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𝗧𝗪𝗘𝗡𝗧𝗬 𝗢𝗡𝗘

Me encontre à
meia-noite.
Lavander Haze -
Taylor Swift

———— 🌴🍊🥤————

Boston, Massachusetts
December 20, 2023

DESDE O COMEÇO, eu soube que fingir, mentir e suportar a dor de não poder estar com Chris por mais cinco meses não seria fácil. Eu tive certeza disso no dia doze de setembro. Fazia dois meses desde a última vez que nos beijamos, assim como a última vez que nos vimos. Apenas alguns dias desde que ele tinha me ligado.

Levar o seu namorado para o tapete vermelho e tirar fotos com ele ao assistir os flashes brilhando no seu rosto era algo determinante. Eu tinha essa fantasia a respeito de famosos no tapete vermelho quando era pequena, de como seria quando eu estivesse lá. Imaginava que estaria com um ator bem famoso e bonito; ele me olharia com paixão e nós deixaríamos todos com inveja. Não foi nada assim.

Quando apareci com Briney para ouvir o som das câmeras e de paparazzis desesperados e mal educados gritando conosco, eu não desejava mais nada além de ir embora. Me sentia terrível por isso, como se estivesse sendo mal agradecida, mas era muito além disso.

Foi quando o vi. O vi do outro lado, onde ele me olhava com os olhos mais abalados do mundo. Como eu não desabei ali mesmo? Eu não sei. Ele estava tão bonito com o cabelo arrumado, vestido exatamente da forma que eu amava, mas formal. Eu sabia que Chris e os meninos estariam ali. Não era como se eles estivessem me seguindo, foram convidados para ajudar na publicidade do filme, assim como eu.

Eu não sabia se as milhares de câmeras poderiam ter capturado meus olhos tristes e focados em Chris naquele milissegundo, mas fiz questão de respirar fundo e nunca mais olhar para ele a noite inteira. Por mais que doesse profundamente nos meus ossos, não precisava de mais problemas com Simon.

Quando voltei para casa aquela noite, chorei um pouco. As meninas já não estavam morando comigo, então não me preocupei em soluçar. Eu não só estava perdendo Chris, mas estava perdendo Nick e Matt também. Minha vida estava despedaçando bem na minha frente e eu não podia fazer nada sobre. Kyle ainda era um dos meus amigos mais próximos, isso não mudaria, mas ele estava mais ocupado com Nick nos últimos dias. Era só eu, eventualmente.

Os meses passaram como se eu tivesse sido obrigada a viver por um século, assistindo tudo em volta de mim perder a cor. Ao menos era dezembro, eu já tinha anunciado o término com Briney e faltava apenas um dia para tudo voltar ao normal. E quando digo isso, quero dizer que vou poder voltar a ficar com Chris, ver os meus amigos e poder não me preocupar com mais nada.

Eu já não entrava nas redes sociais há meses, não suportava ver as suposições e as páginas de fofoca. Às vezes eu gostaria de gritar e quebrar a tela do celular. Eu era um desastre natural, mas mesmo depois de tudo, eu estava causando minha própria morte. Eu estava me afastando de todos, preferindo ficar em casa na maioria das vezes e só saía para trabalhar.

Era o dia de um dos eventos da minha nova série que estava por vir. O elenco inteiro, e seus convidados, estavam hospedados em um hotel caríssimo e alto em Boston. Eu tinha um quarto só para mim, mesmo que Zoe e Diana o invadissem constantemente. O quarto dos meninos ficava logo ao final do corredor e a vontade de entrar lá e dar risada, mesmo que por apenas alguns minutos, palpitava no meu peito.

Eu estava em um dos andares mais altos do hotel. Tinha uma janela gigantesca no meu quarto e eu estava parada bem em frente a ela, observando a cidade embaixo de mim. As luzinhas de natal brilhavam e as pessoas andavam cheias de casacos e botas de inverno. Escuto algumas batidinhas na porta do quarto e quando espio por cima do ombro, Zoe e Diana estão entrando. Diana está com aquela expressão preocupada no rosto.

— O que está fazendo? — Pergunta Zoe, sua voz vacila. — Sai de perto da janela, Maddie. Você está me assustando.

Zoe tinha todos os motivos do mundo para estar assustada e preocupada, afinal, eu não vinha sendo a pessoa mais radiante havia meses. Eu não estava assim apenas por Chris, era muito mais do que isso. Me sentia tão só, vazia e insignificante. Obrigada a ser moldada a uma personalidade que não era minha, apenas para agradar o público. Às vezes eu conseguia ver minha essência voar do meu corpo e vagar perdida por aí.

De vez em quando eu imaginava como seria se tudo acabasse; mas eu não queria morrer, eu só tinha que achar uma vida em que eu quisesse realmente viver.

Diana tocou minhas costas e andou comigo até a cama. Os olhos castanhos e preocupados dela me examinaram como se conseguissem tirar a verdade de mim ali mesmo. Ela estava quase chorando.

— Maddie, o que está acontecendo? — Ela perguntou de uma vez.

— Nada — respondi. A verdade era que eu nem sabia como responder. Eu estava convencida de que estava enlouquecendo.

— Você anda muito distante. — Zoe sentou ao meu lado na cama e tocou meu cabelo. — Nick e Matt estão sempre dizendo que estão com saudades, que sempre está ocupada. Até o Chris parece um pouco triste.

Eu respirei fundo. Contar para elas um dia antes do contrato terminar seria deixar tudo ir por água abaixo e eu nem saberia por onde começar. Sorri, mesmo que cada músculo do meu corpo não quisesse.

— Eu sei — disse. — Me desculpem. Esses últimos meses não têm sido fáceis. É muito trabalho, eventos, reuniões. Acho que só estou sobrecarregada. Eu prometo que recompensarei com a nossa noite de filmes de comédia logo.

Naquela tarde, elas deixaram meu quarto meio convencidas, meio inconformadas. Em parte, eu estava dizendo a verdade. Eu estava mesmo sobrecarregada.

Mais tarde, maquiadoras e cabeleireiras foram para o meu quarto me ajudar a me arrumar para o evento. Algumas horas depois, estava coberta de maquiagem e spray de cabelo. Vestia Chanel, era um vestido branco com um laço na cintura.

Quase não tive a oportunidade de passar o evento com meus amigos, tive que participar de dezenas de entrevistas e os perdi de vista várias vezes. Às vezes eu os espiava e via Kyle e Diana pegando alguns petiscos que as garçonetes traziam em bandejas prateadas.

O evento ocorreu em um salão enorme e bem caro — tive noção disso quando olhei para os rodapés das paredes e percebi que eram feitos de ouro. Lá dentro era quentinho e silencioso, com sons de taças de champanhe se chocando e jazz tocando no fundo.

Meus olhos caíram em Chris do outro do salão, entre toda a multidão. Meu corpo inteiro sentiu-se na urgência de sorrir para ele e eletrochoques reanimaram meu corpo quando ele sorriu de volta. Vejo ele pegar o celular, então o meu vibra na bolsa. Estou sorrindo mais um pouco quando leio as mensagens.

December 20, 2023
7:26 PM

chris ❤️‍🩹
você está linda
ainda bem que hoje é o
último dia ou não iria aguentar
me encontra no estacionamento
do hotel hoje à meia noite?

maddie 🧡
com certeza
você aprendeu a dirigir
ou vou ser motorista de novo?

chris ❤️‍🩹
amor, você sabe que
eu nasci pra ser
passenger princess

maddie 🧡
te encontro à meia noite.

Por um tênue momento, senti uma pequena luz se acender dentro de mim. Em apenas alguns minutos, consegui esquecer o vazio que estava dentro de mim. Era esse o efeito que Chris tinha sobre mim.

A madrugada do dia 21 de dezembro foi uma das melhores da minha vida, junto com a que beijei Chris pela primeira vez na praia. Ainda consigo lembrar do meu corpo dormente quando finalmente tinha me dado conta de que ele era quem eu queria para sempre.

Dez minutos antes do relógio marcar meia-noite, apaguei todas as luzes, peguei minha bolsa e o cartão do quarto. Tive vontade de ir correndo para o estacionamento, desejava que o elevador caísse para que eu pudesse chegar lá mais rápido, mas precisava esperar. Era uma tortura saber que ele provavelmente já estava lá embaixo, me esperando. Era eletrizante; era inverno e estaria congelando em Cape Cod. Mas, quando ele sugeriu, não hesitei em dizer que iria. Eu iria para qualquer lugar com ele.

No escuro, enrolei um cachecol vermelho em volta do pescoço e saí do quarto. Fui pisando nas pontinhas dos pés pelo corredor. Quando a luz automática acendeu, tomei um susto.

Desci pelo elevador, quieta. Eu cliquei no botão do estacionamento e senti a ponta dos meus dedos dormentes, mas não sabia se era pelo frio ou pelo nervosismo. Inclusive, tinha me esquecido de vestir um casaco. Só me lembrei do cachecol.

O carro dele — bem, o carro que Matt dirigia — estava bem no fim da fila de carros. Estava todo apagado, Chris estava ao lado de fora, inquieto sobre os pés. Eu sorri e corri até ele. Não o beijei direto, queria olhar para ele primeiro. Vê-lo no inverno era divertido. Ele vestia aquele casaco cinza escuro de sempre e calça jeans. O rosto estava rosado por causa do frio; o leve bronzeado do verão já tinha desbotado.

— Oi — cumprimentei, depois que o beijei.

— Oi. — Ele sorriu, dando uma risadinha ao segurar minha cintura.

Ele me beijou por um instante, então virou-se para colocar a cabeça dentro do carro. Ele puxou algo de lá e em suas mãos estava um buquê de tulipas laranjas. Eu nunca o disse que aquelas eram as minhas flores preferidas, mas lá estava ele. Ele me conhecia como ninguém nunca pôde conhecer.

Eu não tinha palavras. Então segurei o buquê e comecei a dar vários beijinhos nele, até que ele começasse a rir e me empurrasse para o lado quando comecei a ser exagerada demais.

— Você está sem casaco — observou ele, quando entramos no carro.

— Não estou com tanto frio assim — respondi, embora estivesse tremendo ao dizer isso.

Ele abriu o zíper do casaco e me entregou. O vesti, sentindo o calor do corpo dele no tecido. Cheirava como ele, com um fundo de seu perfume. Eu sorri, abraçando meus próprios braços. Chris me entregou as chaves do carro e eu dei partida no motor.

Antes de dirigir para fora do hotel, disse:

— Não acredito que isso finalmente acabou.

— Nem eu. — Ele tinha um ar animado, tímido até. — Vamos mesmo para lá?

Ele nem precisava perguntar. A resposta era sim. Independente do que perguntasse.

— Sim — respondi.

Nada mais existia além daquele momento. Era só nós dois. Tudo que tinha acontecido no verão anterior, e em cada verão antes daquele, nos levara até ali. Até agora.

Ele estava sorrindo para mim a viagem inteira, não estava triste, solene ou desdenhoso. Ele estava feliz, tranquilo e demonstrava que não gostaria de estar em qualquer outro lugar que não fosse ali comigo. Ele passou o caminho inteiro com a mão quentinha e carinhosa na minha coxa.

Quando chegamos na casa, eu estava congelando. Deixei meu cachecol pendurado na escada. Chris correu para acender a lareira e eu fui até a cozinha para preparar algo bem quentinho para bebermos. Abri o armário e uma latinha de achocolatado quase caiu nos meus braços; atrás dele tinha uma latinha de leite em pó. Peguei duas canecas, enchi de água e coloquei dentro do microondas.

Enquanto esperava a água esquentar, abri a geladeira só por curiosidade. Escutei uma música lenta tocar — era um dos discos do Frank Sinatra da mamãe. Chris abraçou minha cintura e apoiou o queixo no meu ombro. Ele começou a dançar devagarinho comigo ali mesmo. Eu deixei a geladeira aberta e a luz estava iluminando a casa escura.

Bebemos os chocolates quentes de uma vez, desejando que eles fossem a solução para o frio que sentíamos. Ele reclamou que o chocolate estava com gosto de velho e eu lhe dei um tapinha na testa. Quando as canecas estavam vazias, encarei Chris.

— O que vamos fazer?

— O que a gente quiser.

— Eu quero ir à praia. — Olhei pela janela atrás dele e sorri quando vi a neve começando a cair lá fora. — Está nevando!

E fomos para a praia. Vestimos uma porção de roupas e casacos de inverno que encontramos no sótão e corremos pela praia. Eu não parava de escorregar na areia. Caí de bunda duas vezes. Estava gargalhando o tempo todo, mas mal conseguia escutar porque o barulho do vento estava muito alto. Os flocos de neve batiam no meu rosto e me faziam arrepiar. Nós dois deitamos na areia e fizemos anjinhos de neve, sem nos importarmos com o frio.

Quando voltamos para dentro de casa, coloquei as mãos geladas no rosto dele e ele não as afastou para longe.

— Que sensação boa — ele disse, sorrindo. Eu dei risada.

Estávamos só nós dois, sozinhos. E pensar nisso me deixou nervosa de repente. Quando largamos todas as roupas de inverno na entrada da casa, Chris se sentou na poltrona, longe do sofá, onde eu estava. Então percebi: ele também estava nervoso. Chris nunca ficava nervoso.

— Por que você está longe? — Perguntei, sentindo o coração dar várias cambalhotas dentro do peito.

Chris não esperava que eu dissesse isso, já que pareceu surpreso. Mas ele veio até mim e se sentou bem ao meu lado. Cheguei mais perto para sentir o calor do corpo dele.

— Não quero que pense que te trouxe aqui só para...

— Não estou pensando nisso — estalei. Eu não estava pensando mesmo, o pensamento nem cruzou a minha mente.

A verdade era que estava um pouquinho assustada. Não estava assustada com ele, mas com tudo que eu sentia. Às vezes era intensa até demais e só era desse jeito com ele.

— Que bom — sussurrou, e suspirou, inclinando-se para me beijar.

Ele me beijou bem devagar e se estendeu por muito tempo e, mesmo que já tivesse experimentado aquilo outras vezes, desta vez parecia diferente. Ele estava calmo, passando as mãos por baixo do meu cabelo e segurando minha nuca com a palma da mão inteira. Passou pela minha cabeça a ideia de que eu não queria que ele parasse de me beijar nunca. Gostaria de ficar ali para sempre.

Quando espalmei a mão no peito dele, senti seu coração batendo tão rápido quanto o meu. Ele tirou a camisa devagar e quando tirou a minha também, senti um arrepio subir pelas minhas costas quando suas mãos frias as tocaram. Ele estava sendo cuidadoso, como se eu fosse algo muito raro em sua pele.

Ficamos por um tempo, aproveitando cada segundo. Ele era calmo e cauteloso. Eu nunca mais quis sair dali.

Chris caiu no sono primeiro. Eu fiquei com receio de dormir com o fogo da lareira ainda queimando, então esperei as brasas apagarem. Fiquei observando Chris dormir por um tempo. Ele parecia um garotinho com o cabelo caindo na testa e os cílios tocando no rosto. A curvatura do seu rosto fazia uma sombra com as chamas alaranjadas atrás de nós. Quando tive certeza de que ele estava dormindo, me inclinei na sua direção e sussurrei:

— Chris, só existe você. Para mim, sempre existiu só você.

De manhã, quando acordamos bem cedo, lhe dei um beijo na bochecha. Parecia um privilégio simplesmente poder fazer aquilo, beijá-lo sempre que me desse vontade.

Só chegamos no hotel às nove e meia da manhã. Paramos para tomar café na lojinha de tortas na estrada. Pedimos a torta de maçã que sempre comemos, e ele pagou. Quando entrei no meu quarto de hotel mais uma vez, estava com as bochechas todas vermelhas e não sabia se era só pelo frio. Eu guardaria para sempre cada palavra, cada olhar.

i. demorei um mês pra postar capítulo novo? demorei. Trouxe um capítulo bem recheado sem migalhas? com certeza!

ii. Só os inteligentes vão entender todas as referências que eu fiz nesse capítulo!!

iii. estamos na reta final de this love meu deus que tristeza 😭

walkthdead ©️ 2024

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