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07. ᴘʀᴏᴘᴏ́sɪᴛᴏ

ATO I

chance(s.f)

é poder provar do que somos capazes. é nosso
corpo pedindo uma oportunidade pra vida. é
o que facilmente desperdiçamos por medo. é
o que nem sempre espera a gente pensar
duas vezes. é a joia mais valiosa do acaso. é
aquilo que o universo me deu quando a
gente se esbarrou naquela sexta-feira.

você é a minha melhor de ser feliz.

E Z L Y N
Edição 75º dos Jogos Vorazes

A entrevista com Caesar Flickerman seria a parte mais desafiadora de todos esses 4 dias. Todos os anos era assim para mim. Suportar a arena cheia de assassinos frios e cruéis? Ok. Reencontrar Finnick Odair depois de tudo o que aconteceu entre a gente no passado? Foda, mas ok. Ser entrevistada por Caesar depois da minha ressureição? Nada ok.

Passei a noite toda repassando perguntas que ele poderia chegar a me fazer. Como eu responderia. Como eu sorriria para passar em seu joguinho.

Sempre que eu deitava minha cabeça nos travesseiros de seda, eu ouvia sua voz risonha e insuportável fazendo a pergunta mais assustadora para mim. Minha noite acabou definitivamente quando não encontrei resposta para a última pergunta que pude pensar.

"Como sobreviveu ano passado, Ezlyn?"

Nem eu sabia como responder essa merda pra mim. A explicação que começou a circular foi que quando foram recolher os corpos dos Tributos mortos, perceberam que eu estava viva.

Mas eu sei que não é verdade. Se foi Snow, junto com a Capital, que me tirou daquela arena e me tratou, por que eu estava escondida por todo esse tempo?

Mas isso são questionários que só acontecem em minha mente.

— Ezlyn, você já... — Keenan entra pela porta que está aberta e paralisa ao me ver. — Uau.

Solto um riso torto de forma desconfortável pela atenção e viro de costas para me ver no espelho. Tá, ele tinha razão em perder o fôlego.

Eu nunca vi um vestido com a cara da Capital e com a minha. Essa foi a superação, eu consigo confessar. O vestido era vermelho, simbolizando aquilo que todos queriam que eu simbolizasse.

A parte de cima era traçado linhas de vermelho que brilhava da a altura do meu pescoço até as mangas longas que vão até os meus pulsos. Já a parte da cintura pra baixo, apesar de ser a mesma cor e ter brilho, o tecido era liso e envergado para se encontrar no lado direito da minha cintura, onde abria o caminho de uma fenda enorme.

A barra do vestido se arrastava pelo chão com graciosidade, empoderamento.

— Você está impecável — ele me elogiou, se aproximando para pegar minhas mãos e me virar pra ele. — Sei que fica nervosa para as entrevistas com Caesar. Mas não precisa ficar dessa vez. Você tem tudo nas mãos. Domine o jogo.

— E se eu não souber mais como dominar ele? — Keenan franziu o cenho com a minha pergunta. — Você e o Presidente Snow estão certos... Eu vivo pela chacina. Não consegui virar as costas para o Massacre Quaternário, mas agora sinto que deveria.

Minhas mãos escorregam para longe das suas e eu recuo até a parte de trás dos meus joelhos bater na minha cama e eu me sentar.

— Sinto que esse Jogo vai ser diferente — sussurro, olhando pra baixo. — É como se... algo estivesse diferente.

O silêncio dele se instala por tempo o suficiente para eu levantar meu queixo e conferir se ele não foi embora. Mas ele não foi.

Quando nossos olhos se conectam, ele avança uns passos para ficar acima de mim.

— Você sabe decifrar um Jogo melhor do que qualquer um — ele me diz, parecendo saber de mais do que estava verbalizando. — É a melhor jogadora de Panem. Vai conseguir sair desse.

— Eu não quero... — interrompo a frase pelo gosto amargo que se infiltrou em minha boca pelas palavras. — Só vai ter um ganhador dessa vez, Keenan. E eu... estou com medo de que seja eu.

Acho que nunca fui tão sincera com alguém sobre o que eu estava pensando em todos esses anos de jogos, indo da Capital para o Distrito 5. Eu me sentia culpada por deixar essa bagagem nos ombros dele e de Dinah todos os anos, então eu pensava que falar o que eu sentia, acabaria incomodando-os muito mais.

Mas além de tudo isso, eu não pensava muito quando estava prestes a jogar os outros Jogos. Era como um botão automático. Desde o momento em que eu me voluntariava até o momento em que o último canhão soava no céu, eu manchada de sangue.

Então vinha o Presidente Snow me anunciar como a Eneacampeã e ele parecia enraivado por eu ter escolhido esse caminho, por eu estar coberta de sangue e não de pessoas querendo-me.

Jogar os outros Jogos nunca foi difícil. Era fácil demais, enjoativo demais. Monótono.

Mas esse está demorando para passar. Eu mal estou na arena e estou começando a pensar em coisas que jamais passou pela minha cabeça depois do meu primeiro jogo. Era como se...

— Descubra quem é seu verdadeiro inimigo, Ezlyn — sussurrou Keenan, estendendo a mão para me ajudar a me levantar. — E então, lute pelo propósito.

Propósito.

É como se todos nesse Jogo tivesse um propósito muito mais do que apenas ser o Vencedor. Mas eu estava bem entre eles e não sabia qual partido tomar.

Apenas porque... ter um propósito — depois de tanto tempo — me assustava. Lutar sem objetivo já era doloroso, sangrento e solitário. Agora, lutar com um objetivo podia ser escorregadio, embaraçoso e conjuntural.

Encontramos Dinah e Francis na sala, esperando a gente para ir até o estúdio de gravação do Caesar. Francis estava com uma calça de couro preta, uma blusa por baixo do blazer vermelho que era um pano fino de preto transparente, com algumas flores bordadas.

Francis era facilmente um dos homens mais bonitos dessa Edição e pela nota que recebeu há pouco, um dos mais fortes também. Mas eu não conseguia ver isso quando eu olhava para ele.

Quem ele era, no final das contas?

— Os outros Tributos estão com raiva — dizia Dinah, nos conduzindo pra fora — e vão falar e fazer de tudo para que consigam impedir esses Jogos.

— Nosso conselho é que façam o mesmo — completou Keenan. — Acho difícil, mas se não conseguirmos cancelar, ao menos conseguiremos a pena do povo. Francis, fale sobre sua família. Ezlyn, você pode apelar...-

— Não vou falar da minha família — interrompeu Francis, o tom sério era novidade.

— Sua privacidade não importa para eles, Sr. Dawson — indagou Dinah enquanto saiamos do elevador para o carro. — Tire proveito do que tem e pode fazer.

— Já disse que não vou falar da minha família — seu tom não era ignorante. Apesar de sério, sua voz não se elevou. — Encontre outro tópico que alimente a sede deles ou não. Estou pronto para os Jogos.

Dinah abriu a boca para continuar a discussão, mas Keenan a impediu com um gesto curto. Ela recuou por um momento e então começou a falar sobre a minha estratégia, que se consistia em minha volta dos mortos e Finnick Odair.

Mais ou menos uma hora depois estávamos todos prontos, sentados em nossos ateliês, esperando que fôssemos chamados para o palco. Encarei a televisão no momento em que ela se ligou, Caesar Flickerman entrando em seu palco com uma trilha sonora barulhenta e sua risada aguda.

Obrigado! Obrigado! Obrigado por estarem aqui esta noite na véspera dos 75° Jogos Vorazes! — A plateia vai a loucura e ele ri mais.

Encarei Francis sentado ao meu lado, inclinado pra frente com os cotovelos apoiados em suas coxas e as mãos embaixo do seu queixo. Estava tentando me manter calada depois de sua cena no carro, eu conseguia entender quando a Capital nos levava a falar sobre coisas particulares.

Mas eu mentiria se dissesse que não estou curiosa. Eu não ouvi mais do que sobre sua beleza e charme nos jornais. Não sabia o que tinha acontecido com sua família.

Porque esta noite, neste palco, 24 das mais brilhantes estrelas de Panem vão disputar a coroa final. Está noite terão a última chance de expressar suas ideias. Nossa oportunidade de expressar nosso amor. E com o coração partido dar adeus a todos eles, exceto um — Caesar da uma pausa dramática antes de mostrar seu entusiasmo. — Vamos aplaudir. É tão emocionante!

Toquei em meu estômago, sentindo ele revirar.

— Você comeu alguma coisa? — Dinah, que estava prestando atenção nos mínimos detalhes, olhou pra mim. — Ela comeu alguma coisa?

Keenan passou seus olhos entre mim e a parceira. Tentei mostrá-lo que essa era a hora certa de acalma-lá, mas ele não percebeu e em vez disso, negou.

Dinah começou a vir em minha direção e eu me pus de pé imediatamente. Ela apontou pra fora do ateliê, explicando que no final do corredor virando à esquerda teria um bufê para os Tributos. Ela deu ênfase na velocidade que eu deveria cumprir essa tarefa.

— Não da pra trabalhar com um desmaio! — Ouço ela gritar quando passo as portas do ateliê. — Cuide da sua fome.

Segurei a barra do meu vestido, sentindo o peso que eu carregava aumentar conforme meus saltos tilintaram no chão escuro. As televisões me acompanharam por onde eu caminhei, me deixando a par da entrevista dos irmãos do Distrito 1.

Exagerado, se eu pudesse dizer. Cashmere não chora daquele jeito. Acredite, eu matei o irmão dela, eu sei bem como ela pode chorar.

Chegando na mesa enorme encostada na parede e com muita comida, peguei um pequeno bolinho e dei uma mordida. Meu estômago se acalmou mais, só que todas aquelas lágrimas da Cashmere estava me dando náuseas.

Era uma forma nova de conduzir uma entrevista. Nunca tentaram acabar com nenhum Jogo antes. Mas agora eles parecem decididos.

Ouço passos atrás de mim e viro-me lentamente para não esbarrar em qualquer coisa e cair. Dou de cara com Finnick usando uma calça de couro verde musgo com uma capa por cima e uma blusa fina de mangas, aberta no meio, mostrando o seu peitoral.

Quando voltei-me para seus olhos, percebi que ele estava me olhando de cima a baixo com uma cara diferente das quais ele me lançou por todos esses dias.

— Impressionado? — Zombei, com um sorriso pintando meus lábios escarlate.

Muito — ele sussurrou, me pegando de surpresa. Ele avançou aos poucos. — Você fica bem de vermelho quando não é o sangue dos seus inimigos.

— Preferiria que fosse o meu sangue? — Questionei, recuando meio passo por conta da atual distância entre a gente.

Ele ignorou minha pergunta.

— Ele perguntará de você pra mim — divagou, encarando Caesar se despedindo dos irmãos do 1 e chamando o Beetee.

— E o que falará pra ele?

Meu quadril tocou na ponta da mesa quando tentei recuar mais um pouco, me deixando encurralada entre ela e Finnick que termina de avançar quando já é impossível fazer tal coisa.

Respirei fundo e com calma, levantei meu olhar com respingos de brutalidade para os seus, que rebateu-me com sensualidade.

Ele se aproxima mais, fazendo-me apoiar as mãos na mesa atrás de mim e me inclinar pra trás. Sua mão força minha lombar pra frente e fica impossível de recuar enquanto ele me segura no lugar para se aproximar do meu ouvido.

Encaro a televisão com o seu rosto encostado ao lado do meu, vendo Caesar acenar pra algo que Beetee falou.

— Falarei pra ele que já planejei nossa despedida no nosso local secreto — sua voz não passou de uma fragrância suave no ar. — Às meia-noite. Também falarei que seu coração é meu — engoli em seco com dificuldade — e que o meu é seu e que te beijarei tanto essa noite que você chegará na arena amanhã com os lábios inchados.

Era um convite.

Pisquei atômica, ouvindo seu nome sendo chamado para subir no palco, sentindo seu corpo se afastando do meu, mas ainda sendo vítima dos efeitos que ele me causou. Trinquei o maxilar com força, raspando os dentes um no outro.

Pela televisão, encarei o sorriso tenso que Finnick entregou pra plateia. Em qualquer outro dia, seus lábios estariam manchados de sensualidade e arrogância, mas seu propósito nesse momento era ajudar a parar os Jogos e para isso, todo o seu corpo era uma ferramenta.

Nossa relação passada era uma ferramenta e em suas mãos, uma arma feita especificamente para o meu coração.

Me recomponho quando ouço passos se aproximando e logo depois Johanna Mason aparecendo com sua roupa marrom, lembrando as folhas de árvores no outono.

Sua cara não estava das melhores quando ela passou a ficar do meu lado e pegou um docinho, enfiando na boca e mastigando com os braços cruzados enquanto via a entrevista de Finnick.

Eu tentei não ver. Tentei não escutar.

Mas suas palavras semelhantes às que ele sussurrou em meu ouvido há pouco tomou minha atenção de uma forma que quando ele encarou a câmera, em um pedido de Caesar pra me mandar um recado, minhas veias tremeram.

Quero que saiba que eu sempre vou protege-lá e estou disposto a dar a minha vida, se preciso, para que você saia da arena e viva por nós dois — seus olhos brilharam um pouquinho, mas Caesar interrompeu antes que desse pra ver que era por conta dele segurar a risada.

Idiota.

— Mas, Finnick... — recomeçou Caesar, dando uma olhada na plateia que estava parada estaticamente no lugar. — Conta pra gente. Como foi a sensação de saber que ela estava viva?

Ah, foi como se tivessem me tirado de um poço sem fundo.

De um poço sem fundo? — Repetiu Caesar, quase delirando de felicidade.

Mas a voz de Finnick se tornou mais séria e o olhar se tornou vazio, longe de onde eles estavam.

Eu estava assistindo os Jogos ano passado quando o canhão dela foi anunciado. Foi a música que aterrorizou-me nos meus pesadelos por todas as noites. Se não fosse por Mags... eu... Não sei — balançou a cabeça. Meus olhos não saiam da TV. — Mas quando eu vi seu anúncio se oferecendo como voluntária no lugar de Dinah Sigrid, foi o melhor dia da minha existência.

Superando o dia que se beijaram na arena dos 65° Jogos Vorazes? — Perguntou Caesar, as sobrancelhas arqueadas em malícia, deixando o clima menos pesado.

Finnick forçou uma risada e encarou o apresentador.

Você sabe que nada poderia superar isso.

Caesar soltou sua risada estridente, me tirando do transe. Ele se voltou pra plateia, anunciando a despedida de Finnick.

Recobrei meu ar, sentindo o olhar de Johanna queimar-me quando eu fui anunciada.

Senhoras e senhores, o momento em que todos estavam esperando! — Bufei, fugindo do olhar de Johanna enquanto marchava para o palco. — Com vocês, Ezlyn Lysander, a Rainha Vermelha, do Distrito 5!

Finnick passou por mim sem me olhar e disfarcei o quanto estava afetava para subir no palco, recebendo diversos aplausos e assobios. Sorri para todos, olhando nos olhos apenas de alguns.

Encarei Keenan do palco, que sorriu confiante para mim. Dinah deveria estar preparando Francis.

Cheguei até Caesar, que me cumprimentou com um beijo na bochecha e me conduziu para o sofá que tinham acabado de colocarem ali para sentarmos.

Quando os aplausos se acalmaram, minha atenção se voltou completamente para ele, que ainda segurava minha mão.

— É, ela é real — cochichou para a plateia, cutucando forte minha mão. — De carne e osso, pessoal!

Todos riram. Forcei uma risada também, sentindo minha garganta arranhar.

— Ezlyn, como é a sensação de voltar dos mortos?

— Excitante — cuspi a palavra com graciosidade,vendo a plateia sorrir. — Morrer é bem chato, Caesar. Vai por mim, essa viagem você não vai querer experimentar.

Ele riu com a plateia, sua risada quase estourando meus tímpanos. Então, mais uma vez, quando as risadas cessaram, ele se arrumou na sua cadeira e largou minha mão. Seus olhos se tornaram suaves para mim.

— Como foi esse período pra você, minha querida?

— Um pouco difícil, mas eu recebi os melhores tratamentos às escondidas em meu Distrito, graças ao Presidente Snow — ditei a frase decorada em casa. — Se não fosse por ele e por sua atenção, jamais teria conseguido passar por isso.

— Ele realmente é um grande homem.

O caralho que é. Apenas sorri.

— Como está se sentindo para esses Jogos?

Torci meus dedos em meu colo, erguendo os olhos para encarar Keenan. Foi como se sua voz tivesse soando em meus ouvidos novamente.

"Descubra quem é o seu verdadeiro inimigo."
"Lute pelo propósito."

Não vou mentir pra você, Caesar, em outras circunstâncias, seria muito melhor.

— Está dizendo isso por...

— Sim — sorri suavemente, encarando minhas mãos. — Sei que estivemos longe dos holofotes por algum tempo, mas Finnick e eu nunca paramos de nos amar — levantei o olhar com lágrimas falsas para a plateia. — Ele ficou comigo nos meus piores momentos. Seria loucura dizer que ele é minha alma gêmea, Caesar?

— Não — ele negou, emocionado.

— Então ele é. Sei que ele prometeu a vocês que irá me salvar da arena — virei pra plateia, vendo alguns assoando o nariz pelas lágrimas que ainda desciam de seus rostos. Alguns negavam com a cabeça, incapazes de aceitar isso. — Mas acho que vocês sabem quem é a melhor jogadora — sorri, convencida. — E meu Jogo esse ano é deixá-lo vivo.

— Lindas palavras — Caesar disse, com a voz um pouco menos entusiasmada. — De verdade mesmo, estou emocionado. Você me emocionou! Sinto muito que... — ele escolheu bem as palavras — uma das promessas tenham que ser cortada ao meio.

— Eu também sinto.

— Pessoal, Ezlyn Lysander — ele se levantou, estendendo a mão para que eu pegasse e ficasse em pé. Mas ninguém mais aplaudiu. Eles estavam ocupados demais enxugando as lágrimas. — Que a sorte esteja sempre ao seu favor.

Torci as sobrancelhas como se fosse chorar e acenei em compreensão. Então dei as costas à ele e ao público, mas não desmanchei a cara, eu ainda estava sendo filmada. Quando sai do palco e adentrei o corredor onde os outros estavam esperando sua vez, minhas sobrancelhas voltaram ao normal e revirei os olhos.

Francis me olhou com um sorriso astuto.

— Vai ser difícil superar — ele soprou, raspando as unhas na roupa.

Ele foi anunciado atrás de mim, mas eu o impedi de avançar. Ele me encarou confuso pela primeira vez e desmanchei nosso contato, mas não deixei ele ir embora antes de dizer:

— Você estava certo. Eles sentem fome da sua dor. Suba nesse palco e entregue à eles o maior teatro da sua vida — encaramos-nos por alguns segundos. — Não importa o que seja. Sua família ou alguma coisa inventada. Pessoas famintas comem qualquer coisa.

Francis acenou em agradecimento e sai da sua frente, vendo ele entrando no palco acenando para o público que delirou com a sua roupa.

Sua entrevista foi um pouco mais rápida que as outras, mas ele soube bem aproveitar o tempo em tela. Francis escolheu não falar sobre sua família, mas ele soube escolher um outro assunto. Uma amante.

Parecia que ela estava em casa, lhe esperando.

Logo depois, Johanna e sua personalidade estrondosa entrou em jogo. Ela gritou para todos e mandou eles se foderem. Confesso que acabei rindo enquanto assistia, pensando que ela era a única corajosa o suficiente para entrar naquele palco sem filtros.

Mas sobre quem ela iria falar?

A Capital tirou todos dela.

Quando chegou na vez de entrevistar o pessoal do Distrito 11, já começamos a nos arrumar no pequeno palco em cima do palco em que Caesar estava entrevistando os outros. Fiquei ao lado de Finnick, que estava ao lado de Mags. Francis estava do meu outro lado.

Tava monótono demais até ela chegar e colocar fogo nesse lugar. Katniss entrou com um vestido de noiva, simbolizando o seu noivado com o seu parceiro de Distrito, Peeta Mellark.

Mas ela nos mostrou o que aquele vestido escondia quando começou a rodar, fazendo o vestido pegar fogo e se tornar completamente outro. Dei um mísero passo à frente, desacreditada de estar vendo um novo vestido, de cor preta.

Mas então ela abriu os braços, mostrando as asas de um Tordo.

Quando achei que o show tinha acabado, Peeta entrou em cena com um certo charme em sua timidez e na forma de anunciar que eles se casaram em segredo e que o único arrependimento deles era um...

— Se não fosse pelo bebê.

Entreabri a boca e encarei Katniss ao lado dos Tributos do 11. Ela soube mascarar bem, mas aquilo ali era surpresa. Abaixei o rosto, forçando a língua na bochecha pra não rir.

Então todos foram a loucura, em defesa pelo bebê.

Peeta subiu até a gente, abraçando sua parceira.

Então a fileira debaixo da gente começou a dar as mãos. Estava chegando até a gente. Até mim. Por algum motivo, meu coração disparou.

Pegar aquela mão... Estar com eles, era assumir um propósito. Meu olhar foi pra Keenan mais uma vez, que balançou a cabeça. Ele parecia estar... orgulhoso. Eu nunca vi aquele olhar em seu rosto e olha que eu tinha ganhado nove Jogos.

Francis deslizou sua mão pela minha, me esperando fechar o entrelaço.

Eu fechei.

Encarei Finnick do meu outro lado e ele sorriu pequeno, leve. O sorriso mais verdadeiro que ele me deu desde tudo. Então nossas mãos se conectaram por último e de forma sincronizada, levantamos.

A plateia gritava pra pararem os Jogos.

As luzes se apagaram.

E eu sorri.

Eu tinha esquecido como era ter um propósito.

Espero que estejam gostando.

O que ACHAM? Ezlyn vai seguir o mesmo propósito que os outros e se juntar a causa rebelde?

A inspiração original do vestido de Ezlyn
é ESSE

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