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PRIMEIRO

Forks. Eu sinceramente nunca tinha imaginado vir para uma cidade como essa. Nossa mãe nos acostumou com praias, por mais que não gostássemos muito do sol, mas Bella e eu ainda preferíamos qualquer coisa além de Forks.

Morar com o nosso pai nunca foi uma boa opção para mim. Por mais que eu o amasse com toda a minha força, ainda assim estava apegada à minha antiga vida. Bella parecia aceitar essa nova rotina que estava por vir. Ela gostava do tempo nublado e sem vida de Forks, totalmente o oposto de mim. Minha irmã não estava muito focada nos detalhes, e seu gênio combinava com o nosso pai, o que facilitaria a boa convivência.

Estava chovendo. Bella ia no banco da frente enquanto eu estava atrás da viatura. A chuva batia nos vidros, e então deitei minha cabeça para sentir o cheiro da terra molhada e, pela primeira vez, o cheiro puro de uma cidade pequena.

— Vai ser legal, vocês vão gostar. As pessoas são receptivas, calorosas, diferentes do clima. — Charlie começou a falar, sorrindo ao fazer a pequena piada.

Ele não tinha a mínima culpa. Era um pai maravilhoso, que sempre esteve ali por nós, por mais que às vezes seu trabalho o chamasse mais do que de costume. Ele sempre estava ali, e agora estaria todos os dias, como sempre sonhou.

— Tá tudo bem, pai. Grace está ansiosa para conhecer La Push. — Bella respondeu, e a leve ironia em sua voz me fez querer socar seu braço.

— Como eu vou conhecer La Push se a cidade parece ter sido esquecida pelo calor? — Sorri, batendo levemente no ombro do nosso pai. — Olha para ele, está até pálido.

Charlie apenas revirou os olhos, entrando na onda da brincadeira. Desta vez, ele tinha vencido a luta. Fomos obrigadas a passar um mês a cada verão até termos 14 anos, e foi então que finalmente bati o pé. Nos últimos três verões, nosso pai passou duas semanas de férias conosco na Califórnia.

Agora era em Forks que estávamos fugindo da humanidade, uma atitude que assumi com muito pavor. Eu detestava essa cidade.

— É bom ver vocês. — Disse ele, sorrindo enquanto dividia o olhar entre nós. — Vocês não mudaram muito.

— É bom ver você também. — Bella respondeu.

Eu tinha só algumas malas. A maior parte das minhas roupas do Arizona era leve demais para Washington. Minha mãe e eu havíamos juntado nossos recursos para complementar o guarda-roupa da Bella e o meu, mas, ainda assim, era reduzido. Coube tudo muito bem na mala da viatura.

Era lindo, é claro; eu não podia negar isso. Tudo era verde: as árvores, os troncos cobertos de musgo, os galhos que prendiam as copas, a terra coberta de samambaias. Até o ar filtrava o verde das folhas. Era verde demais, um verdadeiro planeta para ETs.

Por fim, chegamos à casa de Charlie. Ele ainda morava na casinha de dois quartos que comprou nos primeiros dias de casamento com nossa mãe. Ali, estacionada na frente da casa, estava uma picape. Era de um vermelho desbotado, com para-lamas grandes e arredondados e uma cabine bulbosa. Para minha surpresa, eu adorei. Bella mexeu a boca nervosamente. Minha irmã não tinha gostado, mas se importava demais com os sentimentos do nosso pai para magoá-lo.

— Como um presente de boas-vindas. — Charlie olhou para nós com sua melhor expressão esperançosa.

— Foi muito gentil, pai. Obrigada. — Seria impossível não agradecer. Aquele gesto gritava a maior forma de demonstração de afeto que nosso pai um dia conseguiu alcançar.

— Não foi nada. — Murmurou ele, constrangido com a minha gratidão.

Dei um abraço desajeitado nele e logo peguei minha mala para irmos para dentro. Apenas uma viagem foi necessária para levar minhas coisas para cima.

Enquanto guardava minhas coisas, sozinha, o que me parecia quase impossível quando se tem uma irmã gêmea que fica como sua sombra vinte e quatro horas por dia, me peguei pensando em como seria a nova escola.

Eu não me relaciono bem com as pessoas da minha idade. Talvez a verdade seja que eu não me relaciono nem com as pessoas, e ponto final. Até minha irmã, de quem eu era mais próxima do que qualquer outra pessoa no planeta, nunca esteve em sintonia comigo, nunca esteve exatamente na mesma página. Às vezes me perguntava se via as mesmas coisas que o resto do mundo. Talvez houvesse algum problema comigo, e sinceramente aquilo me preocupava, ainda mais que amanhã seria apenas o começo.

Os pensamentos brigavam na minha cabeça, até o momento em que era hora de colocar a cabeça no travesseiro e dormir. Não consegui dormir bem naquela noite, mesmo depois de tentar decifrar como eu estava em Forks, pela milésima vez contra minha vontade. Ao fundo, o ruído constante da chuva e do vento não desaparecia. Puxei o cobertor sobre a cabeça e, mais tarde, coloquei também um travesseiro, mas só consegui dormir depois que toda aquela chuva parou.

Uma leve luz encheu meu quarto logo cedo. Só o que eu conseguia ver pela minha janela de manhã era uma neblina densa, e eu podia sentir a claustrofobia rastejando em minha direção. Jamais se podia ver o céu aqui, parecia uma porcaria de uma gaiola.

O café da manhã com Charlie foi um evento silencioso. Ele nos desejou boa sorte na escola. Agradeci, sabendo que suas esperanças eram bonitas. A boa sorte geralmente me evitava. Charlie saiu primeiro para a delegacia, que era sua esposa e sua família. Depois que ele partiu, fiquei sentada à velha mesa quadrada de carvalho, enquanto Bella terminava seu café. Sentada em uma das três cadeiras que não combinavam, examinei a pequena cozinha, com as paredes escuras revestidas de madeira, armários de um amarelo vivo e piso branco. Nada havia mudado. Minha mãe tinha pintado os armários dezoito anos atrás numa tentativa de colocar algum raio de sol na casa, mas ela falhou.

Esperei Bella terminar, segurando as chaves da picape. Ela tentou argumentar sobre ir dirigindo, mas eu era mais velha. Por alguns minutos, mas ainda assim, era mais velha.

Ainda estava chuviscando, não o suficiente para me ensopar enquanto pegava a chave da casa, sempre escondida debaixo do beiral, e tranquei a porta. Senti falta do habitual esmagar de cascalho enquanto andava. Não podia parar e admirar nossa picape novamente. Estava com pressa para sair da umidade nevoenta que envolvia minha cabeça e grudava em meu cabelo por baixo do capuz.

Abri a porta da picape, com um barulho que podia ser ouvido a dois quarteirões. Bella entrou, arrumando seus cabelos por causa da chuva, enquanto ajeitava desajeitadamente a tiara em sua cabeça.

Para meu alívio, o motor pegou rapidamente, mas era barulhento, rugindo para a vida e depois rodando em um volume alto. Bom, uma picape dessa idade teria suas falhas. O rádio antigo funcionava, um bônus que eu não esperava. Não foi difícil encontrar a escola, embora eu nunca tivesse ido lá. Como a maioria das outras coisas, ficava perto da rodovia. Não parecia uma escola — o que me fez parar foi a placa, que dizia ser a Forks High School.

Era um conjunto de casas iguais, construídas com tijolos marrons. Havia tantas árvores e arbustos que, no início, não consegui calcular seu tamanho.

Estacionei na frente do primeiro prédio, que tinha uma plaquinha acima da porta dizendo "Secretaria". Ninguém mais havia estacionado ali, então eu certamente estava em local proibido, mas decidi me informar lá dentro em vez de ficar dando voltas na chuva feito uma idiota. Saí, sem vontade nenhuma, da cabine da picape enferrujada e andei por um pequeno caminho de pedra ladeado por uma cerca viva escura.

— Como você acha que vai ser? — Bella perguntou, me tirando completamente daqueles pensamentos. Eu não sabia dizer. Ela sempre perguntava tudo para mim, como se eu tivesse as respostas para todos os nossos problemas, e, na maioria das vezes, de fato eu tinha. Mas desta vez... eu não fazia a menor ideia de como seria.

— Vamos tentar fazer dar certo, pelo Charlie. — Murmurei, mexendo os dedos em um dos anéis da minha mão esquerda. — Não vamos imaginar um bicho de sete cabeças, Bell.

— Não imagino sete, imagino oito. — Ela sussurrou, caminhando para mais perto de mim, enquanto nos aproximávamos do local.

Respirei fundo antes de abrir a porta. Lá dentro, o ambiente era bem iluminado e mais quente do que eu imaginava. O escritório era pequeno; uma salinha de espera com cadeiras dobráveis acolchoadas, carpete laranja manchado, recados e prêmios atravancando as paredes, um relógio grande tocando alto. Havia plantas em toda parte em vasos grandes de plástico, como se não houvesse verde suficiente do lado de fora. A sala era dividida ao meio por um balcão comprido.

Havia três mesas atrás do balcão, uma delas ocupada por uma mulher de meia-idade, com cabelos curtos cor de areia. Ela vestia uma camiseta roxa.  que de imediato fez com que eu me sentisse produzida demais.

A ruiva olhou para mim e depois para Bella.

— Posso ajudá-las?

— Meu nome é Grace Swan, e essa é minha irmã, Isabella Swan — informei-lhe, e logo vi a atenção iluminar seus olhos. Éramos esperadas, um assunto de fofoca, sem dúvida.

— É claro — disse ela, cavucando uma pilha de documentos na mesa até encontrar o que procurava. — Seus horários estão bem aqui, e há um mapa da escola. — Ela trouxe várias folhas ao balcão para nos mostrar.

Ajustei meus horários, e em algumas aulas consegui ficar na mesma turma que minha irmã; em outras, infelizmente, teremos que fazer separadas. Mas não havia problemas, afinal, nem tudo seria um mar de rosas como um conto de fadas em Forks. Bella olhou seus horários e me avisou que estava na hora da nossa aula de biologia, confesso que era uma das poucas matérias de que eu realmente gostava, então não seria tão difícil começar o dia.

Quando viramos para entrar na sala, o professor fez questão de anunciar nossos nomes em alto e bom som. Bella sorriu levemente, suas bochechas corando conforme o sorriso se alargava de vergonha. Eu apenas encolhi os ombros e fingi indiferença. Odiava apresentações.

Foi nesse momento que os olhos de minha irmã se voltaram para um garoto pálido que estava sentado. Logo o professor pediu para que ela fosse dupla dele. Bella o admirou, e eu podia quase sentir que o tempo parou para ela, até se dar conta de que toda a sala estava fixada nela. Bella segurou os livros e se sentou ao lado dele.

Eu ainda estava de pé, esperando onde poderia ser meu lugar nesta aula. Então o professor acenou para outro garoto, extremamente pálido como o cara que fez minha irmã perder a linha. Eles eram até mesmo... parecidos? Talvez.

— Senhorita Swan, pode sentar-se ao lado do senhor Emmett — ele falou, enquanto me guiava até a mesa com o homem me encarando, como se a qualquer momento pudesse me engolir.

Olhei diretamente para os olhos dele, como se perguntasse se ele tinha perdido alguma coisa... talvez a vergonha na cara?

Ele apenas sorriu e direcionou sua atenção para a mesa.

— Como é essa coisa de gêmeas? — Ele começou a falar enquanto eu colocava minhas coisas na mesa e abria meus livros.

Revirei os olhos.

— Você sabe, essa coisa de estarem ligadas. É verdade? — Ele apoiou a cabeça nas mãos e os cotovelos na mesa, olhando para mim, esperando ansiosamente pela minha resposta.

Enquanto isso, Bella seguia desconfortável com a dupla, e como um surto, o cara pálido ao lado dela simplesmente se levantou e foi embora, deixando-a sozinha.

— Que porra... — sussurrei para mim mesma.

— E aí, gatinha, por que você não me explica como isso funciona? — Ele perguntou de novo, tirando o pouco de paciência que me restava.

— Qual é o seu nome mesmo? — Bati as mãos levemente na mesa.

— Emmett Cullen.

— Emmett, sim. Eu sinto tudo que minha irmã sente. Quando ela está triste, eu também estou. Quando ela chora, eu também choro. Estamos ligadas — respondi.

— Sério? — Ele perguntou, curioso dessa vez.

— Óbvio que não, idiota. — Levantei, pegando minhas coisas e indo em direção à minha irmã.

Eu não queria lidar com assuntos idiotas, e aquele garoto estava se mostrando além de idiota. Por que o outro cara fugiu daquela forma? Por que ele parecia estar à beira de um surto? Talvez tivesse problemas mentais? Eu realmente queria entender.

Sentei-me ao lado de Bella e toquei levemente o braço dela.

— Ei, o que aconteceu?

— Nada. Ele se levantou e praticamente fugiu de mim — confessou.

— Um idiota. Não dá bola, tudo bem?

Ela começou a cheirar as próprias mãos e depois o cabelo.

— Estou fedendo?

— O quê? — Perguntei, incrédula.

— Estou fedendo, Grace?

— Não, Isabella, você não está fedendo.

Minha irmã parecia realmente intrigada. Por que aquele idiota correu daquele jeito? Todos os moradores dessa cidade são assim, estranhos? Apenas respirei fundo, olhando para o idiota que ainda estava com os olhos em mim. Eles não podiam ver uma "carne nova"? Que tipo de necessitados são esses?

— Começo ruim? — Bella perguntou, arrumando suas coisas para irmos embora assim que a aula terminasse.

Não era apenas um começo ruim, era um começo péssimo.

— Eu só quero ir para casa — falei, terminando de colocar os cadernos na mochila.

Bella concordou, afinal, nem ela nem eu estávamos suportando ficar aqui por mais um minuto. Segurei minha mochila e, assim que o sinal tocou, saímos para fora, prontas para ir para casa. Nossa picape estava estacionada lá fora, num lugar que eu nem ao menos tinha certeza se era permitido estacionar. Segurei as chaves na mão e, quando tentei abrir a porta, elas simplesmente quebraram.

— Nosso pai disse que essa picape tinha anos, mas não pensei que fossem décadas — falei, mostrando as chaves para Bella, que logo ficou ao meu lado.

— Não, droga — ela murmurou.

Foi nesse momento que um carro, em alta velocidade, derrapou na pista principal da escola. Bella e eu nos viramos ao mesmo tempo, e o carro, completamente fora de controle, vinha em nossa direção. Fechei os olhos e ouvi uma forte batida.

Eu estava com medo de abrir os olhos de novo. O que iríamos ver? Nossos corpos estraçalhados? Nossas pernas quebradas? Mas, ao menos, não deveria estar doendo? Droga. Começo de merda.

Assim que abri os olhos, vi o rosto do mesmo garoto pálido. Seus olhos estavam conectados aos de minha irmã, e por uma fração de segundos todos os alunos pareceram se juntar em um único ponto, enquanto ele saía dali mais rápido do que chegou.

Como caralhos ele chegou tão rápido?

Não pude raciocinar quando uma dor aguda atingiu meu pulso. O impacto me jogou para longe, e apoiei a mão no chão, o suficiente para torcer um pouco. Bella se levantou, batendo as mãos, e logo se aproximou de mim.

— Vamos ao hospital.

Escutei a voz dela, e logo nos colocaram em um carro qualquer, nos levando diretamente para o hospital de Forks. Nosso pai vai surtar quando descobrir, sem contar o drama inteiro que ele vai fazer sobre uma "possível" quase morte.

Chegando no hospital, logo me sentei em uma das macas, esperando atendimento. Ser filha do xerife da cidade tinha seus pontos positivos: não precisávamos esperar muito.

Olhei para a porta e, de repente, ele apareceu. Seus cabelos loiros estavam impecáveis, caindo levemente sobre sua testa, e seus olhos, fixos nos meus, pareciam me desarmar. O sorriso sutil e os lábios rosados, contrastando com os dentes brancos e perfeitos, tinham algo de provocante, quase insuportável.

Hesitei por um instante ao sentir a ponta dos dedos do médico deslizar suavemente sobre minha pele enquanto ele examinava meu pulso. A sala parecia esfriar ainda mais à medida que ele se aproximava, o cheiro de seu hálito gelado escapando lentamente quando falou meu nome pela segunda vez. Eu mal conseguia respirar. O jaleco branco moldava seu corpo de maneira quase perturbadora, e aqueles lábios... quase delicados demais para a frieza que transmitia.

— Grace Swan — ele repetiu, e eu tremi. O som do meu nome saindo de sua boca me deixou ainda mais ciente de cada centímetro de espaço entre nós.

Quando ele tocou meu pulso, senti um choque gelado percorrer minha espinha, e minha pele se arrepiou involuntariamente. Aquilo foi o suficiente para me fazer derreter por dentro, mas mantive a postura, ou pelo menos tentei. Seus olhos, tão calculadamente frios e atentos, rastreavam meu rosto com uma precisão que me fez desviar o olhar.

— O que aconteceu? — Sua voz baixa e rouca preencheu a sala, reverberando de um jeito quase sensual.

— Um pequeno acidente... — tentei soar firme, mas gaguejei ao sentir seus dedos roçando minha pele. — N-nada grave.

O canto dos seus lábios se curvou em um sorriso discreto, mas carregado de algo mais. Ele inclinou a cabeça, avaliando-me, sua presença dominando o espaço entre nós.

— Seus sinais estão bons — ele continuou, a voz afiada e profissional, mas algo em seu tom sugeria outra coisa. — Sorte sua.

Sua mão subiu até meu queixo, erguendo-o levemente para me forçar a olhar nos olhos dele. Minha respiração falhou por um segundo. Era como se a sala tivesse encolhido, ou talvez fosse a maneira como ele estava próximo demais, sua respiração fria em contraste com o calor crescente sob minha pele.

Eu me mexi na cadeira, desconfortável com o quanto minha cabeça estava rodando, mas não queria que ele percebesse o quanto estava me afetando.

— Como eu disse, sorte — ele murmurou, aproximando-se ainda mais, a luz da pequena lanterna iluminando meus olhos. Era impossível desviar o olhar dos dele.

Dr. Cullen. Esse nome parecia ecoar na minha mente.

Porra, Cullen?

Ele deu um leve tapinha no meu ombro, o suficiente para quebrar um pouco a tensão.

— Melhor do que isso, acho impossível — ele sussurrou, saindo da sala, deixando-me ainda mais intrigada.

Ele deu um passo para trás, e só então eu percebi o quanto estava segurando a respiração. Aproveitei o momento para encher os pulmões, tentando recuperar o fôlego que ele tirou de mim sem esforço. Ele me intimidou, e droga, eu gostei disso mais do que deveria.

— Se cuide agora, senhorita Swan. — Sua voz soava mais suave. — Se precisar de qualquer coisa, estamos aqui para lhe servir.

Ele sorriu, um sorriso enigmático que mexeu com algo dentro de mim. Como se soubesse exatamente o efeito que tinha. Eu tentei manter a compostura, mas meus pensamentos estavam longe de controlados. A maneira como ele disse "aqui para lhe servir" parecia sugerir muito mais do que apenas cuidados médicos.

Porra, eu estava enlouquecendo.

— Obrigada, Dr. Cullen — agradeci, tentando manter a compostura enquanto o olhava.

Ele esboçou um sorriso discreto, e seus olhos brilhavam com algo que eu não conseguia decifrar.

— Pode me chamar de Carlisle — disse, a voz suave, mas com um toque que me fez arrepiar.

Eu hesitei por um segundo, surpresa com a súbita mudança de tom. Seu nome soava estranho e íntimo demais para escapar dos meus lábios, mas algo nele me fazia querer dizer.

— Certo... Carlisle — finalmente respondi, tentando não parecer tão afetada quanto me sentia.

Ele deu um passo em minha direção, o que fez meu coração disparar novamente, embora seu olhar continuasse calmo, quase clínico.

— Viu? — Ele disse, com um meio sorriso. — Não foi tão difícil, foi?

Eu engoli em seco.

— N-não, acho que não — consegui murmurar, amaldiçoando-me internamente pela gagueira.

Ele inclinou a cabeça ligeiramente, como se estudasse cada mínima reação minha. Seus olhos desceram dos meus para meus lábios por um segundo, antes de voltarem a se encontrar com os meus.

— Grace — ele pronunciou meu nome lentamente, como se quisesse saborear cada sílaba. — Espero que não se machuque de novo... — ele deu uma pausa, os cantos dos lábios se curvando levemente —, uma jovem como você precisa ter cuidado.

Senti um calor inesperado subir até meu rosto, enquanto tentava manter a compostura.

— Eu vou tentar ser mais cuidadosa — respondi, tentando soar firme, mas falhei quando minha voz saiu baixa e um pouco trêmula.

Carlisle inclinou-se um pouco mais, tão perto que pude sentir seu hálito gelado quando ele sussurrou:

Boa menina.

Ele se afastou então, aquele sorriso enigmático ainda presente, como se soubesse exatamente o efeito que tinha sobre mim. Eu não consegui evitar o arrepio que percorreu minha espinha, enquanto ele caminhava em direção à porta.

— Se precisar de mim, Grace... Se precisar de nossos atendimentos, você saberá onde me encontrar — ele murmurou antes de desaparecer pela porta, deixando-me sozinha com o coração batendo descontroladamente.

O que acabou de acontecer?

— Primeiro capítulo postado, espero que gostem e por favor, comentem e votem muito, isso ajuda essa autora aqui a continuar! 🫀

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