DECIMO OITAVO
Grace, ainda surpresa, obedeceu ao meu comando, mas antes que pudesse processar o que acontecia, tomei seus lábios em um último beijo ardente, um ato de posse. Minha boca encontrou a dela com intensidade, e demorei-me mordiscando seus lábios, como se pudesse deixar gravado o desejo que me consumia. Minhas mãos deslizaram até sua nuca, os dedos entrelaçados em seus cabelos, mantendo-a presa a mim por aquele breve e último instante.
Relutante, soltei-a e dei um passo para trás, recuperando o controle sobre mim mesmo. Respirei fundo, ajustei minhas roupas e assumi uma postura imponente e intocável, despindo-me do desejo que ainda ardia em cada célula do meu corpo.
Fixei meu olhar na entrada, cada músculo do meu corpo preparado para o confronto inevitável, esperando o rosto dele surgir, já sentindo seu olhar penetrante tentar desvendar meus segredos.
Me virei ao ouvir passos leves, e ali estava Alice, parada à porta, com um semblante mais perturbado do que eu estava acostumado a ver. Seus olhos arregalados, quase em um pedido silencioso, me deixaram em alerta, e minha mente já se preparava para qualquer notícia inesperada.
— Alice? — minha voz saiu baixa, quase um sussurro carregado de tensão.
— Carlisle... — ela começou, os lábios entreabertos, mas antes que pudesse completar, a figura imponente de Aro surgiu ao seu lado. Alice deu um passo para trás, notando que havia chego no mesmo momento que Aro. Ele estava sozinho, o que tornava sua presença ainda mais inquietante. Seus olhos vermelhos e intensos — ainda frescos pelo sangue humano — fixaram-se nos meus, calculando cada reação minha, antes de desviar o olhar para Grace.
Aquele olhar... frio, como se quisesse despir cada segredo oculto na mente dela, e senti meu corpo se retesar.
— Alice, querida... — Aro murmurou com aquela voz suave e insidiosa que escondia sua verdadeira natureza. Seus dedos seguraram as mãos dela com um toque gentil, quase paternal, que só tornava tudo mais inquietante. Ele se inclinou e depositou um beijo leve em sua mão, um gesto que tinha menos a ver com afeto e mais com sua eterna encenação de cortesia.
Depois, ele se voltou para mim, seu olhar frio e perscrutador analisando cada traço da minha expressão. Notei o breve levantar de suas sobrancelhas, o sutil brilho de malícia em seus olhos vermelhos, enquanto seus lábios se curvavam em um sorriso quase caloroso.
— Então, essa é a querida, Grace Swan? — ele comentou, a voz carregada de um falso interesse que soava quase sarcástico.
Observei-o, mantendo-me impassível, enquanto meu olhar se voltava para Grace, cujas mãos agora estavam tensas ao lado do corpo. Aro se aproximou dela com uma tranquilidade estudada, como se estivesse diante de uma rara peça de arte, uma descoberta intrigante. O desconforto era evidente, mas ele sabia bem como brincar com as emoções alheias, testando cada limite com uma elegância quase perversa.
Aro deslizou pelo espaço entre nós como uma sombra, a voz doce contrastando com a ameaça nas palavras que escapavam de seus lábios.
— Eu poderia arrancar seus membros, Carlisle — murmurou, sem desviar o olhar dos olhos de Grace. A intensidade fria em seu olhar era um aviso claro; ele não estava apenas irritado — estava ofendido. — Uma humana ao lado de um vampiro? — continuou, voltando-se para mim com ódio. Ele conhecia as regras, e sua voz trazia a promessa de que cobraria qualquer transgressão.
— Não tive escolhas — murmurei, mantendo meu tom firme.
— Óbvio que não — respondeu ele, como se minha explicação fosse banal, algo esperado de alguém que havia cruzado a linha. Sem cerimônia, Aro pegou a mão de Grace, puxando-a gentilmente, mas com firmeza, como se já tivesse decidido o quanto podia brincar com ela. — La tua cantante não deixou escolhas... — sussurrou, depositando um beijo em sua pele.
Grace instintivamente recuou, recolhendo a mão com um movimento rápido, mas Aro já estava satisfeito com o efeito de suas palavras. Ele inclinou-se levemente, aproximando o rosto do dela, os olhos penetrantes e inquisidores.
— Ele lhe explicou o que você significa, humana? — A voz de Aro estava impregnada de um tom sinistro e provocador, cada sílaba intencionada para despertar o medo e a dúvida.
— Ele já me avisou — Grace respondeu, a voz áspera e desafiadora, não permitindo que a insegurança dominasse a conversa. Sua determinação me surpreendeu e, ao mesmo tempo, me encheu de orgulho. — Agora, não toque mais em mim! — ela disparou, com uma firmeza que ecoou no espaço entre nós.
Um sorriso involuntário se formou em meus lábios, aliviando a tensão por um instante. Mas o olhar de Aro não vacilou. Ele a observava com uma intensidade quase hipnótica, os olhos vermelhos estudando cada reação dela.
— Ou então eu poderia matá-la na sua frente, o que me diz? — Aro comentou, um sorriso sutil se formando em seu rosto. Ele passou as mãos pelo rosto de Grace, e a simples aproximação fez meu peito arder com a indignação e a necessidade de protegê-la.
Não, ele não tocaria nela.
— Se você quiser que eu queime você e aquele grupo de vampiros inúteis, faça isso — rebati, mantendo o olhar fixo nele, com a calma que apenas a raiva contida consegue proporcionar.
Aro ergueu uma sobrancelha, claramente surpreso com meu tom. Não era comum que alguém o desafiasse, e menos ainda com a intensidade que eu acabava de mostrar. Ele deixou escapar um sorriso, os lábios se curvando em um divertimento cruel.
— Ah! — exclamou, aproximando-se, enquanto seus olhos brilhavam com algo sombrio. — Veja o que la cantante fez com você! O sangue dela controla suas atitudes, e você... ah, você está quase insano. — Ele avançou um passo, se colocando perto demais de mim, seu rosto perto o suficiente para captar o mínimo tremor de qualquer emoção que eu pudesse demonstrar.
— Não toque nela, ou eu mesmo mato você — declarei, a ameaça saindo como uma promessa inevitável.
— Não vim para matá-la, Carlisle — ele rebateu, com um tom de repreensão. — Vim para punir você.
— Não! — Grace protestou, firme, e em sua voz havia uma coragem que, por um momento, pareceu romper o domínio de Aro sobre a situação. — Ele agiu de forma impulsiva, você mesmo deve saber disso, já que meu sangue trouxe isso para os anos disciplinados de Carlisle. — As palavras dela pairaram no ar, afiadas e desafiadoras.
Aro apenas sorriu, um gesto que carregava mais ameaça do que simpatia, antes de encará-la com aquele olhar clínico e desconcertante.
— Foi ele quem me chamou, querida Grace, e agora ele precisará arcar com as consequências — murmurou, aproximando-se mais, com aquele movimento lento e meticuloso, até pegar a mão dela em uma audácia calculada.
Grace retraiu-se, mas não antes de o fitar com uma ferocidade que eu jamais esperaria.
— Eu já disse para não tocar em mim, seu vampiro louco e psicopata.
Um sorriso inevitável surgiu em meus lábios, e, por um breve instante, o orgulho invadiu meu peito, quase esquecendo da ameaça iminente. Ela era forte, inabalável, desafiando Aro com a mesma ousadia com que me desafiara a primeira vez. Aro podia tentar dobrá-la, podia testar nossos limites, mas Grace já mostrava que não se curvaria, e isso, mais do que qualquer palavra dita, me fazia querer protegê-la ainda mais.
Antes que Aro pudesse sequer processar os xingamentos de Grace, Alice se colocou rapidamente entre eles. Seus olhos refletiam um desespero raro, fixos em Aro, como se tentassem alcançar algo dentro dele.
— Leia minha mente — implorou ela, e sua voz carregava uma urgência que eu não costumava ver em Alice.
Aro arqueou uma sobrancelha, claramente intrigado. Ele sabia do dom de Alice, mas sua súplica repentina confundiu a todos ali, até mesmo a mim. Relutante, ele estendeu as mãos, segurando o rosto dela com firmeza, e seus olhos profundos começaram a perscrutar os pensamentos de Alice.
Por alguns longos segundos, ele permaneceu imóvel, sua expressão dura e impassível enquanto se aprofundava na mente dela. Alice não desviava o olhar, esperando por alguma reação, segurando firme a tensão que invadia a sala.
Então, finalmente, ele se afastou, o rosto gradualmente relaxando enquanto algo brilhou em seus olhos. A compreensão misturada a um interesse repentino transformou seu olhar em direção a Grace.
— Agora você entende — Alice disse, quase em um sussurro, como quem revela um segredo precioso. — Grace será útil.
Eu mal conseguia conter o alívio e, ao mesmo tempo, o receio. Alice havia revelado o que eu apenas ousava imaginar: a visão de Grace em um futuro não tão distante... uma vampira. A expressão de Aro se alterou, tornando-se estranhamente calorosa, quase reverente. Ele a fitava como se tivesse encontrado um tesouro, um valor incalculável que ele estava ansioso para proteger — ou, mais realisticamente, para possuir.
— Ela não pode ser morta, você sairá perdendo! — Alice insistiu, e seu tom era uma advertência mais firme do que qualquer ameaça.
Aro manteve seus olhos em Grace, um brilho de fascínio se intensificando em seu olhar. Ele se aproximou, passando a mão pelo rosto dela, a expressão imersa em uma curiosidade quase encantada.
— A imortalidade lhe cairá muito bem, Grace Swan — murmurou, e era como se ele estivesse hipnotizado pela ideia, um plano moldando-se em sua mente enquanto ele a observava.
Grace permaneceu firme, o olhar dele encontrando resistência em vez de submissão, mas Aro parecia ainda mais intrigado com isso. Finalmente, ele se afastou, virando-se para mim. Aro caminhou lentamente, e ao alcançar minha posição, pousou a mão em meu ombro, um gesto quase... condescendente.
— Ela se tornará imortal — declarou ele, e a certeza em sua voz ressoou como uma sentença. — Não há nada para mim aqui.
Com um último sorriso enigmático, ele se afastou, e percebi que, ao menos por ora, havíamos escapado de uma catástrofe.
Aro se virou para mim, cada movimento medido, quase como se saboreasse a antecipação do efeito de suas palavras. Seus olhos me observavam, intensos e implacáveis, varrendo cada linha de minha expressão como quem lê um livro aberto — um livro que, talvez pela primeira vez, não estava completamente sob meu controle.
— O que esse sangue fez com você... — ele murmurou, a voz baixa e carregada de um fascínio quase perturbador. — Nunca pensei que veria a insanidade nos olhos de Carlisle, e agora veja só...
Seus lábios se curvaram em um sorriso lento, um traço de malícia refletido nas profundezas rubras de seus olhos. Ele se aproximou um passo, e o sorriso se intensificou, como se a ideia de minha rendição o deliciasse mais do que qualquer conquista que ele poderia ter com Grace.
— Eu sempre admirei seu autocontrole, Carlisle. A maneira como resistiu ao que tantos de nós abraçaram. — Ele balançou a cabeça, a satisfação em seu rosto crescendo com o brilho de alguém que finalmente encontrou uma falha em uma obra prima. — Eu esperava que essa resistência se quebrasse daqui a séculos, que eu nunca veria o dia em que você perderia a cabeça.
Aro sorriu e piscou um olho para mim, um gesto casual, mas carregado de uma provocação venenosa, como se o desafio estivesse dado. Ele então começou a se afastar, os passos leves e silenciosos, como se deixasse para trás apenas a sombra de sua presença. Mas, quando chegou à porta, parou e se virou, lançando-me um último olhar, o sorriso malicioso ainda estampado em seu rosto.
— Aproveite, Carlisle. Aproveite cada segundo ao lado dela, porque mal posso contar os segundos para vê-lo sucumbir ao sangue humano... o sangue que você negou por tanto tempo.
Seus olhos, vermelhos como brasas, lançaram uma centelha em direção aos meus, uma promessa sombria de que, eventualmente, eu também cairia — e cairia com a intensidade que ele tanto antecipava. Ele me fitou por mais alguns segundos, como se pudesse ver, nos recessos do meu ser, o momento em que aquele controle se desmancharia por completo.
— Mal posso esperar para ver seus olhos refletirem o mesmo vermelho dos meus.
E com isso, ele se afastou, desaparecendo do meu campo de visão, mas deixando para trás a dúvida que me corroía. Eu perderia o controle?
Aro finalmente se afastou, seus passos ecoando até desaparecerem pelo corredor, deixando um silêncio tenso e pesado no ambiente. Fiquei parado, observando o vazio, tentando domar a tempestade que suas palavras haviam despertado em mim. Mas então senti o toque de Alice, suave e ao mesmo tempo firme, suas mãos envolvendo as minhas e as de Grace, unindo-nos de uma forma que parecia ainda mais significativa após aquela ameaça velada de Aro.
Ela olhou para mim, um sorriso tênue surgindo em seus lábios, mas algo em seu semblante não era exatamente reconfortante. Havia uma sombra ali, um eco do peso que ela carregava sozinha.
— Está resolvido... por agora. — Alice disse, a voz baixa, quase como um sussurro, embora suas palavras tivessem uma intensidade tranquilizadora. — Aro não vai tocar em Grace, e muito menos em você, Carlisle. Confie em mim.
Eu segurei o olhar dela, tentando entender o que ela teria visto — o que ela sabia que mantinha Aro à distância por enquanto. Mas Alice desviou o olhar, e aquele seu meio sorriso disse tudo: não havia espaço para perguntas. Ela havia visto algo, sim, mas não era algo que ela compartilharia, não agora.
Apertei sua mão, uma aceitação silenciosa de que, por mais que eu desejasse saber, confiaria nela, como sempre confiei. Alice sempre fora uma filha e guardiã dos segredos do futuro, alguém que via além das sombras que nos cercavam. E por mais que a dúvida latejasse, preferi agarrar-me à confiança.
Alice me envolveu em um abraço apertado, seu toque transmitindo uma espécie de alívio silencioso. Ela dividiu seu olhar entre mim e Grace.
— Agora, descansem — ela disse suavemente. Seu toque se demorou, e senti o alívio em seu abraço, como se a presença de Grace e minha escolha de ficar fossem o que a mantinham em paz. — Ainda bem que não foi...
Essas palavras pairaram no ar, e eu entendi a profundidade do que ela estava dizendo. Eu estive prestes a desistir, a me entregar às sombras dos Volturi, pensando que talvez fosse um sacrifício necessário. Mas agora, com Grace ao meu lado, sua presença era como uma âncora, um lembrete de que eu não lutava mais apenas pela minha própria existência. Eu lutava por ela.
— Estou aqui, Alice, e agora ficarei para sempre — murmurei, abraçando-a de volta.
Ela afastou-se, sorrindo com um brilho de compreensão nos olhos.
— Eu sei, Carlisle — ela disse.
É claro que ela sabia.
Alice se dirigiu à porta, seu sorriso permanecendo como um último sopro de tranquilidade antes de partir.
— Bom, vou avisar aos outros que estamos em paz... mais uma vez — ela disse, como se isso fosse parte de uma rotina.
Antes de sair, ela piscou para Grace, um gesto de cumplicidade que Grace retribuiu com um sorriso caloroso, quase aliviado.
— Boa noite — Alice murmurou, antes de desaparecer porta afora.
Observei Grace enquanto o olhar dela se prendia em mim. Seus cabelos estavam uma desordem suave, caindo em ondas desalinhadas sobre os ombros, cada mecha carregando uma lembrança do toque das minhas mãos. Seus lábios, ainda inchados e tingidos de um vermelho intenso, testemunhavam a intensidade dos meus beijos.
— Tire a roupa — reforcei, mantendo a voz firme, mas sem qualquer indício de pressa.
Ela hesitou, os olhos encontrando os meus com uma mistura de surpresa e curiosidade. Sua expressão continha a relutância breve de quem tenta entender o propósito da ordem, mas havia uma centelha de aceitação, um reconhecimento mudo de quem não consegue recusar.
— O que? — Sua voz saiu em um sussurro rouco, mas não de resistência; era como se ela estivesse tentando prolongar o momento.
Eu me inclinei levemente em sua direção, sem tirar os olhos dela.
— Quero ver sua perna — expliquei, com uma calma ansiosa, o desejo crescendo em mim a cada palavra. Queria ver a marca que deixei.
Grace respirou fundo e começou a desabotoar sua blusa, o tecido deslizando devagar por seus ombros até cair. Cada movimento era lento, como se ela saboreasse a minha fome silenciosa, revelando a pele em partes, deixando minha expectativa crescer. Meu olhar acompanhou cada centímetro, cada detalhe revelado, como se o tempo estivesse se estendendo para nos envolver em um espaço só nosso.
Quando finalmente tirou a última peça, pude ver a marca avermelhada na pele de sua coxa, a lembrança dos meus dedos ainda impressa ali, como um símbolo de tudo o que havíamos compartilhado momentos antes. Me aproximei dela, e deixei que meus dedos traçassem a marca com uma delicadeza intensa, quase como uma devoção.
— Perfeita — sussurrei, minha voz baixa e rouca, mal contendo o prazer de ver meu toque gravado em sua pele. Curvei-me, aproximando meus lábios da marca, e pressionei um beijo demorado, sentindo-a estremecer levemente com o contato. — Eu sou seu servo, Grace Swan — murmurei, cada sílaba saindo como uma prece devota. — Você é minha adoração, serei seu escravo o resto dos séculos.
Grace arqueou ao sentir meus lábios em sua coxa, a respiração pesada tendo dificuldade para sair de seu peito. Não me contive e capturei sua boca novamente, num beijo que queimava como brasas, como se cada instante longe de sua pele fosse um desperdício. Uma de minhas mãos a envolveu firmemente, puxando seu corpo para o meu colo com uma possessividade que eu não tinha mais interesse em disfarçar.
Num movimento rápido, levantei-me com ela em meus braços, e comecei a subir as escadas. Ouvi seu riso suave e ligeiramente confuso, e quando ela finalmente falou, sua voz estava carregada de um toque divertido.
— Para onde está me levando?
Meus olhos fixaram-se nos dela, e um leve sorriso formou-se em meus lábios enquanto eu continuava a subida.
— Para o nosso quarto — respondi.
Observei os olhos de Grace se arregalarem levemente, um vislumbre de incerteza ou talvez de puro receio ao pensar no que a aguardava. Ela estava ali, tão perto, em meus braços, vulnerável e curiosa, mas com aquele brilho de medo que mal sabia ser mais um incentivo para mim. Ah, minha querida, se você soubesse as imagens que minha mente cria, cada forma que imagino minha boca deslizando pela sua pele, devorando-a em cada detalhe... Sim, aí sim você teria medo.
Minha voz saiu em um sussurro áspero, o desejo quase queimando na garganta enquanto meus lábios roçavam sua orelha.
— Eu preciso sentir seu gosto na minha boca mais uma vez, minha querida.
Delicadamente, deixei meus lábios deslizarem pelo contorno de sua orelha, descendo lentamente até seu pescoço. Senti seu corpo estremecer sob minhas mãos, e um sorriso faminto escapou dos meus lábios. A cada segundo que eu passava sem provar dela, minha necessidade apenas aumentava, uma fome insaciável. Uma fome que eu só mataria, depois de come-la.
— Preciso disso para viver — murmurei contra sua pele.
— Então você tem tudo que precisa aqui.
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