
10: Desejo proibido.
Amélia Weasley
Dia seguinte, estava na biblioteca com Lina fazendo um trabalho de poções e, sinceramente, odeio o Snape mais do que qualquer coisa.
- Lina, não dá, não consigo - digo largando a pena e esfregando os olhos.
- Calma, Amy, vai dar tudo certo. Olha, vai comer algo, descansar, dar uma volta, enquanto eu faço as coisas aqui, tá bom? - ela diz, sorrio e a abraço.
- Valeu, Lina. Tô indo e já volto, te amo! - saio andando para fora da biblioteca.
- Também te amo! - ouço Angelina dizendo antes de sair completamente da biblioteca.
Começo a andar pelos corredores e pensar sobre algumas coisas. A primeira tarefa do Torneio Tribruxo está chegando, e estava muito animada.
Mas aí lembro.
Diggory vai lutar contra um dragão.
Não que eu me importe, claro. Mas, tipo, cara, é um dragão. A chance dele sair com queimaduras perigosas são enormes.
Não, pera aí.
Eu estou me preocupando com Diggory? O que está havendo comigo? Isso eu não sabia.
Na verdade, eu estou muito confusa. Eu sei que o odeio, mas... Eu desejo ter ele por perto, eu o quero por perto. Por quê?
Enquanto pensava andando pelos corredores, esbarro em alguém, me tirando de transe.
- Desculpa - digo automaticamente.
- De novo, rainha Weasley? - diz a voz da pessoa que não sai da minha cabeça.
- Eu que o diga, Zé bonitinho - digo grosseiramente e me viro pra ir embora, mas ele segura meu braço me virando pra ele de novo.
- Tá fugindo de mim? - ele questiona e abaixo a cabeça olhando a mão dele segurando meu braço.
- Não - digo ainda de cabeça baixa quase sussurrando, mas ele ouve. - Eu só... Não estou num bom momento - levanto a cabeça e o olho nos olhos dele. - E se você não soltar meu braço nos próximos 3 segundos, não vai ter mais para batalhar com o dragão.
Ele ri e afasta a mão sorrindo brincalhão, mas seu olhar estava preocupado.
- Estava bom demais pra ser verdade - ele diz me olhando e sorri de leve. - Você está bem?
- Por que se importa, Diggory? - questiono o olhando firme. Ele abre a boca para falar algo, mas fecha novamente desistindo de falar.
- Eu não me importo - ele diz pausadamente e abaixa a cabeça.
- Então se não se importa, não se importaria se eu não responder sua pergunta e virar de costas como se nada tivesse acontecido - ele levanta a cabeça, me olha nos olhos e se aproxima, deixando nossos rostos próximos.
- Porra, eu não posso - consigo sentir seu corpo tenso, quente. Ele está nervoso.
- O que não pode? - pergunto olhando em seus olhos e ele respira fundo.
- Eu... - continuo olhando, esperando uma resposta. Invés de responder, ele se aproxima na intenção de me beijar, mas o impeço, o empurrando de leve.
- Não podemos. Na verdade, você não pode. Cho não gostaria disso - ele me olha de novo, mas seu olhar é triste. - Somos rivais, Diggory. Não pode existir isso. E nunca irá.
Ele concorda com a cabeça e ficamos nos olhando sem dizer nada. Olho para atrás dele, no fundo do corredor, e encontro Cho vindo em nossa direção.
- Bom, acho que alguém está a sua procura - digo debochada olhando para Cho. Ele se vira para a mesma que o abraça.
- Oi, Ced - ela diz com sua voz doce e com ternura.
- Oi, Cho - ele retribui o abraço e sorri leve.
Apenas saio de lá, andando pesado e com raiva.
Eu queria mais. Eu o impedi. Mas eu quero.
Não. Eu não posso querer. Rivalidade, é isso o que temos, apenas.
Sem amor. Sem caso. Apenas rivalidade.
Quando volto para a biblioteca, vou indo até Angelina que estava fazendo algo, mas quando me vê chegando, esconde rapidamente o que estava fazendo na bolsa.
Estranho, pois eu e Lina nunca tivemos segredos.
- Voltei - digo sentando na cadeira e Lina dá um sorriso... Estranho?
- Ah, oi! Vamos terminar o trabalho? - ela diz elétrica até demais, como se estivesse disfarçando algo.
- Hm, sim - concordo estranhamente e voltamos a fazer o que estávamos fazendo.
Angelina estava estranha, ela ficou tentando ao máximo falar do trabalho, como se soubesse que eu iria perguntar sobre o que ela estava fazendo.
Parei de pensar nisso e foquei no trabalho também.
[...]
Finalmente terminamos o trabalho de poções, e já era 23:00 da noite. Ficamos aqui a tarde inteira, literalmente.
A biblioteca estava fechando, então eu e Angelina arrumamos tudo e saímos da biblioteca.
- Você ainda não me contou o que aconteceu quando você saiu pra descansar. Você voltou tão... Esquisita - ela diz enquanto andávamos para nossa Comunal e então a olho.
- Não houve nada, OK? - respondo baixo e ela me olha confusa.
- Amy, eu te conheço a 6 anos. Obviamente aconteceu algo - ela diz preocupada e abaixo a cabeça virando para frente. Eu nunca consegui esconder nada da Lina, a sempre soube de tudo. Sobre meus problemas com minha família, problemas psicológicos, tudo. Não adiantava eu mentir. - Por favor, me conte.
- Olha, eu... Estou com um sentimento estranho - ela me olha com bastante atenção. - Eu tenho... Uma vontade enorme de ter Diggory por perto. Entende? - ela dá um sorrisinho.
- Entendo. Você deve estar se apaixonando por ele, não? - hesito levemente por pensar nessa possibilidade.
- Não, Lina, eu... Eu nunca vou amar ele. Eu não posso amá-lo, e você sabe o porquê - ela concorda com a cabeça lentamente, sabendo do que estou falando.
- Sua família é muito exigente fazendo você ser obrigada a casar com um herdeiro - Lina diz e sinto uma imensa vontade de chorar.
- Não. É... Só minha mãe mesmo, meu pai não apoia essa ideia, mas ele não pode discordar da mamãe. Eu só... Queria me sentir livre, leve, sem me preocupar com nada. Eu preciso ir bem na escola, tenho casamento marcado com alguém que nem conheço, eu tenho que ser... Perfeita - uma lágrima rola e Lina me abraça.
- Shiii, vai ficar tudo bem, Amy. Eu tô aqui com você - retribuo o abraço bem forte e me apertando contra ela.
- Nós contra o mundo sempre? - digo abafada e chorosa.
- Sempre - sorrio e sinto ela sorrir também.
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Meu Deus, obrigada pelas mil leituras! Vocês não tem ideia do quanto isso significa pra mim!! Mil pessoas leram minha história, tipo??? Que absurdo! Vocês são incríveis, maravilhosos!!!<3
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