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Observo um pouco Changmin, antes de arrumar seus brinquedos que estavam espalhados pelo quarto de hospital e, logo depois disso, pego a jarra de água que estava em minha mão e saio do quarto, fechando a porta e dando de cara com Jeongguk, que tinha suas mãos no seu jaleco branco.

— Ele está dormindo? — questiona, aproximando-se mais, então eu assinto, respondendo a sua pergunta — Eu vim aqui a uma hora atrás. Todos os seus sinais vitais estão estáveis. Não se preocupe. — ele diz, me atualizando sobre a situação de Chan.

— Obrigada, Jeon.

— Não é nada. Você sabe que tenho um carinho especial por Chan. — fala, enquanto andávamos lentamente pelo corredor do hospital.

— Eu o incomodo tanto. Você é o médico assistente de Chan e ainda por cima, meu vizinho. Você me ajuda mais do que deve, e me sinto um pouco mal por isso, afinal, não posso retribuir de nenhuma maneira. Tenho certeza que virou meu amigo porque provavelmente fez algo hediondo em sua vida passada, não?

— De novo com esse papo? Isso mesmo, eu fiz atos hediondos em minha vida passada e agora minha missão é te ajudar. Feliz agora?

Nós dois rimos brevemente.

— Ah, O doutor Min está no avião de volta pra cá. Ele vai fazer a cirurgia de Chan desta vez.

— Sério? — Jeon para e vejo seus olhos se arregalarem, ele parece surpreso por aquilo. — Isso é ótimo, Jennie!

— Com certeza é. Finalmente eu posso tirar um pouco de peso do peito.

— Mas como você conseguiu persuadi-lo? O diretor tentou fazer isso antes, mas não conseguiu e falhou miseravelmente.

— É difícil de explicar. — digo, quando começo a andar novamente pelo corredor, pronta para explicar detalhe por detalhe para gguk.

♥︎

— Min Jong-in é um completo idiota. Como ele pôde ter a coragem de te ameaçar com a doença de Chan? — propaga indignado — Se não fosse pela pouca idade de Changmin, eu teria confiança em fazer essa cirurgia.

— Não se explique, Jeon. Eu entendo. Você não teria me pedido para procurar o doutor Min se tivesse outro jeito.

— A cirurgia de válvula cardíaca é de extremo risco. Inicialmente, pensei em tratar Chan de forma conservadora, e esperar até que ele tivesse idade o suficiente para realizar a cirurgia. Mas parece que ele não pode mais esperar. O doutor Min é o cirurgião mais qualificado do país. O risco só pode ser reduzido ao mínimo, se ele fizer a cirurgia. Ainda assim, nunca imaginei que o filho do diretor Min fosse ser tão mau.

— Deixa pra lá. Enquanto Chan puder ser salvo, eu não vou me importar com o resto. Ele é apenas uma pessoa insignificante.

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A água quente do chuveiro escorrega por meu peitoral. Eu passo um pouco de produto em meu cabelo e começo a esfrega-lo, mas não demora muito para que eu relembre das cenas em que eu havia visto na festa.

Jennie sentada no colo de Jong-in, tentando seduzi-lo... De alguma forma, isso me deixa irritado. Mas porque diabos Jennie fez aquilo? Ela realmente fez porque queria? Fez de propósito? Talvez ela não tenha mudado. Ou melhor, talvez ela nunca prestou.

Saio do chuveiro e me seco, colocando um roupão branco e calçando meu chinelo preto. Em seguida, adentro na sala do quarto de hotel e vejo Hoseok em pé, ainda com seu terno de antes.

— Chefe, eu tenho as informações que deseja. A mulher na festa anterior é Jennie Kim. Ela é a diretora de uma das equipes de P&D da Be Agile. Além disso, ela tem sido uma figura bem conhecida na indústria de tecnologia nos últimos anos. — refere o mesmo, enquanto eu colocava o meu relógio de batimentos cardíacos.

— Figura conhecida? — falo, duvidando daquilo, e ao mesmo tempo, sentando no sofá a sua frente.

— Exato. Ela ingressou na Be Agile a cinco anos, começando como pesquisadora, e depois, foi promovida a diretora. No entanto, ela se juntou a Be Agile logo depois que ficou afastada. A mesma também esteve envolvida em vários projetos principais. Ela é cheia de surpresas.

— Por que ela ficou afastada?

— Isso eu não sei, mas eu ouvi dizer que a senhorita Jennie nunca comparece a reuniões de negócios. É estranho que ela tenha ido essa noite. Alguns disseram que ela foi atrás de você  — eu paro e olho diretamente para ele — Porque você é conhecido como uma máquina na indústria de investimentos. Você parece ser bastante influente. — ele fala rindo — Mas ao meu ver, eu acho que seu alvo era provavelmente Min Jong-in, porque todo mundo viu que nessa noite...

— Já chega. — falo interrompendo o mesmo, quando aponto para a porta, ordenando que o mesmo saísse. Hoseok sai sem questionamentos.

Pego o tablet que estava ao meu lado e vejo a foto do currículo de Jennie. Ela estava com um coque e ao mesmo tempo, vestida com um terno simples e elegante. Ela estava mais linda do que já era antigamente.

— Por que diabos você apareceu de novo, Jennie Kim?

De repente, meu relógio começa a alarmar, então saio de meu êxtase e coloco o tablet de lado do sofá.

[...]

Já em um outro dia, eu estava sentado na cadeira do sofá, enquanto Hoseok falava com a recepcionista do hospital. Logo, vejo Hoseok caminhar até mim e pergunto: — Quanto tempo para o resultado?

— Cerca de vinte minutos.

— Então você espera aqui, eu vou indo embora. — digo, já levantado da cadeira e pronto para ir embora.

Em uma questão de segundos, Hoseok se põe na minha frente, impedindo-me de avançar.

— Sua frequência cardíaca está rápida recentemente! A presidente me encarregou de trazê-lo para um check-up.

— Eu conheço o meu corpo muito bem! Aliás, diga imediatamente para a presidente parar de me monitorar quando ela já está atravessando o oceano Pacífico.

— Ela só está preocupada com você — ele fala colocando um sorriso sonso em seu rosto.

— Você é o assistente dela ou o meu?

— Claro que o seu! Só que a presidente paga o meu salário. — eu avanço para cima dele, como se estivesse furioso com o que ele acabara de dizer — Apenas fique por mais vinte minutos! Eu te asseguro que isso não irá afetar a reunião de conselho com os EUA essa noite. Ou então, você me demite sem dó! — Hoseok fala em prantos, fazendo uma cara de cachorro abandonado, implorando por algo.

— Vou tomar um pouco de ar fresco. Estarei de volta depois.

Sem ligar para o que Hoseok iria falar, saio de onde estava e entro no banheiro, ligando a torneira e lavando minhas mãos. Arrumo alguns fios de cabelo bagunçados, quando olho para o lado e reparo um garotinho que fazia o mesmo que eu, então nós rimos em simultâneo, achando aquilo engraçado.

Ele pega um pouco de papel e me da, para que eu enxugue minhas mãos. Eu as seco, e depois jogo o meu papel no lixo que havia ali. Estendo minha mão para que ele me desse seu papel e assim fez.

— Você é muito bonito!

— Sério? Você também é adorável. — digo, agradecendo, e ao mesmo tempo, rindo daquela situação.

— Obrigado! Minha mãe diz que eu me pareço com meu pai.

— Huh, então o seu pai deve ser tão bonito quanto eu, certo?

— Eu não sei. Eu nunca o vi pessoalmente. — o garotinho em minha frente fala, com um semblante triste.

— Nunca o viu pessoalmente? — questiono hesitante.

— Sim! Mas agora eu preciso ir. A minha mãe deve estar me procurando pelo hospital. Até mais! — ele fala, acenando e indo embora. Eu também aceno em resposta e observo o menino sair pulando do banheiro.

É lamentável ver crianças crescendo sem pai.

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﹫thvrubyj