07 ϟ se você não começar a falar o que você quer, nós vamos ter problemas
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𝑪𝒉𝒂𝒑𝒕𝒆𝒓 𝒔𝒆𝒗𝒆𝒏: 𝑰𝒇 𝒚𝒐𝒖 𝒅𝒐 𝒏𝒐𝒕 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕 𝒕𝒂𝒍𝒌𝒊𝒏𝒈 𝒘𝒉𝒂𝒕 𝒚𝒐𝒖 𝒘𝒂𝒏𝒕, 𝒘𝒆'𝒍𝒍 𝒉𝒂𝒗𝒆 𝒑𝒓𝒐𝒃𝒍𝒆𝒎𝒔
" Em um quarto escuro, em lençóis frios eu não consigo sentir nada(...) você sabe que eu prefiro ficar sozinho, mas então você liga para meu celular. Oh, os hábitos do meu coração, eu não consigo dizer não, está me rasgando no meio. Você chega muito perto, você torna difícil te deixar partir."— Habits of my heart, James Young.
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December 31, 2014
Jersey City, New Jersey
New Year party
A MÚSICA ALTA FAZIA COM QUE AS PESSOAS DANÇASSEM num ritmo animado, e entre essas pesoas estava Scarlett. A ruiva não dançava como de costume, apenas observava à movimentação e o seu alvo da noite. Havia passado quase dois meses estudando sobre o seu oponente e sabia de tudo o que era necessário para executá-lo.
O vestido vermelho vinho, justo e curto, a maquiagem forte e os cabelos que antes eram longos, agora estavam curtos e escovados um pouco acima do ombro. A festa de ano novo movimentava os bares e boates da cidade, ela gostava de Nova Jersey mas ainda não era suficiente. As festas, as bebidas, os garotos, as garotas não eram suficiente para à pequena ruiva. Ela sempre se questionava, por que não mais?
Se aproximou do moço e começou a encará-lo, o mesmo não perdeu tempo e sorriu para ela. Scarlett deu uma piscadela com o olho esquerdo e saiu da vista do homem, indo até a entrada pegar seu sobretudo de couro preto. Joe Larson logo tratou de seguir a garota, que por acaso, tinha acabado de sair pelos portões da entrada da festa. A rua pouco iluminada deixava a Evanoff excitada, todo o perigo e toda sensação de poder a deixavam assim. Andou até o beco escuro e esperou o homem passar para puxá-lo pelo braço.
Scarlett o beijou violentamente e acabou sendo pressionada contra a parede fria daquele beco. Segundos depois a ruiva se afastou dele, para recuperar o fôlego. Joe observou os olhos verdes da moça brilharem, se não estivesse tão bêbado, ele poderia garantir que era um brilho malvado. Ela era linda, os cabelos curtos avermelhados combinavam com os olhos e o vestido. Tinha certeza, que apesar da forte maquiagem, a ruiva era mais bonita sem. Os beijos quentes e as variadas mão bobas de ambos, deixava tudo mais quente.
— Q-qual seu nome?— perguntou o homem parando o beijo e seguindo pro pescoço da Evanoff.
— E isso importa?
— Não...
— Bom saber.— Scarlett não iria transar com ele, e nem iria transar em um beco sujo como aquele.
O loiro só sentiu a dor inesperada do chute de Scarlett contra sua virilha. Joe se afastou rapidamente da menina, tentou se recuperar o mais rápido possível. A Evanoff avançou para cima dele com um soco pronto, mas o homem era rápido e não se renderia tão fácil. Joe deu um soco no abdômen da ruiva e a fez cambalear para trás, Scarlett logo tratou de ser rápida e desferiu dois socos contra o membro do loiro e lhe deu uma chave de pernas, fazendo o mesmo cair. Scarlett subiu encima do homem e socou o seu rosto fortemente, Joe num ato milagroso e rápido segurou a ruiva pelo pescoço e a lançou para longe.
Scarlett correu e fez um impulso subindo no pescoço do homem, que já tinha se levantado, derrubando-o mais uma vez. E pela segunda vez ela socou o membro dele e chutou o rosto do homem. Joe sorriu e Scarlett não entendia o porque. O homem se levantou cambaleando, tonto por causa dos golpes fortes e fatais causados pela ruiva, e se ajoelhou na frente dela dando um sorriso.
— Você é espetacular... quer casar comigo?
— Não, eu passo.— Scarlett sorriu dessa vez e deu uma rasteira derrubando o homem mais uma vez e puxando à sua arma.
Desengatilhou à arma contra o homem, o deixando completamente cheio de furinhos espalhados por todo o corpo. Scarlett saiu de perto do corpo do homem, voltando a andar pelas calçadas. Olhou no relógio e viu que já era quase de manhã, parte do seu corpo queria voltar para à farra e beber o resto da noite, mas a outra parte queria apenas um banho e um belo cochilo, já que dormir parecia impossível para a ruiva.
Scarlett mal sabia, mas alguns metros daquele lugar, uma emboscada tinha sido feita contra ela. Evanoff não era religiosa, obviamente, e naquele momento enquanto ela andava até a emboscada feita pelos seus inimigos ingleses, apareceu o seu anjo da guarda. Mas ninguém sabe como é um anjo da guarda e não dá para imaginar que ele iria aparecer num carro velho de mil novecentos e sessenta e três.
— Desculpa.. você tem um minuto?
— Não.— respondeu fria, a ruiva sabia que estava sendo seguida, mas esperava ser apenas um pervertido pensando que ela era um prostituta.
— A única desvantagem de ser uma assassina...— nesse momento Scarlett parou de andar e mesmo sem se virar para encarar o homem dentro do carro, ela prestava atenção a cada movimento. Qualquer coisa, estaria pronta para atirar.— É que às vezes suja a sua roupa com sangue.
De repente, Scarlett pensou no fato de ser uma assassina.. e em como ela odeia lavar roupa. A ruiva se virou, mostrando um sorriso aparentemente verdadeiro. Suas expressões eram frias e adoráveis ao mesmo tempo. Quando se virou, não esperaria encontrar um homem tão... bonito. Os olhos azuis dele eram à coisa mais brilhante naquela rua. Evanoff se aproximou do carro calmamente e apoiou o seu braço na janela do carro, viu o moço dar um vacilo olhando para baixo e abriu a porta rapidamente, entrando colocando a sua arma contra o membro do homem desconhecido e uma faca no pescoço dele.
— Quem é você? E o que você quer?— a expressão do homem era calma demais e isso estava começando a irritar a ruiva.
— Calma, calma. Você vai cair numa armadilha, tem uma equipe gigante inglesa te esperando algumas ruas depois dessa e tem um cara te seguindo a seis dias...
— Porque eu acreditaria em você?— a ruiva pressionou mais a faca contra o pescoço do moço e a arma contra os testículos. E foi assim que Scarlett conheceu o agente Nolan, com uma faça afiada a ponto de cortar a jugular dele e com uma arma apontada contra o seu saco. O lado bom da maioria dos relacionamentos, é que quase nenhum dos dois se lembra de como começa.
— Posso?— o moço perguntou apontando para a ficha que tinha no banco de trás, ainda sem quebrar o contato visual com a ruiva. —Posso?
Scarlett assentiu ainda em total atenção ao homem, que pegou a ficha e mostrou a ela as diversas fotos que ele tinha tirado e o relatório. Scarlett não conseguia acreditar que os ingleses tinham a encontrado.
— Já tem alguns no seu apartamento.— disse e Scarlett suspirou fundo.— Por isso e outro motivo eu tô aqui.
— Certo docinho, e qual séria a segunda coisa?
— Um aliança.
— Que tipo de aliança?— o moço ficou calado, apenas encarou a ruiva que já estava mais que irritada com a atual situação.— Olha só docinho, se você não começar a falar o que você quer, nós vamos ter problemas.
— Eu sou Emmet Nolan, filho de Tyler Nolan. Um contato meu me avisou que você procurava por ele.— Emmet sorriu assim que viu a ruiva suspirar fundo e deixar de pressionar a faca contra o pescoço dele.— Ele infelizmente não está mais entre nós, mas eu estou... e estou disposto a trabalhar com você.
— Certamente que você está... mas e se eu não estiver disposta à trabalhar com você? Eu nem sequer sei o que você está disposto a me oferecer ou se você pode...
— Você só vai descobrir se conversar comigo. tem uma pub aqui perto... se você quiser.
Scarlett avaliou o terreno, pensou nas possibilidades dele ser um agente inglês e querer leva-la para outra emboscada pior que a que tinha sido feita. Mas se lembrou de todas as coisas que a levaram a estar ali, e de como ela também não tinha nada a perder.
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August 10, 2015
Restauran Sunshine Red
Marbella, Chicago
Scarlett, ou Emma Amaro o nome do seu disfarce naquela missão. Os cabelos da ruiva estavam maiores, e mais escuro, num tom quase que vermelho. A calça jeans branca combinava com a blusa escura e o casaco de couro preto, os brincos pequenos de argola e a maquiagem básica deixavam tudo perfeito. A missão de Scarlett estava quase completa, e ela não via a hora daquilo tudo terminar.
A ruiva entrou no restaurante procurando o homem na qual havia marcado de sair, e sem demora já encontrou o seu cara.
— Emma?
— Ryan?— disse e apertou a mão do moço sorrindo.— Você parece... aliviado.
— Oh, é por causa da internet. As fotos podem ser...
— Falas? Antigas? Roubadas do catalogo da Victoria Secret.— disse se sentando e sorrindo.
— Exatamente.
— Então...
— Me conte algo sobre você, Emma...— Ryan deu um sorriso de lado e arqueou a sobrancelha.
— Bem... hoje é meu aniversário.— disse e se lembrou desse fato real, hoje era o aniversário de dezoito anos dela.
— E vai passa-lo comigo? E os seus amigos?
— Eu sou meio solitária.
— E não gosta da sua família?
— Não tenho família para gostar.— disse e colocou o vinho na taça.
— Qual é. Todo mundo tem família.— o moço deu de ombros.
— Tecnicamente, sim. Mas nem todos sabem quem eles são...— disse e viu a expressão surpresa do moço.— Pronto para fugir agora?
— Sem chances. Você, Emma, sem dúvidas é de longe, a amiga órfã mais sexy que eu já conheci.
O sorriso da ruiva não estava sendo forçado, por mais surreal que isso possa parecer, ela estava se divertindo com Ryan. Ele era engraçado de tão patético que era.
— Certo, sua vez... Não, espera. Deixe-me adivinhar.— sorriu e arrumou a sua coluna.— Você é um charmoso, bonitão...
— Continue.
— O tipo de cara quê... Me interrompa se eu estiver errada.— colocou o dedo indicador no queixo.— Que roubou informações confidenciais do governo, traiu seu país, foi pego e conseguiu fugir da cidade antes que pudessem te colocar na cadeia.
— O quê?
— E a pior parte de tudo é a sua família.— disse e colocou a expressão fria e irônica no rosto.— A sua esposa te ama tanto que te socorreu, e como você agradece a lealdade dela? Estando num encontro. E você mentiu para os seus filhos que largaria essa vida e seria um homem bom... Nunca te ensinaram que não se deve mentir para crianças?
— Quem é você?— perguntou de cabeça e voz baixa.
— A garota que vai te ensinar da pior maneira possível a não roubar, trair e mentir.
— Você é do governo.— deduziu.
— Não, amor. Eu sou uma matadora.
Dito isso, o homem sorriu, segurou os pés da mesa e jogou contra o corpo da moça. Scarlett usou os reflexos rápidos e se levantou no mesmo segundo que a moça. Viu o homem correr e suspirou fundo, revirando os olhos. Quase que ele sujava a roupa da moça, e se ele fizesse isso ela seria obrigada a lava-la.
— Sério?— perguntou a si mesma, mas essa frase acabou saindo alto demais.— Tudo bem.
O homem abriu a porta do restaurando o mais rápido possível e correu, a porta do lado de fora dava direto com o trânsito movimentado de Chicago. Scarlett saiu correndo, fazendo com que os saltos a machucassem. Chegou na parte de fora do restaurante e viu Ryan correr entre os carros, quase sendo atropelado.
O moreno correu alguns quarteirões e viu que a moça ruiva, mesmo com os saltos altíssimos, o seguia quase alcançando-o. Ele parou numa rua escura, aonde a movimentação era pouca naquele horário. Os pés de Scarlett estavam machucados e com certeza tinham criado calos. Ryan abriu a porta do carro, entrando no mesmo rapidamente e ligou a ignição, mas nada. Parecia que o carro não queria obedecer os seus comandos.
Scarlett segurou a parte lateral da sua cabeça e bateu a mesma contra o volante com força, fazendo o moço ficar tonto. Ryan sentiu um líquido escorrer pelo seu nariz, passou os dedos e viu sangue neles. Olhou pela janela as feições da ruiva, e eram frias, maldosas e cruéis. Ele não queria morrer, e com certeza ele não queria morrer pelas mãos dela.
— Olha, você não precisa fazer isso, eu posso fazer o que você quiser.
— Não, você não pode, e se pudesse você deveria ter feito por sua família o que você prometeu fazer.— falou sarcástica e cruzou os braços contra os peitos.
— O que diabos você sabe sobre família?— perguntou limpando o sangue que escorria do seu nariz.
— Nada.
Scarlett fechou as expressões e seus lábios formaram um biquinho, ela não gostava de falar sobre a família dela, por motivos óbvios. Não gostou da pergunta que Ryan fez, deu um soco no mesmo e pegou a sua magnum 22, não sabia se era sorte, uma coincidência ou um presente de aniversário, mas a rua estava vazia, completamente escura e vazia. Deu apenas um tiro na cabeça dele e viu o sangue escorrer pelo carro.
Andou a pé até a sua moto e quando chegou na mesma respirou fundo. Os pensamentos sobre a pergunta do moreno martelavam na sua cabeça. Ela nunca soube nada sobre a sua família, não sabia de nada sobre a sua mãe, além de que ela tinha a-abandonado. Não fazia ideia de quem poderia ser o seu pai, ou se tinha irmãos. Ela nem sequer sabia quem era ela, Scarlett só era o que ela inventou na cabeça dela e o que aprendeu a ser na KGB.
Subiu na moto e seguiu direto para casa, mas antes passou na sua confeitaria consideravelmente favorita. Estacionou a moto e entrou, vendo a mesma cheia. Sentou-se em uma das mesas e pegou o cardápio, seus olhos foram justamente no cupcake de cereja com chantilly. Andou até o balcão e pediu, logo em seguida pagou pelo doce e saiu da-li.
Depois de uma longa subida de escadas, por conta da falta de manutenção do elevador, a ruiva sentiu os seus pés pedirem arrego. Scarlett entrou no apartamento se apoiando na parede, seus pés estavam machucados por conta do salto alto. A ruiva entrou jogando os saltos para longe e andou devagar até a cozinha.
Tirou o cupcake da caixa que o pessoal da confeitaria tinha o guardado e uma pequena vela cor de rosa em formato de estrela que tinha ali no armário. Colocou a mesma no topo do bolo e acendeu com um fósforo. Apoiou o seu queixo nas mãos e observou a vela se acabar.
— Outro ano acima das expectativas.— se aproximou da vela.— Feliz aniversário Scarlett.
Fechou os olhos por alguns segundos e fez um pedido, assoprou a vela e continuou com os olhos fechados, alguns segundos depois ela ouviu o seu celular vibrar no seu bolso. O número não salvo fez a mesma martelar na cabeça de quem poderia ser. E assim que atendeu, não ficou surpresa em saber quem era.
— Oi. O que você quer?
"— Oi, eu to bem sim e você? Obrigado por perguntar, colega."
— Ligou só pra isso, ou quer alguma coisa?— Scarlett perguntou irritada com o moço.
"— Eu... eu não queria que você passasse seu aniversário sozinha."
— Quem te disse que hoje é meu aniversário?
"— Você, naquela noite quando a gente bebeu..."— disse fez a ruiva se questionar de como ele ainda se lembrava disso. A campainha tocou e Scarlett foi atender, pensando ser o seu vizinho mais uma vez. E agora ela se surpreendeu ao ver quem era.— Feliz aniversário, ruivinha.
— O que você tá fazendo aqui, Emmet?
— É assim que você vai receber um amigo na sua casa?— disse, entregou a vasilha cheia de comida chinesa e entrou sem ser convidado.— Uau, sua casa é show.— fez legal com os dois polegares e se sentou na sala ligando a televisão.
E aquela foi a primeira vez, em toda à vida, que ela passou o seu aniversário com alguém que realmente mostrava se importar com ela. Scarlett não queria Emmet ali, não queria criar nenhum tipo de expectativa sobre aquilo.
Emmet sabia que a ruiva não queria ele ali, e que nem gostava dele, mas ele gostava dela. E naquela noite, Scarlett não se sentiu tão sozinha como de costume, passou quase a noite inteira jogando baralho, bebendo e comendo sushi, com o seu novo amigo.
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boa tarde gente, essa semana foi uma bosta.
meu insta foi hackeado
perdi meus vines da Marvel e outros
tô putassa com minha mãe
mas por outro lado, eu tenho vcs e amo vcs dms. obrigada.
enfim, digam o que estão achando da nossa vadia favorita, comentem e votem, podem clicar na estrelinha que tem aqui em baixo.
bjsss i love you🍒
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