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Capítulo 2: 'Feliz Natal'


/Lisa/

- Você pode deixar suas coisas aqui. - Meu pai avisa enquanto entramos em um comodo duas vezes maior que o meu quarto no apartamento da Kim.

Deixando minha mala ao lado da porta vou direto para cama, meu pai cuidadosamente senta ao meu lado com um sorriso amplo.

- Fico feliz que você tenha vindo.

- Eu também. - Digo com sinceridade, mas logo um silêncio estranho se instala entre nós dois. Ele continua sorrindo o que faz ficar ainda mais envergonhada. - Por que apareceu só agora? - Pergunto e percebo por sua expressão que não é uma boa pergunta.

- Bem... sabia como tinha sido difícil pra você...você sabe, a morte da sua mãe. Não queria que você achasse que estava tentando substituí-lá com minha esposa.

- Ah, então vocês não terminaram? - Faço o máximo para não deixar um tom de decepção na voz, mas parece que foi em vão.

- Não, estamos muito bem na verdade. Ela está em uma viagem a trabalho e os meninos estão no Canadá.

Graças ao bom Deus.

- Ela queria que nós nos tornassemos uma família. Maravilhoso, não acha?

Não, não acho. Porque você acabou de admitir que só está fazendo isso porque a sua esposa pediu.

- Sim, maravilhoso.

- E você pensou na minha proposta de se mudar para Tailândia? - Ele pergunta na lata, quase me fazendo engasgar com a mudança repentina de assunto.

- Bom...na verdade, eu estou pensando em ficar, vou me matricular na Seoul National Universaty mês que vem. Preciso ficar, minha vida toda está aqui.

- Ah... - Ele dá outro sorriso, esse nem tão sincero. - Tudo bem, querida. Você é que sabe, vou deixar você arrumar suas coisas, te vejo daqui a pouco. - Ele deixa o quarto e uma Lisa chateada na cama.

Certo, eu imaginei que sua aparição de uma hora pra outra teria um motivo, mas não fazia questão de saber qual. E aliás, duvido muito que aquela megera que ele chama de esposa me quer como parte da família, ela sempre me odiou e meu sentimento por ela sempre foi mútuo.

Eu tenho meus motivos, muitos motivos.

Parei de repente para pensar em minha mãe. Mais um Natal sem ela.

No nosso último natal eu tinha apenas dezesseis anos, era toda errada já que a puberdade havia começado , era extremamente alta, magricela e tinha um estilo de cabelo que finjo não me lembrar.

Lembro que foi quando tive o meu primeiro trabalho ㅡ jardineira. Comecei a cortar a grama dos vizinhos para juntar dinheiro para comprar o presente de Natal da minha mãe, um colar de pérolas. Mas não havia sido suficiente, sendo que acabei comprando o colar mais barato da loja. Nunca havia ficado tão decepcionada como naquela noite.

Apesar de que quando a presenteei ela ficou tão emocionada que chegou a chorar.

Meu último presente de Natal por parte dela foi...

Espera. Espera um momentinho...

O meu livro... Onde eu deixei?

Pulei da cama e derrubei minha mala no chão, começando a vasculhá-la por todos os cantos. Não estava ali...

Me afastei desesperada e com lágrimas nos olhos.

Sabia que nem Rosé e nem Jisoo estariam em casa para verificar se eu o havia deixado no quarto.

Jungkook

Seu nome soou em minha cabeça com clareza, limpei as lágrimas que estavam ameaçando cair e solucei. Ele poderia estar com o meu livro?

Fiz a menção de pegar meu celular e lhe mandar uma mensagem, mas desisti ao lembrar que não era o hora.

Mas é por um bom motivo.

Minha mente diz, mas nego. Não vou ligar ou mandar mensagem, se eu ouvir sua voz ou conversar com ele sabendo que estamos tão distantes vou me sentir pior ainda.

Me jogo na cama, atordoada.

Meu coração palpita dolorosamente, como se cada segundo se tornasse longo de mais. Era uma saudade incontrolável, mas tanto eu quanto Jungkook somos orgulhosos demais pra isso.

Sinto que ele também sente a minha falta, e dói saber que ele talvez esteja sentindo a mesma dor que eu.

/Jungkook/

Nunca cheguei a pensar que véspera de natal seria tão...desanimada. Nunca fui de comemorar as datas festivas, mas seria natal daqui algumas horas e todo mundo gostava do natal.

Estava entediado no meu quarto, esperando que EunMi me chamasse para falar com os convidados, ou melhor, parentes que não vejo a anos e que provavelmente nem sabem a data do meu aniversário.

Estava absorto, fora do mundo real, distraído de tudo e todos. Não conseguia tirar aquilo da cabeça.

A foto em meio ao livro parecia explicar muitas coisas, mas ainda deixava muitas perguntas sem resposta. Nela, uma mulher de cabelos curtos e olhos grandes segurava a mão de uma pequena menina, Lalisa.

Os traços da mulher eram mais maduros comparados aos de Lisa, mas os olhos brilhantes e lábios expressivos eram praticamente cópias.

Parte da foto estava queimada, mas nada que afetasse duramente a imagem. Atrás havia algo escrito , mas impossível de ler por conta de um borrão negro, apenas um "M" era perceptível.

Estava me sentindo mal por querer saber mais, não devia ter aberto o livro.

- Sr. Jeon. - Eunmi chamou na porta do quarto e com desanimação sai dele. Descendo as escadas vi meus tios , meus avós, algumas pessoas que não lembro o nome e Yugyeom, meu primo.

Yugyeom e eu temos a mesma idade, a diferença é que sou vezes mais responsável. Nunca fomos o tipo de primos melhores amigos, já que na infância costumávamos discutir por tudo, desde por um pacote de biscoitos recheados até quem tirou a nota mais alta.

Eu era sempre o vitorioso, filhinho de mamãe e bom menino. Nunca dava problemas, diferente dele. E todos os meus parentes sabiam, Yugyeom e eu no mesmo lugar era praticamente um convite para um confronto.

Quando desci as escadas cumprimentei a todos com um sorriso falso, tirando os meus avós, com eles eu poderia ser eu mesmo.

- Você cresceu tanto, pequeno! - Minha avó ㅡ ou para os mais íntimos, Sra. Hye ㅡ segurou meu queixo deixando um beijo estalado na minha bochecha. - Está tão bonito! Olhe, Dowon! Jungkook cresceu tanto!

Meu avô que estava distraído observando algumas fotos olhou para mim e sorriu.

- Jeongguk? - Ele disse se aproximando. - A cara da mãe! - Ele disse antes de me dar um abraço apertado.

Sempre me diziam isso, minha mãe e eu sempre tivemos traços parecidos, apesar de pensar de formas completamente diferentes.

- Aposto as garotas são doidinhas por ele! Você tem uma namorada, filho? - Minha avó perguntou, mas logo foi interrompida pela minha mãe.

- Vamos, está quase na hora da ceia.

Após a sessão de orações, finalmente nos sentamos para comer. O jantar seguiu-se em silêncio, ninguém olhou pra ninguém, a extensa mesa cheia de pessoas parecia vazia.

- Então, Jungkook. Onde você irá fazer a faculdade? - Meu tio Yang pergunta quebrando o silêncio.

- Na verdade...

- Eu sugeri Harvard. - Meu pai diz me cortando com um sorriso no rosto. Meu avô tosse.

- Harvard? É do outro lado do mundo!

- Não sei se vou para Harvard. - Digo pegando um guardanapo, sinto os olhares de meus pais sobre mim.

- Como assim? - Minha mãe pergunta e consigo sentir uma ponta de raiva na sua fala.

- Não sei se vou para Harvard. - Repito claro.

- Mas eles te querem lá. - Meu pai responde, dou de ombros.

- Mas...o que você quer fazer? - Meu avô pergunta.

- Administração. - Meu pai responde como se fosse óbvio.

- Psicologia ou literatura. - Respondo de volta.

Ouço um suspiro longo e furioso vindo de meu pai.

- Pensei que quisesse assumir a empresa da família... - Yang diz parecendo confuso, meu avô no mesmo estado.

- Mudei de ideia.

- Como assim? - Olho para meu pai e vejo uma veia saltando em seu pescoço, inspiro profundamente.

- Mudei de ideia, significa que mudei de ideologia e pensamento. Quer que eu desenhe?

- Jeon Jungkook! - Minha mãe diz antes de meu pai explodir.

- Seu imprestável ingrato! - Ele grita antes de se levantar, minha mãe faz o mesmo se colocando na frente dele. - Quem você acha que é? Não é porque fez a mesma coisa que o vagabundo do seu irmão que você vai fazer o que bem entende, você não vai se tornar mais uma decepção pra essa família!

- Do que você está falando?! - Minha avó que dessa vez grita.

- Esse moleque! - Ele aponta o dedo para o meu rosto inexpressivo. - Fugiu de casa durante meses pra morar com uma vad...

- Cale a sua boca! - Grito derrubando a cadeira a medida que me levanto. - Limpe sua boca antes de falar dela! - Grito na sua cara e estaria fazendo isso mais de perto se minha mãe não estivesse na frente.

- Ela era pelo menos gostosa, primo? - A voz de Yugyeom me faz explodir.

- Gostoso mesmo vai ser o meu punho enchendo essa sua cara de socos.

- Jungkook! - Minha mãe grita.

Encaro meu pai no fundo dos olhos e percebo que nem ele e nem eu somos mais os mesmos, não somos mais pai e filho, somos dois completos estranhos um para o outro.

- O natal acabou. - Jogo o guardanapo ainda em minha mão em cima da mesa e saio da sala.

Sinto minha cabeça latejando junto aos meu punhos e quase tropeço na escada antes de chegar ao meu quarto e sair jogando tudo pro ar. Grito de raiva e faço as coisas sem pensar.

Quando consigo me controlar vejo meu quarto completamente revirado, livros jogados por todos os lados, a tela do meu notebook rachada ao meio, o abujur de enfeite completamente torto e sem funcionar.

Meu celular apita e vejo que é uma mensagem de Jimin.

- Feliz Natal, amigo!

Deixo a conversa de lado e procuro pelo contato de Lisa, querendo ligar e não pensar em mais nada. Ouvir a voz dela sempre me acalmava, mas a chances dela atender são mínimas, então apenas deixo uma mensagem.

- Feliz Natal.

Quando a vejo visualizar deixo o celular rapidamente e logo ouço a notificação de resposta. Fico surpreso ao ver que realmente era ela.

- Feliz Natal , Jungkook.

Penso em responder alguma coisa, mas simplesmente não consigo mover os dedos enquanto encaro o celular da forma mais boba possível.



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