Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

SEGUNDO

Minha mente ainda tentava processar o que tinha acabado de acontecer comigo. Por que eu tinha ficado tão hipnotizada por aquele homem? Será que o acidente mexeu com a minha cabeça? Caramba, eu nem sequer bati a cabeça para poder suspeitar disso! O lugar onde ele havia me tocado ainda formigava, e meu corpo estava em um estado constante de arrepio. Meus hormônios deviam estar fora de controle, talvez. Como uma adolescente que nunca teve interesse por homens mais velhos de repente se vê obcecada por um? Aquilo parecia uma piada mal contada, algo tão irreal que só me restava rir.

Eu fui trazida de volta à realidade quando ouvi o som da porta se fechar com força, e, instintivamente, ajeitei minha postura, como se estivesse esperando por alguma coisa... ou alguém. Quando meu pai entrou na sala, visivelmente irritado, senti meus ombros se encolherem. Ele veio até mim, seu olhar passando por cada centímetro do meu corpo, verificando se eu estava ferida. A expressão dele era uma mistura de frustração e preocupação. Sinceramente, pai, eu também queria entender o que havia acontecido.

— Quem fez isso? — Ele praticamente cuspiu as palavras, seus olhos faiscando enquanto tentava controlar a raiva. Respirou fundo, seu olhar avaliador me tranquilizando quando viu que eu estava inteira.

— Foi um acidente, pai. Está tudo bem. — Eu recolhi minha mão, mas meus olhos não deixaram a porta. Era como se a qualquer momento aquele homem pudesse entrar de novo e me fazer sentir aquele êxtase absurdo.

É, êxtase... aquilo soava como uma piada ainda mais ridícula. Talvez fosse a adrenalina correndo pelas minhas veias, depois de anos vivendo na mesma rotina monótona. Aquilo estava me enlouquecendo. Uma enfermeira se aproximou, verificou meus sinais vitais e me mandou para casa. Claro que eu queria ir, mas uma parte de mim ansiava por vê-lo novamente. Era como uma nova vontade surgindo dentro de mim, algo diferente do tédio constante.

Quando meu pai abriu a porta, lá estava Bella, encostada em um dos cantos, ao lado daquele garoto pálido de mais cedo. O que ela estava fazendo com ele? Franzi o cenho, e percebi que Charlie ao meu lado também estranhava a cena. Ele apenas a chamou, sinalizando que era hora de ir.

Bella me lançou um olhar, como se quisesse me contar tudo o que havia acontecido, mas sabia que não poderia por causa do nosso pai. Ele sempre foi permissivo em relação a romances, mas, honestamente, nunca tivemos a chance de ver sua reação em prática. Bella se apoiou no meu braço quando descemos as escadas do hospital, e começou a falar baixinho.

— Ele é estranho. — Confessou com um tom de irritação.

— Me diz algo que eu não saiba. — Sorri levemente. Todos os moradores desta cidade eram estranhos, isso não era exatamente uma novidade.

— Eu perguntei como ele chegou tão rápido até a picape, Grace. Ele disse que foi coisa da minha cabeça, mas é impossível! Você viu também! — Bella estava claramente incomodada, como se ele tivesse desdenhado dela, e com razão. Ela não estava louca, eu também tinha visto.

— Ele é um idiota ou algo assim? Metade da escola viu o que aconteceu, e ele ainda quer negar na sua cara?

— Eu acho que ele está escondendo alguma coisa.

— Escondendo a idiotice dele, talvez? — Parei e olhei diretamente para ela. — Não tem muito o que esconder, Bella. Ele te protegeu, e agora não quer receber os créditos. Simples assim.

Bella concordou, mas eu sabia que ela ainda não estava convencida. Parecia que ela estava criando alguma teoria maluca sobre o que havia acontecido. Enquanto descíamos as escadas, meu pai já estava bem à nossa frente. No último degrau, eu olhei para trás, para o topo do hospital, e lá estavam eles. A loira, o garoto pálido, e, por último, ele.

O médico.

O motivo da minha insanidade momentânea.

Minhas pernas travaram. Por um momento, parecia que eu tinha esquecido como andar. Meu coração disparou, como se quisesse sair do meu peito. Ele parecia contar cada batida, como se estivesse no controle até disso. Eu me sentia como uma boba, uma adolescente impulsiva que se deixava levar pelo primeiro homem que aparecia na sua frente, mas com ele era diferente. E eu odiava isso. Eu odiava perder o controle.

Um som agudo e irritante invadiu meus ouvidos. A buzina de meu pai me fez despertar daquele estado. Pisquei algumas vezes, tentando recobrar o foco, e finalmente segui em direção à viatura. O que estava acontecendo comigo?

— E aí, como foi lá dentro? — Isabella perguntou, abrindo a porta para mim.

Como foi lá dentro? Eu seria incapaz de responder de forma sincera. Minha saúde nem passou pela minha cabeça. Tudo o que me importava, o que preenchia minha mente por completo, era ele. Carlisle. Ele parecia ter o poder de fazer tudo à sua volta se moldar à sua vontade, inclusive a mim.

— Estou bem. O médico me examinou e pediu para que eu me cuidasse. — Respondi, encostando minha cabeça contra a janela e olhando para o céu cinzento de Forks.

— Dr. Cullen é um excelente médico. Se ele disse que você está bem, eu confio totalmente. — A voz de Charlie era firme, cheia de confiança no homem. E aquilo me deixou ainda mais confusa. O nome Cullen não era estranho. Ele pertencia ao garoto pálido que estava comigo na aula de biologia. Edward.

— Cullen... que sobrenome esquisito. — Comentei com um sorriso discreto.

— Se fosse só o sobrenome, tudo bem. Mas eles em si são estranhos. O garoto que ajudou vocês hoje mais cedo era Edward Cullen, e o médico que te atendeu era Dr. Carlisle Cullen. Acho que são da mesma família, e acredito que Carlisle seja o pai de Edward.

Pai? Não era possível. Eu estava obcecada por um homem que tinha idade para ser meu pai? O que um acidente não faz com a nossa mente...

— Família estranha. — Bella comentou com a testa franzida.

— Mas são boas pessoas, podem acreditar. — Charlie tentou amenizar.

Eu não conseguia acreditar nisso tão rápido. A forma como Carlisle me olhou, como se estivesse lendo cada traço do meu rosto, como se soubesse o efeito que causava em mim. Ele sorriu de um jeito que só piorou a sensação, e eu sabia que estava prestando atenção em detalhes demais. Eu sabia.

— Tem alguém esperando por vocês. — Meu pai comentou, enquanto virava para nossa rua. E lá estava ele, um velho amigo da família, agora em uma cadeira de rodas... o antigo dono da nossa picape.

Quando Charlie estacionou a viatura, saímos sem pressa. Eu caminhei logo atrás de Bella, distraída, colocando minha mão esquerda sobre o pulso ainda formigando. Meus olhos focaram num garoto à frente, com cabelos longos e lisos, seus olhos castanhos curiosos me encarando de maneira amigável.

— Você é a Grace Swan, não é? — Ele perguntou, como se me conhecesse há tempos.

Por um segundo, senti como se estivesse revivendo meu primeiro dia de aula, a mesma estranheza e desconforto, mas com uma familiaridade inesperada.

— Sim — respondi, quase em um sussurro.

— Meu nome é Jacob Black — disse ele, estendendo a mão num gesto amistoso que me fez relaxar. — Você comprou a picape do meu pai.

— Ah — soltei, aliviada, apertando sua mão com mais confiança. — Você é filho do Billy, é claro, deveria me lembrar de você.

— Não, sou o mais novo da família. Você só deve se lembrar das minhas irmãs mais velhas.

Lembrei-me das várias vezes em que Charlie e Billy nos reuniram durante minhas visitas. Enquanto eles pescavam, Bella e eu ficávamos de lado, sempre tímidas demais para fazer qualquer progresso em uma amizade. Agora, ali estava Jacob, à vontade e quebrando o gelo de anos de distância.

— E aí, gostou da picape? — Ele perguntou, com um sorriso que parecia iluminar seu rosto.

— Amei — respondi, sem hesitar. — Funciona maravilhosamente bem.

— É, mas é bem lenta — ele riu, como se revelasse um segredo bem guardado. — Fiquei aliviado quando Charlie a comprou. Meu pai não ia me deixar trabalhar na montagem de outro carro enquanto tivéssemos um veículo "perfeitamente bom" na garagem.

— Não é tão lenta assim — retruquei, meio que defendendo o velho carro.

— Já tentou passar de noventa por hora? — Ele perguntou, um tom desafiador na voz.

— Não... — admiti, um tanto envergonhada.

— Ainda bem. Não tente. — Ele riu novamente.

Não pude deixar de sorrir automaticamente.

— Bella e Grace precisam descansar agora, foi um dia muito cheio. — Charlie comentou, com aquele sorriso de quem sabia que não havia mais energia em nós.

Ele estava certo. O dia tinha sido um turbilhão, e não apenas para mim, mas também para Bella. Depois de tudo que aconteceu e a maneira como as coisas se desenrolaram, só o que eu queria era sossego. Apenas acenei levemente para Jacob, pronta para me despedir, até que sua voz, agora mais alta, me fez parar e olhar para trás.

— Amanhã, você e uns amigos na La Push, o que me diz?

Fiquei surpresa com o convite inesperado, mas a ideia não me pareceu ruim. Seria uma boa oportunidade para conhecer a praia e, quem sabe, deixar as ondas e a brisa do mar levarem os pensamentos pesados que vinham me assombrando desde que voltei para Forks. Por um momento, a ideia de escapar, mesmo que por algumas horas, me pareceu irresistível. Sorri suavemente ao considerar isso.

— Sim. — Respondi, confirmando o convite antes de finalmente entrar em casa.

Charlie insistiu em nos deixar na escola com a viatura, o que não ajudava em nada a passar despercebidas. Como se o escândalo de ontem já não tivesse sido suficiente. Bella saiu rápido do carro, como se quisesse se livrar daquele momento o mais rápido possível, enquanto eu, mais lenta, deixei um beijo rápido na bochecha do nosso pai. Ajeitei a mochila no ombro e respirei fundo antes de sair, me preparando mentalmente para o provável interrogatório que viria dos curiosos de plantão. Sinceramente, eu esperava que Bella lidasse com isso, porque eu definitivamente não estava com paciência.

Antes que eu pudesse sair do carro, meu pai atendeu uma ligação. Ele hesitou por um segundo antes de atender, e a expressão no seu rosto mudou de surpresa para tristeza em questão de segundos. Franzi o cenho, já sentindo a curiosidade me corroer, mas sabia que não seria uma boa ideia perguntar nada agora. Esperei ele terminar a chamada e, incapaz de me conter, perguntei logo para encerrar aquilo de uma vez.

— O que houve, pai?

Ele suspirou pesadamente, suas mãos indo ao rosto como se estivesse carregando o peso da notícia.

— Um amigo morreu. Falaram ser ataque de animal — disse ele, com a voz grave e o olhar distante. Eu percebia que aquilo o atingia mais do que ele deixava transparecer.

— Ataque de animal? — Perguntei, incrédula. Algo ali não parecia certo, mas ele apenas balançou a cabeça.

— Vou investigar, Grace. Tenha um bom dia. — Ele se inclinou para me beijar a testa, um gesto carinhoso, mas que deixava claro que ele não queria falar mais sobre o assunto.

Sai do carro, vendo a viatura se afastar enquanto meus pensamentos começavam a correr. Um ataque de animal?

Quando voltei minha atenção para o estacionamento e para a entrada da escola, os Cullen já estavam lá. Juntos, como sempre, seus olhares penetrantes parecendo atravessar minha alma. Um arrepio percorreu minha espinha, e antes que eu pudesse desviar o olhar, um carro escuro se aproximou de mim. Meu corpo reagiu instantaneamente, tremendo de leve. Será que eu estava desenvolvendo algum tipo de trauma com carros? Talvez.

Os vidros escuros do carro se abaixaram lentamente, revelando o rosto familiar do Dr. Cullen. Meu corpo congelou, como sempre acontecia quando ele estava por perto. O sorriso dele era acolhedor, mas havia algo nele que sempre me deixava nervosa.

— Jovem Grace, como está? — Ele perguntou, sua voz suave, quase hipnotizante, fazendo meu nome parecer algo mais íntimo do que eu poderia imaginar.

Minha voz? Ela já tinha desaparecido há muito tempo. Eu engoli em seco, tentando encontrar palavras enquanto me segurava firmemente à minha mochila.

— Dr. Cullen, estou bem. — Consegui dizer, minha voz saindo mais firme do que eu esperava, embora por dentro eu ainda estivesse em pedaços.

Carlisle estreitou os olhos, e senti uma onda de calor subir pelo meu rosto.

— Dr. Cullen? O que combinamos, querida? — Os dedos dele apertaram o volante com uma facilidade que só acentuava o controle que ele exercia, não apenas sobre o carro, mas talvez sobre mim também. Ele me observava com tanta intensidade que parecia estar desvendando cada pensamento, cada emoção oculta.

Eu engasguei com as palavras, tentando me recompor.

— Ah, d-desculpe. — Sorri levemente, nervosa. — Carlisle.

Ele sorriu satisfeito, e mais uma vez seus olhos viajaram pelo meu rosto, como se estivessem mapeando cada traço, cada reação minha. Meu coração batia descompassado, como se quisesse escapar do peito. E quando ele passou a língua pelos lábios, de uma maneira quase casual, senti minha mente girar. Era como se aquele simples gesto fosse feito para me deixar hipnotizada.

— Assim está melhor. — Ele respondeu. — Bem melhor.

A sensação de estar obcecada voltava a me dominar, e dessa vez, a intensidade da atração me pegava completamente desprevenida. Carlisle era como um ímã, cada movimento, cada palavra, me puxava para mais perto de um abismo no qual eu nem sabia se queria ou podia escapar.

— Meus filhos vão fazer uma reunião em nossa casa, algo casual, entre amigos, e Emmett me disse que gostaria de convidar você. — Sua voz era como uma melodia cuidadosamente escolhida para me enredar ainda mais. Seus olhos brilharam por um breve instante enquanto ele olhava para mim pelo retrovisor, antes de voltar a atenção para o trânsito. — Podemos contar com a sua presença hoje? — Ele sorriu, aquele sorriso que parecia esculpido para desarmar qualquer resistência.

Antes mesmo que eu pudesse processar a proposta ou encontrar uma resposta, ele começou a acelerar o carro. O rugido do motor invadiu o silêncio, como se estivesse ansioso para levar Carlisle para algum destino que ele já havia planejado em sua mente. E como se lesse meus pensamentos ou sentisse minha hesitação, ele completou, com a voz mais firme:

— E não aceito um não como resposta. — As palavras soaram como uma ordem disfarçada de gentileza, e por mais que eu quisesse tentar resistir, sabia que já estava completamente rendida.

— Mas... — Eu realmente não tinha uma desculpa boa o bastante, mas ele, claro, já tinha o controle da situação. Como sempre.

Bella logo se aproximou, como se soubesse que eu precisava surtar com aquilo. Carlisle foi embora antes mesmo que eu pudesse negar, inferno!

Enquanto Bella falava, meus pensamentos estavam a mil, tentando processar a presença esmagadora de Carlisle e, ao mesmo tempo, lidar com o convite de Jacob. A ideia de passar o dia na praia parecia tão simples e acolhedora, e eu precisava desesperadamente de algo normal, longe das complicações.

— Edward te convidou, é? — Perguntei, tentando manter o foco na conversa enquanto meus olhos ainda queimavam de raiva na direção de Emmett. Ele, claro, parecia não ter a menor ideia do turbilhão que havia causado.

— De um jeito torto, sim — Bella disse, dando de ombros, como se aquilo fosse algo cotidiano, mas eu sabia que ela estava tão nervosa quanto eu, só que sabia disfarçar melhor.

— É claro que é tudo culpa daquele maldito idiota! — Resmunguei. — Ele acha que pode me manipular só porque sorriu e disse que "não aceita um não"? — Falei mais para mim mesma, mas o olhar de Bella indicava que ela estava tão consciente do meu dilema quanto eu.

— Não se preocupe, você pode sempre dizer não — Bella comentou, embora seu tom sugerisse que dizer "não" para alguém como Carlisle Cullen não fosse uma tarefa tão simples quanto parecia.

Eu estava tão envolvida em meus pensamentos que quase me esqueci da outra metade do problema. Jacob. O garoto da picape. Ele tinha sido tão gentil comigo, e eu prometi que iria. Não podia simplesmente cancelar por causa de um capricho repentino.

— Vou com o Jacob — decidi, firme, sentindo um peso ser tirado de meus ombros. Era a escolha certa. Jacob era a escolha certa.

— Tudo bem, aproveita — Bella respondeu, com aquele meio sorriso de quem sabia que minha mente ainda estava dividida.

Caminhamos juntas para a aula, mas minha mente estava presa entre dois mundos: o simples e seguro convite de Jacob e o sedutor e perturbador universo dos Cullen, personificado naquele convite impossível de resistir de Carlisle.

Mas eu iria resistir, pela minha sanidade mental e controle da porcaria do meu corpo!

As aulas finalmente chegaram ao fim, e assim que o sinal tocou, eu me levantei da minha cadeira, sentindo um alívio misturado à exaustão. Emmett, como sempre, não deixou de ser o centro das atenções e começou a me bombardear com bolinhas de papel, rindo como se isso fosse a coisa mais engraçada do mundo. Maldito! Ele definitivamente era o meu pesadelo nessa cidade tediosa. Eu só queria escapar da escola, então guardei meu material rapidamente na mochila, mal me importando em organizar tudo.

Quando coloquei os pés para fora da escola, o ar fresco de Forks me envolveu. A primeira coisa que notei foi Jacob, encostado na sua moto, com um sorriso largo e encantador. Ele estava tão diferente do que eu costumava ver. Olhei à distância e vi Bella acenando para mim, próxima ao Edward, e isso me fez sentir um frio na barriga. Eu realmente estava prestes a ter um dia diferente.

Caminhei até Jacob, passando as mãos pelo rosto em um gesto nervoso. Ele me entregou um capacete, e eu hesitei por um momento. Motos nunca foram meu forte.

— Vamos? — Ele perguntou, a felicidade transparecendo em sua voz.

— É, vamos — respondi, tentando inibir meu nervosismo. Com um esforço, subi na moto e segurei firmemente sua cintura, tentando me equilibrar.

Jacob acelerou a moto, e imediatamente o vento bateu no meu rosto como um jato de adrenalina. A velocidade aumentava, e eu senti o coração disparar. O ar puro e fresco de Forks era divino, um dos poucos aspectos bons daquela cidade cinzenta. Olhei ao redor e percebi que Jacob era um ótimo motorista; ele manobrava a moto com uma facilidade que me surpreendia, e mesmo eu não o conhecendo muito, era como se eu pudesse confiar nele.

Logo entramos em uma trilha, e à medida que avançávamos, o som do motor e do vento misturavam-se com os sons da floresta ao nosso redor. Então, em um instante, a imensa praia apareceu diante de mim. A visão era de tirar o fôlego.

Era divina. Fantástica.

A areia dourada se estendia à minha frente, e o mar se movia em ondas suaves, criando uma melodia relaxante que ecoava em meu coração. Eu nunca havia sentido algo assim antes. O lugar era um refúgio, um contraste tão forte com a monotonia da escola e os dramas que cercavam a minha vida. Eu me sentia viva, como se pudesse deixar todas as preocupações para trás.

— Uau... — deixei escapar, completamente impressionada. — Isso é incrível!

— Eu sabia que você ia gostar — Jacob respondeu, satisfeito, enquanto retirava o capacete. Ele sacudiu o cabelo, e o sol parecia realçar sua pele bronzeada. O contraste entre ele e os Cullen nunca pareceu tão claro.

— Eu não consigo acreditar que nunca vim aqui antes! — exclamei, caminhando em direção à beira da água. O toque da areia sob meus pés era suave, e as ondas lambiam minhas pernas, trazendo uma sensação refrescante.

— É um dos meus lugares favoritos — ele disse, se juntando a mim. — Sempre que quero relaxar ou pensar, venho para cá. É como um refúgio.

Olhei para ele, vendo a sinceridade em seus olhos. Jacob era tão diferente de tudo que eu conhecia. Ele era simples, genuíno, e isso me atraía de uma forma que eu não conseguia explicar.

— Eu posso ver por que — respondi, dando um passo para mais perto da água.

Passaram-se algumas horas desde que cheguei a La Push, e eu estava me divertindo mais do que esperava. Conheci alguns amigos de Jacob, e agora estávamos todos sentados em volta de uma fogueira, trocando histórias "assustadoras" sobre a praia e a floresta ao nosso redor. O calor das chamas contrastava com a brisa fresca do mar, e eu sentia que esse lugar era realmente um pequeno pedaço de paraíso.

— Eu preciso ir ao banheiro — disse, puxando o braço de Jacob para perto, sentindo uma urgência que não poderia ignorar.

— Não tem — ele respondeu com um sorriso divertido. — Estamos em uma praia, Grace. Não tem banheiros aqui.

Só podia ser uma piada. A necessidade de fazer xixi e a ideia de ter que enfrentar essa situação me deixaram um pouco irritada.

— Leva ela no matinho, Jake — sugeriu um dos caras, rindo, e logo o encarei com o meu melhor olhar mortal.

Jacob se levantou, como se realmente estivesse prestes a me levar para o lugar indicado. Se não fosse a situação embaraçosa e a urgência, eu teria mandado aquele cara à merda.

— Pode me deixar, eu consigo me virar sozinha — respondi, empurrando levemente Jacob para longe. Ele sorriu, mas sabia que não havia como convencê-lo a não me acompanhar.

Afastando-me do grupo, entrei mais no fundo da mata, sentindo a terra fria e úmida sob os meus pés. As árvores estavam levemente iluminadas pela luz da lua, criando um ambiente quase mágico, mas eu estava tão focada na necessidade que mal percebi o quanto o lugar era bonito.

Enquanto andava, a brisa suave sussurrava entre as folhas, e a única coisa que eu conseguia ouvir eram as risadas distantes do grupo em volta da fogueira. Então, um arrepio percorreu minha espinha quando notei um homem à frente, parado, com os braços cruzados e me olhando fixamente.

Voltei minha atenção para a fogueira e escutei mais risadas. Não podia ser Jacob; ele estava com os outros. Ao dirigir o olhar para frente novamente, bati contra o peito de alguém. Ao levantar a cabeça, perdi completamente a linha de raciocínio.

— O que eu falei, pequena Grace? — ele sorriu, um sorriso que não chegava aos olhos. O jeito como segurou meu queixo me deixou sem ar. — Não aceito um não como resposta.

— Dr. Cullen? — questionei, confusa e assustada. O calor da fogueira parecia distante agora, sufocado pela intensidade do olhar dele.

— Por que veio para cá com ele? — a pergunta dele soou mais como uma ordem do que um questionamento. Havia algo em seu tom que me fez sentir como se estivesse sendo interrogada, e o frio na barriga aumentou.

— O que? — eu disse, sem entender o que estava acontecendo, mas a adrenalina pulsava em minhas veias.

— Esqueça isso. Você não pertence a esse lugar — ele disse, o olhar profundo e predatório. — Está na hora de irmos.

— Não, eu... — tentei protestar, mas a autoridade na sua voz me paralisou. Não era apenas uma sugestão; era uma ordem, e ele sabia disso.

— Agora, Grace — insistiu ele, os olhos fixos nos meus, como se pudesse ler cada um dos meus pensamentos. A maneira como se aproximou me fez sentir como se não tivesse escolha. — Não me faça repetir.

Eu sabia que deveria resistir, que deveria me afastar, mas havia algo em sua presença que me atraía e ao mesmo tempo me aterrorizava. O que ele estava fazendo comigo?

— Grace toda perdida.

— Comentem e votem muito meus amores, e principalmente me digam o que acharam! 🫀

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro