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𝗧𝗪𝗘𝗡𝗧𝗬 𝗙𝗢𝗨𝗥


Fui traído por aquele
que chamo de amigo.

———— 🌴🍊🥤————

𝒄𝒉𝒓𝒊𝒔'𝒔 𝒑𝒐𝒗

Boston, Massachusetts
December 24, 2023

NINGUÉM CONTOU PARA os meus pais que Maddie tinha passado na casa deles há dois dias atrás, e também foi embora como um furacão. Eles teriam pirado e implorado para saber o que aconteceu — e eu não estava afim de conversar. Para ser sincero, não sei como eles não escutaram nossos gritos naquela noite. Mas, basicamente, inventamos que ela tinha que resolver algumas coisas do trabalho.

Em geral, não saí muito do quarto desde que terminamos. Tínhamos terminado? Ao menos estávamos namorando de verdade? Eu não sabia. Matt bateu na porta do meu quarto algumas vezes, mas eu fingi estar dormindo.

O que mais me destruía era que tinha jurado para mim mesmo que nunca mais a faria chorar, e ela chorou. Ela chorou muito, estava toda vermelha e magoada.

Eu não menti. Tinha ficado com Alice, mas não totalmente. Não da forma que ela tinha imaginado. E eu gostaria de ter tido tempo para explicar, mas ela saiu tão rápido e tão irritada. Eu não coloco a culpa nela, eu também não gostaria de ouvir justificativas.

Eu fui para o quarto de Alice naquela noite, mas ao contrário do que muitos idiotas na internet pensam, não foi para reatar nosso namoro. Na verdade, não deveria ter demorado tanto tempo para ir, mas não sabia o que iria dizer.

Tudo começou quando Nick, Matt e eu fomos ao quarto de Alice para conversar um pouco — ela era nossa amiga, afinal. Ela nos deixou entrar e lá era enorme, muito maior que a nossa suíte. Eu peguei uma latinha de Pepsi da geladeira e me sentei no sofá, escutando os três conversando sobre algo que não prestei muita atenção, já que eu estava mais interessado na bolsa de Alice ao meu lado. Bem, não exatamente na bolsa, mas no que tinha dentro dela. Esperei que ela não estivesse vendo e tirei aquilo da bolsa, guardei no meu bolso.

Eu saí do quarto dela, inquieto. Passei o dia nervoso, sem saber o que dizer ou porquê ela tinha aquilo na bolsa dela. Eu deveria ter a confrontado ali mesmo, talvez me pouparia de um problema muito maior.

Então, mais tarde naquele dia, quando eu já não estava calmo dentro do meu próprio corpo, decidi voltar lá, antes de encontrar Maddie, para que eu pudesse ser despreocupado ao vê-la e não ligar para mais nada além dela.

Eu bati na porta, esperei como se ela tivesse levado um milhão de anos para abrir, mas tenho certeza que só levaram alguns segundos. Ela vestia um casaco preto e calça moletom cinza, estava com uma expressão confusa e sonolenta. Seus olhos brilhavam ao me ver e eu estava borbulhando de raiva.

— Precisamos conversar — disse, solene.

Ela torceu as sobrancelhas, mas me deixou entrar. O quarto dela estava cheirando a comida japonesa e eu tive certeza quando vi uma bandeja de sushi no balcão. Ela obviamente não esperava que eu fosse vê-la no meio da noite assim, tão de repente. Quando ela fechou a porta, tirei a minha foto com Maddie do bolso, o rosto dela fechou no mesmo instante.

Eu sabia que era a foto original, porque atrás estava escrito com caneta preta “C + M = ∞”, e sabia muito bem que ela não tinha aparecido magicamente na bolsa de Alice.

— Você e a Maddie finalmente deram certo? — Ela perguntou, mas eu conseguia sentir sua mentira a quilômetros de distância.

— Pare de mentir, Alice — falei, dando um passo para frente. — Por que você entregou a foto para Simon?

Alice já não parecia mais constrangida, estava toda orgulhosa, sorrindo e firme nos pés. Ela deu dois passos na minha direção, eu recuei dois para trás. Ela continuou se aproximando e eu, desviando, até que não havia mais para onde ir. Ela ficou a alguns centímetros de mim, quase me apertando contra a parede.

— Chris, você acha que eu iria deixar ela ficar com você assim? — Ela falou. — Eu achei que quando estávamos mentindo aquela coisa toda, você tinha percebido o quanto somos bons juntos.

— Não — eu respondi, furioso. — Não somos bons juntos, não vamos ser e nunca fomos, porque eu sempre fui apaixonado pela Maddie. Sempre deixei isso bem claro para você desde o início.

Então tudo pareceu fazer sentido. Ela que tinha dado a ideia de fingirmos um namoro, principalmente porque sabia que isso acabaria com as minhas chances com a Maddie. Eu odiava Alice mais que tudo neste mundo.

— Ah, por favor, não vai me dizer que você não sente falta disso. — Ela sussurrou bem perto do meu ouvido e ficou a menos de dois centímetros dos meus lábios.

Eu não poderia empurrá-la, não poderia fazer nada que pudesse ser dito como violência. Alice era rica, mais rica do que eu poderia imaginar e poderia acabar comigo com muita facilidade se dissesse para seus advogados que a violentei, então não fiz nada.

Ela pegou minha mão e a colocou no quadril dela, eu tentei tirar, mas ela não deixou e me beijou. Eu não retribui, fiquei paralisado. Alice segurou meu rosto, mas eu não aguentei mais. Virei para o outro lado e empurrei ela para longe, tentando ser o mais fraco possível.

— Você é maluca — falei, limpando o lábio na manga do casaco.

Alice deu risada.

— Você não pensa em contar para ela, não é? — Perguntou.

— Não estou pensando, eu vou contar para ela.

Abri a porta, mas Alice a fechou mais uma vez, estava quase se jogando para que eu não fosse embora daquele jeito. Fiquei observando ela, perdido, esperando por um lampejo de remorso pelo que fez, mas claro que não houve nada.

— Se você contar alguma coisa para ela ou disser algo na internet, vou dizer para todo mundo que você e os seus irmãos me estupraram.

Eu quis cuspir na cara dela. Me senti enjoado. Eu não queria que Nick e Matt fossem colocados no meio de uma confusão minha. Eu nunca deveria ter concordado com nada proposto por ela e, se eu pudesse voltar no tempo, mudaria tudo.

Naquela noite, jurei que iria contar para Maddie tudo que tinha acontecido. Mas só iria contar depois, não queria que ela tivesse que se preocupar com nada. Então, quando a vi mais tarde, agi como se nada tivesse acontecido e esperei poder contar quando ela viesse passar o natal comigo.

Estava deitado na cama, segurando a nossa fotografia na mão. Minha cama estava toda bagunçada, meu quarto também. Eu só saía para buscar comida e voltava para dentro, como se estivesse em um ambiente onde ninguém poderia me alcançar.

Alguém bateu à porta, e eu ia fingir que estava dormindo mais uma vez, mas era Zoe ao lado de fora e era um pouco impossível mentir as coisas perto dela. Ela tinha um jeito de arrancar a verdade e de nos convencer de qualquer coisa que eu gostaria de entender como ela conseguia com tanta facilidade.

— Christopher, eu sei que você não está dormindo e eu espero que esteja vestido e decente, porque eu estou entrando — falou do outro lado da porta.

Eu enfiei nossa foto debaixo do travesseiro e sentei na cama. Parecia que eu estava fazendo algo errado, mas estava mais constrangido que outra coisa.

Zoe estava vestindo o sweater de natal antigo do Matt, — era vermelho e tinha a inicial dele no peito — calça moletom cinza e meias de inverno com renas estampadas.

Ela sentou na beira da cama e me olhou não muito contente. Eu fiquei quieto, esperando ela falar alguma coisa.

— Você vai atrás da Maddie ou não? — disse, bem direta.

Quando abri a boca para perguntar a ela como sabia, ela me interrompeu.

— Diana e eu fomos até Cape Cod e ela nos contou tudo — explicou. — E eu sei muito bem que você não é maluco o suficiente para preferir a Alice, quando você quase beija o chão que a Madelyn pisa.

Ela estava sendo exagerada, mas era, em parte, verdade. Eu não era maluco de preferir Alice, isso não estava aberto para debate. Mas algo me prendeu. Eu olhei para Zoe. A casa na praia. Ela estava em Cape Cod. De novo.

— Eu não vou atrás dela, Zoe — disse, indo até o armário. — Você ouviu o que ela disse. Ela me pediu para não ligar, não mandar mensagem, não ir atrás e a esquecer completamente. Eu vou respeitar.

Quando me sentei na cama novamente, vestindo meu moletom laranja, Zoe estalou os dedos na minha testa e eu reclamei, confuso.

— E você acreditou? — Perguntou, quase anunciando para a casa inteira. — Chris, como você achou que ela estava falando sério? Você entende alguma coisa sobre mulheres?

Foi então que percebi o quão idiota eu estava sendo. É claro que era mentira! Como eu não vi isso antes?

Eu suspirei bem alto e cruzei as mãos atrás da cabeça. Peguei o celular e olhei para o relógio, pensando se não chegaria muito tarde em Cape Cod se saísse daqui cinco minutos. Era um pouco mais que dez da noite, chegaria onze e meia.

— Merda, você tem razão — falei, levantando da cama em um único pulo.

Guardei meu celular e a nossa foto no bolso do moletom, como se estivesse atrasado para um compromisso importantíssimo, e revirei minha gaveta para pegar o presente de natal de Maddie. Afinal, ainda era natal. Guardei a caixinha do presente no bolso da calça e olhei para Zoe, que me perguntava o que eu estava fazendo a cada movimento que eu dava.

— Matt! — O chamei.

Matt apareceu abrindo a porta alguns segundos depois. Ele olhou para Zoe com a sobrancelha levantada, ela deu de ombros.

— Você precisa me levar para Cape Cod, tipo, agora — falei todo acelerado.

— O que?

— Eu explico no caminho. Por favor, Matt.

As batidas do meu coração estavam acelerando como um balé esquisito.

Saindo da casa dos meus pais, todos quiseram ir com a gente, mas achei que Matt e Zoe já eram mais pessoas do que eu gostaria que fossem.

Jesus, eu tinha que aprender a dirigir.

Pegamos a estrada. Fomos direto para Cape Cod. As janelas do carro estavam todas embaçadas com o aquecedor. Nós não conversamos muito depois que expliquei tudo para Matt, mas não me importei. Eu estava ocupado demais pensando. Estava pensando na última vez que havia pegado aquela estrada. Só que não tinha sido com nenhum dos dois, e sim com Maddie.

Passamos pela cidade, pela loja de tortas, pelas lojas de prancha de surf, pelo campo de minigolfe que meu pai gostava. Pedi para Matt dirigir o mais rápido que conseguia, mas ele fazia o que podia com a pista escorregadia pela neve. Estávamos quase chegando.

Senti um aperto no coração quando vi o carro dela na entrada da casa. Ela estava realmente lá. Eu saí do carro feito um raio e fui correndo em direção à casa. Matt e Zoe ficaram no carro, acho que não queriam atrapalhar. A casa estava exatamente igual à última vez.

Maddie nunca trancava a porta de vidro que dava para o quintal, então dei a volta e corri para o fundo da casa. Eu estava congelando, mas não dei importância. Quando deslizei a porta e pulei para dentro da casa, Maddie estava sentada no sofá da sala. Ela estava vestindo um sweater de lã e calça de natal, estava com o nariz vermelho pelo frio.

Ela piscou algumas vezes, segurando uma caneca de chocolate quente nas mãos.

— O que você está fazendo aqui?

— Estou aqui para te explicar tudo e, se no final você ainda decidir que nunca mais quer olhar para a minha cara, eu vou embora — disse, me esforçando para parecer tranquilo, relaxado.

Maddie colocou a caneca na mesa ao lado do sofá e veio até a mim, balançando a mão, como se dissesse que aquilo não importava.

— Eu não quero saber, Christopher.

Christopher. Ela não me chamava assim há muito tempo e foi como se tivesse me apunhalado no peito.

— Você precisa me ouvir, Maddie. Por favor, eu te peço dez minutos.

Vi ela engolir seco, pensar por um breve instante e, então, balançar a cabeça. Ela sentou no banco da cozinha, bem distante de mim. Eu a respeitei, permaneci distante como ela queria e comecei a contar.

Contar tudo em voz alta era muito mais difícil do que eu esperava. Ver a expressão perturbada no rosto dela, também. Tudo parecia estar mais congelante, mesmo que o aquecedor e a lareira estivessem ligados.

Acho que passei dos dez minutos que prometi, mas ela não pareceu perceber.

— Bem, não estou me colocando como inocente, eu provavelmente deveria ter feito algo para impedir — falei, um pouco desconcertado. — Eu ia te contar, mas estava esperando um momento melhor, não queria estragar aquela noite. Foi a melhor noite da minha vida…

Maddie, que estava presa na foto nas mãos dela, a largou em cima do balcão e me abraçou. Eu tomei um susto quando escutei ela chorando baixinho no meu ouvido, mas a segurei nos braços como se nunca mais quisesse que ela fosse embora, e não queria mesmo.

— Eu sinto muito que isso tenha acontecido com você — murmurou, afundando o rosto no meu peito. — Eu me sinto uma idiota.

— Ei, não — falei, passando os dedos no cabelo dela. Ela olhou para mim e eu sequei suas lágrimas com meus polegares. — Você não precisa se sentir assim, você tinha todos os motivos do mundo para reagir da forma que reagiu.

Passamos mais um tempinho juntos. Ela me pedia desculpas dezenas de vezes e eu repetia que não era culpa dela mais algumas dezenas de vezes. Quando ela já tinha parado de chorar, e eu não estava mais tão nervoso, olhei o relógio na parede e ele marcava um pouco mais de meia-noite. Tirei o presente dela do bolso e a estendi a caixinha.

— Feliz natal, Maddie — sussurrei e dei um beijo em sua bochecha.

Parecia um privilégio fazer isso, beijá-la quando me desse vontade.

Ela sorriu, surpresa, e rasgou o papel de embrulho com viscos estampados. Era uma caixinha verde-água da Tiffany. Enquanto ela abria, senti ansiedade como se eu estivesse recebendo o presente. Ela tirou o colar dourado de lá e o segurou no alto. A peça tinha um símbolo do infinito no pingente.

— Isso é… perfeito. — Maddie parecia sem palavras e eu estava satisfeito.

Maddie me abraçou e eu pendurei o colar no pescoço dela logo depois. Ela estava sorrindo, segurando o pingente na mão e beijou todo o meu rosto daquele jeitinho engraçado dela. Eu dei risada e a beijei.

— Eu sei que o colar não é um anel, mas quis que fosse algo importante para nós dois. Eu quero só você aqui, agora e para sempre.

Puxei uma corrente de dentro do meu moletom e deixei que ela visse que tinha o mesmo pingente. Maddie parecia que não sabia parar de sorrir.

— Eu não quero esconder mais nada. É você que eu quero, sempre foi — falei.

— Sempre foi você.

i. eu amo tanto caddie q acho q preciso deles pra respirar.

ii. gente... dois capítulos pra terminar this love como assim 😭

iii. estão preparados para a fic do matt?

walkthdead   ©️    2024

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