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Capítulo 1: 'Três dias'


/Lisa /

Era estranho estar aqui de novo, mesmo com apenas alguns meses fora, era tão diferente voltar para o colchão barulhento e macio do meu antigo quarto, no apartamento de Jisoo.

Os últimos três dias foram tão difíceis quanto os trinta que passei sem Jungkook ao meu lado quando tivemos aquela briga besta, porque agora sabia que era pra valer e que precisava dele mais do que tudo.

Eu não conseguia mais chorar, era como se toda a água do meu corpo tivesse realmente secado, e pior, eu estava doente. Meu corpo inteiro doía e queimava em febre, passar o dia inteiro molhada depois do banho, ainda mais no inverno é algo não muito aconselhado. Eu deveria saber.

Era terça feira, véspera do Natal, tinha passado o dia inteiro no quarto, só saindo para comer a sopa quente que Jisoo havia preparado mais cedo.

Não tinha nevado tanto, apenas uma neve rasa cobria as calçadas e folhas das árvores, ela me remetia a lembrança de quando Jungkook me prometeu que faríamos um boneco de neve logo que nevasse, agora, ele não podia cumprir isso. Estávamos distantes.

Estava arrumando uma mala para passar a noite de Natal com meu pai em seu apartamento em Gangnam, ele parecia estar ótimo de vida.

- Lisa, Jimin ligou. Te desejou um feliz Natal antecipado. - Chae disse na porta do quarto com uma manta sobre os ombros, deu uma olhada ao redor e entrou. - Como você está?

- Bem, na medida do possível. - Disse fechando minha mala com esforço. Chae deu de ombros.

- Achei que a gente devesse sair antes de você ir... Mas acho que não está afim, não é? - Ela perguntou, esperançosa.

- Eu até iria, mas acho que não sou uma companhia agradável com meu nariz escorrendo. - Disse finalmente deixando minha mala no chão e me jogando na cama.

- Lisa, você parece péssima. - Ela disse, mas não me senti ofendida, sabia que eu não parecia bem. - Ele não te ligou...? - Ela pergunta relutante fazendo um nó se formar na minha garganta e um sentimento de dor se instalar em meu peito. - Desculpa!

Não respondo, apenas me viro para parede e respiro fundo, não vou chorar, não quero chorar.

- Eu vou estar na sala, se você precisar de alguma coisa ou mudar de ideia...

Ouço a porta bater logo em seguida , me encolho mordendo o lábio. Minha mente, como uma perfeita masoquista, volta para as lembranças da noite de quatro dias atrás. E se não tivéssemos descutido? E se eu tivesse aceitado que ele não queria aquele beijo? E se eu tivesse tentado entender lado dele sobre Kamon? Teríamos feito amor naquela noite? Estaríamos fazendo bonecos de neve agora? Ele me deixaria comprar suéters ridículos de casal para o Natal?

Eu não sabia, mas por uma grande ironia, queria voltar e resolver as coisas.

/ Jungkook /

- Bom dia, senhor Jeon! - Eunmi diz toda animada ao me ver entrar na cozinha. Os últimos dias tem sido assim, como se ela se importasse muito com a minha presença.

- Bom dia. - Respondo, só para não me passar de mal educado.

Pois é, estou de volta para a casa de meus pais. Foi meio que uma obrigação da parte deles, mas eu não me importei, não fazia mais sentido morar naquela mansão de mil e um cômodos sozinho. Sim, eu vendi. E me deu uma ótima grana.

E agora, eu me sentia mais vazio do que nunca. Não pela falta de meus pais, eles até que estavam mais "presentes" , era ela o meu problema.

Eu estava tão furioso! Mas não consegui deixar de pensar nela desde que vi a neve lá fora, na verdade, os últimos dias foram pura tortura. Pois nada estava na minha cabeça além dela, apenas ela, a minha garota. Nem mais tão minha, na verdade.

Estava louco de saudade, mas não queria ceder e não sabia se ela queria voltar. Mas que droga! E se eu tivesse discordado daquilo? Se tivesse a impedido de ir?

Quando voltei a o mundo real percebi que estava bufando e encarando a comida do café como se ela fosse o meu pior inimigo. Foi ainda mais vergonhoso quando percebi que Eunbi estava ali, me encarando com dúvida, mas ela logo desviou o olhar. E que bom, porque não estou nos meus melhores dias.

- Seu pai mandou lhe entregar. - O mordomo chegou ao meu lado entregando um papel, aparentemente uma lista com vários panfletos.

Universidades.

Passei folheto por folheto vendo anúncios de universidades ao redor de toda Coréia do Sul, universidades grandes e importantes. De tempos para cá, tive muitas dúvidas em relação ao que realmente queria fazer, administração e economia já não me parecia mais tão interessante.

- Ele disse que você deveria pensar bem na última da lista. - O mordomo avisou.

Meus olhos percorreram a lista inteira até o final, soltei um suspiro.

- Harvard. - Murmurei para eu mesmo.

Seria uma boa ideia? Sair do país?

Pensar em me afastar de tudo me deu até uma boa sensação momentânea, mas logo foi embora, ainda tinha algo que me prendia a ficar.

Eu suspirei e deixei os folhetos de lado e terminei de tomar o café, a véspera de Natal não estava tão animada, a única decoração em minha casa era a enorme árvore de Natal, que nem colorida era.

Lisa provavelmente a arrumaria de novo colocando vários pisca-pisca e bolas coloridas e brilhantes.

Pare de pensar nela!

Gritei internamente para mim.

Corri para o andar de cima abrindo a biblioteca da casa. Não é tão importante como a biblioteca central é pra mim, nem ao menos sentia meu coração palpitando com força dentro dela.

Mas havia algo especial nela, o piano.

Toco piano desde muito novo, influência familiar. Mas por incrível que pareça, é uma das coisas que fui "obrigado" a fazer e que realmente gosto.

Sentei no banco e abri o piano com cuidado, parecia intocado. Demorei alguns segundos para conseguir criar uma melodia na minha cabeça e conseguir reproduzir o som com os dedos.

Um som agressivo atingiu meus ouvidos, logo se tornando algo suave e rebelde ao mesmo tempo, uma mistura de notas rápidas e clássicas.

Era a primeira vez que tocava depois de meses, e parecia que havia colocado tudo naquela música, todos meus sentimentos estavam em uma única melodia.

Raiva, tristeza, saudade e amor.

Finalizei com notas dramáticas e meus dedos abandoram o piano, meu coração papitava com força. Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto, caindo em uma das teclas do piano.

Limpei o rastro molhado em meu rosto com rapidez e fechei o piano. Apoiei os cotovelos ali e baguncei meu cabelo, com raiva.

Estava com vergonha de admitir em voz alta, mas essa música era uma declaração em notas para a única pessoa no qual não consigo parar de pensar.

Era difícil, e várias vezes durante esses quatro dias tenho me perguntado o que ela tem feito. Onde ela está, o que está pensando ou se ela sente tanto a minha falta como eu sinto a dela.

Castiguei-me durante várias vezes antes de dormir, pensando que eu deveria ter a compreendido, a escutado e ter resolvido as coisas de modo convencional ao invés de gritar e parecer infartar de raiva a qualquer minuto.

Afastei-me do piano e procurei por algum livro que pudesse me distrair. O que era difícil, porque eu já havia lido pelo menos dois terços de toda aquela biblioteca, o que sobrava era apenas livros teóricos, no qual eu não estava nem um pouco afim de ler.

Desisti e voltei para o meu quarto grande e vazio.

Passei a manhã e a tarde inteira do quarto, inventando coisas pra fazer, como arrumar a ordem dos meus carros em miniatura, já que Eunmi nunca sabia arrumar do jeito certo. Foi quando me lembrei que deveria arrumar minha mala, que ainda estava jogada no canto do desde o domingo de manhã.

Se existe algo que um homem não gosta é arrumar roupas, não temos paciência suficiente para dobrá-las do jeito certo e colocá-las no lugar certo, já eu não tinha muita escolha, não queria que ninguém tocasse nas minhas malas e no que havia dentro delas.

Parte delas estavam com cheiro de amaciante de rosas, outras tinham um cheiro ainda melhor grudado nelas, o cheiro dela. Afastei essas rapidamente, não queria o tipo de cara que chora como um bebê depois de um término definitivo, o nosso não era definitivo.

Eu espero.

Me assustei ao enfiar a mão dentro da mala e encostar em algo duro, o puxei para fora e quase perdi o fôlego. O livro de capa amarela estava nas minhas mãos.

- Como isso veio parar aqui? - Sussurrei, vendo que o livro tinha uma página marcada.

Não pensei antes de abri-lo. E quando isso aconteceu me arrependi na hora, porque o que havia em meio dele com certeza não me pertencia.

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