NONO
Eu nunca pensei que Carlisle e eu poderíamos nos separar. A ideia de uma eternidade ao lado dele parecia tão certa, tão absoluta... até não ser mais. Talvez aquela eternidade fosse mais distante do que eu havia imaginado. Eu sabia que não podia competir com La cantante dele. Grace. Ela tinha o sangue que o deixava hipnotizado, ao ponto de cometer qualquer loucura por ela, e eu percebi isso desde o primeiro dia que ele a viu.
No momento em que seus olhos pousaram nela, no mesmo dia que ele chegou em casa, suas pupilas dilatadas, como se estivesse sob o efeito de uma droga, revelaram tudo. Grace era a droga dele, a perdição dele. E eu... bem, eu não era mais suficiente.
Ele chegou em casa como sempre fazia, mas era evidente que sua mente e seu corpo já estavam em outro lugar, já pertenciam a ela. Quando finalmente ficamos juntos naquela noite, a forma como ele me tocou foi diferente. Havia uma fome nele, um desespero que eu nunca tinha sentido antes. No começo, acreditei que fosse por mim, que aquele desejo crescente fosse um reflexo de nós dois. Mas logo percebi que eu estava enganada.
Carlisle estava sedento, mas não por mim. Seu toque, antes gentil e carinhoso, agora era urgente, bruto. Quando seus lábios encontraram os meus, eu senti que havia algo errado. Não era o mesmo beijo de antes. Havia algo mais profundo, mais sombrio. O modo como ele passou a língua pelo meu corpo, como se quisesse devorar cada centímetro de mim, não era por mim. A forma como ele segurou meu pescoço, os dedos pressionando minha pele como se ele estivesse à beira de me consumir inteira... aquilo não era para mim.
Foi ali, naquela noite, que eu finalmente entendi. Ele desejava outra. O que ele queria, o que ele ansiava com cada célula do seu corpo, não era o que nós tínhamos, não era o nosso amor. Era ela. Sempre foi ela.
E naquele instante, eu soube que Grace tinha algo que eu jamais poderia dar a ele. Algo que o consumia de um jeito que eu nunca conseguiria. Eu sabia que nossa eternidade estava se fragmentando, e, pela primeira vez, eu encarei a possibilidade de que ele não era mais meu.
Carlisle se encontrou preso em uma luta interna desde o momento em que seus olhos pousaram naquela garota. Algo mudou nele, algo profundo, sombrio, que começou a crescer de forma descontrolada. Quando sua obsessão atingiu o ponto de passar um tratado de paz com os lobos – um acordo pelo qual ele lutou tanto para proteger nossa família – eu soube que aquilo não era normal. Não poderia ser amor. Não daquele jeito.
Grace tinha o sangue que despertava o pior em um vampiro como Carlisle. Ela era La tua cantante, como o vampiro Aro a chamaria. Seu sangue tinha o poder de deixar Carlisle completamente à mercê de seus instintos, cegamente louco por ela. E foi aí que percebi o quanto ele estava fora de controle, e como tudo aquilo estava distorcido.
Eu me vi precisando dizer a ele algo que parecia tão simples, mas que ele não conseguia enxergar: amor... não é obsessão. O que ele sentia por Grace não era amor. Era algo primal, uma resposta visceral ao sangue dela, algo que dominava sua mente e suas ações.
Talvez, mais cedo ou mais tarde, Carlisle entenda isso. Talvez ele perceba que o que estava fazendo não era amor verdadeiro, mas uma loucura induzida pelo desejo. Porém, naquele momento, eu sabia que não podia mais ficar ao lado dele. Não assim, não enquanto ele estivesse preso a essa obsessão. A decisão foi dolorosa, mas clara: eu iria seguir minha vida, não mais como esposa de Carlisle Cullen.
Era assim que deveria ser.
Edward gostava de Isabella, mas quando estava com ela, essa intensidade se transformava em algo mais... admirável, até para mim. O carinho que ele demonstrava por era evidente em cada gesto, cada olhar, como se o mundo parasse quando ela estava por perto. Quando ele decidiu contar a verdade sobre o que éramos, eu temi o pior. Mas Bella não recuou. Ela não se deixou consumir pelo medo como tantos outros fariam. Em vez disso, ela abraçou o segredo da nossa família, e com isso, tornou-se parte dela.
Edward acreditava que sair da cidade com Bella era a única maneira de mantê-la segura. James, o rastreador, já estava no encalço dela, e isso nos deixava todos em estado de alerta constante. Carlisle, sempre o protetor, tomou a decisão de ir pessoalmente atrás de Grace, deixando claro que ele mesmo cuidaria de tudo. Sabia que, por mais que Carlisle evitasse a violência, por Grace ele faria qualquer coisa. E essa certeza era quase assustadora.
Emmett, junto com o restante do nosso grupo, seguiu Edward, tentando manter Bella longe do perigo. Eles também tentaram contato com Carlisle, talvez para saber o que ele pretendia, onde estava, e como pretendia resolver o que parecia um conflito iminente. Mas quando o telefone tocou e eu ouvi a voz de Carlisle do outro lado, senti uma estranha mistura de alívio e dor. Ele estava com Grace. E, por mais que aquela proximidade mexesse comigo, eu sabia que, enquanto ele estivesse com ela, ambos estariam seguros. Carlisle jamais deixaria que qualquer mal a tocasse e eu sabia que ele lutaria por sua própria vida, para ficar ao lado dela...
Minhas reflexões foram interrompidas por um som forte vindo da porta principal. O impacto das batidas ecoou pela casa, imediatamente desviando minha atenção. Eu sabia que não poderia ser James, o rastreador não se daria ao trabalho de anunciar sua presença, e o cheiro do sangue humano invadiu minha mente. Fui até a porta com passos calculados, abrindo-a com cuidado. O rosto que apareceu diante de mim era o de um homem, sério, com os olhos alertas. O emblema do xerife brilhava em seu peito.
Um frio percorreu minha espinha.
— Senhora Cullen? — A voz grave do xerife ecoou na entrada, como se ele estivesse medindo cada palavra.
Charlie não estava ali como xerife. O emblema no peito dele era irrelevante agora. Ele estava ali como pai. A angústia que ele carregava nos olhos era inconfundível. O desaparecimento de Bella e o súbito afastamento de Grace o consumiam, deixando-o em um estado de inquietação constante, e era fácil perceber isso na forma como ele me olhava. Não havia curiosidade profissional em sua postura, apenas preocupação crua, desesperada.
— Senhora Cullen, eu... — Ele começou, mas sua voz falhou por um instante. Charlie sempre foi um homem firme, seguro. Mas agora ele estava quebrado.
Respirei fundo, sabendo que nada que eu dissesse apagaria a dor que ele sentia. Ainda assim, eu precisava manter as aparências, precisava protegê-lo de uma verdade que o destruiria se soubesse.
— Charlie... — Falei suavemente, deixando o tom de formalidade de lado.
— Eu sei que Grace está com o Dr Cullen, assim como imagino que Bella esteja com um de vocês também. — Ele respondeu. — Só quero saber onde minhas filhas estão!
— Eu sei que está preocupado, e eu entendo. Bella está bem, eu garanto, assim como Grace também.
Seus olhos escuros se fixaram nos meus, buscando alguma certeza, alguma explicação que fizesse sentido. Mas eu sabia que, por mais que ele quisesse confiar em mim, não podia apagar o medo que sentia por suas filhas.
— Eu só preciso saber onde ela está... onde as duas estão. — Sua voz agora carregava uma urgência quase desesperada. Ele não estava mais pedindo, ele estava implorando. — Não como xerife. Como pai.
Essa última frase me atingiu com força. Charlie estava à beira do desespero.
— E eu quero entender o que seu marido estava fazendo na minha casa! — Charlie explodiu, o controle que ele costumava manter começando a se esvair. — Dr. Cullen é um conhecido, mas não compartilhamos intimidade o suficiente para isso, e ele estava com a minha filha!
Minhas mãos instintivamente se apertaram contra a lateral do meu corpo, tentando manter uma postura calma, mas por dentro, um turbilhão começava a se formar.
— Charlie, como sabe disso? — Perguntei, tentando ganhar tempo, enquanto minha mente corria, tentando encontrar uma maneira de resolver isso sem levantar mais suspeitas.
Ele me encarou com uma fúria contida.
— Jacob Black me contou. — Ele respondeu com a voz grave, cada palavra carregando frustração. — Ele os viu!
Eu precisava agir rápido, antes que isso tomasse proporções que nenhum de nós poderia controlar.
Charlie não tinha ideia do que estava realmente acontecendo. Ele estava às cegas, preocupado com o que via na superfície, sem perceber o verdadeiro perigo que rondava sua filhas. O desaparecimento das meninas o deixava inquieto, mas o que ele desconhecia era muito mais sombrio do que qualquer cenário que pudesse imaginar.
Enquanto ele exigia respostas, o desespero claro em seus olhos, eu sabia que contar a verdade seria mais devastador do que qualquer mentira que eu pudesse criar. Como explicar que criaturas sedentas de sangue estavam atrás das meninas?
— Charlie, você precisa confiar em mim. — Eu mantive a voz o mais estável possível, controlando a vontade de revelar tudo. — Carlisle queria ver como Grace estava, Edward está cuidando de Bella. Elas estão seguras.
Mas ele não conseguia entender. Como poderia? Para Charlie, o mundo ainda era feito de lógicas simples: bem contra mal, ordem contra caos. O que ele não sabia é que o caos já havia se infiltrado, e as gêmeas estavam presas no centro de algo muito maior. Algo que ele, com todo seu instinto paternal, jamais conseguiria enfrentar.
— Por que? — Ele insistiu, a voz agora carregada de uma mistura de fúria e medo. — Por que estão fazendo isso agora!?
Meu silêncio disse mais do que qualquer resposta que eu poderia dar.
O apelo na voz de Charlie ecoou pelo silêncio da sala, pesado com a angústia de um pai desesperado. Eu conseguia sentir a intensidade da sua dor.
— Eu só estou implorando para que me fale, para que eu entenda. — Ele murmurou, a voz carregada de cansaço, quase um suspiro. — Ligo para as duas, mas não consigo... Isabella chama até cair na caixa postal, enquanto Grace... nem ao menos consigo tentativas.
Eu o observava, sentindo o peso do que ele dizia,.
— Charlie... — Murmurei, meu tom mais suave do que eu havia planejado. Mas havia algo nele, em como ele me olhava, que me fez vacilar. Eu sabia que não podia dizer a verdade, mas o desejo de acalmá-lo, de fazer a dor dele parar, era real.
Ele passou as mãos pelo rosto, frustrado, tentando se agarrar a alguma sensação de controle. Quando suas mãos caíram, seus olhos encontraram os meus de novo, e naquele momento, percebi que ele estava implorando por mais do que apenas respostas.
— Por favor, Esme...
Eu me aproximei, os pés quase se movendo por conta própria, e quando olhei para ele de perto, vi nos seus olhos que essa proximidade não era indesejada.
— Você é um ótimo pai. — As palavras saíram quase num sussurro, minha mão instintivamente estendendo-se para tocar o braço dele, um gesto de consolo que parecia necessário. — Saiba disso. — Minha voz se suavizou ainda mais, e o toque, embora leve, fez com que ele respirasse fundo. — Estou extremamente feliz que as meninas tenham um pai como você.
Charlie fechou os olhos por um momento, como se estivesse absorvendo o que eu havia dito, e quando os abriu, havia algo diferente neles.
— Você não vai me contar, não é? — Ele perguntou, a voz agora menos incisiva.
— Não. — Respondi.
Houve um silêncio enquanto ele balançava a cabeça, e ao invés de se afastar, ele deu um pequeno passo para frente. Não era um movimento ameaçador, mas a proximidade repentina fez algo em mim se agitar.
— Então vou ficar aqui, — Ele murmurou, os olhos presos aos meus. — Até o momento em que seu marido ou qualquer um dos seus filhos apareçam.
Eu estava sentada na escada, sentindo o frio das tábuas de madeira sob minhas pernas, observando cada passo que Carlisle dava. A forma como ele limpava a bagunça que havia causado ao lado do vampiro, me fazia questionar tudo sobre o mundo.
Horas atrás, a ideia de vampiros era algo que eu teria descartado com um riso nervoso, como um pensamento absurdo, relegado às páginas de livros ou às telas de cinema. Mas agora, vendo um bem na minha frente, era difícil ignorar a realidade que me cercava.
Eu observava o jeito como sua pele parecia brilhar levemente à luz da lua, um contraste perfeito. O que era antes um mito, algo distante e inalcançável, agora era real e estava ali, a poucos metros de mim.
Meus pensamentos estavam em turbilhão. Como poderia aquilo ser verdade? Vampiros. Monstros de histórias de terror, criaturas que só existiam em contos antigos, e agora eu estava sentada aqui, observando um deles em ação. A sensação era de desconexão, como se minha mente estivesse tentando se agarrar a qualquer fragmento de normalidade, mas falhando miseravelmente. Nada sobre aquela situação era normal.
Olhei para Carlisle, tentando compreender como ele poderia ser um vampiro. Ele parecia... humano. Seus traços eram gentis, quase serenos, mas ao mesmo tempo, havia algo de perturbadoramente perigoso em seus movimentos fluidos. A combinação de sua natureza predatória com a calma quase zen que ele exibia fazia algo dentro de mim se revirar. Ele estava calmo agora, tranquilo... Diferente do que eu tinha visto mais cedo.
Meu coração ainda batia forte, as lembranças da luta brutal entre os vampiros tão vívidas que eu quase podia ouvir o som dos corpos colidindo. E então, o silêncio.
Mesmo depois da briga, com a camisa rasgada e os cabelos bagunçados, ou talvez exatamente por isso, Carlisle exalava uma energia que era difícil ignorar.
Era quase desconcertante o quanto ele me atraía naquele momento. Talvez fosse a combinação do perigo, da força que ele exibia com tanta naturalidade, ou a forma que ele me defendeu mais cedo. Eu não sabia dizer, apenas entendia que mais uma vez estava completamente hipnotizada.
Ele não era apenas um vampiro, não apenas alguém que existia em um mundo completamente alheio ao meu. Ele era irresistível, de uma maneira que eu não esperava e, certamente, não estava preparada.
Ele se virou para mim, um sorriso malicioso brincando em seus lábios enquanto jogava a madeira que sobrou em um monte. A frase que saiu de sua boca era tão inesperada que eu engasguei, as palavras perdendo o sentido por um breve momento.
— Eu acho que se fosse possível me comer com seus olhinhos, você já teria feito, querida...
O que? Meu coração disparou, e uma onda de calor subiu pelo meu rosto, transformando meu desconforto. Eu não sabia se deveria rir ou me sentir ofendida. Ele estava brincando, mas havia algo na maneira como disse isso que me deixou... fraca? É, ele me deixava fraca.
— O que? — foi tudo que consegui murmurar, ainda tentando processar o que ele realmente queria dizer.
Ele apenas me lançou um olhar divertido, como se soubesse exatamente o efeito que suas palavras estavam tendo sobre mim. A forma como seus olhos brilhavam, me fez sentir que havia um lado dele que eu ainda não havia explorado.
Novamente, minha mente voltou para aquele momento em que ele havia dito que queimaria o céu por mim. Aquela cena estava gravada na minha memória, e a intensidade das palavras ainda ressoava em mim. Ele, sempre tão equilibrado e sereno, quebrando essa fachada durante um surto e gritando aquelas palavras na minha cara... Eu fiquei em choque. O impacto emocional foi como um raio, e as emoções se entrelaçavam dentro de mim de maneiras que eu ainda tentava entender.
Não sabia o que dizer, como responder a algo tão profundo e, ao mesmo tempo, tão intimidador. Era uma declaração que desafiava o que eu conhecia, que desafiava o mundo em que vivia. Ao invés de me afastar, a única coisa que consegui fazer foi ficar ao seu lado, solidificando minha decisão silenciosa de não sair dali. Algo dentro de mim queria estar perto dele, mesmo que não soubesse o que esperar, mesmo que o risco fosse imenso.
— E-Eu quero ir. — A voz saiu trêmula enquanto eu colocava as mãos no rosto, tentando me proteger da intensidade daqueles olhos, e da pressão que estava sentindo.
— Por que? — ele perguntou, a voz dele baixa.
— Por que eu tenho um pai que precisa de notícias!? — Cruzei os braços, a frustração escorrendo em cada palavra. — Eu nem ao menos consigo fazer uma ligação!
A realidade do meu pai, preocupado e impotente, começou a se tornar uma pressão insuportável em meu peito. Eu não queria apenas voltar para casa; eu precisava. Ele merecia saber que eu estava bem, que eu não havia me perdido em meio a todo aquele caos. A ideia de deixá-lo no escuro, preocupado e sozinho, me deixava em pânico.
Carlisle viu nos meus olhos o quanto meu pai era tudo em minha vida. A forma como eu estava aflita, desesperada, era uma prova clara de que ficar longe dele só piorava as coisas para mim. Não havia como eu ficar mais tempo ali. Tudo estava resolvido agora; era hora de voltarmos para casa.
— Tudo bem. — Ele sorriu.
Carlisle se virou e entrou na casa, deixando-me sozinha por alguns minutos.
Ele finalmente voltou, descendo as escadas, com aquela beleza que sempre me impressionava. A nova camisa social preta que ele usava se ajustava perfeitamente ao seu corpo, evidenciando sua postura elegante. Eu o observei enquanto ele abotoava o último botão, um gesto simples que parecia, de alguma forma, fazer o tempo andar em câmera lenta.
— Vamos? — ele perguntou, e sua voz era firme.
Eu concordei, seguindo Carlisle até o carro. Ainda estava absorta em meus próprios pensamentos, principalmente depois da declaração dele no dia anterior. Desde então, não trocamos nenhuma palavra sobre o assunto, como se aquele momento nunca tivesse existido. Isso me deixava inquieta. Será que ele realmente quis dizer o que disse? Talvez tivesse se precipitado, ou quem sabe estivesse confuso... Mas, de alguma forma, suas atitudes falavam mais alto do que qualquer silêncio.
O caminho foi silencioso. A cada quilômetro percorrido, minha mente se enchia de dúvidas. Encostei a cabeça contra a janela, sentindo o vidro frio e observando a paisagem passar, como se tudo estivesse distante, fora do meu alcance. Carlisle dirigia com sua expressão impassível, focado na estrada.
Ele estacionou o carro diante de sua casa e, antes que pudesse sair, senti sua mão alcançar a minha. O toque dele, suave, mas firme, fez meu coração bater mais rápido por um momento. O que ele diria agora?
— Preciso te contar uma coisa — disse ele, a voz grave.
Franzi as sobrancelhas, surpresa. Antes que ele pudesse continuar, o som de uma porta se abrindo me interrompeu, e em um instante tudo mudou. Uma mulher saiu da casa com passos rápidos, e antes que eu pudesse processar o que estava acontecendo, ela o abraçou. Meu coração parou.
Carlisle não recuou. Em seguida ela se inclinou e o beijou. Foi um beijo rápido, e por último ela colou a testa de ambos.
— Meu amor, estava tão preocupada — disse ela, sorrindo enquanto olhava nos olhos dele.
Eu estava congelada, sem entender o que estava acontecendo. Meu amor. O que aquilo significava? Quem era essa mulher? Ela se virou para mim, os olhos brilhando com gentileza.
— Esta é a Grace? Que prazer querida, sou Esme Cullen, esposa do Carlisle. Seu pai estava te esperando.
A palavra esposa ecoou na minha mente como uma bomba.
— V-Você é casado?
— Tadinha da minha menina, vai ficar tão em choque com isso... 💔
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