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TRIGÉSIMO PRIMEIRO

Eu realmente esperava que Bella, ao menos ela, fosse capaz de abrir seu coração para mim, compartilhar seus pensamentos mais profundos, confiar que eu poderia entender. Mas agora, vendo a verdade, percebo que estava enganada. Minha própria irmã mantinha segredos de mim, talvez estivesse mais à vontade com Edward, talvez ele tivesse a confiança dela de um jeito que eu jamais tive. Doía admitir isso, mas era a realidade que se mostrava.

Meu olhar recaiu sobre Rosalie, e apesar do nó de raiva que apertava minha garganta, fiz o possível para manter o rosto sereno, escondendo a tempestade de emoções que a informação acabara de trazer à tona. Bella queria se tornar uma vampira. Não importava o que isso significasse, nem as consequências de uma escolha tão definitiva. Ela havia decidido sozinha.

— Por que ela não me contou... — murmurei, enquanto esfregava o rosto, tentando processar aquilo.

Rosalie me olhou com uma expressão mista de compreensão e impotência.

— Talvez ela estivesse esperando o momento certo para isso, não sei dizer.

Momento certo? Aquela explicação me irritava ainda mais. Entre irmãs, não deveria haver momento certo para se ser sincera, ao menos era isso que eu esperava de Bella. Ser honesta comigo deveria ter sido a prioridade dela desde o início, sem desculpas.

— Obrigada, Rosalie — falei, acenando levemente com a cabeça em agradecimento.

Depois de ouvir a história dela, meu coração pesava com a compreensão do que significava, de verdade, essa vida imortal. Cada palavra que Rosalie compartilhara me mostrava o preço que ser vampira poderia cobrar. Eu a via de uma forma mais profunda agora, entendendo as cicatrizes que ela carregava, invisíveis aos olhos dos outros, mas que moldavam seu olhar reservado, suas respostas afiadas. Ela era mais do que parecia; havia dor e perda sob sua beleza imaculada e aparente força. E eu? Eu realmente estava preparada para assumir esse fardo?

Perdi-me em meus próprios pensamentos enquanto voltava minha atenção ao espelho, observando meu reflexo com cuidado. O vestido vermelho abraçava cada curva do meu corpo com perfeição, emoldurando-me de uma maneira que eu jamais escolheria para mim mesma. Mas Carlisle tinha um gosto impecável; eu podia sentir seu toque cuidadoso até nos detalhes das rendas finas que ornavam a peça. A cor vibrante contrastava com minha pele, tornando-me mais misteriosa, quase uma figura de outra era. Mas esse vestido parecia ser mais do que uma simples roupa – era uma armadura delicada para a noite que estava por vir.

Rosalie se levantou, interrompendo meus pensamentos com sua voz baixa e serena, mas com aquele tom pragmático que lhe era característico.

— Bom, vou deixar você — disse ela, com um pequeno sorriso, deixando transparecer um toque raro de simpatia. — Acho que ele já está te esperando... — completou, desviando o olhar para a janela.

Eu apenas sorri, observando Carlisle, que estava parado do lado de fora, vestindo um terno azul escuro que o fazia parecer ainda mais elegante. Seus cabelos loiros estavam perfeitamente alinhados, sem um fio fora do lugar, e ele segurava um buquê de flores nas mãos, me lançando aquele olhar misterioso que sempre despertava minha curiosidade.

O que ele estava planejando?

Com o coração acelerado e uma leve risada escapando de mim, caminhei até a porta, passando por Emmett e os outros, que deram seus sorrisos e acenos como uma despedida discreta. Quando coloquei os pés do lado de fora, meus olhos se fixaram nos dele, e naquele instante, parecia que o mundo inteiro tinha ficado em silêncio. Ele estava simplesmente impecável, como se cada detalhe tivesse sido cuidadosamente pensado, desde o sorriso contagiante até o brilho de expectativa em seu olhar.

— Está deslumbrante, futura senhora Cullen — disse ele, entregando-me as flores com um gesto gracioso, que parecia antiquado e romântico de um jeito encantador. Depois, abriu a porta do carro para mim com uma leve reverência, como se eu fosse alguma personagem de um conto antigo.

— E o que você está planejando, Dr. Cullen? — perguntei, com um sorriso que eu não conseguia conter.

Ele apenas sorriu de volta, com aquele brilho travesso nos olhos, e se aproximou para sussurrar ao pé do meu ouvido:

— Shhh... vai ser melhor se ficar quietinha...

A frase me atingiu como uma onda familiar de arrepio, exatamente como sempre acontecia. Essa era a frase que ele usava quando tinha algo grandioso em mente, algo que ele queria me surpreender.

Carlisle começou a dirigir em silêncio, com uma expressão concentrada, enquanto meus olhos se voltavam para a estrada. As árvores passavam rapidamente pela janela, embaçadas pela velocidade, criando um cenário quase hipnótico. Deixei minha cabeça descansar contra o vidro frio e senti um sorriso se formar nos meus lábios. O que ele estava planejando? Não fazia a menor ideia, mas, de alguma forma, eu sabia que seria especial. Carlisle tinha esse dom – o de transformar cada momento em algo memorável.

À medida que nos aproximávamos da cidade, as luzes começaram a se destacar na escuridão, iluminando o caminho e anunciando nosso destino. Meus olhos brilharam de curiosidade quando Carlisle estacionou em frente a um restaurante elegante, um dos mais caros da região. Pelas janelas, era possível ver que estava vazio, como se estivesse reservado apenas para nós. Tudo estava iluminado, as mesas dispostas, a decoração impecável – mas não havia um único cliente ou funcionário à vista.

— Onde estamos? — perguntei, lançando um olhar intrigado ao redor.

— Vamos jantar fora — respondeu, piscando para mim com um ar divertido.

Suspirei, tentando reprimir a leve risada que ameaçava escapar. A ideia de Carlisle, um vampiro que não precisava de comida há séculos, me levando para jantar era quase surreal. Parecia uma ironia, uma espécie de piada particular que só nós dois entenderíamos.

— Você... você não vai comer — comentei, cruzando os braços e arqueando uma sobrancelha, esperando sua resposta.

Ele me lançou um sorriso malicioso, os olhos brilhando com um toque de provocação.

— Quem disse? — respondeu, inclinando-se levemente para mim, seus lábios curvados de maneira enigmática.

Aquela expressão me fez sentir um arrepio, e por um instante, esqueci completamente onde estávamos. Havia algo nele que sempre me fazia perder a compostura, algo cativante e perigoso que parecia brincar com minha própria vontade. Carlisle sempre conseguia ser imprevisível, e cada vez mais eu percebia o quanto ele gostava de me surpreender.

Ele saiu do carro, contornou até o meu lado e abriu a porta para mim, estendendo a mão. Aceitei o gesto, e ele entrelaçou nossos dedos, guiando-me até a entrada do restaurante com uma elegância que parecia vinda de outra época, e realmente, vinha.

— Onde estão todos? — perguntei, lançando um olhar ao redor, sentindo a estranheza do ambiente vazio.

Carlisle sorriu, aquele sorriso que era ao mesmo tempo encantador e levemente intimidante, e se inclinou ligeiramente, de modo que seus olhos se alinhassem com os meus.

— Eu fechei o restaurante só para você — ele respondeu, a voz baixa, sedutora. — Esta noite, não tem ninguém além de nós.

A ideia do restaurante inteiro reservado apenas para mim, o cuidado nos detalhes, cada gesto dele... tudo parecia tirado de um sonho. Ele me observava intensamente, capturando cada reação minha, como se soubesse exatamente o efeito que suas palavras causavam em mim.

— Achei que você merecia uma noite inesquecível — disse ele, entregando-me mais uma vez aquele olhar irresistível. — Então, por favor, sente-se, relaxe...

Carlisle me conduziu até a porta do restaurante, segurando minha mão com firmeza, e pude sentir seu olhar quente sobre mim enquanto atravessávamos o espaço vazio e silencioso. O ambiente estava perfeito, iluminado por velas que dançavam suavemente, refletindo nas paredes, criando uma atmosfera quase íntima, como se o lugar inteiro tivesse sido preparado para nós.

Ele me puxou um pouco mais perto, sua mão ainda segurando a minha com força, sua expressão intensamente provocadora.

— Você confia em mim? — ele perguntou, os olhos penetrando nos meus, como se buscasse uma resposta mais profunda que qualquer palavra poderia dar.

— Claro que confio... — respondi, quase sem fôlego, tentando manter a calma diante da proximidade e do tom sério que ele usava.

Seu sorriso se alargou, mas não havia nada de suave naquele gesto. Ele me soltou por um segundo, apenas para puxar uma cadeira e me fazer sentar, em um gesto de autoridade silenciosa, como se soubesse exatamente como cada momento deveria acontecer. Antes que eu pudesse protestar ou fazer alguma pergunta, ele se abaixou e me prendeu com o olhar, a voz baixa e provocante.

— Hoje à noite... — ele murmurou, os olhos faiscando. — Você vai fazer exatamente o que eu mandar, entendeu?

Meu coração disparou, e o ar pareceu escapar dos meus pulmões. Carlisle nunca havia falado assim comigo antes, mas havia algo no tom dele, naquela mistura de comando e carinho, que me deixou sem saber como reagir. As palavras dele pareciam ressoar dentro de mim, e, por mais que uma parte de mim quisesse responder, outra parte sentia-se desafiada, curiosa.

— E se eu não quiser obedecer? — provoquei, erguendo o queixo, testando os limites.

Ele inclinou-se um pouco mais, tão próximo que podia sentir seus lábios frios roçarem minha pele, e sussurrou ao meu ouvido:

— Eu garanto que você vai querer... — Sua voz era como seda, carregada de uma confiança inabalável que fazia meu corpo inteiro arrepiar.

Fechei os olhos por um segundo, tentando controlar a mistura de ansiedade e excitação que tomava conta de mim. Ele estava me desafiando, e eu sabia que, a cada segundo, ceder parecia mais inevitável.

Ele contornou a mesa lentamente, parando atrás de mim, e pude sentir a presença dele tão próxima que meu corpo inteiro ficou em alerta.

Seus dedos frios deslizaram suavemente pelo meu ombro, seguindo pelo meu braço até alcançar minha mão, onde ele entrelaçou nossos dedos com uma firmeza possessiva. Ele se inclinou, aproximando-se ainda mais, seus lábios roçando levemente a pele sensível do meu pescoço.

— Esta noite... — ele sussurrou, a voz baixa e envolvente, cada palavra carregada de promessa. — Vou explorar cada reação sua, descobrir cada parte sua que ainda não conhece.

Fechei os olhos, deixando o calor das palavras dele envolverem minha mente. Sua mão livre subiu, delicada mas firme, segurando meu queixo e inclinando minha cabeça para o lado, expondo meu pescoço. Ele traçou um caminho lento com os lábios pela minha pele, deixando-me à beira, cada toque tão controlado e provocante que fazia meu coração disparar.

— Faço questão de apresentar seu corpo para você mesma, de uma forma que apenas eu conheço...— continuou, com um tom que parecia uma ordem suave, mas irresistível. — Porque hoje, cada desejo seu será atendido...

Ele se afastou apenas o suficiente para que nossos olhares se encontrassem, seus olhos brilhando com uma intensidade que me deixava sem ar. Segurando meu rosto com delicadeza, ele se aproximou até que nossos lábios quase se tocassem, parando a uma distância que era uma tortura doce.

E antes que eu pudesse processar, seus lábios se fecharam sobre os meus, com uma mistura de ternura e desejo intenso, tomando cada centímetro do meu controle enquanto me rendia completamente a ele.

Seus lábios encontraram os meus, em um beijo que era ao mesmo tempo possessivo e lento, como se ele quisesse prolongar cada segundo, cada sensação. Meu corpo reagiu instantaneamente, um arrepio percorrendo minha pele enquanto os dedos dele deslizavam, tocando-me com uma leveza calculada, como se soubesse exatamente onde me deixaria sem fôlego. Quando levantei a mão para tocá-lo, desejando trazê-lo para mais perto, Carlisle se afastou, deixando-me em uma mistura de surpresa e frustração.

— Você precisa comer... — ele disse, com um sorriso que era ao mesmo tempo provocador e carinhoso. Ele fez um gesto suave com a mão, indicando que eu deveria permanecer no meu lugar.

Suspirei, frustrada e incapaz de esconder o desejo que ele havia acendido e, de propósito, interrompido. Mas ele apenas sorriu, como se apreciasse a provocação.

Um homem de terno se aproximou silenciosamente, colocando à minha frente um prato impecável, o aroma inconfundível da minha comida favorita perfumando o ar. Sorri, surpresa e encantada, enquanto olhava de volta para Carlisle.

— Como... como você sabia? — perguntei, tentando conter minha curiosidade.

Ele se aproximou, inclinando-se ligeiramente para que nossos rostos ficassem próximos novamente. Seus dedos tocaram meu queixo, erguendo-o suavemente, como se quisesse que eu mantivesse o olhar nele.

— Eu sei mais do que você imagina, querida — murmurou, a voz rouca e baixa. — Coma — ele sussurrou, num tom sedutor que soava como uma ordem. — Você precisa estar bem alimentada.

Minha respiração falhou, e uma onda de eletricidade percorreu meu corpo, mas segurei o olhar dele, aceitando o jogo. Ele se afastou o suficiente para me observar com aquele sorriso enigmático, como se soubesse que cada ato vindo dele me desestabilizava.

Com um último sorriso, abaixei o olhar para o prato, decidida a obedecer.

A comida descia com calma, cada garfada trazendo um sabor que eu sabia ter sido escolhido com cuidado. Fechei os olhos por um momento, aproveitando, mas quando os abri, senti o peso do olhar de Carlisle sobre mim. Ele estava parado à minha frente, com os braços cruzados, a postura relaxada, mas seus olhos... Ah, aqueles olhos. Eles queimavam em mim com uma intensidade que fazia meu coração acelerar. Meu rosto ficou quente, e tive certeza de que minhas bochechas estavam vermelhas.

— Você pode me devorar com esses olhinhos... — brinquei, tentando aliviar a tensão que se formava no ar. A frase foi uma lembrança de algo que costumávamos dizer em tom de provocação.

Mas Carlisle não sorriu da forma descontraída que eu esperava. Em vez disso, ele inclinou ligeiramente a cabeça, e a curva lenta e maliciosa de seus lábios me prendeu no lugar.

— Eu vou fazer isso — disse ele, com a voz baixa, rouca, carregada de promessa.

Engasguei no mesmo instante, tossindo enquanto tentava me recompor. Meus olhos se arregalaram, mas o dele permaneceu firme, fixado em mim com aquele ar inabalável de domínio e segurança. Carlisle se aproximou, pegando o guardanapo da mesa e inclinando-se para mim com uma calma quase predatória.

— Devagar, querida... não quero que perca o fôlego ainda — murmurou, enquanto passava o guardanapo pelos meus lábios com delicadeza, mas com um olhar que dizia exatamente o oposto.

Eu queria dizer algo, retrucar, mas a presença dele, tão próxima, roubava minhas palavras. Ele estava brincando comigo, mas de uma forma que eu sabia que só ele poderia controlar.

— Está tudo bem, querida? — ele perguntou, mas o tom não era de preocupação. Era puro desafio. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.

Eu engoli em seco, tentando recuperar o controle, mas o olhar dele, a forma como sua voz parecia deslizar por mim, fazia isso impossível.

— Você... você sabe que tem um efeito perturbador, não é? — murmurei, tentando soar firme, mas minha voz saiu mais baixa do que eu queria.

Ele sorriu, aquele sorriso lento e cheio de segundas intenções, inclinando-se para sussurrar ao meu ouvido.

— E você acha que isso é por acaso? — Suas palavras eram um sussurro rouco, mas carregadas de um magnetismo que fazia minha pele arrepiar. — Tudo o que eu faço é para provocar cada reação sua... cada respiração acelerada, cada arrepio. Eu gosto de te ver assim, sem saber o que esperar, sem saber o que fazer.

Meu coração disparou, e eu me mexi na cadeira, tentando fugir daquele olhar dominador. Mas ele não me deixou escapar. Sua mão deslizou para o braço da cadeira, prendendo-me ali sem tocar diretamente, mas deixando claro que ele estava no controle.

— Termine de comer, querida... — disse ele, com um sorriso que parecia uma promessa sombria. — Temos uma longa noite pela frente...

— E o que exatamente você tem em mente? — desafiei, tentando recuperar um pouco de terreno, embora minha voz ainda soasse hesitante.

Ele se inclinou ainda mais.

— Isso... você vai descobrir quando eu achar que é o momento certo.

Terminei de comer, mas a tensão que preenchia o ambiente parecia crescer a cada segundo. Carlisle continuava me observando, seu olhar intenso me atravessando como se estivesse lendo cada pensamento meu. Minha respiração falhava de vez em quando, e mesmo tentando parecer natural, o peso daquele momento me fazia tropeçar nos próprios gestos. 

Remexi-me na cadeira, indicando que já havia terminado, e ele sorriu de forma lenta e deliberada, como se aquele simples ato meu fosse exatamente o que ele esperava.

— Muito bem... — murmurou, começando a caminhar na minha direção com passos lentos e calculados.

De repente, uma música suave começou a tocar, preenchendo o silêncio do restaurante. Uma melodia delicada e envolvente que parecia ter sido escolhida a dedo para o momento. Carlisle parou na minha frente, e, com a elegância de sempre, estendeu a mão para mim.

— Dança comigo? — Ele pediu, mas havia algo no tom de voz que fazia parecer mais uma convocação do que uma pergunta.

Hesitei, meu olhar alternando entre sua mão estendida e seus olhos. Eu sabia dançar, claro, mas ele... ele era Carlisle Cullen. Cada movimento dele era como um espetáculo de perfeição, e a ideia de não estar à altura me fazia recuar.

— Carlisle... — comecei, tentando explicar minha hesitação, mas antes que pudesse continuar, ele inclinou levemente a cabeça, seus olhos brilhando com determinação.

— Não estou pedindo, Grace — disse ele, a voz firme, carregada de autoridade.

Por um momento, fiquei parada, completamente rendida ao peso do comando em suas palavras. Ele não estava me dando uma escolha, e, no fundo, eu sabia que não queria recusar. Então, lentamente, coloquei minha mão na dele, sentindo o toque frio e firme de seus dedos enquanto ele me puxava para mais perto.

— Confie em mim — ele murmurou, a voz como um sussurro rouco enquanto seus olhos capturavam os meus. — Eu vou te guiar.

E com isso, ele me envolveu em seus braços, começando a me conduzir pela melodia.

Os braços dele me envolveram com firmeza, mas ainda assim havia uma delicadeza em seus movimentos que fazia cada passo parecer natural, como se fôssemos feitos para nos mover assim juntos. Carlisle me puxava e conduzia pela melodia com tanta precisão que era impossível não me entregar ao momento, mesmo enquanto minhas mãos tremiam levemente contra ele.

— Você está indo muito bem — ele sussurrou, a voz rouca próxima ao meu ouvido. — Vê como é fácil quando me deixa te guiar?

Tentei manter minha respiração sob controle, mas a proximidade dele dificultava. Seus olhos estavam em mim, mesmo enquanto girávamos pelo salão vazio. O mundo ao nosso redor desaparecia, e tudo o que restava era o toque firme de suas mãos e a música que parecia ter sido feita apenas para nós dois.

— Você planejou tudo isso, não foi? — perguntei, minha voz saindo baixa, quase um murmúrio.

Ele sorriu, aquele sorriso provocador que me fazia perder o equilíbrio emocional.

— Cada detalhe — confessou. — Porque você merece o melhor, Grace. Só o melhor.

O jeito como ele disse meu nome, como cada palavra parecia carregada de uma emoção que eu não conseguia decifrar, me deixou sem palavras. Antes que eu pudesse responder, ele me girou suavemente, apenas para me puxar de volta com um movimento fluido, que me trouxe ainda mais perto de seu corpo.

— Carlisle... — comecei, mas minha voz falhou quando percebi o quão próximos estávamos. Nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância, e eu podia sentir seu olhar queimando em mim.

Ele inclinou ligeiramente a cabeça, sua voz mais baixa agora, quase um sussurro.

— Diga, Grace... você confia em mim? — perguntou novamente, mas dessa vez, havia algo mais profundo, mais desafiador em suas palavras.

Eu não conseguia desviar o olhar. As palavras estavam presas na minha garganta, mas sabia a resposta. Claro que confiava. Ele era Carlisle Cullen. Meu Carlisle.

— Sim — sussurrei, finalmente, sentindo meu coração bater descontrolado.

Um sorriso lento e satisfeito se espalhou por seus lábios enquanto ele me puxava ainda mais perto, de forma quase possessiva.

— Boa garota — murmurou, sua voz carregada de segundas intenções, enquanto seus dedos traçavam um caminho suave e firme pelas minhas costas, me deixando completamente rendida ao momento.

Carlisle me girou mais uma vez, e a sensação de leveza foi logo substituída pela sensação de estar sendo consumida por ele, por sua presença tão intensa. Fechei os olhos por um momento, entregando-me ao momento, mas, quando voltei a olhar para ele, um sorriso cheio de significado se espalhou pelo seu rosto, e algo pequeno reluziu em suas mãos.

— Você não teve um anel, minha futura esposa precisa ter um anel. — Ele falou, com um sorriso que carregava uma promessa.

Eu estendi minha mão até a boca involuntariamente, um suspiro escapando quando vi o anel. Um brilho intenso refletia sob a luz suave do ambiente, e, no centro, uma pedra preciosa estava cercada por intrincados detalhes de prata, cada curva e ornamento parecendo contar uma história própria. Era perfeito. E, mais que isso, era inacreditavelmente caro, o tipo de joia que raramente alguém pode ter, e que ele, de alguma forma, conseguira tornar disponível para mim.

Eu olhei para ele, incrédula, meu peito apertando com uma mistura de surpresa e uma sensação de deslumbramento.

— Carlisle... — sussurrei, minha voz tremendo ligeiramente. — Isso... isso é...

— Para você — ele completou, interrompendo, como se já soubesse o que eu estava pensando. A forma como ele me olhava parecia querer desvendar cada pensamento meu. — Eu não queria que você se sentisse incompleta, Grace. Este anel é para marcar esse momento, nossa união...

Com um sorriso suave, ele se aproximou de mim, os dedos frios tocando minha mão suavemente enquanto ele colocava o anel em meu dedo. A sensação do metal frio contra minha pele fez meu corpo se arrepiar.

Eu estava completamente em choque, meus olhos fixos na joia em meu dedo, sem conseguir desviar o olhar. O brilho da pedra refletia a luz suave do ambiente, mas, mais do que isso, refletia uma verdade que estava começando a se formar em minha mente. Agora era oficial... eu era noiva de Carlisle Cullen.

A sensação no meu estômago estava insuportável, uma mistura de nervosismo e aquele leve enjoo que parecia surgir do nada. A visão do anel em meu dedo ainda estava gravada em minha mente, mas a ansiedade tomou conta de mim de forma avassaladora. Claro, ele estava me deixando nervosa, mais do que o normal, e isso só piorava a situação. Eu precisava de um momento sozinha.

— Preciso ir ao banheiro... — falei, minha voz falhando ligeiramente enquanto olhava para ele, tentando manter a calma.

Carlisle parou de fazer o que estava fazendo e me olhou com aquele olhar atento e quase protetor. Ele sorriu suavemente e fez um gesto com a mão, indicando o caminho.

— Tudo bem, querida. — Sua voz era suave e reconfortante, mas eu sabia que ele estava atento a cada movimento meu, como sempre.

Fui em direção ao banheiro, meus passos pareciam mais pesados do que o normal, e quando entrei no pequeno espaço de mármore, o reflexo no espelho não me enganou. O rosto pálido, as bochechas ligeiramente coradas de vergonha, e os olhos um pouco inchados de emoção.

Fechei os olhos por um momento, tentando me recompor. Quando os abri novamente, vi minha expressão no espelho e balancei a cabeça, tentando afastar as ondas de ansiedade que se formavam. Lavei meu rosto, deixando a água fria me ajudar a dar uma pausa ao turbilhão que estava dentro de mim. Eu não ia estragar aquele momento por causa de um simples ataque de nervos. Isso não seria digno de mim, não agora.

Balancei levemente os dedos, secando o pouco de água que restava no meu rosto com uma toalha macia. Respirei fundo, tentando me concentrar e focar apenas no agora. Nada, nem mesmo o nervosismo que parecia me consumir, iria estragar a nossa noite. Nada.

Com um último olhar no espelho, e uma última tentativa de acalmar minha mente, para que o enjoo passasse, me virei e saí do banheiro. Quando voltei para o salão, meu olhar se encontrou com o de Carlisle instantaneamente. Ele estava lá, imperturbável, mas com uma leve preocupação em seus olhos.

— Tudo bem? — ele perguntou, com a voz suave, mas ainda assim, cheia de atenção.

Sorri para ele, tentando esconder qualquer vestígio da ansiedade que ainda restava em mim.

— Sim, estou ótima — respondi, com um sorriso mais confiante, embora ainda sentisse o peso da tensão em meu peito.

— Vamos aproveitar nossa noite, querida.

— Comentem muito, por favor!! ❤️

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