

Ela me fez pensar. É isso aí, eu estava cogitando um sexo sem compromisso com Evans nesse exato momento. Eu não podia negar mais. Ele me atraía. De corpo, de rosto… A personalidade era irritantemente chata, e o bom humor todo o tempo me deixa até nauseada. Mas não posso negar que ele tem muita cara de quem faz bem, que sabe o que faz.

Nunca ouvi comentários sobre Evans no fórum. Ele sempre foi muito reservado e, até onde eu saiba, nunca teve nada com ninguém de lá. E se teve, escondeu muito bem. E isso só instiga mais minha curiosidade. Desde o dia que ele me beijou, eu ainda tenho os lábios macios em mente, e lembrar disso só me faz querer mais…

— Ok, talvez depois do natal eu… Eu tente conversar com ele…

— Hm… Ok. Só vou aceitar isso porque você já teve bastante progresso. Indo para festas, socializando… Essa é a Scarlett que eu gosto de ver!

— É a Scarlett que eu senti falta também. — Admito, sorrindo leve.

— Pouco a pouco você vai melhorando, amiga. Sem se forçar e no seu tempo, isso que importa.

— Tem toda razão. — Digo, vendo-a apertar minha mão, em um sinal de carinho que ela costumava fazer. — Mas e você? Quais as outras novidades?

— Nada demais além do que já contei. O trabalho está bom, o casamento melhor do que nunca… Chris ainda quer mais um filho.

— Outro?

“Não gosto de número ímpar”. Culpa dele ter feito gêmeos. — Ela diz, me fazendo rir mais.

— Sua barriga ficou imensa.

— Nem me lembra. Ainda bem que voltou tudo, com muuuuito exercício. — Ela diz, dando um longo ênfase. — E você? Zero vontade de um bebezinho?

— Nah. Nasci para ser tia, não mãe. Cuidei tanto de McKenna, India, Tristan e Sasha… Minha cota está cheia. Além do mais, eu sequer tenho namorado ou pretendente.

— E o Chris?

— Pretendente de sexo é diferente. Eu disse, se for ter algo com Evans, é sexo. Se eu aguentar olhar na cara dele por mais de uma vez para isso.

— Admiro demais esse ódio de vocês… Mas sobre o bebê, poderia tentar uma inseminação. Escolheria o melhor perfil de pai, sem precisar necessariamente de um.

— Ainda assim a gestação me aterroriza.

— Então o problema é o processo, não a maternidade.

— Isso. Não sei, costumam pôr tanta pressão sobre isso, sabe. É uma restrição de coisas, controle alimentar… Fora que eu teria que me afastar do trabalho do início ao fim, ou mataria a mim e ao bebê de estresse. E não consigo me imaginar parada por 9 meses de forma alguma.

— Você tem um ponto muito bom. — Elsa diz, pondo o copo na mesa de centro. — Já pensou em adotar?

— Na verdade, não.

— Seria uma boa. Poderia adotar uma criança mais crescida. Não teria tanto trabalho quanto com um bebê.

— Agora quem tem um ponto muito bom é você.

— Então… Há chances de eu ter um sobrinho seu?

— Não. Por enquanto, não. Não quero pensar nisso e me adiantar. Preciso me ajustar muito na vida antes de começar a cogitar essas coisas, entende?

— Entendo perfeitamente…

— El… Acha que eu preciso de um namorado? — Mudo um pouco de assunto, pensando em coisas de uma mesma vertente, cedendo aos questionamentos que cercavam minha mente agora.

— Não. Precisar, não precisa. Mas seria bom ter um quando se sentisse bem para isso. Um parceiro fixo…

— Entendi… Vou pegar mais sobremesa, você quer?

— Ah, eu aceito!

— Volto logo.

▰▰ // ▰▰

Oie!

Esse foi um dos caps que eu mais gostei de escrever. E os que vem depois me deixam até ansiosa...

Espero que estejam gostando!
Sexta tem mais!
Beijos;
🌷

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