11. ᴏ ᴍᴀssᴀᴄʀᴇ ᴅᴀᴡsᴏɴ
ATO I
oblívio(s.m.)
é um coração abandonado. é o sentimento de te
procurar infinitas vezes sem resposta. é um grito
no vazio. é saudade em corpo frio. é a falta da
própria falta. é brindar sozinho num bar.
é a sentença final da existência.
E Z L Y N
Edição 75° dos Jogos Vorazes
Eu cochilei.
Não sei em que momento eu acabei caindo no sono, talvez quando me deitei no chão encostada no tronco. Só sei que quando acordei, sem o calor que estava preenchendo o meu frio — que eu delirei, provavelmente —, estava sozinha.
Ainda era de madrugada, não havia amanhecido. Me mexi no lugar para me sentar direito e torci a cara quando senti minha perna fisgar. Encarei ela, que tinha as folhas de árvores cravadas no buraco para estancar o sangramento.
O plano deu certo.
O sangue tinha parado de esvair do meu corpo, mas eu não estava tão bem assim. O frio que eu estava sentindo — nesse calor insuportável que todos os outros sentiam — era o começo de uma infecção.
Abri minha boca quando senti ela seca e desejei água. Mas não tinha nada disso por perto e duvido que iremos receber algum presentinho depois da minha entrada triunfal na arena.
Me inclinei no lugar pra encarar os outros. Peeta havia voltado a dormir, imagino que eu o interrompi com os gritos de dor. Finnick tinha tomado o lugar ao lado de Katniss para pegar o turno de vigia, os dois estavam conversando, pelo o que parecia. Amacei as folhas do meu lado, inconscientemente.
— Como você está?
Assustei-me levemente pela voz que me fez voltar pra frente. Francis estava encostado em uma árvore em minha frente, com os braços cruzados. Uns metros abaixo dali, Mags dormia encolhida.
— Bem — respondi, minha voz meio rouca.
— Você não parece bem — tomou impulso para andar até mim e quando chegou, abaixou sobre os joelhos. Antes que eu impedisse, ele tocou em minha testa. — Está queimando de febre, Ezlyn.
— Eu vou ficar bem.
Francis me encarou, ainda abaixado em minha frente. Ele parecia preocupado com a minha situação, mas não deveria. Se eu morresse, seria um a menos para ele matar. Por que parece que ele não liga?
Eu lembro bem do seu Jogo.
Edição 62° dos Jogos Vorazes. Ele tinha acabado de completar 17 anos e foi chamado na Colheita. Metade da Capital e de outros Distritos, votaram nele. Francis, além do bom nome e de vir de uma boa família, era um arqueiro excepcional. Sua habilidade em luta era o suficiente para se aprimorar e, o mais importante, era desejável.
Mas eu me lembro também como ele lutou com garra em sua Edição. Como se revoltou em sua entrevista por ter tirado uma nota 9.
Ele lutava para ser um dos melhores e conseguiu, tendo em vista que além de ganhar sua Edição, pegou todos os patrocinadores pra si. Nenhum de seus concorrentes fora realmente páreo para ele, mas sua Edição não foi chata de jeito nenhum.
Para onde quer que eu olhasse, lá estava alguém, obcecado por ele.
Agora é como se ele nem ligasse se fosse perder ou não. Não consigo adequar essa sua realidade com a de anos atrás, de nariz empinado, lutando pra ser o melhor e conseguindo.
Foi quando um pensamento passou pela minha cabeça.
— O que aconteceu com sua família?
Os braços de Francis caíram para o chão e ele se arrastou pra se sentar do meu lado no tronco. Virei meu rosto para encara-ló e peguei ele com os ombros carregados de suspiros.
Ele levantou os joelhos para o peito e apoiou seus antebraços ali, suas mãos se inclinaram para cima. Era uma mão grande, com alguns calos por conta do arco, mas a primeira coisa que você percebia nelas eram as cicatrizes.
Juntei minhas sobrancelhas e acompanhei todas aquelas feridas cicatrizadas há muito tempo. Pareciam... arranhões e não paravam nas mãos. Se arrastavam até seus pulsos e aposto que até seus braços.
— O massacre Dawson — parei de respirar. — Já ouviu falar?
Neguei com a cabeça sem realmente dar atenção para respondê-lo. Ele nem vira pra me olhar e confirmar se eu já ouvi falar ou não.
Seu olhar se fixou na árvore em que ele estava apoiado há pouco tempo e algo me dizia que ele não distribuiria atenção para mais ninguém até terminar de explicar. Ou até depois.
— Aconteceu no último ano — ou seja, quando eu estava morta. — Depois que os Jogos passaram e você morreu, as coisas ficaram... descontroladas no Distrito. Casas foram invadidas. Pacificadores mataram muita gente que tentaram ultrapassar a barreira.
De repente, eu não queria mais ouvir.
Podia ser egoísmo, mas o nome "Massacre" já me dizia muita coisa e não acho que estou devidamente pronta pra saber que isso aconteceu com sua família por causa do meu desempenho no último Jogo.
Eu o deixei falar, todavia, meus olhos seguiram os seus e então, eu estava fixada naquela árvore, como se ela fosse a coisa mais interessante que tivesse por aqui.
— Meu irmão mais velho, François, era um dos Pacificadores da área. O trabalho dele nunca foi fácil, mas, ao menos, ele conseguia chegar em casa na hora do jantar e digerir a comida — ele parou pra respirar e não sei dizer pra onde ele está olhando, porque os meus olhos já estão desfocados. — Só que depois — de mim — ele mal voltava para casa e a pouca comida que eu o via comer, eu também o via vomitar. As cenas que ele via, todos os dias, era...
Pensei em dezenas de palavras pra ajudá-lo a explicar o quão deplorável era as cenas, meu vocabulário estava cheio dessas palavras, mas algo estava subindo pelo meu estômago e não consegui descobrir o que era.
Fazia um tempo que eu não me alimentava o suficiente pra vomitar.
— Estava mexendo com a cabeça dele. Consegue imaginar ficar noites sem dormir, presenciando cenas dolorosas de sangue, tendo você que matar pessoas consideradas inocentes no dia anterior?
Queria rir com a ironia que começou a tocar em minha cabeça, mas minha garganta fechou e secou. Eu precisava de água.
— François nunca tinha matado ninguém — a voz dele se abaixou. — Três dias depois que você morreu, mais das trintas pessoas que ele executou ficou na mente dele. Até ele estar com olheiras embaixo dos olhos, acordando no meio da noite com pesadelos, destruindo todo o seu quarto com as alucinações.
Francis parou de falar por tempo o suficiente para a minha visão voltar ao normal e eu o encara-ló. Grande erro. Seu queixo estava abaixado, mas seus olhos ainda eram aparentes o suficiente.
Havia horror neles.
Muito mais do que isso, se fosse pra eu ser verdadeiramente sincera.
Aquele seu olhar era o mesmo que eu dei em meu primeiro Jogo quando assim que cheguei na arena, os Tributos começaram a se matar. Se não fosse pelo meu parceiro — que arrastou-me para longe — teria morrido por causa do meu horror.
Esse tipo de horror não é causado por coisas simples.
— Em uma noite — sua voz preencheu o bosque —, ele tinha destruído tanto o seu quarto que ultrapassou ele. E matou todos da nossa residência.
Um arrepio cobriu a minha espinha e desviei meus olhos arregalados para outra direção.
Os Dawson era uma família um tanto famosa pela região do Distrito 5. Uma família influente no ramo do mercado de trabalho. Você podia não ser amiga deles, mas todos o conheciam.
O mais velho era o pai, Frances Dawson. Ele era o patriarca responsável da família, nunca participou de nenhum Jogo, mas era o sub-chefe da empresa de energia que fornecia para a Capital e para todos os Distritos. Francesca Dawson, a mãe, participou de apenas um Jogo com seus 16 anos de idade. O mais velho, François, seguiu a carreira de Pacificador. Francis era o do meio e havia uma mais nova. Fabricia Dawson.
Uma garotinha de 16 anos — da última vez que eu conferi — que encantava todos do Distrito com seu temperamento forte e habilidade com computadores.
— Cheguei nele com o grito da minha irmã — Francis disse-me e eu abaixei os olhos. — Havia tanto... — só então notei seu fôlego sofrido — tanto sangue que já não dava para saber qual era a cor do piso. O bracinho dela... estava no chão. Cortado. E meu irmão estava ajoelhado no chão, coberto de sangue, com uma faca tão afiada que cortou todos os ossos que ele perfurou.
Entreabri meus lábios para soltar o fôlego que havia prendido.
Não tinha mais o que pensar, o que delirar sobre. Eu só posso imaginar acordar em uma noite com todos os seus parentes mortos.
Selei os olhos, sabendo que eram dores diferentes, mas que eu conseguia imaginar perfeitamente como era.
— Meu pai foi encontrado morto em seu escritório, ele havia lutado bastante contra a morte, mas o erro dele foi não ter lutado contra o filho dele. Encontraram ele com doze facadas no crânio, mas sua morte foi lenta, ele viveu pra ver seus órgãos sendo cortados por dentro. Minha mãe...
Francis nunca continuou essa frase.
Só pude imaginar o quão terrível foi.
— O corpo da minha irmã nunca foi encontrado. Apenas o braço dela cortado ao meio. Meu irmão foi o último a ser encontrado — ele ergueu a cabeça como se estivesse levantando 100 kilos de peso —, apertei tanto o seu pescoço que seus olhos saíram do globo ocular. Bati tantas vezes sua cabeça no chão que fiz uma rachadura. Ele só conseguia me arranhar.
Suas mãos... Encarei elas.
Engoli em seco. A dor em minha perna estava em segundo plano nesse momento.
Como Dinah pôde chegar a pedir pra ele falar sobre isso em uma entrevista para convencer os patrocinadores? Era cruel.
Mas a resposta veio depois que a apresentação das baixas de hoje foram apresentadas no céu.
Um presente.
— Conseguimos um objeto pra extrair água — avisou Peeta, subindo para nos avisar.
Dinah estava certa, afinal. Tudo o que a Capital quer de nós são nossas almas. Não importa o quão sujas elas estão. Eles só querem nos destruir mais porque um episódio tão frio e doloroso para Francis como esse, era tão prazeroso que eles não pensavam duas vezes em nos abastecer pra ter mais.
Eles se alimentavam de dor e tragédia e nós éramos suas recargas.
Francis e Peeta fizeram menção de me ajudar a levantar. Minha vontade era de socar a cara deles, mas apenas impedi seus movimentos e me apoiei no tronco. Assim que fiquei de pé, minha perna latejou, mas eu consegui dar passos o suficiente para continuar nesse Jogo.
— Você parece com um pincher — comentei, passando por Peeta que estava me dizendo agora sobre eu ter que descansar a perna.
Ele bufou enquanto eu descia o morro e me aproximava da árvore que liberava água para a gente. Katniss liberou espaço para eu me apoiar na árvore e beber. O líquido molhou a minha garganta e quase gemi de tanta satisfação.
Depois de saciar minha sede, liberei para os outros e me apoiei ali em qualquer lugar.
Agora que eu estava devidamente hidratada, conseguia pensar melhor. A primeira coisa que veio em minha cabeça foi a história de Francis e um bile subiu pela minha garganta.
Nesse momento, eu tinha que encontrar uma planta medicinal, caso contrário, isso aqui viraria uma infecção e, dessa vez, não fugiria da morte tão fácil assim.
Mas primeiro...
— Você não é um monstro, Francis — confidenciei, ao parar ao seu lado. Ele estava com os olhos fechados e continuou, seu pescoço estava molhado com água. — É um sobrevivente. Você precisa ter algumas características para ser um monstro e você não as tem.
Ele abriu os olhos ao pender a cabeça para o lado pra conseguir me enxergar. O canto dos meus lábios se ergueram um pouquinho e dei as costas para me afastar dele.
Mas antes, ele entoou:
— Também não te acho um monstro por se defender. Se você não fizer isso... — respiro fundo e terminei de ouvi-lo. — Acha que alguém faria?
E por algum motivo, meu olhar se desviou para Finnick Odair.
A noite não acabou depois daquilo.
Cansada de ficar sentada, fiquei perambulando pelo lugar, exercitando aquela perna que poderia estar ruim, mas ainda funcionava e enquanto funcionasse, continuariam correndo.
Os momentos seguintes fez com que meu pensamento se realizasse.
Depois das doze baladas, que Katniss presumiu ser o número dos Distritos, mas que eu acreditava ser o horário, um raio cortou o céu e acertou diretamente em uma árvore longe demais da onde estávamos. Ela era a maior daquela Ilha.
Mas o momento estava calmo e eu precisava disso para que pudesse ficar no meu melhor. Bom, o que eu pudesse.
Longe dos outros, exercitei-me o máximo que podia. Simulando chutes com a perna ruim, fazendo flexão com as pontas dos pés apoiados na terra.
Cada vez que eu exigia mais da minha perna, mais sentia aquela ponta de dor atravessando por todo o meu corpo. Deixei meu corpo cair na terra, cansado e me sentei com as pernas dobradas embaixo de mim. Minha pela esticou e o corte da faca urrou. Enterrei minhas mãos na terra embaixo de mim e respirei fundo.
Eu aguentava.
Tinha aguentado coisas piores. Já caí de um penhasco, fiquei presa em um vulcão, afoguei-me nas correntezas dos Jogos de Inverno. Um corte na perna não era, de longe, a pior coisa que tinha acontecido comigo.
Eu só precisava me acostumar com a dor e então, ela não seria tão importante assim.
Selei os olhos, na mesma posição e respirei fundo. Liberei todo o ar dos meus pulmões e o puxei de volta.
Keenan reapareceu em minha cabeça e o tranquei em uma zona bloqueada do meu cérebro. Deixe para lamentar das baixas depois que a Guerra acabar, repeti para mim mesma.
"Um soldado não lamenta antes da Guerra acabar." Quem me falou isso foi Dinah. Ela estava certa, sabe... Se você se permitir mergulhar no luto no meio de uma batalha, você morre. Primeiro, porque você não vai estar com a cabeça no lugar pra lutar e, segundo, porque o luto é o buraco mais fundo que você pode se enfiar no universo.
Meus olhos se abrem em uma rapidez absurda ao ouvir o grito de Katniss Everdeen do outro lado do acampamento. Coloquei-me de pé e corri para dentro do acampamento, mal registrando o machucado em minha perna.
— Corram! — Ela grita, no chão. — A névoa é venenosa!
Encaro a névoa que ela disse chegando atrás dela. Merda. Assim que ela se levanta, viro minhas costas para ela pra começar a correr junto com os outros que já abriam caminho adiante.
— Francis! — Finnick grita na frente, com Mags em suas costas. — A Ezlyn!
Francis para de correr e deixa Finnick comandar o caminho para chegar até mim. Eu o dispenso ao apertar o passo e ultrapassar ele.
Com a adrenalina em minhas veias, mal sinto aquele corte em minha perna. Corro entre as árvores, os outros aos meus lados, atrás e na frente. Não sei para onde estou indo, apenas corro para o lado contrário daquela névoa venenosa.
É no momento em que viramos uma curva inteira que acabamos nos separando entre as árvores. Estou junto com Katniss, Peeta e Francis quando a primeira cai em minha frente.
Tropeço em seu corpo, rolando pra frente. A queda diminui minha adrenalina e minha coxa começa a dar umas fisgadas.
— Puta merda — rosnei, aceitando os braços de Francis que se jogou ao meu lado pra me ajudar.
— Levanta — ele ordena entredentes.
Peeta e Katniss ultrapassam a gente no momento em que eu me ajoelho pra me levantar e solto um grito quando aquela névoa acerta minhas costas. Francis tropeça para frente em um reflexo e eu flexiono minhas pernas pra me levantar.
Mas não corremos muito longe, pois como Peeta, estou tropeçando em meus próprios pés.
Minhas costas ardem com aquela sensação de queimado. É como se estivessem cozinhando algo nelas, minha pele se estica para criar as bolhas com pus. Francis, que estava com sua própria conta de machucados, faz força para colocar meus braços ao redor do seu pescoço.
Atrás da gente, Katniss tenta pegar Peeta.
Seguimos por alguns metros quando ouvimos um grito que não são nossos. É quando me lembro de Finnick e Mags e ao pender a cabeça para trás pra olhar na direção do grito e vejo Finnick caindo com Mags.
Meus pés se enterram no chão, parando Francis no lugar. Ele me força a continuar, mas acho que estou gritando que preciso voltar e ajudá-lo.
Só consegui acordar quando ouço-o gritando:
— Ele está bem! Ele está bem, Ezlyn. Vamos!
Mas não duramos muito, pois Katniss e Peeta caem cansados na grama. Empurro os ombros de Francis para ajudá-los. Ele me olha, confuso do que fazer.
— Ajude-os — soprei, me desvinculando dele para me apoiar na árvore ali perto.
Finnick e Mags se aproximam da gente, cansados e com fôlegos entrecortados. A névoa não para de se aproximar e sei que as chances de nos enterrarmos nela são grandes.
— Não consigo carregá-lo — afirma Katniss, com pesar.
Francis assente para ela e se inclina para erguer o corpo de Peeta. Ele diz:
— Vamos.
E todos começam a andar e estou prestes a fazer o mesmo. Eu faço o mesmo, mas minhas pernas, junto com aquelas costas, não me ajudam. Avanço me apoiando nas árvores, quando elas acabam, minha visão começa a ficar turva e não sei pra onde estou indo.
Só sei que estou tropeçando em meus próprios pés para fugir sozinha e alguém me chama quando não sinto mais o chão.
Eu consigo.
Eu consigo.
— Mags! — Finnick grita. Não, ele não grita. Ele expõe sua dor. — Mags!
— Finnick — Katniss o interrompe. — A Ezly-
Ela é interrompida por mim.
Solto um grito estridente quando sinto aquela mesma queimação de antes. Estou gritando e me debatendo no chão que eu nem sabia que estava deitada quando percebo que estou dentro da névoa.
Deus. Deus.
Isso arde.
Eu vou morrer.
Me contorço no chão e sinto braços me agarrando e me puxando no momento em que abro os olhos e vejo uma figura magra e pequena se contorcendo dentro da névoa que haviam me tirado.
Finnick que circulou minha cintura e me tirou de lá. Ele entrou na névoa ácida e saiu gritando, se contorcendo, mas saiu comigo.
Mags... Onde está... Tento perguntar pra ele, mas só sou uma alma que sente dor em toda parte do corpo e sinto que ele vai explodir de tantas queimaduras. Meus pés estão literalmente se arrastando, Finnick está apoiando-me completamente e não sei como ele está fazendo isso, mas sei que estava no momento em que ele perdeu as forças e tropeçamos.
Ele tentou me segurar na queda, mas nossos pés se embolaram enquanto caímos do que parecia ser um morro.
Encaro aquela névoa se aproximando cada vez mais da gente e sei que não escaparemos. Viro-me para Finnick deitado de barriga para baixo no chão, sua respiração não estava lá das melhores e sua pele, como eu bem imaginei, estava cheia de bolhas.
Arrasto-me um centímetro pra chegar até ele.
Se eu vou morrer, ele precisa saber que...
Morrer.
Eu não morri.
Mas a Mags sim.
Espero que estejam gostando.
Muito obrigada pelos 16,7K de leituras!
O que acharam da história de FRANCIS?
Desculpem pelo chá de sumiço, as coisas só se acalmaram agora em minha vida e vou me esforçar para fazer uma maratona de capítulos como um pedido de desculpas pra vocês. O que acham disso?
Se gostaram, não esqueçam de deixar sua estrelinha e comentem bastante!
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