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VIGÉSIMO SEGUNDO

A concentração já tinha sido um desafio naquela aula, com tudo que acontecera mais cedo. Carlisle Cullen, o respeitável médico de Forks, disposto a brigar com um garoto, e por mim! Era como se o universo estivesse tirando sarro da minha cara.

Chegamos à última aula do dia, biologia. Segurei meus cadernos, tentando ignorar o caos na minha cabeça, e então vi Emmett. Sentado exatamente na cadeira ao lado da minha, como se estivesse esperando para ser a cereja no bolo do meu dia já caótico. Aquele definitivamente era o meu castigo.

Suspirei e me sentei, torcendo para que ele me deixasse em paz — um pedido quase absurdo para alguém como Emmett.

Mas, claro, ele não aguentou ficar quieto.

— Devo te chamar de mamãe? — Ele soltou, rindo daquele jeito provocador que só ele tinha. A frase era tão absurda que quase me fez perder o controle.

Eu levei a mão à testa, sem acreditar no que acabara de ouvir.

— Não. Você não disse isso! — sussurrei, sentindo meu rosto esquentar de vergonha enquanto Edward, que estava a alguns assentos de distância, virou para olhar, os olhos cheios de curiosidade e divertimento.

Emmett ria como se tivesse contado a melhor piada da década. Era impossível não me sentir a própria piada do dia.

Balancei a cabeça em completa incredulidade, enquanto Emmett continuava rindo, como se tivesse acabado de descobrir o segredo mais hilário do universo. Sua gargalhada era um verdadeiro show, chamando a atenção de todos na sala e me fazendo afundar cada vez mais na cadeira.

— Cala a boca, seu abutre! — murmurei entre dentes, apenas para ele ouvir.

Ele tentou segurar o riso, mas uma última gargalhada escapou, só que dessa vez foi mais contida. Emmett se inclinou, abrindo a mão com um sorriso travesso.

— Tenho um presente! — sussurrou, revelando um pequeno papel dobrado.

Eu o encarei, cética. Havia algo na expressão dele que nunca significava nada simples ou inocente.

— O que é isso? — perguntei, pegando o papel com hesitação.

— Um lembrete... — ele piscou, com aquele brilho brincalhão nos olhos.

Desdobrei o papel, e lá estava um desenho tosco, feito às pressas, de um bebê vampiro cujo tinha um nome em destaque "Emmett"— com presas e tudo — e uma legenda: "Mamãe Grace." Olhei para ele, entre o riso e a vontade de socá-lo.

— Você é insuportável, sabia? — murmurei, mas era impossível não sorrir.

Tentei focar nos livros à minha frente, finalmente aproveitando o raro momento de silêncio depois que Emmett resolvera fechar a boca. Meus dedos deslizavam pelas páginas, mas minha mente escapava, e logo estava de volta à noite anterior. Não conseguia esquecer a sensação dos lábios de Carlisle nos meus, o calor que ele deixou em minha pele. Balancei a cabeça, afastando as lembranças e forçando-me a focar no que o professor dizia.

Então, algo chamou minha atenção. Bella estava com o anel que ganhara de Charlie em seu dedo, brilhando sob a luz da sala, e naquele momento, Edward se inclinou ao lado dela. Com uma expressão tranquila, ele ergueu um colar e colocou-o delicadamente ao redor do pescoço dela, sem se importar com a aula em andamento. Era um gesto simples, mas a expressão de Bella mudou completamente, como se um feixe de luz a atingisse, trazendo um sorriso genuíno, iluminado, que ela raramente demonstrava.

Eu não pude evitar sorrir enquanto os observava. Bella finalmente estava feliz, e nada me alegrava mais do que vê-la assim, como se tivesse encontrado uma parte de si que estava perdida. Eu assenti para ela, um sorriso compreensivo no rosto, torcendo para que ela soubesse que eu estava ali, feliz por ela, mas atenta. Porque, se algum dia ele machucasse o coração dela, eu não hesitaria. Machucaria o dele em dobro.

Quando o sinal finalmente tocou, foi como se o peso de horas se esvaísse em segundos. Saímos da sala em direção à porta, misturando-nos à multidão que fluía pelos corredores. Emmett logo se separou, unindo-se aos Cullen, e antes que eu pudesse reagir, senti o olhar gelado de Rosalie sobre mim, uma faísca de desgosto em seus olhos. Não era segredo para ninguém que ela não me suportava, e acredite, o sentimento era recíproco. Algo na frieza impecável dela me tirava do sério.

Mas então Alice sorriu para mim, do jeito carinhoso e quase travesso que ela sabia. Ao seu lado, Jasper estava como sempre: calmo e em perfeita sintonia com ela, quase como se fossem uma entidade única. Retribuí o sorriso dela, sentindo que, de todos ali, Alice era a mais fácil de lidar, talvez até a mais confiável... por enquanto.

Os Cullen sempre tinham um jeito peculiar de se revelar. Cada interação, cada olhar guardava algo velado. Eu sabia que eles eram capazes de surpresas, tanto boas quanto desastrosas.

Nosso pai havia nos mandado mensagem, avisando que estaria nos esperando no restaurante de sempre. Assim que vi a notificação, já tomei as chaves da picape e Bella se acomodou ao meu lado. Durante o caminho, observei-a distraída, acariciando o colar que Edward lhe dera como se fosse um tesouro. Ela parecia verdadeiramente feliz, e, mesmo sem querer, um sorriso se formou em meus lábios. Eu estava feliz por ela.

— Se ele machucar você, eu o mato. — Falei, apertando o volante, sem tirar os olhos da estrada. Era uma promessa, não uma brincadeira.

Bella sorriu, com aquele misto de segurança e nervosismo.

— E-eu acho que ele não faria isso. — Murmurou.

— Assim espero, mana. — Eu me permiti sorrir. — Mas se ele fizer... bom, eu também sei onde ele mora.

Bella riu, e o som preencheu a cabine do carro como um sopro de leveza.

— Papai deve estar nos esperando com o mesmo hambúrguer de décadas atrás. — Comentei, acelerando um pouco mais.

— Será? — Ela arqueou a sobrancelha, desafiadora.

— O que você acha? — Perguntei, já sabendo a resposta.

Ela se entregou a uma risada, sacudindo a cabeça. Depois, ergueu a mão e mostrou o anel, orgulhosa.

— Ele me deu isso hoje de manhã.

— Ele me deu um parecido. — Respondi, olhando para o próprio anel. — Ele nos ama, Bella. Estarmos aqui com ele, como uma família de verdade, isso é o que importa.

— Acho que ele ganhou a vida quando voltamos pra cá. — Ela suspirou, olhando pela janela como se as memórias dançassem em sua mente.

— Ele merece ser feliz, e a felicidade dele é ao nosso lado. — Pisquei para ela, enquanto entrava no estacionamento do restaurante, já avistando nosso pai pela janela. Ele sorriu ao nos ver, e, por um momento, me senti completa.

Descemos da picape e, assim que entramos, vimos a mesa já arrumada com os mesmos hambúrgueres de sempre. Bella me lançou um olhar cheio de cumplicidade e riso, como se esse gesto familiar de nosso pai fosse a resposta perfeita à brincadeira de antes.

Charlie abraçou Bella primeiro, murmurando palavras de carinho e parabéns pelo aniversário — mais uma vez, porque, para ele, qualquer motivo era desculpa para repetir. Logo, ele se virou para mim, e eu fui envolvida naquele abraço familiar que só ele sabia dar.

— Hambúrgueres! — Ele anunciou alegremente, puxando as cadeiras para que nos sentássemos.

Bati palmas em um gesto brincalhão, e Bella sorriu. Eu segurei o hambúrguer nas mãos, saboreando a primeira mordida, e aquele gosto nostálgico explodiu na minha boca. Era como uma viagem direta à infância, e pude sentir um calor aconchegante tomando conta de mim. Olhei para Bella e vi que, pelos olhos marejados, ela também sentia o mesmo.

Depois de um tempo em silêncio, apenas aproveitando o momento, decidi romper o conforto e trazer um assunto à tona.

— E-eu vou sair mais tarde. — Falei, tentando soar casual, mas sentindo meu rosto esquentar ao olhar para Charlie.

Ele imediatamente ergueu as sobrancelhas, surpreso.

— Sair? — Ele repetiu, em um tom que misturava curiosidade e leve desconfiança.

— Sim, pai. — Respondi, sabendo que a parte difícil estava por vir.

— É... com o garoto? — Ele perguntou, tentando esconder o incômodo.

Eu senti minhas bochechas queimarem ainda mais.

— S-sim. — Admiti, com um pequeno sorriso.

Charlie soltou um suspiro resignado e abriu um leve sorriso. Mesmo que não gostasse muito da ideia, ele não queria estragar o momento.

— E quando vamos conhecê-lo? — Ele perguntou, tentando manter o tom despreocupado, mas não tão bem-sucedido.

Sorri, tentando aliviar o clima.

— Provavelmente mais cedo do que você pensa.

Ele riu, mas logo voltou ao modo "pai protetor".

— Só se cuidem, ok? Spray de pimenta nas bolsas, as duas! — Ele apontou, com aquele tom de "ordem disfarçada de sugestão".

Bella levantou as mãos, rindo.

— O meu já está!

Rimos juntos, e o som parecia preencher o restaurante inteiro, como se estivéssemos em nosso próprio mundo, onde tudo se resumia a essa pequena família e esses momentos simples, mas perfeitos.

Terminamos nossa refeição com risadas e histórias de um tempo que parecia tão distante e, ao mesmo tempo, como se estivesse à espreita, sempre presente. Charlie estava especialmente nostálgico, recontando o dia em que Bella caiu da árvore tentando impressionar algum amigo da escola. Eu olhava para ela, que balançava a cabeça, rindo de si mesma e se perguntando como tinha sido capaz de fazer algo tão "idiota" — palavras dela, não minhas.

Charlie sorria com um brilho nos olhos, seu riso grave preenchendo o espaço e ecoando junto com as lembranças. Ele emendava história após história, como aquela vez que eu me escondi no quintal durante uma tempestade, me recusando a entrar até que ele me convencesse com um doce. Eu era muito comprável quando se tratava de doces.

No meio das memórias, nosso telefone tocou. Era nossa mãe, e o calor em seu tom já nos era tão familiar que parecia um abraço à distância. Ela nos deu os parabéns e disse que nos amava. Foi breve, do jeito dela, mas cheio de significado. Mesmo estando longe, era como se ela estivesse ali, parte daquele momento. Era sua maneira de dizer "estou com vocês", mesmo que só por um instante.

Ao terminar, nos dirigimos de volta para a picape. Charlie nos acompanhou até a saída, observando enquanto eu destravava a porta, e logo saímos dali, indo diretamente para nossa casa.

Cada batida do meu coração parecia ecoar por toda a casa, ressoando em um ritmo que eu mal conseguia controlar. 18:45. A buzina do lado de fora trouxe um frio na barriga que arrepiou minha pele. Eu estava sozinha em casa; Bella já havia saído para sua noite e meu pai ainda estava na delegacia, provavelmente enterrado em algum caso. Isso significava que só eu e Carlisle estávamos nessa situação, sem nenhuma distração para salvar qualquer um de nós.

Respirei fundo, tentando acalmar a avalanche de emoções enquanto descia as escadas. Por um segundo, parei diante da porta, engolindo em seco e tentando me recompor. Saber que ele estava ali fora, apenas aguardando, fazia cada pequena faísca de ansiedade se transformar em uma verdadeira chama.

A maneira como ele estava ali, encostado no carro, quase casual, me fez sentir uma pontada de nervosismo. Carlisle parecia diferente hoje, com aquela roupa preta, um ar descontraído que eu não imaginava que ele tivesse. Era raro vê-lo assim, sem o jaleco ou a formalidade que sempre o acompanhava. Ele estava... humano, talvez até vulnerável, mas ainda com aquele charme inabalável.

Caminhei até ele, meu vestido preto balançando com o vento, tão simples e sem pretensões quanto eu mesma me sentia naquela noite. Mas a maneira como ele me olhou, como se eu fosse a única coisa que existia ali, fez com que o vestido simples parecesse uma obra de arte. Seu sorriso se alargou ao me ver, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, ele se inclinou e depositou um beijo na minha testa.

— Você deveria ser um elogio, Grace Swan — ele disse, sua voz baixa e profunda.

Eu não pude evitar o arrepio que percorreu minha espinha, sua proximidade despertando algo em mim que eu ainda estava aprendendo a entender. A suavidade do toque dele parecia se infiltrar na minha pele, tornando impossível esconder o sorriso que surgia em meus lábios.

— Para onde vamos? — perguntei, minha curiosidade transbordando.

Ele apenas sorriu e abriu a porta do carro para mim, seus olhos brilhando com uma malícia divertida. O silêncio dele era uma resposta clara: ele não pretendia me contar nada. Entre suspiros e risos contidos, entrei no carro.

Enquanto Carlisle dirigia com aquela confiança serena que parecia vir naturalmente dele, notei seu braço estendendo-se para o banco de trás. Antes que eu pudesse questionar, ele trouxe uma bolsa para a frente e a colocou em meu colo, os dedos dele roçando levemente o tecido do meu vestido. O gesto parecia casual, mas o olhar dele, cheio de uma antecipação quase maliciosa, dizia outra coisa.

Encarei a bolsa com curiosidade e certa desconfiança. O que ele havia planejado? Ao notar minha expressão de confusão, Carlisle apenas sorriu, aquele sorriso charmoso e enigmático que ele dominava tão bem. Ele não precisava dizer muito; o brilho divertido em seus olhos era suficiente para me deixar ainda mais intrigada.

— Esse é o primeiro presente, — disse ele, mantendo o olhar na estrada, mas com um sorriso que quase transbordava no canto dos lábios. A cada palavra, minha ansiedade aumentava um pouco mais.

Respirei fundo, hesitando por um segundo antes de abrir a bolsa, como se estivesse prestes a desvendar algum segredo que mudaria tudo. E, de certa forma, era exatamente isso que estava acontecendo. Ao erguer o zíper, meu olhar caiu sobre uma seleção de peças de roupas dobradas com cuidado. Havia biquínis — delicados, de tecido macio e em cores neutras — vestidos, camisolas que pareciam fluir como seda entre meus dedos, cada um com detalhes sutis, mas requintados, que indicavam uma grife cara e conhecida.

Meus olhos se fixaram em um dos biquínis, e uma onda de nervosismo me atingiu. Minha respiração vacilou ao segurá-lo em minhas mãos, o tecido leve entre meus dedos. O calor que subiu para minhas bochechas era quase insuportável. Meu Deus, era um biquíni! E não qualquer biquíni, mas um que parecia pertencer a uma estrela de cinema, algo que eu jamais imaginaria para mim mesma. Nunca havia usado um biquíni em toda a minha vida. A ideia de vesti-lo e me expor, de me mostrar daquela forma, me assustava tanto quanto me instigava. E, de repente, percebi que Carlisle sabia disso. Ele conhecia meu desconforto, sabia o impacto que aquele simples gesto teria. Não era apenas um presente; era uma provocação sutil, um convite para romper minhas próprias barreiras e experimentar algo novo ao lado dele.

Desviei os olhos do biquíni e olhei para ele, mas ele apenas me lançou um breve olhar. Havia uma certeza tranquila nos olhos dele, uma confiança que ele queria, de algum modo, compartilhar comigo. Ele desejava que eu confiasse nele, que ousasse viver aquele momento.

— O-Obrigada... eu acho, — murmurei, sentindo uma onda de nervosismo, embora tentasse esconder por trás de um sorriso hesitante.

Carlisle manteve o olhar fixo em mim por um momento, como se estivesse tentando ler cada expressão minha, antes de voltar sua atenção para a estrada. Logo minha distração sumiu quando meus olhos captaram luzes à frente, uma área iluminada em meio à escuridão. À medida que nos aproximávamos, pude ver um jato estacionado, imponente, com a fuselagem reluzindo sob as luzes. Meu coração disparou, e senti o peso da adrenalina em cada batida, como se aquilo fosse o prenúncio de uma aventura completamente nova.

Carlisle estacionou. Ele desceu do carro primeiro e, antes que eu pudesse abrir a porta, ele a abriu para mim, como sempre, com aquele toque cavalheiresco que era tão natural para ele. E lá estava eu, encarando o jato particular, ainda tentando processar que aquilo estava realmente acontecendo.

Ele pegou a mala que havia me dado mais cedo, enquanto um homem próximo se aproximava e entregava um pequeno molho de chaves em suas mãos. Parecia um gesto simples, mas havia uma espécie de reverência no modo como ele fez aquilo. Com uma leve aceno de cabeça, Carlisle o dispensou, voltando-se para mim com um olhar convidativo e confiante.

A porta do jato estava aberta, revelando uma pequena escada que levava ao interior da aeronave. Carlisle estendeu a mão, me ajudando a subir com uma elegância quase cerimonial. Quando entrei, meus olhos foram imediatamente atraídos para o interior: tudo era impecável, desde os assentos de couro branco até a disposição de uma pequena mesa ao centro com frutas frescas, vibrantes e cuidadosamente organizadas. Era um cenário surreal, quase cinematográfico, e a ideia de que ele havia preparado tudo aquilo só para mim fez um calor reconfortante crescer no peito.

Meu olhar vagava, absorvendo cada detalhe com fascinação e uma pitada de nervosismo, mas meu sorriso era genuíno. Aquela cabine silenciosa e luxuosa parecia um universo à parte, um lugar onde o mundo exterior simplesmente não existia.

— Vamos para os bancos da frente, — disse Carlisle, com um sorriso que carregava uma emoção suave e rara. Ele guardou minha mala com cuidado antes de me guiar para frente, indicando o assento ao lado do dele.

Quando finalmente nos acomodamos nos bancos da frente, eu respirei fundo. Era tudo tão novo e emocionante que eu mal sabia para onde olhar primeiro. Cada botão, cada luz piscante parecia me chamar, despertando minha curiosidade.

— Não estamos no banco do motorista? — perguntei, inclinando-me um pouco para frente, tentando entender o que acontecia.

Carlisle virou-se para mim, um sorriso divertido nos lábios. Ele parecia tão relaxado, tão seguro em meio a todo aquele luxo. Era como se estivesse em casa, mesmo com os céus e as estrelas como nosso teto.

— Eu serei seu motorista, — respondeu ele, seu tom de voz carregado de confiança e um toque de humor.

Apertei o cinto de segurança, observando enquanto ele manuseava os controles com facilidade, quase como se fosse uma dança, e a maneira como seus dedos se moviam em direção aos botões me fascinava. O jato começou a vibrar suavemente, e eu senti um frio na barriga.

O jato subiu, e a força da decolagem me pegou de surpresa, causando aquele frio na barriga que eu conhecia bem. Não era a primeira vez que via o chão se afastar e as luzes da cidade se tornarem meros pontos brilhantes na escuridão, mas havia algo de especial em estar ali, naquele momento, com ele. O som do motor e a vibração da cabine se tornaram uma trilha sonora para minha emoção.

Carlisle estava concentrado, seus olhos fixos no horizonte à frente. Eu observava suas mãos firmes no volante, os dedos ágeis se movendo entre os botões com precisão. Era fascinante ver a maestria com que ele controlava aquela máquina. Mas, enquanto o jato voava suavemente pelo céu, minha mente começou a divagar.

Eu não conseguia evitar de pensar em como aqueles mesmos dedos, que agora controlavam a aeronave, haviam me tocado na noite anterior. O calor e a agilidade com que ele havia explorado cada centímetro do meu corpo, como se estivesse mapeando um território que era seu, fizeram meu coração acelerar mais do que a velocidade do jato. Mordi os lábios involuntariamente, perdida em lembranças.

De repente, ele virou o rosto para mim, capturando meu olhar. Nossos olhos se encontraram. O que eu não esperava era que aquela simples troca de olhares seria tão intensa. E eu sabia que ele também estava recordando a noite que compartilhamos.

Eu queria me distrair, falar sobre qualquer coisa, mas as palavras simplesmente não vinham. Em vez disso, apenas sorri, tentando esconder a confusão que crescia dentro de mim.

— Quero ver você usar aquelas roupas hoje. — Ele disse, virando levemente o volante do jato para a esquerda, a voz dele cheia de uma confiança que fez meu coração disparar.

Quase engasguei ao ouvir suas palavras. O impacto foi tão grande que eu tive que respirar fundo, como se estivesse submersa em água gelada.

— O que? — foi a única coisa que consegui articular, minha voz saindo em um tom de incredulidade.

Ele não parecia se importar com a minha reação. Em vez disso, um sorriso enigmático se formou em seus lábios.

— Está com vergonha? — ele perguntou, um sorriso malicioso se espalhando pelo seu rosto enquanto seus olhos se fixavam nas minhas bochechas, que provavelmente estavam tão vermelhas.

Fechei os olhos por um momento, tentando encontrar a coragem para enfrentar a situação. Olhei para as nuvens, tentando me perder em sua brancura etérea.

— Estranho, quando se engasgou com meu pau hoje mais cedo não estava. — A provocação saiu da minha boca antes que eu conseguisse pensar melhor, e logo me arrependi.

Minha expressão virou um completo choque. Minha boca entre aberta, mostrando que ele havia feito uma jogada baixa.

— Touche! — ele respondeu, os olhos dançando com uma ousadia provocadora, quase como se ele estivesse testando os limites da nossa brincadeira. Aquele sorriso desafiador, sempre no ponto certo, era sua marca registrada, mas eu não deixaria que ele ganhasse essa.

— Não brinque, Dr. Cullen, não haverá uma segunda vez se vier com gracinhas como essa. — Cruzei os braços e ergui a sobrancelha, lançando-lhe um olhar afiado. — E nem mesmo você poderá me "adorar" melhor.

Aquelas palavras o atingiram de forma evidente; seu sorriso hesitou, e ele ficou em silêncio, sem sua usual resposta afiada. Era raro ver Carlisle sem uma resposta imediata, mas agora ele apenas me observava, os olhos cautelosos, como se medisse o próximo passo.

— Touche! — imitei o tom dele, devolvendo o gesto com uma dose de ironia que me fez sorrir por dentro.

— Bem jogado — ele murmurou.

Carlisle manobrou o jato com precisão, e logo o horizonte revelou um cenário de tirar o fôlego. Altas árvores desenhavam sombras elegantes contra o céu, enquanto uma mansão deslumbrante, de arquitetura impecável, se erguia em meio ao verde. Estávamos pousando em uma pequena ilha paradisíaca, o tipo de lugar que só se vê em sonhos.

Meu coração batia mais rápido quando o jato tocou o chão com suavidade. Apertei o assento entre meus dedos, respirando fundo, tentando absorver cada detalhe. Assim que a aeronave parou, Carlisle abriu a porta e desceu, pegando minha mala com um gesto firme e cuidadoso. Ele estendeu a mão para me ajudar a sair.

Enquanto descia, meus olhos brilhavam, absorvendo cada detalhe daquele lugar. A casa era imensa, de linhas elegantes e paredes de vidro que refletiam a luz da lua. Parecia uma obra de arte fincada em meio à natureza, rodeada por uma praia de areias claras e águas tão transparentes que pareciam chamar meu nome. Caminhei alguns passos, sentindo o cheiro do mar, deixando o som suave das ondas invadir meus sentidos.

E então, a voz dele surgiu atrás de mim, interrompendo o meu encanto por um instante.

— Gostou? — ele perguntou, com um sorriso que eu podia sentir sem precisar olhar para trás.

Quando me virei para responder, meus olhos foram atraídos para o pequeno saco plástico que ele segurava. Dentro, um punhado de areia dourada, capturando a luz de um jeito quase encantador. Amarrado ao saco, um delicado laço trazia um toque especial, como se aquele presente fosse tanto simbólico quanto precioso.

— Seu presente... — Ele sorriu.

— Meu presente? — Perguntei sem entender.

— A ilha... A ilha é o seu presente.

— Essa autora precisa de um Carlisle, urgentemente!!

— Comentem e votem muitoooooo!!

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