
11
Alec sorriu, aquele sorriso presunçoso e sem peso, e eu simplesmente me afastei. Não porque queria, mas porque precisava. Ele arqueou uma sobrancelha, confuso com minha atitude. Era óbvio que ele não entenderia. Como poderia? Nem eu mesmo sabia o que estava acontecendo dentro de mim.
Não era ciúmes. Não podia ser. Eu me recusava a acreditar. Renesmee era um plano, uma peça em um tabuleiro muito maior do que ela poderia imaginar. Estar perto dela, sentir aquele rastro de calor e novidade que emanava dela, era apenas isso: uma distração. Um bônus insignificante que eu deveria ignorar.
Mas então, por que meu peito queimava como se algo estivesse tentando explodir de dentro para fora?
Eu era velho demais para me deixar levar por emoções tão tolas. Velho demais para me permitir ser vulnerável. Mas ali estava eu, tentando disfarçar algo que nem mesmo minhas eras de controle poderiam conter. A verdade era tão dolorosa quanto óbvia: eu odiava o que havia acabado de presenciar.
Eu odiei cada detalhe daquela cena.
A forma como ela correu para ele, com braços abertos e olhos brilhantes, como se ele fosse a única coisa que importava no mundo. O modo como ele a recebeu, sem pressa, envolvendo-a com uma intimidade desleixada que parecia natural. Aquela conexão sem palavras entre os dois, que fazia tudo em mim gritar para interromper.
Eu odiava o lobo.
Mas, mais do que isso, odiava a forma como aquilo me afetava.
Por que importava? Ela era uma ferramenta. Uma garota cuja única relevância era o que ela poderia oferecer a Aro e, por extensão, a mim. Mas, enquanto minha mente tentava racionalizar, meu peito ardia com uma intensidade que eu não sentia em séculos. Não havia como negar.
Ciúmes.
A palavra era amarga, venenosa, mas real. Não havia outro nome para aquilo que borbulhava em mim. Possessão? Controle? Talvez fosse uma mistura dos dois, mas ainda era cedo demais para dizer.
Enquanto Alec ria em algum lugar atrás de mim, completamente alheio ao turbilhão dentro da minha cabeça, eu sabia que precisava me recompor. Mas a verdade nua e crua era que, por mais que eu tentasse me convencer do contrário, Renesmee Cullen estava lentamente se infiltrando em algo que eu achava intocável: minha alma.
E isso me enfurecia.
Os passos eram rápidos, ecoando pelo solo úmido da floresta. A cada movimento, minha mente girava em um redemoinho de emoções que eu preferia não nomear.
— Precisamos matar o lobo. — Rosnei, a fúria transbordando em minha voz.
Alec virou-se para mim, os olhos estreitando com aquela expressão de curiosidade irritante que ele sempre carregava quando achava que eu estava perdendo o controle.
— Aquele maldito quebrou as regras de Aro, assim como todos os Cullen quando se levantaram contra nós. — Continuei, sem me importar com o julgamento implícito no olhar de Alec. — E agora, ele está no nosso caminho. Temos que matá-lo.
— Não acha indiscreto? — Ele rebateu, um sorriso lento e calculado se formando em seus lábios. — Vamos acabar levantando suspeitas. Não é isso que queremos, não é?
Revirei os olhos, a paciência se esvaindo a cada segundo. Ele estava usando minhas próprias palavras contra mim, aquelas que eu havia proferido mais cedo. Maldito Alec. Sempre tão rápido para explorar qualquer falha, qualquer deslize.
— Tem razão. — Respondi finalmente, o tom frio escondendo a tempestade que ainda rugia dentro de mim. — Vamos esperar.
Continuei andando, os passos mais rápidos agora, mas minha mente ainda estava longe de encontrar paz. Eu odiava admitir, mas Alec tinha razão. Não podíamos arriscar. Ainda não.
Mas uma coisa era certa: o lobo estava vivendo de tempo emprestado.
A noite caiu mais rápido do que eu esperava, mas minha mente estava tão distante que mal notei. A escuridão ao meu redor era espessa, sufocante, mas não chegava perto da tempestade que eu sentia dentro de mim. Tudo fervia, e por mais que eu tentasse racionalizar, ignorar, ou simplesmente sufocar, era impossível.
Aquela cena. Maldita cena.
Eu não conseguia tirá-la da cabeça. Era como se tivesse sido gravada a fogo na minha mente, retornando toda vez que eu piscava ou tentava me concentrar em outra coisa. Ela correndo para ele, os braços abertos, o sorriso radiante. O modo como ele a segurou, possessivo e à vontade, como se ela fosse dele.
E talvez fosse isso que mais me irritava.
Ciúmes. Eu odiava a palavra, odiava ainda mais o sentimento. Eu, Demetri Volturi, não tinha espaço na minha existência para algo tão patético. Ela não era minha, e mesmo que fosse, isso não justificava essa explosão de emoções tão humanas. Eu era mil vezes superior a isso. Pelo menos, era o que eu sempre acreditara.
Mas ali estava eu, caminhando de um lado para o outro na escuridão, tentando encontrar alguma lógica no caos.
Não fazia sentido. Minha proximidade com ela deveria ser puramente estratégica, um meio para um fim. Não havia espaço para sentimentalismo ou obsessão.
E, no entanto, tudo que eu conseguia sentir era uma raiva quase primal crescendo dentro de mim. Não contra ela, claro, mas contra ele. Aquele lobo maldito que teve a audácia de tocá-la, de receber aquele sorriso que deveria ter sido meu.
Meu punho se fechou involuntariamente.
"Isso não pode ser ciúmes," tentei convencer a mim mesmo. "É apenas controle. Eu deveria ter controle sobre ela, sobre a situação. Nada além disso."
Mas a verdade era mais sombria, mais cruel. Eu sabia exatamente o que era, e odiava admitir. Eu a queria. Não como uma peça, não como um objetivo. Eu queria o olhar dela fixo no meu. Queria que ela corresse para mim, não para ele. Queria ser aquele que a seguraria, que sentiria o calor dela contra minha pele fria.
E isso... isso me consumia.
O desejo.
Era ciúmes, mas não daquela forma doce e patética que a maioria chamaria de romântica. Não, isso seria simples demais. O que eu sentia era algo muito mais visceral, algo que queimava em um lugar profundo demais para nomear. Era ciúmes porque ele tocou algo que, pela primeira vez, respondeu a mim primeiro.
Era desejo. Era vontade.
Eu não gostava dela, longe disso. Ela não era alguém que me fazia perder o foco com promessas de carinho ou sorrisos sinceros. O que me prendia a ela era o fogo que ela acendeu, aquela resposta que ela me deu sem palavras, algo que era primal, indomável.
E vê-lo ali, ousando colocar as mãos naquele corpo, roubando algo que deveria ser meu... Ah, isso me fazia querer despedaçá-lo.
Minha mente corria com imagens que eu deveria bloquear, mas não conseguia. Não queria. Cada toque dele nela era uma afronta. Não porque eu queria protegê-la, mas porque era eu quem deveria provocá-la, despertar essas reações. Ele era um intruso no jogo que eu estava controlando.
Não era amor. Nunca seria. Era algo mais sombrio, mais egoísta.
Eu a desejava. Não como um homem deseja uma mulher por romance ou por companhia. Eu a desejava porque ela havia respondido a mim de uma forma que nenhum outro jamais conseguira. E isso não podia ser ignorado.
A noite estava em silêncio, mas minha mente rugia como um animal ferido. Se Alec tivesse algo a dizer, eu o cortaria antes que ele começasse. Eu não precisava de julgamentos ou conselhos. Não agora.
Tudo o que eu precisava era de uma maneira de retomar o controle. Sobre a situação. Sobre ela. Sobre mim mesmo.
E, claro, sobre o maldito lobo.
O dia clareava com uma tranquilidade enganosa, e a paisagem de Forks, vista do castelo, parecia pintada em tons frios e opacos. Dali, eu tinha uma visão quase completa da cidade — ou, ao menos, da pequena fatia dela que fazia diferença. Alec estava ao meu lado, tão imóvel quanto uma estátua, seus olhos fixos no horizonte. Não trocamos palavras. Não precisávamos. A hora de nos mover estava próxima, e ambos sabíamos disso.
Ele olhou para o relógio, mostrando que estava na hora. Sem hesitação, descemos até a linha de árvores que nos daria cobertura enquanto nos aproximávamos da escola. As sombras nos abraçavam, ocultando-nos dos olhares curiosos que, felizmente, eram raros por aqui.
Quando chegamos, a movimentação no colégio começava a ganhar ritmo. Alunos caminhavam de forma despreocupada, muitos deles rindo alto ou trocando confidências sobre uma festa clandestina da noite anterior. Alguns pareciam alheios, com os rostos enterrados em livros ou presos às telas dos celulares, completamente desinteressados no que acontecia ao redor. Eu observava tudo com atenção, buscando nos pequenos gestos e conversas algo que pudesse me dizer mais do que aparentava.
Alec, como sempre, estava atento, mas havia algo de diferente nele hoje. Seu silêncio era mais profundo, sua postura mais tensa, como se cada detalhe exigisse uma concentração absoluta. Permanecemos escondidos, nossos olhos cravados na cena à nossa frente, como predadores esperando o momento certo de atacar.
Então, ela apareceu.
Anna.
A garota caminhava pelo pátio com aquele sorriso irritante que parecia estar sempre pregado em seu rosto. Não era um sorriso inocente, nem totalmente sincero. O jeito como ela andava, como interagia com os outros, como se nada no mundo pudesse tocá-la, era insuportavelmente intrigante.
Instintivamente, meus olhos foram para Alec, e o que vi não me surpreendeu: ele estava fixo nela. Não de forma óbvia, mas com a intensidade que só ele possuía. Era o tipo de atenção que ele reservava para algo — ou alguém — que ele considerava um possível ponto de interesse.
— Anna, a amiga de Renesmee — murmurei, minha voz baixa o suficiente para ser um pensamento em voz alta.
Alec não respondeu. Não desviou o olhar. Ele estava completamente absorvido pela garota. Cada movimento dela parecia capturar sua atenção como um ímã. Seus olhos a seguiam, atentos, analisando cada detalhe, cada expressão.
Por enquanto, porém, deixei que ele continuasse olhando. Eu sabia esperar. Afinal, no nosso mundo, tudo se revelava com o tempo — especialmente as fraquezas.
O silêncio entre Alec e eu foi quebrado apenas pela minha própria voz, firme, mas baixa o suficiente para não ecoar mais do que deveria.
— Você vai se aproximar dela e descobrir o que essa jovem sabe sobre nosso alvo. Entendido? — Toquei seus ombros, forçando sua atenção de volta para mim.
Por um breve momento, ele hesitou, como se estivesse absorvendo as implicações do que eu acabara de dizer. Mas então ele assentiu.
— Sim.
Não houve discussão, nem comentários desnecessários. Isso era típico de Alec, sempre cumprindo suas ordens com precisão, mesmo que algo — ou alguém — estivesse pesando em sua mente.
Foi então que o ronco de um motor familiar alcançou meus ouvidos, cortando minha concentração como uma faca. Meu olhar imediatamente se dirigiu para o carro que estacionava próximo à escola. Reconheci o veículo antes mesmo de vê-lo por completo, e senti meu estômago se apertar de raiva.
O maldito lobo.
Renesmee desceu apressadamente do carro, seus passos rápidos e decididos, ignorando tudo ao redor. Ela se dirigiu diretamente para Anna, como se estivesse indo resolver algo urgente. A proximidade entre as duas não era surpresa para mim — eu já sabia da amizade delas — mas, naquele momento, minha atenção se desviou para ele.
Jacob.
O lobo estava do lado de fora do carro, observando Renesmee com um olhar que fez meu sangue ferver. Havia algo na maneira como ele a seguia com os olhos, um misto de proteção e posse que me irritava mais do que deveria. Ele estava distante, mas não o suficiente para que eu não percebesse a tensão em sua postura.
Meu maxilar se contraiu, e, por um breve instante, pensei em avançar, deixar minha presença conhecida, apenas para ver como ele reagiria. Mas me contive. Não era o momento para confrontos desnecessários, por mais que cada fibra do meu ser desejasse arrancar aquele olhar presunçoso do rosto dele.
Alec, ao meu lado, não disse nada, mas notei que seus olhos haviam se fixado em mim por um momento, como se tentasse medir minha reação. Ignorei. Não precisava de comentários, nem de provocações. O lobo estaria no meu caminho por tempo suficiente, e eu teria a minha chance.
Mas por agora, observei.
Renesmee e Anna estavam conversando, e Jacob permaneceu no carro, observando como um cão de guarda inútil. Era irritante como ele parecia sempre estar ali, uma sombra constante que insistia em pairar sobre tudo.
Maldito lobo.
E, enquanto o ódio crescia em mim, uma ideia começou a se formar. Paciente. Calculada. Afinal, até mesmo os cães mais leais podem ser domados — ou eliminados.
Ah, Demetri...
Minha mente divagava enquanto eu me retirava da sala principal de nosso castelo, as vozes suaves de Felix e Jane se desvanecendo ao fundo. Fazia dias que eu não ouvia uma palavra concreta sobre o progresso de meu tão estimado rastreador. Ele havia partido com uma missão clara, e, no entanto, até agora, nenhum relatório, nenhuma migalha de informação havia chegado a mim.
Silêncio.
Isso, em si, era curioso. Demetri não era conhecido por sua quietude. Ele sempre foi eficiente, meticuloso, mas também comunicativo. Seu talento para rastrear era incomparável, uma habilidade que moldava o equilíbrio de nosso poder há séculos. E agora, este silêncio...
Caminhei lentamente pelo salão, minhas mãos unidas em frente ao meu corpo, meus pensamentos me guiando a possibilidades que eu preferia não contemplar. Poderia ele estar morto?
Não.
A ideia foi descartada com rapidez, quase com desdém. Demetri não era tolo, nem imprudente. Ele sabia como evitar armadilhas e como se mover sem ser detectado. Um predador nato. Se alguém tentasse derrubá-lo, os rastros seriam claros. E eu, teria sentido a perturbação no equilíbrio antes mesmo de qualquer confirmação física.
Mas então, por que o silêncio?
Subitamente, uma hipótese tomou forma em minha mente, tão clara quanto cristal: Demetri não estava morto; ele estava tramando algo. Algo maior. Algo digno de minha atenção.
Ah, meu querido rastreador... Não pude evitar um sorriso pequeno. Demetri era leal, mas também era ambicioso, como qualquer vampiro digno de sua imortalidade. Ele compreendia o peso de suas ações, o impacto que suas descobertas teriam em nossas decisões futuras. Talvez ele estivesse guardando algo importante, algo que considerasse valioso demais para ser entregue antes do momento certo.
O caso da híbrida Cullen era, de fato, uma questão singular. Uma criatura tão rara, tão incomum, que desafiava até mesmo nossos conhecimentos mais profundos sobre vampiros e humanos. Renesmee Cullen não era apenas uma aberração, mas uma ameaça potencial, um ponto de desequilíbrio no delicado sistema que havíamos construído.
E Demetri sabia disso. Ele sabia da magnitude de sua missão.
Enquanto subia a escada de mármore que levavam à minha câmara pessoal, minha mente continuava a girar em torno de sua ausência. Se ele não havia enviado notícias, significava que estava preparando algo grandioso, algo que excedia minhas expectativas iniciais. Talvez ele tivesse descoberto algo tão significativo que achava mais prudente manter em segredo até que pudesse apresentá-lo pessoalmente.
Sim, essa era a resposta mais provável.
Parei em frente a uma janela alta, observando o céu que começava a escurecer sobre Volterra. Meu sorriso retornou, desta vez mais amplo. Eu confiava em Demetri, em sua perspicácia, em sua capacidade de agir por conta própria, mesmo nas situações mais delicadas.
— Meu querido rastreador... — murmurei para mim mesmo, minha voz ecoando suavemente na quietude do aposento. — Não me decepcione agora.
Seja qual fosse o jogo que ele estivesse jogando, eu sabia que ele o jogaria com habilidade. Afinal, era isso que o tornava tão valioso para mim. E quando ele retornasse, com suas revelações cuidadosamente guardadas, estaríamos um passo mais próximos de decidir o destino da pequena híbrida... e, talvez, de todos aqueles ao seu redor.
Minha querida Alice...
Tão perspicaz, tão essencial para os Cullen, e, ao mesmo tempo, tão vulnerável às minhas jogadas. Eu sabia que sua habilidade de prever o futuro era tanto uma bênção quanto uma fraqueza. Seus olhos não podiam ver aquilo que estava envolto na névoa da incerteza.
Quando percebi que a presença de Demetri em Forks poderia atrair sua atenção, não hesitei. Alec seria meu instrumento. Meu confiável guerreiro estava mais do que apto para essa tarefa. Era ele quem eu confiava para resolver problemas silenciosos, sem deixar rastros. Sem ser visto.
Retirar Alice do tabuleiro... ah, isso foi brilhante.
Lembro-me do momento exato em que Alec partiu. Ele estava focado, sua mente tão precisa quanto uma lâmina recém-afiada. Ele sabia exatamente o que fazer, como distrair a vidente dos Cullen, como mantê-la longe o suficiente para que meus planos se desdobrassem sem interrupções. Quando ele encontrou Alice em sua preparação para mais uma de suas aventuras com o dedicado Jasper, tudo já estava decidido.
Foi quase poético.
Uma ilusão aqui, um toque de sua habilidade ali, e Alice caiu como um peão em meu jogo maior. Ela não teve chance de escapar; não contra Alec. Enquanto Jasper tentava entender o súbito torpor que envolvia sua amada, Alec já havia levado Alice para onde eu a desejava, e Jasper a acompanhou como um bônus.
Agora, ela estava aqui.
Tão delicada, tão perceptiva, mas... desarmada. Longe de sua família. Na mente de todos, Alice estava apenas viajando com seu amado Jasper, curtindo uma fuga romântica. Eles não desconfiavam que, neste momento, ela estava ao meu lado, incapaz de comunicar seus temores ou alertar os Cullen sobre o que estava por vir.
Ela ainda tinha o espírito de uma lutadora, claro. Sempre seria a alma teimosa e curiosa que fazia dos Cullen uma força a ser reconhecida. Mas agora, ela era uma peça do meu jogo, e eu me certificaria de que ela permanecesse assim até o final.
Com Alice fora do caminho, minha mente se voltou para Demetri. Ele estava livre para fazer o que era necessário em Forks, para estudar a híbrida e todos aqueles que a cercavam, sem o incômodo de olhares curiosos. Os Cullen acreditavam que tudo estava em ordem, que seus preciosos segredos estavam protegidos, mas, na verdade, eu estava mais próximo deles do que jamais poderiam imaginar.
Ah, o quanto eu amo essas jogadas.
Agora, tudo o que restava era esperar.
Porque, no final, tudo sempre se alinha à minha vontade.
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