° Chapter 11 °
[12:04] MERRY CHRISTMAS BABES ♥♥♥
Eu quis postar pq quero desejar um Natal muito bom a todos e deixar um capítulo pra aqueles que não devem está se divertindo ou no tédio, enfim, amo vocês. ♥
Talvez eu suma por um tempo :( pra aumentar a quantidade de capítulos e tals. E foi mal se o capítulo começa meio triste ksjshsj acho q eu não tava bem sei lá
Boa Leitura!
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O final de semana juntamente com a semana passaram estranhamente rápido para todos. Era madrugada de uma sexta-feira, com direitos a chuvas e trovões altos, e tudo parecia conspirar para atacar o juízo de Theo.
Em duas noites teve pesadelos sem intervalos, mas preferiu não acordar Liam. E ele odiava trovões e por conta deles se sentia paralisado, quase em choque. Eram duas e meia da manhã no relógio e ele ainda não havia nem se quer cochilado. Theo não dormiu a tarde por algum motivo estranho, então estava exausto. Os trovões só pioravam mais. Maldito final de outubro. E para melhorar, ele tinha uma consulta com Melissa de manhã e com certeza levaria sermão por ter atrasado para marcar o dia, e agora levaria outro por possivelmente se atrasar.
O mais velho estava encolhido no canto da cama, com os lençóis cobrindo-o até o pescoço. Ele tremia um pouco, mantendo os olhos verdes e marejados fixos em um ponto preto qualquer do quarto. A última vez que caiu uma tempestade assim ele tinha dez anos. Poderia ter uma personalidade psicopata desde novo, mas ainda era uma criança com medos comuns. Ele lembra de ficar horas e horas se forçando a dormir na cama úmida e meio mofada posta em um canto dos túneis enquanto em sua mente apenas se passava algo tão vergonhoso que até hoje ele se pergunta o porque de querer tanto alguém que ele não tinha o direito de ter, e por culpa dele.
Ele ansiou pela presença da mãe na época.
Mas agora ele apenas queria que essa maldita chuva parasse para que pudesse finalmente fechar os olhos e tentar relaxar por pelo menos alguns minutos. Passou o final da tarde de sexta-feira passando mal e se sentia tão acabado. Theo suspirou trêmulo quando outro trovão ecoou alto do lado de fora e ele jurou sentir o piso da casa tremer embaixo deles. Como Liam não acordou com essa? Sua mente gritou esse questionamento enquanto algumas lágrimas escorriam por seus olhos. Ele as secou rapidamente fungando de leve e ofegando baixo, apertou o cobertor junto ao peito com as mãos fechadas em punhos. Ele fechou os olhos por um momento, tentando inutilmente abafar os trovões com os batimentos cardíacos de Liam. Mas quando menos esperou, por alguns instantes pôde escutar as frequências, aquelas frequências.
Vinham do início do corredor lentamente, as vezes com pausas falhadas, mas sua intensidade era incômoda.
Theo sentiu seu lábio inferior tremer e ele choramingou. Manteve os olhos fechados com força buscando ignorar isso, era apenas seu cérebro pregando uma peça, não é real. Ele repetia como um mantra em sua mente e então outro trovão sôou alto parecendo vir juntamente com um raio que possivelmente atingiu algum poste de energia a alguns quarteirões. Ele demorou para notar os próprios soluços moderadamente altos para a chuva abafar. A intensidade dela estava diminuindo.
Liam despertou meio alarmado ao notar um leve odor de queimado, mas ele sabia que vinha do lado de fora só não entendia o que era. Algo como cobre queimado, de qualquer forma, isso deixou de ser seu foco ao se virar na cama e reparar na figura encolhida embaixo das cobertas. O beta franziu um pouco a testa tentando ouvir através da chuva e então notou a intensidade como Theo chorava. Ele rastejou para perto do mais velho que deu um leve sobressalto ao sentir as mãos um pouco geladas de Liam em seu ombro esquerdo. Ele se virou finalmente encarando o beta que sentiu seu lobo se revirar em preocupação quando viu as lágrimas do outro que ainda caíam sem controle enquanto seu peito saltava em dolorosos soluços.
— Theo, o quê.. — Ele não sabia o que formular com seu cérebro recém desperto. — Hey, o que aconteceu?.. — Ele tocou suavemente a bochecha molhada pelas lágrimas.
— L-Liam.. eles.. eles estão aqui.. — Theo disse entre choramingos mal conseguindo verbalizar, assistindo Liam esboçar uma feição confusa, porém, durou poucos segundos até o beta compreender e negar com a cabeça pacientemente. Liam com um pouco de esforço conseguiu desprender o cobertor dos dedos de Theo e levantou o tecido grosso para se colocar mais próximo a ele. Theo rapidamente aceitou, deitando a cabeça contra o peito de Liam que passou os braços pelo tronco do mesmo. O beta abraçou Raeken com força e protetoramente levando junto uma de suas mãos para os cabelos do mesmo embalando-o contra seu corpo.
— Eles se foram, Theo. — Liam sussurrou para ele gentilmente, apoiando o queixo na testa do outro. — Não podem te alcançar aqui, nada do que ouviu foi real. — Theo não respondia, apenas continuava soluçando com o rosto enterrado no peito do beta que movimentava a mão esfregando de baixo para cima o braço do chimera enrolado em sua cintura. — Respire fundo, logo a chuva passa. Estou aqui. — Assegurou perto do ouvido de Theo que tentava a todo custo cessar os soluços para poder falar mas não era como se fosse de seu controle. — Shh.. tente respirar com calma, okay? Está tudo bem. — Ele garantiu mais uma vez e o puxou um pouco mais para cima ficando cara a cara com o mesmo. Começou por acariciar suavemente a testa, bochecha e queixo de Theo que não desgrudara as orbes esverdeadas do rosto de Liam.
— Desculpe, eu deveri-
— Hey, era pra me chamar desde que começou essa chuva. — Liam não soava irritado ou indignado, mas apenas deu um leve sermão que logo foi recompensado pelo próprio puxando Theo para encaixar o rosto na curva de seu pescoço. O chimera fechou os olhos relaxando e inspirou com calma, notando somente nesse momento sua respiração normalizada e os soluços cessavam gradativamente.
Ficaram bons minutos assim até o chimera está devidamente calmo e bem aconchegado em Liam que até então, não havia caído na inconsciência. Só relaxaria quando tivesse cem por cento de certeza que Theo estava bem. Alguns trovões ainda gritavam no céu, mas pareciam mais civilizados agora, assim como a chuva que adotou pingos mais leves que batiam contra o teto da casa sem aviso prévio.
— Desculpe se assustei você. — Theo quebrou o silêncio pela primeira vez depois de longos minutos calado. Sua voz era um misto de embargada e rouca. Liam entrelaçou suas pernas puxando seus corpos mais para o meio da cama para o outro não correr o risco de cair, estavam quase na beira. O abraço estava mais desleixado agora mas Theo não saiu da posição, com a cabeça pousada no peito de Liam e os braços envolta do tronco dele, sentindo a respiração do beta bater em uma brisa fraca contra seus cabelos.
— Está tudo bem, mas não hesite em me chamar, okay? — Liam pediu e Theo assentiu devagar, fechando seus olhos um pouco por conta do cansaço. — Agora, descanse. — O beta deixou um beijo demorado na testa do namorado e a última coisa que Theo captou dessa madrugada conturbada foi uma das mãos de Liam descendo de encontro a sua barriga um pouco visível. Sim, o pequeno volume havia crescido nesses últimos nove dias que passaram. Liam foi o primeiro a perceber.
O beta se sentiu mais aliviado pela calmaria de Theo e sorriu de maneira sonolenta ao notar o outro aconchegando-se nele inconscientemente. O beta fechou os olhos sentindo-os pesados e mergulhou no calor corporal que ambos proporcionavam um para o outro.
Quando caiu no sono, isso ele não lembra.
*
— Então você e ele descobriram primeiro que todo mundo? — Derek tentava assimilar a explicação corrida de Stiles mas estava quase socando o garoto. Scott olhava de soslaio para o melhor amigo com cara de tédio. Estavam tão entretidos na conversa que mal notaram o horário no relógio do loft.
— Foi mais um palpite inimaginável. — Scott respondeu cortando o possível falatório extra de Stiles. — Mas os créditos vão para esse tagarela de qualquer forma.
— Eu sei que sou incrível, podem dizer. — Stiles se recostou no sofá de maneira convencida e feição relaxada. Derek revirou os olhos.
— Eu diria irritante, mas não deixa de ser verdade. — Stiles lançou um olhar caçoado ao Hale e deu de ombros não se importando. Scott riu anasalado negando com a cabeça. — De qualquer forma isso não deixa de ser desafiador e preocupante.. — Scott assentiu concordando.
— O que pensa? — Scott se inclinou mais para frente interessado.
— Uma criança no pack vulnerável para ser alvo de novos inimigos que podem aparecer. Não estou dizendo que proteção é o que vai faltar. Mas ela não deixa de ser algo a mais para se preocupar, não só para nós mas para Theo e Liam principalmente. — Scott assentia refletindo sobre esse ponto. — Só estou dizendo para ficarmos atentos. — O Hale disse com a expressão pensativa.
— Atenção nunca é demais, não é? — Scott questionou.
— Verdade, mas sem exagero pra não ficar igual esse aí — Derek indicou Stiles ao seu lado em um aceno de cabeça. Scott assentiu rindo e passou os olhos pelo lugar e então sua atenção se focou no relógio. 3:09 AM. Scott arregalou os olhos.
— Estamos aqui desde que horas mesmo?
— Nove da noite, por que? — Stiles disse confuso até virar a cabeça na direção do relógio e levar um susto. — Caramba, acho que nos distrai demais.. — Ele coçou a nuca ainda meio chocado. Derek e Scott reviraram os olhos.
— Stiles!
*
Theo acordou meio confuso, piscando os olhos fortemente e olhou de relance pelo quarto. Cenas da madrugada passaram rapidamente pela mente dele fazendo-o suspirar cansado. O quarto se encontrava meio gelado. Uma fina chuva ainda caía lá fora, pelo menos os trovões cessaram, ele pensou. O mesmo se virou nos braços quentes do beta ainda adormecido. Era o que ele pensava antes de Liam abrir os olhos lentamente piscando algumas vezes. Ele sorriu de leve para Theo que retribuiu preguiçoso.
— Como está? — Liam levou uma das mãos aos cabelos da nuca de Theo em um carinho lento. O chimera puxou mais para perto o corpo do beta pela cintura.
— Bem, graças a você. — Liam encostou suas testas aproveitando a sensação de conforto e calmaria que o momento proporcionava. Theo respirou fundo sentindo que poderia cair no sono novamente, até seu cérebro o lembrar do compromisso de hoje fazendo-o abrir os olhos alarmado. — Temos que levantar.
— Antes de você surtar, já liguei pra ela avisando que iríamos nos atrasar um pouco. — Liam agilizou em tranquilizar Theo que suspirou aliviado. Mal sabia que horas eram.
— Teve sermão, não teve? — Theo perguntou com leve humor enquanto erguia o corpo para se levantar. Esticou os músculos um pouco. Liam fez o mesmo ao seu lado mas se esgueirou para perto de Theo abraçando-o por trás.
— Sabe que se não tiver, não é a Melissa que conhecemos. — Liam disse entre um riso cortado e deixou alguns beijos pelo pescoço do outro que sorriu fraco gostando da sensação. — E ... sabe que pode me acordar no meio da noite. — Liam sôou calmo apoiando o queixo no ombro de Theo que ficou meio aéreo com a feição cabisbaixa por alguns segundos, porém, assentiu consciente disso.
— Até tentei fazer isso mas os trovões ecoavam na minha cabeça e.. só parecia impossível. Fiquei torcendo para você acordar em algum momento. — Theo deu de ombros abaixando o olhar distraidamente para os dedos das mãos de Liam que descansavam sob sua barriga no abraço. Theo riu anasalado observando o ato. Não era só ele que estava transformando aquilo em um hábito. Ele se virou vagamente para capturar os lábios de Liam em um selinho calmo.
— Você ajudou de qualquer maneira. — Disse após separar seus lábios, estando a poucos centímetros de distância. Liam sorriu antes de deixar um último selinho no mais velho e se levantar, parecendo mais desperto agora.
— Vamos, não podemos abusar do tempo que temos. — Liam lembrou o outro que concordou em um aceno. Finalmente se pondo de pé.
— Espero que ninguém repare em um homem quase toda semana indo fazer ultrassom. — Theo brincou andando de modo lento até o banheiro. Liam riu negando com a cabeça enquanto fechava a porta atrás de si. Assistiu o mais velho retirar a roupa de baixo juntamente com a de cima e se dirigir ao box aberto. Ligou o chuveiro na água quente entrando debaixo dele no mesmo instante. Liam piscou tentando não perder o foco.
— Provavelmente ninguém vai reparar nisso. — Liam respondeu com o olhar quase hipnotizado na direção do chimera, retirando a própria roupa totalmente distraído. Quando sem nenhuma peça foi até box abrindo-o rapidamente para logo fechar ao entrar e abraçou por trás o corpo molhado de Theo que parecia despreocupado aproveitando a sensação relaxante que a água proporcionava.
— Sério que quer fazer isso enquanto estamos atrasados? — Theo riu um pouco deixando Liam levemente confuso.
— Não estou fazendo nada. — Respondeu com falsa inocência e começou por distribuir alguns beijos pelo pescoço de Theo que fechou os olhos instantaneamente.
— Ah, você está. Alguém aí embaixo está. — Theo arfou baixo sentindo o membro do outro roçando vagamente por sua bunda. Ele respirou fundo ouvindo Liam rir zombeteiro perto de sua orelha. — Porque você inventa de fazer essas coisas quando estamos sem tempo?
— Só quero relaxar você. — Liam afirmou juntando ainda mais ambos corpo fazendo seu membro pincelar sem pena nenhuma entre as bandas do outro que riu incrédulo levando o canto do lábio inferior entre os dentes.
— Então seja rápido. — Theo sorriu cínico se virando nos braços do beta que mordeu os lábios ao sentir ambas ereções em atrito. — Porque você sabe como estou ultimamente ... — Theo aproximou sua boca de encontro ao ouvindo de Liam que se arrepiou com o contado da língua em seu lóbulo. — Tão necessitado quanto você. — Sussurrou de forma provocante e bastou isso para Liam o erguer usando a parede molhada como apoio. Bastava um único movimento para o membro do beta preeencher Theo que adotara uma feição atônita.
— Eu assumo a culpa pelo atraso. — Liam sorriu de soslaio e juntou seus lábios com os do chimera, enterrando seu membro lentamente no mais velho que arfou entre o beijo enquanto prendia entre os dentes o lábio inferior de Liam que revirou os olhos por baixo das pálpebras fechadas quando o calor envolveu seu membro. A água quente escorrendo pelos corpos só melhorava a situação. — Uma coisa bem feita precisa de tempo. — Theo riu negando com a cabeça.
— Cala a boca. — Sussurrou antes de tomar a boca de Liam em um beijo afoito sentindo o beta estoca-lo de forma lenta e torturante. Theo arfou alto e no decorrer do ato Liam precisou abafar os gemidos do outro com a mão em sua boca.
(...)
— Você marcou que horas? — Deaton questionou checando o celular pela quarta vez. Melissa suspirou.
— Uma hora atrás. — Ela disse aborrecida. — Liam ligou antes avisando que se atrasariam um pouco por causa do Theo que não dormiu direito de madrugada, mas até agora nada. — Bufou batendo um dos braços ao lado do corpo. — Eles acham que um bebê é brincadeira, só pode. — Deaton riu anasalado e se indireitou na cadeira.
— Deve ter sido só um imprevisto. Logo eles chegarão. — Melissa assentiu tentando ficar menos irritada.
— Espero que sim porque eles não são os únicos que preciso atend-
Mal completou a frase e logo a porta da sala hospitalar foi aberta afoitamente por um Liam ofegante e apreensivo. Theo entrou logo depois com as mãos no bolso e o rosto acanhado ao notar a feição aborrecida da mãe de Scott que cruzou os braços contra o peito tentando não explodir com eles.
— Você disse alguns minutos. — Ela disse com a expressão dura, arqueando uma sobrancelha. Deaton só negava com a cabeça assistindo.
— Melissa desculpe, é que eu..
— Culpa minha, senhora McCall! — Liam disse auto o suficiente para cortar o outro. — Demorei no banho e ainda precisamos esperar a chuva diminuir um pouco..
— Okay, okay. — Ela o interrompeu respirando fundo e direcionou o olhar a Theo que lutava para um sorriso divertido não nascer em seus lábios enquanto encarava Liam. — Você. Apenas vá até ali e se deite. Tenho horário para cumprir. — Ela tentou não soar rude.
Theo logo se prontificou em agilizar tudo. Não deixou de ser estranho quanto da última vez que ele esteve ali. Tentou não demonstrar está nervoso enquanto Melissa erguia sua blusa deixando sua barriga amostra. Liam ao seu lado segurava a mão dele assistindo a enfermeira fazer todos os procedimentos da outra vez. Logo ela pegou o convex passando-o sob o gel meio quente deslizando-o de forma lenta. Dessa vez, Theo encarou a tela atentamente junto a Liam que parecia mais curioso que o mesmo.
A imagem do bebê apareceu na tela automaticamente junto aos batimentos cardíacos que logo soaram quando Melissa apertou um botão. Liam sorriu quase hipnotizado vendo a figura tão tão distorcida em preto e branco, mas estava lá. Seu bebê, seu filho. Theo não esboçou reação de início até vagamente aparecer na tela alguns movimentos sutis que o bebê fazia. O chimera entreabriu os lábios impressionado sem piscar por um segundo. Melissa por um momento esqueceu a irritação de antes e sorria para os dois a sua frente ainda movimentando o aparelho.
— Bom, você já completou as onze semanas pelo o que vejo aqui. O peso e tamanho estão em ordem. — Ela respondeu sem desgrudar os olhos da tela sorrindo satisfeita. — Nossa.. é normal o bebê se mexer um pouco em três meses de gestação mas esse aqui, é com certeza especial. — Ela riu maravilhada, assistindo atentamente os bracinhos se movendo em movimentos perceptíveis e lentos. Theo então, sorriu piscando os olhos repetidas vezes ao notar lágrimas querendo se formar. Que droga, para quê tanta sensibilidade? Ele resmugou em sua mente mas a irritação já estava longe demais para ele continuar a dar atenção.
— Eu.. não sinto mexer. — Theo comentou sem conseguir se conter. Liam pela primeira vez depois de minutos desgrudou os olhos da tela do aparelho e se voltou para Theo com um sorriso carinhoso. O chimera devolveu o olhar brevemente com um sorriso discreto. Melissa desligou as caixas de som fazendo com que os batimentos cessassem ao redor da sala para ela poder explicar melhor. O que incomodou Theo, mas ele preferiu não falar sobre.
— É normal, querido. Ainda é cedo, só vai sentir talvez com dezesseis ou vinte semanas, ou seja, quarto mês. Quer dizer, em uma gravidez normal seria assim. — Liam e Theo se entreolharam confusos. E então Deaton entendeu isso como sua deixa para se levantar de onde estava e se colocar mais perto dos três.
— Como é um bebê sobrenatural, ele pode se manifestar até antes disso. Pode começar a interagir com os sons e estímulos exteriores, talvez no início do quarto mês ou durante. — Ele explicava calmamente. — É difícil ter uma resposta exata sobre. Porque é algo fora do nosso cotidiano, mas só peço que não se assustem com alguma coisa diferente. — Liam e Theo assentiram compreendendo e se voltaram para Melissa que programava a máquina. Era incrível como o druida podia os surpreender, alguém se empenhou em pesquisas.
— Querem registrar? Posso colocar para imprimir. — Melissa direcionou a cabeça para a impressora no canto da sala que até então o casal não havia notado. Liam olhou para Theo verificando se ele se sentia confortável com tal sugestão. Raeken ponderou por alguns instantes antes de assentir com a feição neutra. A enfermeira então programou na máquina e logo pôde ouvir a impressora fazer alguns barulhos mecânicos e um papel ser puxado, começando o processo.
— Então, o bebê meio que já escuta? — Liam perguntou enquanto desgrudava o olhar da máquina ao longe trabalhando. Melissa assentiu se distanciando para pegar alguns papéis toalha.
— Sim, então é bom que conversem bastante. Para ele ir aprendendo a reconhecer as vozes de vocês. — Durante o falatório a mesma entregou as folhas para Theo limpar o gel da barriga. Após tudo limpo o mesmo abaixou a blusa e se sentou na maca mas não desceu. — Talvez no quinto mês ou antes, vocês descubram o sexo. — Ela riu e agarrou os papéis usados arremessando-os no lixo.
— Espero que não seja como a maioria das crianças que você me falou, uma dificuldade. — Deaton comentou com humor indo até a impressora e pegando a foto do ultrassom para logo caminhar até eles.
— Por que? — Theo questionou assistindo Liam pegar a foto estendida em sua direção. O beta agradeceu ao druida antes de agarra-la. Melissa riu indo reprogramar a máquina para a próxima consulta.
— Algumas crianças não deixam aparecer no ultrassom a genitália por estarem com as pernas fechadas ou a posição. — Ela explicava após encaixar o convex agora limpo no compartimento do aparelho. — Demorei muito para descobrir se ia ter um menino ou menina. Scott ganhou muitas coisas de menina por conta disso. — Liam riu surpreso e Theo o acompanhou finalmente descendo da maca ficando ao lado do beta. — De qualquer forma, usei tudo. Algumas mães tinham frescura, mas no meu ponto de vista acho fútil esse negócio com cores. — Ela riu e deu a volta na maca para conversar melhor com o casal. — Enfim, Theo, evite se estressar. As vezes com a sua agitação, o bebê fica agitado e isso provoca os enjôos e entendo como isso é horrível. — Theo assentiu concordando com uma careta. — Mas com tudo que vi hoje, vocês estão indo bem.
— Obrigado Melissa, aos dois. — Theo direcionou o olhar ao druida que deu um leve aceno com a cabeça. — E desculpe o atraso para marcar a consulta ..
— Tudo bem, mas nem quero saber o que estavam fazendo. — Ela foi rápida. Liam olhou de soslaio para o chão tentando esconder o riso que quase escapou por seus lábios. Theo o lançou um olhar meio irritado com os olhos cerrados mas voltou a ouvir Melissa. — Apenas peço que levem isso mais a sério, pode ser um bebê sobrenatural imune a problemas básicos na gravidez, mas é o filho de vocês e não deixa de ser vulnerável. Mostrem mais compromisso. — Ela sôou autoritária e os acompanhou para levá-los ao lado de fora. O corredor não era muito movimentado por não ser o principal, então ajudava.
Ela entregou um envelope vazio para Liam poder colocar a foto do ultrassom e sorriu gentilmente para eles.
— Vocês dois me surpreenderam muito, principalmente você. — Ela olhou para Theo que apertou os lábios em um leve repuxar nos cantos sorrindo pequeno em resposta. Liam segurava a pasta em um braço enquanto o outro abraçava a cintura do mais velho. Ela acenou com a cabeça vagamente. — Até a próxima, meninos. — Disse antes de se virar e entrar na sala. Liam e Theo suspiraram. O beta direcionou o olhar para o mais velho durante o trajeto.
— Como se sente? — Theo deu de ombros com a sombra de um sorriso nos lábios. — Você sabe que não precisa se fazer de durão comigo. — Liam zombou dando um empurrão brincalhão no ombro do mais velho que riu não se contendo.
Um breve silêncio se instalou depois, pelo menos até saírem daquela movimentação agoniante de um hospital. O horário estava moderadamente movimentado, mas algumas pessoas ainda insistiam em esbarrar neles. Liam precisou frear os instintos e segurar um rosnado quando um cara esbarrou rudemente em Theo, pelo menos em seu ponto de vista foi rude. Sorte que o chimera seguiu adiante puxando o beta consigo, ou possivelmente uma briga iniciaria.
No estacionamento Theo sentiu que poderia respirar melhor. Lugares com muitas pessoas dependendo do ponto de vista era irritante, mas agora tudo parecia amplificado para o mais velho. Quase tudo o fazia enlouquecer minimamente.
— Tudo bem? — Liam levou as duas mãos aos ombros do outro, apertando-os de leve. Theo assentiu com a feição tranquila.
— Hoje ... — Theo começou se aproximando mais. — Foi melhor que a última vez, tenho que admitir .. — Liam concordou com a cabeça atentamente, passando seus braços pela cintura do mais velho sem desviar o olhar dele. — Ainda é meio estranho, mas .. quando vi.. — Theo abaixou a cabeça rindo um pouco tentando limpar o nó que se formou na garganta. — Os movimentos dos bracinhos isso foi .. é real. É.. uma vida ali.. não sei.. acho que eu só precisava aceitar que isso está acontecendo de uma vez. — Ele levantou o olhar para o beta, inevitavelmente sentindo que um peso havia se dissipado de seus ombros. Liam sorriu terno e puxou o outro contra seu corpo.
— Você não só me surpreendeu, mas também me orgulhou outra vez. — Liam confessou em um sussurro. Theo franziu a testa antes de sentir um beijo sendo posto nela e Liam se afastar.
— Outra vez? — Ele questionou confuso, alcançando o capacete da moto e se impulsionou sentando na garupa. Liam riu quase zombando e se virou olhando para o mais velho por cima do ombro. Theo ponderou no ato de por o capacete devolvendo o olhar. Esperando que o beta dissesse alguma coisa.
— A primeira vez que senti orgulho de você. Suas mãos estavam tirando a dor de Gabe. — Liam simplesmente comentou esse fato e se virou para equilibrar a moto em linha reta. Theo por alguns segundos travou com o capacete em mãos, encarando as costas do outro com o olhar distante. Só lembrou de colocá-lo quando o motor da moto roncou alto. O chimera segurou a cintura do outro durante o impulso da arrancada, mas passou o trajeto inteiro de volta pensando nas palavras do beta com um sorriso contido nos lábios.
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Espero que tenham gostado ^_^
Que comam muito e se divirtam na rua vendo os fogos e tals kskwksj tô meio doida pq bebi uns vinho sorry
Eai o que acharam?
Bye wolfies ♥♥
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