
14: Mistério do Snape.
Amélia Weasley
A próxima aula seria Herbologia com a Lufa-Lufa. Porém seria aula com Grifinoria do meu ano, um ano à cima e Lufa-Lufa do meu ano e um ano à cima.
Ou seja, Diggory e eu iríamos dividir aula.
Eu apenas queria morrer.
Estava ignorando Diggory havia dias, ele estava estranhando. Angelina, cada dia mais distante justo quando mais preciso dela. Mas ainda tenho meus irmãos que são a minha vida, minha fonte de apoio e força. Sem eles, eu não acho que ainda estaria viva.
No caminho, Angelina disse que estava com urgências femininas e foi correndo para algum lugar. Como sabemos que a Angelina tem problemas fortes com cólica, deixamos ela ir sem nos preocuparmos.
Chegando na sala, os lufanos estavam todos dialogando, claro. Bando de Sol radiante que não cala a porra da boca.
Entre eles, estava o Sol Diggory. Se ele fosse realmente o sol, eu usaria guarda-chuva todo dia.
Meus gêmeos tem percebido com mais frequência minha raiva pelo Diggory, e isso tem me deixado nervosa. Não pretendo contar pra eles sobre o que aconteceu entre a gente porque se não eles poderiam, sem querer, contar aos nossos pais.
- Muito bem, alunos! Todos em seus lugares - diz a professora Sprout chegando na sala.
A professora Sprout sempre foi uma mulher muito querida por todos, afinal, ela era a professora mais calma e bem falada da escola.
Eu e meus gêmeos fomos aos nossos lugares e guardamos um para Angelina, que ainda não havia chegado. Se ela demorasse mais um pouco, iria atrás dela.
Percebia Cedric me olhando algumas vezes, mas ignorava. Ele era um escroto, babaca, idiota. Ele só queria me comer e depois ir atrás da xing ling da Cho.
Eu perdi minha virgindade com meu inimigo. E isso seria um erro que carregaria o resto da minha vida.
- Muito bem, hoje vamos falar sobre as flores. Vocês sabiam que os cheiros das flores tornam as pessoas mais atraentes? - diz a professora e ela sorri doce.
Ela explicou a atividade, que era uma redação sobre alguma flor de nossa preferência. Eu fiz da minha flor favorita: Daisy. Era uma flor linda, meu quarto tem de vários tipos dela.
Os gêmeos fizeram sobre cactos e sobre como eram interessantes se quisessem picar alguém com eles. Muito idiotas, não é? Ou inteligentes.
Me pegava olhando para Cedric algumas vezes. Pensando bem, ele tinha cheiro de uma flor que não me lembro muito bem o nome, mas era um ótimo cheiro. Eu tenho perfume de flor também, rosas. Era muito bom, mesmo sendo barato.
Eu não entendia, simplesmente não entendia. O que havia de errado comigo? Eu não era gostosa o suficiente? Não era boa o suficiente? Não tinha...
Ah, meu Deus. Estou me comparando com a ficante do meu inimigo. Que idiotice. Eu sou gostosa e linda do jeito que eu sou, e ninguém iria mudar minha cabeça...
Eu acho.
Após terminar minha redação, entreguei para a professora, que agradeceu com um sorriso gentil. Percebi que Angelina ainda não havia chegado. Pedi para Sprout para ir ao banheiro, dizendo que era urgente, e ela deixou. Saí correndo da estufa e fui atrás de Angelina.
Procurei no banheiro da Murta-Que-Geme e nada. Procurei no banheiro dos monitores e entrar lá depois da última vez deu um arrepio... De qualquer jeito, ela não estava lá. Procurei no banheiro da Comunal também, e adivinhem? Nada. Eu estava procurando havia tempos já, em breve iria tocar o sinal para próxima aula.
Quando estava pegando caminho para o próximo banheiro, ouvi passos atrás de mim, passos fortes. Olho para trás e vejo a figura alta e forte do Diggory, me seguindo. Reviro os olhos e continuo seguindo, como se não tivesse o visto. Mas, claro, ele continua me seguindo e começa a chamar meu nome.
- Amélia! - Ele diz alto e ouço seus passos se acelerarem.
Ignoro seu chamado e continuo andando, mas Diggory não desiste fácil. Ele corre até mim e fica atrás de mim.
- Amélia... - Ele coloca a mão em meu ombro esquerdo, mas rapidamente tiro e viro para ele.
- O que você quer, Diggory? - Questiono sem paciência. Quando digo "Diggory", sua expressão muda de preocupação para tristeza.
- Eu só... Estava preocupado, porque você não voltava para a estufa, então decidi vir atrás de você - ele diz com uma voz calma, como se o tivesse chateado com algo.
- E daí?! Você não toma conta de mim, e não é da sua conta aonde eu vou ou deixo de ir - solto isso e viro para ir embora, mas ele me vira de volta para ele pela minha cintura, fazendo-nos ficar próximos ao ponto de nossos rostos quase se tocarem.
Olhamos nos olhos um do outro bem fundo, ficou um clima... Estranho. Uma tensão esquisita. Até que lembrei da cena dele e Cho se agarrando horrores no corredor e lembrar daquilo...
- Não, Diggory. - Digo firme nos olhos dele e me afasto. Ele, confuso, me olha com tristeza.
- O que aconteceu? Você está estranha comigo, distante, a dias! - Ele diz preocupado demais. Ótimo teatrinho, aliás. - Fala comigo, por favor... - Ele se aproxima e tenta pegar na minha mão, mas afasto rapidamente, cruzo os braços e desvio o olhar.
- Não finge que não sabe de nada - digo praticamente sussurrando. Sinto meus olhos arderem.
- Saber do quê?!
- Você sabe muito bem, Diggory! - Olho para ele, os olhos ardendo mais ainda. - Eu vi você e a Cho outro dia no corredor. - Digo isso e sua expressão muda.
- Amélia, por favor, só me deixa...
- Não tem essa, Diggory, eu sei o que vi. Você quer ela? Vá. Vá! Você é todinho dela. Foi só uma transa casual e nada mais. Eu não sinto nada por você, nunca vou sentir. Na verdade, eu sinto. Sabe o quê? Repulsa, nojo. Você apenas queria tirar minha virgindade e ir atrás da Chang, e, de verdade, Diggory, pode ir. Todinha sua. Pra mim, você morreu, entende isso? Apenas... Não me procura mais. - Desabafo tudo em um tom firme. A cada palavra que dizia, sua expressão ficava mais triste e seus olhos ficaram vermelhos, como se fosse chorar. - Você me enganou, Diggory! Deveria saber que eu detesto que me enganem, sabia? Espero que o karma volte para você, porque eu não vou fazer esforço para voltar. Você não merece meu esforço. - Ele vira o rosto pro lado, coloca as mãos na cintura e funga, processando o que eu disse.
Meus olhos ardiam, eu queria chorar. Mas não podia vacilar, não podia me deixar levar às emoções. Eu iria me casar daqui um tempo e não poderia deixar nada nem ninguém me atrapalhar. Minha família dependia de mim.
- Eu realmente queria que você me deixasse explicar, mas, pelo visto, você não quer me ouvir - Ele diz após um tempo pensando, olhando pra mim com os olhos cheios de lágrimas. - Mas, saiba, Amélia, eu não vou descansar até você descobrir a verdade. Eu nunca quis a Cho! Nunca. Eu sempre quis... - Interrompo-o
- Ouviu o que eu disse? Não quero saber. Só, por favor, fica longe de mim. - Digo baixo, segurando o choro. Nos olhamos no fundo dos olhos um do outro. Havia algo ali, um sentimento, uma chama entre nós... Mas não podia deixar isso acontecer, não podia.
Me viro para ir embora e sigo andando, mas dessa vez, Diggory não vem atrás de mim.
[...]
Não encontrei Angelina. Mas, quando estava indo ao banheiro à sua procura, vi uma porta entre-aberta e umas vozes. Como boba nem nada, decidi ouvir, afinal, fofoca nunca é demais. Ouvi uma voz conhecida... Três, na verdade.
- Ela é uma criança! Não vai ajudar em nada! - Exclama uma voz grossa, parecia de um homem. Não conseguia ver pela entre abertura da porta, só se eu abrisse mais, porém, isso faria as pessoas me verem.
- Eu não sou uma criança! Eu vou ajudar! Eu quero ajudar. - Diz uma voz feminina, dessa vez. Uma voz conhecida.
- Lorde quer ela no plano. Ela conhece pessoas próximas ao menino, isso pode nos favorecer. - Agora, uma voz profunda, conhecida também... Parecia o Snape, mas era possível?! Se fosse ele, quem seria as outras pessoas?
Fica um silêncio por um instante.
- Tudo bem. - Diz, finalmente, a primeira voz. Ouço passos se aproximando da porta, então me levanto num pulo e saio correndo sem rumo.
Meu Deus. O que estava acontecendo com Hogwarts? Eu preciso descobrir o que Snape está tramando, e rápido.
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