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12 ϟ nunca fomos crianças

!!!aviso!!!
no capítulo a seguir teremos estupro, agressão e menções suicidas, para o seu bem-estar não leia se você for sensível.

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𝑪𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 𝑻𝒘𝒆𝒍𝒗𝒆: 𝑾𝒆 𝒘𝒆𝒓𝒆 𝒏𝒆𝒗𝒆𝒓 𝒄𝒉𝒊𝒍𝒅𝒓𝒆𝒏

"Os monstros que me assombravam ao dormir, me propuseram cessar fogo, alegando que eu não sei sorrir. Que eu não sou mais o mesmo. Que eu vivo no passado. E não me assusto com que antes era meu tormento. Também queria ser imaginário, aparecer só quando apropriado, não medir minhas palavras. Também queria ser imaginário, sumir quando estiver dando tudo errado. Sem pesar na consciência. Mas como faz?" ── Monstros, Supercombo.

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March 18, 2010

KGB office, Red Room

Moscow, Russia

OS OLHOS DE SCARLETT ESTAVAM FECHADOS, tentando levar a sua mente para um lugar longe daquele. Um lugar onde ela tinha uma família, uma cama quentinha, uma comida gostosa. Apenas um sonho. Um sonho distante e bem diferente da sua realidade. Mas naquela situação, aonde o corpo de Guzman, seu castigo por algo feito na outra vida, pairava sobre o dela, era quase que impossível não sentir a dor dele entrando e saindo, o peso que o corpo dele fazia contra o dela era perturbador.

A cabeça inocente de Scarlett pensava em tudo que a levou se encontrar naquela situação. Onde estava Elijah, que prometeu a ela que iria protege-la? Sua mãe, aonde estava a pessoa com quem a ruiva sonhava desde que se lembrava? Ela queria alguém para cuidar dela, protege-la e ama-la. Não era isso que ela esperava ter no futuro.

As mãos de Guzman apertavam seu pescoço quase que a impedindo de respirar, as marcas roxas em seu braço, pernas e barriga mostravam o quanto ela havia apanhado antes disso. O sangue que escorria pelo seu nariz escorria pela lateral direita de sua bochecha e melava o chão, seus olhos já acumulava algumas gotas de lágrimas, que eram teimosas e insistiam em cair. Seu coração, ao contrario do seu corpo, estava descompassado, Scarlett queria tanto que aquele tormento acabasse.

Scarlett só sentiu um liquido a invadir e um soco ser desferido contra o seu rosto a fazendo se machucar mais do que já estava. Guzman se recuperou e se levantou, colocando a sua roupa e deixando a ruiva jogada de qualquer jeito na cama pequena de solteiro. Passou a mão na tentativa de desamassar seu paletó.

Naquele momento era somente Scarlett, completamente sozinha e sem ninguém por ela. A ruiva acordou, se sentindo mais suja de que quando estava antes daquilo acontecer. E ela sabia que não adiantaria passar uma hora no banho, a sujeira estava impregnada em sua carne.

── Scarlett, Scarlett...── Valentina sussurrou aumentando aos poucos o tom de voz, para que a menina que estava de olhos fechados sentindo a sua dor pudesse ouvi-lá ── Scarlett, droga eu sei que você está me ouvindo!

Scarlett não conseguia falar, ela queria, mas não conseguia. Ela abriu os olhos e resmungou algumas palavras que Valentina não conseguiu entender. Ela passou as mãos pelos fios ruivos de Scarlett, com carinho.

── Vem, você precisa tomar um banho... eu vou cuidar desses machucados.

Valentina era mais velha que a ruiva cinco anos, e ao contrário do que se pensa, a morena é boa e trata Scarlett como sua irmã. Afinal, todas naquele inferno eram irmãs.

Ela procurou algum lugar na ruiva aonde pudesse pegar para dar o apoio. Seus braços estavam machucados, com marcas roxas e cortes, assim como suas pernas e seu olho esquerdo estava inchado por causa das agressões. Ela segurou pela cintura da mais nova, e a guiou até o banheiro que tinha ali. E nesse ato, Valentina pode ver o real estado de Scarlett, seus olhos a cada dia que se passava perdiam o brilho da criança doce que havia chegado lá, eles eram vazios, perdidos. Seus cabelos que antes brilhavam e tinham um movimento único, estavam curtos um pouco abaixo dos ombros e mal cuidados.

A pele que antes era alva e sem manchas, agora era marcada pelas torturas e pelas surras. A menina que um dia queria amar e sonhava em ser amada, estava se tornando um ser frio, incapaz de amar e de receber amor, que reprimia qualquer sentimento dentro de si e que odiava a vida com todas as forças.

── Ele pegou pesado com você dessa vez...

── Quando é que ele não pega? ── ela indagou, com muita dificuldade, Scarlett queria chorar.

Valentina ajudou a tirar as roupas manchadas de sangue e ligou o chuveiro, pegou um banco que estava ali perto e viu a ruiva fazer uma careta.

── Acha que consegue sentar?

A menina negou e a morena suspirou fundo, segurou Scarlett na água fria até ver que a mesma conseguia ficar de pé sozinha. Pegou um pano limpo e passou pelos machucados, limpando-os, e nesse momento ela ouviu um soluço sair da boca de Scarlett. A menina chorava copiosamente abraçada ao corpo violado, Valentina abraçou a mesma e deixou que ela chorasse no seu ombro, Valentina amava Scarlett e sabia que o sentimento era recíproco.

── Isso dói, Titi... tudo dói. Eu não aguento mais. Se viver significa que eu vou ter que viver assim, então eu não quero mais estar viva.

── E vai deixar mesmo ele ganhar?

── Qual a importância isso tem agora? Nenhuma! Ele já tirou a minha infância, minha família, minha paz, minha inocência, minha liberdade, minha vida de mim.... você é realmente tão cega e iludida assim que ainda não percebeu? ── perguntou, com um a voz falha, encarando os olhos castanhos com uma tristeza sem fim. ── Ele já ganhou, Valentina. Mais cedo ou mais tarde, eu vou pisar na bola e ele me matar. Você sabe disso, e eu estou cansada de lutar, de tentar nadar contra a correnteza... eu só deveria...── pensou um pouco, olhando para o teto branco manchado de mofo. ── parar de adiar o inevitável. Obrigada por tentar me ajudar, mas eu consigo me virar sozinha daqui.

Valentina não falou mais nada, não insistiu no assunto. A morena perguntou se Scarlett tinha certeza e viu a mesma consentir, antes de sair, Valentina deixou claro que estaria do lado de fora do banheiro caso ela precisasse de alguma coisa. Doía ver a amiga falando assim, desistindo dessa forma. Scarlett geralmente era dura na queda, teimosa, geniosa, ver ela entregar o jogo, demonstrar seus sentimentos. Uma sensação de pavor cresceu dentro dela ao perceber que: Scarlett estava realmente falando sério. Ela poderia perder a melhor amiga.

Sozinha com a sua imundice, Scarlett orou pela última vez a qualquer deus que pudesse existir para que existisse algum tipo de paraíso para pessoas como ela. Pessoa imundas, ela se via como um ser imundo. Ela roubava, matava, mentira, manipulava, seduzia homens e mulheres por trabalho ou em troca de alguma coisa. Pedindo para morrer quando o seu monstro a tocasse mais uma vez.

Na semana seguinte, ele a machucou mais uma vez.

Ela não morreu e nunca mais orou para deus nenhum.

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April 26, 2016

a few days later

Fiumicino, Italy

Scarlett não conseguia se mexer. Ela ouvia tudo ao seu redor, sentia os cheiros que exalavam no ar e conseguia enxergar tudo na sua frente. Mas ela não conseguia mover um músculo e nem falar uma palavra sequer. O demônio sob a assassina tinha uma pose predominante, seus olhos verdes com as escleras negras eram familiares demais, eles se encontravam todas as vezes que ela dormia.

A loira queria gritar, ela queria se mexer e lutar contra ele, mas era inútil. Todas as tentativas de todos os anos vivendo isso foram. Não é real, minha mente perturbada está projetando isso. Essa coisa que está encima de mim não é real, Scarlett repetia isso, tentando convencer a si mesma e funcionou até que ela sentiu um aperto em seu pescoço. Ele era real.

As lágrimas quentes ofuscaram a sua visão, rolando pelo canto do olho. Ela sabia que não estava assim a muito tempo, mas pareciam séculos. Parecia que cada segundo que a loura passava deitada naquela cama seus músculos iam se atrofiando. E a sensação de sufocamento piorou antes de melhorar, ela finalmente consegui voltar a sentir os movimentos dos seus dedos, balançando-os incessantemente. Scarlett piscou os olhos várias vezes até que a visão do demônio se tornar cada vez mais desfocada e enevoada.

Ela fechou os olhos mais uma vez, sentindo o ar entrar queimando nos seus pulmões e seus sentidos voltado. Scarlett se levantou, tombando desequilibrada, pegando a carteira cigarro e o isqueiro na cabeceira e seguindo até a cozinha.

A assassina se serviu água num copo de uísque e em seguida se serviu com a própria bebida. Scarlett saiu de dentro da casa e se acomodou em uma mesa perto da piscina, colocando os pé na cadeira e abraçando o seu joelho. Então ela acendeu um cigarro. A Evanoff odiava a sensação de não sentir absolutamente nada. Ela preferia sentir o mais mortal dos ódios ou uma tristeza abrangente que fazia um estrago igual a uma munição RIP, preferia mesmo sentir uma pequena e latente pontinha de felicidade em sua alma, tudo era melhor do que esse poço de nada que geralmente ela se pegava afundada.

Ela ficava tão piegas quando bebia uísque. Ela encheu o copo mais uma vez.

Jogou a guimba fora e aceitou outro cigarro, tragou sentindo a nicotina aliviar minimamente a tensão em seus ombros. Imersa em seus devaneios silenciosos, ela nem percebeu Valentina se sentar numa das cadeiras vazias à mesa. Scarlett não se deu ao trabalho deu o trabalho de iniciar uma conversa, a loira preferia o som que a noite fazia. Ela preferia a estridulação dos grilos e o barulho do vento contra as folhas. Pouco tempo depois Yeva e Sasha se juntaram a ela. Em um gesto amigável, Scarlett ofereceu um cigarro, sendo aceito de bom grado pelas mulheres presentes.

Elas fumaram em silêncio, até Sasha iniciar uma conversa.

── Eu vi que um circo americano irá chegar a cidade ── tragou o cigarro. Encarando a água já meio esverdeada da piscina antes de encarar os olhos verdes da loira e soltar a fumaça. ── Só me lembrei de você e daquela vez que você tentou fugir com um.

── Eu não me lembro disso ── Yeva falou.

Scarlett aquiesceu, com as bordas do seu lábio levantados, quase que num sorriso sem mostrar os dentes.

── Você tinha quantos anos mesmo? ── Valentina estalou os dedos na frente do rosto. ── Quinze...?

── Lembrei, você tinha quatorze. Quando o Guzman deu falta de você, ele foi te buscar e te arrastou pelos cabelos até em casa.

Scarlett fez uma careta ao se lembrar da cena.

── Eu ainda sinto dor no meu couro cabeludo.

Não houve risadinha, apenas um sorriso sem felicidade nenhuma. E o silêncio falou mais uma vez, contando sua própria versão da história. Ninguém nunca soube, mas Yeva chorou como se no momento em que Scarlett tivesse partido, uma parte dela tivesse ido com ela. Sasha se lembrava de ter pensando em ir junto, e de ter dado para trás no último segundo. Valentina se lembrava de ter cuidado de uma Scarlett desmaiada em uma poça do seu próprio sangue.

── As vezes, mesmo evitando, eu me pego pensando naquele lugar. Casa. Aquilo era o único lugar que nós tínhamos para voltar, mas aquilo estava longe de ser uma casa.

── Aquilo não era a minha casa, Valentina ── Scarlett jogou o guimba do cigarro fora, cruzando os braços e soltando a fumaça. ── Nunca foi. E vocês não deveriam ver aquele lugar assim. Se é um nome o que você está procurando, eu tenho um perfeito: inferno.

── Nunca seremos aquelas crianças de novo.

── Nunca fomos crianças.

Outra vez o silêncio falou.

── Não foi de tudo ruim assim, foi? ── Sasha anunciou, com uma pequena pontinha de esperança em seu argumento. Scarlett afirmou com a cabeça, Yeva deu de ombros, indiferente. ── Scarlett, você se lembra daquela vez que você assaltou a cozinha e roubou o resto do bolo da filha do Guzman? Eu nunca vi a Valentina tão satisfeita comendo o resto. Teve aquela vez também, que você fez um desenho com pó de carvão do Guzman chupando um pinto. Ou daquela vez, que subimos para o telhado para assistir a chuva de meteoros junto com a última aurora boreal do ano.

De fato, eram lembranças boas, Scarlett pensou lembrando da felicidade estampada no rosto da Valentina quando ela chegou com o bolo e batendo parabéns, ou do brilho maldoso nos olhos da Yeva quando ela viu o desenho e dos pedidos lançados ao vento enquanto elas estavam sentadas no telhado. Eles nunca foram atendidos e suas ações tiveram graves consequências.

── Me lembro daquela vadiazinha ter dado um chilique, do Guzman ter virado aquele lugar de cabeça para baixo e quase me matado, e de você ter torcido o pé na descida e a Eleonor brigar comigo. ── declamou com uma animosidade. Ela tirou um cigarro da carteira e bateu com a ponta na mesa antes de acender.

── Você disse que queria ser atriz. Você falou que éramos irmãs. Menos eu e Yeva, porque se fossemos, seriamos duas irmãs incestuosa. Você falou que a nunca nos separariamos, que nosso pacto estava selado pela eternidade por causa da dor que nos afligiam. Lembra disso?

Scarlett se lembrava, mas negou mesmo assim.

── Eu me lembro. ── Yeva pegou o copo da mão da namorada, repondo-o com uísque e tomando um gole. ── Lembro que você ficou muito puta quando a gente tentou xereta o que você tinha escrito do papel.

── Yeva pediu para um dia poder se casar com a Sasha, eu pedi pra encontrar o meu príncipe encantado, Sasha pediu por mais pizza grátis e uma casa em Capri ── Valentina falou com a voz calma, ela jogou a guimba fora e batucou as unhas na mesa. ── E você? O que foi que você escreveu, afinal?

Scarlett gargalhou uma risada seca, sem humor nenhum. Tragou o cigarro e balançou a cabeça.

── Eu não lembro.

── Qual é, Scarlett?! Fala logo!

── Eu não lembro, mesmo. Mas provavelmente era pedindo para que o circo voltasse e eu tivesse um plano bom para não ser pega.

Não foi aquilo, ela se lembrava do que tinha colocado no papel como se tivesse escrito a cinco segundos. Ela pediu para que todos os desejos das suas amigas se concretizassem e que mesmo nos confins do mundo, não importasse aonde ou quem, ela ainda tivesse alguém para ser a sua família. Mas elas não precisavam saber da existência desse seu lado sentimental.

As mulheres de despediram, deixando Scarlett mais uma vez sozinha com seus pensamentos. E tudos os seus pensamentos se voltaram mais uma vez as únicas pessoas que mais lhe roubaram o sono, esperança e sentimentos que qualquer outra pessoa: Sua família.

e aí, como vocês estão? estão se protegendo? usando máscara? eu espero que sim. gente eu andei meio sumida porque não estava bem. não vou dar detalhes mas eu estava (ainda estou, mas estou melhor) muito mal.

estou reescrevendo a história, mas não vou privar os capítulos, então todo mundo vai continuar lendo normal a história ainda não reescrita.

gente é isso, espero que tenham gostado. beijos, até a próxima. amo vocês!🦋🦋🦋

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