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𝗧𝗛𝗥𝗘𝗘

Nunca deixem Chris
e eu sozinhos novamente.


———— 🌴🍊🥤————

Cape Cod, Massachusetts
June 18, 2022


NAQUELA MANHÃ, DESCI o café da manhã pela goela e corri para alcançar minha mãe na porta de casa. Os Sturniolos ficavam a duas casas da nossa. Passei o caminho apertando os lábios entre os outros, sentindo o gosto do hidratante labial de cereja que passei antes de sair de casa. Me perguntei se meu perfume cheirava doce demais, mas se minha mãe não comentou nada, imaginei que não.

Na porta da casa 79, nem precisamos bater na porta. Mary Lou tinha o costume de deixar a porta da casa aberta, dizia que seu lar seria o lar de todos e que gostava de receber visitas. Eu a amava. Por mais que não fossem tantos verões passados juntos, tinha uma imagem extremamente positiva dela.

Mary Lou estava passando pela porta da cozinha assim que nos viu. Seu rosto inteiro se iluminou, um sorriso gigante contornou seus lábios enquanto ela puxou minha mãe para um abraço. Depois foi minha vez. Ela me envolveu num longo abraço, consegui sentir o cheiro do shampoo cheiroso que ela usava desde que a conheci, que agora acertou minha memória com nostalgia. Segurando meu rosto com as duas mãos, ela falou:

— Por Deus, como você cresceu, Madelyn! — sorriu, genuinamente encantada. — Ela está maravilhosa — sussurrou para minha mãe como se fosse um segredo. Eu ri, envergonhada.

Fiquei por um minuto parada ao lado das duas, ouvindo-as começando uma conversa que se estenderia por horas. Devagarinho, passei por elas, seguindo o caminho até a sala. A casa deles tinha uma janela gigante que a vista era completamente tomada pela imensidão azul do mar. Lembro-me das inúmeras vezes que cochilei naquele sofá em frente a janela depois de uma manhã inteira na praia.

Nick deu um pulo assim que me viu.

— Meu Deus! Não acredito que é você — ele pulou do sofá com um sorriso. — E aí, Maddie?

— Nick! Não imaginei que fosse lembrar de mim.

Matt pareceu levar um tempinho para buscar no fundo da memória quem eu era de fato. Quando Nick disse meu nome em voz alta, parecia que uma lâmpada se acendeu no topo de sua cabeça.

— É claro que a gente ia lembrar da primeira garota que o Chris teve uma quedinha — Matt levantou-se do sofá e sorriu para mim. Arregalei os olhos. Até parece.

Nick deu uma risada, parecia ser algo que eles usavam para tirar sarro de Chris. Ou não. Eu provavelmente nem era citada naquela família desde o nosso último verão juntos. Há dez anos atrás. Me surpreendia Nick e Matt ainda lembrarem da minha existência, da garotinha que pegava conchas na beira do mar e levava para casa dizendo que era uma sereia.

— Chris está no porão. Acho que ele estava jogando Mario Bros ou algo do tipo — Nick anunciou, pegando uma latinha de Dr. Pepper que descansava na mesa e dando um gole. Eu balancei a cabeça.

Uma coisa sobre porões em casas de verão: eles nunca vão ser como os porões comuns. Eles têm janelas com uma visão completa da praia. São mais como um quarto no andar debaixo. E na casa deles realmente era, mas eles não o chamavam assim.

Desci os degraus. Antes mesmo de entrar no porão, senti a luz forte que vinha da janela acertar meu rosto. Murmurei, usando a mão para cobrir meus olhos. Pisei no último degrau, virei o olhar para Chris. Ele estava sentado no sofá em frente a TV. Seu corpo relaxado, o controle do Wii descansando no abdômen e seu celular na mão enquanto deslizava os dedos pela tela. Ele não percebeu que eu estava ali até que disse algo.

— Oi, Chris — falei, minha barriga ficou fria. Senti que estava de cabeça para baixo em uma montanha-russa.

Que merda, por que eu não lembrei que ele era tão bonito quanto nas fotos do Instagram? Mesmo nos vídeos do YouTube quando ele agia como uma criança, arrotando e falando besteiras a cada um minuto.

Ele levantou os olhos do celular. Ele ergueu uma sobrancelha e me olhou de cima a baixo. Ele abriu a boca para responder, parecia indiferente.

— Oi — ele respondeu de volta e voltou a olhar o telefone.

Só isso? Eu sabia que o Chris antigo não tinha mudado. Pelo menos não comigo. Não sei o que eu fiz para que ele me odiasse tanto, mas pelo menos achei que isso fosse mudar agora que somos mais velhos.

Fingi que precisava ir ao banheiro — agradeci ao universo por não ter um lavabo no andar de cima, assim minha mentira poderia ser bem feita — e me tranquei ali. Tirei o celular do bolso e meu primeiro instinto foi mandar mensagem para Zoe.

maddie 🧡
oi
dei oi pro chris e dps me
tranquei no banheiro pq
pareceu q ele tava ameaçando
minhas próximas cinco gerações
só porque tive uma pequena
interação com ele, o que eu deveria
fazer?
opção A: me afogar nessa privada
opção B: sair correndo e me trancar
em casa

zoe cadela <3
acho que opção A amiga
vai fazer um favor pra todos 😍

maddie 🧡
zoe me ajuda pelo
amor do bom jesus

zoe cadela <3
vou contar pra sua sinagoga
que você tá usando nome de jesus
tá mas agora voltando ao problema
espera
há quanto tempo você tá presa nesse
banheiro, madelyn?

maddie 🧡

uns cinco minutos

zoe cadela <3
KKKKKKKKKKK ele deve
achar que você tá se cagando
vaza daí sua burra

maddie 🧡
MEU DEUS VERDADE
TCHAU

Read 11:23 AM

Quando saí do banheiro, Chris já não estava mais sentado no sofá. Subi os degraus e pareceu que todos os olhares caíram em mim no segundo em que pisei na sala de jantar. Olhei para Chris, mas ele era o único que estava focado na tela do seu celular. Estavam todos em volta da mesa. Mary Lou me chamou com um sorriso.

— Vocês se lembram da Madelyn e da Monica, não lembram, meninos? — perguntou Mary Lou, passando a mão no comprimento do meu cabelo.

Matt e Nick concordaram em uníssono. Eu me lembro que eles costumavam fazer isso sempre. Sempre diziam a mesma coisa ao mesmo tempo ou se moviam na mesma fração de segundo. Era engraçadinho de ver.

— Não — falou Chris. Ele desligou o celular e o deixou em cima da mesa. Ele levantou o olhar, mas não ousava olhar para mim.

Não? Acho que me tomei pela expectativa de que ele fosse se lembrar de mim quando Nick e Matt me cumprimentaram com tanta alegria, como se o ponto mais alto do verão fosse me ver novamente. Então o jeito como me olhou a alguns minutos atrás era apenas indiferença, não raiva.

— Como não? Você passou todos os verões fazendo a vida dela um inferno — Nick riu e olhou para mim. Eu dei uma risadinha, embora sentisse as bochechas ficarem vermelhas.

— Foi mal, eu não lembro — Chris deu de ombros. Ele me olhou por um instante, eu o olhei de volta. Mas durou pouco tempo.

Não vou mentir, me senti um pouquinho incomodada. Como ele não se lembrava de trazer o inferno até a mim por três verões seguidos? Eu gostaria de não me lembrar de tudo aquilo. Éramos só crianças, eu não deveria ligar se ele não se lembrava de mim.

— Vocês vão à praia também? — perguntei, procurando mudar de assunto.

— Eu adoraria, Maddie, mas temos que dar uma passada no centro. Voltamos antes de escurecer, podemos te encontrar lá. O que acha?

Balancei a cabeça, tentando não parecer decepcionada. Abri um sorriso e disse:

— Sem problemas, nós esperamos vocês lá.

— Na verdade, filha — mamãe começou, levantando-se da cadeira. — Acho que vou dar uma volta com Mary Lou no centro também. Zoe não vai te encontrar lá?

— Não, ela está ocupada hoje. Nem sei o que foi fazer — bufei. Não gostava de ir à praia sozinha, mas também não gostava de não ir à praia. Então me contentei.

Mary Lou checou o relógio em seu pulso e arregalou os olhos. Ela pegou a bolsa de cima do móvel e as chaves do carro, rapidamente.

— Droga, temos que ir rápido. É domingo, as lojas vão fechar logo. Nem percebi quão tarde era — disse com rapidez, descendo um óculos escuro para os olhos. — Vamos, meninos. Maddie, fique à vontade como sempre. Logo estamos de volta.

Os meninos pularam da cadeira, me deram um aceno rápido e saíram pela porta branca de entrada. Minha mãe me puxou para perto e me deu um beijinho na cabeça, antes de segui-los. E ali eu estava, sozinha na casa dos Sturniolos. Imediatamente me perguntei onde Jimmy estava. Provavelmente jogando golfe no clube.

Caminhei até a praia uns dez minutos depois. Parei em casa para pegar uma canga seca e alguns salgadinhos. Estando a alguns metros de onde a água do mar chegava ao seu limite, estiquei minha canga com estrelas do mar laranja estampadas, tirei meu short jeans e o blusão que tinha o desenho de uma carinha chapada no meio — o que era controverso, já que nunca tinha fumado.

Corri até o mar. Furei a maior onda enquanto sentia a água gelada cortar qualquer resquício de sono que ainda havia em mim. Eu gostava de ficar na água até minhas pernas ficarem cansadas de me manterem flutuando. Quando eu nadava sozinha, era, em parte, terapêutico. Parecia que só existia eu no mundo, mesmo que houvesse algumas pessoas espalhadas pela praia. Minha ansiedade se acalmava, parecia que o mar estava levando tudo que um dia já me preocupou.

Quando finalmente saí da água — Zoe costumava brincar que eu era filha de Poseidon, o que é uma besteira porque eu sou obviamente do chalé 10 —, fiquei deitada igual uma estrela do mar na canga, esperando o sol secar meu corpo. Troquei algumas mensagens com Zoe, mas todas eram monossilábicas. O que quer que ela estivesse fazendo, estava realmente ocupada.

Comi alguns salgadinhos de queijo que trouxe, bebi água, retoquei meu bronzeador, li mais algumas páginas de “Os sete maridos de Evelyn Hugo” — meu livro preferido, que estava lendo pela quinta vez — e ainda nada da minha mãe ou dos Sturniolos. Olhei em volta inúmeras vezes para ter certeza de que não estavam em outro lugar. Cheguei a caminhar até às pedras que ficavam do outro lado da praia, apenas para passar o tempo, e quando voltei, nada. Quando o sol estava se pondo, decidi parar de esperar. Juntei minhas coisas e caminhei de volta para casa.

Lembro-me de ter fechado a porta da casa deles antes de sair, e assim ela havia continuado. Entrei novamente, apenas para ter certeza de que ninguém estava em casa. Tudo estava apagado, não ouvia nenhum barulho. Liguei a luz da cozinha para enxergar melhor, mas não tinha nada para ver. Ninguém estava em casa.

Tomei consciência da secura em meus lábios, então puxei minha garrafinha de água da bolsa, resmunguei quando lembrei que esqueci de pegar da areia. Comecei a procurar por um copo. Abri alguns armários, mas em nenhum deles achei a droga do copo. A este ponto, eu topava beber em uma mamadeira se fosse necessário. Eu estava morrendo de sede.

— Os copos ficam no armário em cima da pia — disse Chris, entrando na cozinha —, se é isso que está procurando.

Senti o corpo gelar. Há quanto tempo ele estava ali? Não importava. Afastei o pensamento. O assisti abrir o armário sobre a pia e me entregar um copo de vidro.

— Obrigada — agradeci, sem saber muito bem o que falar depois.

Ele fez um aceno com a cabeça e abriu a geladeira, pegando uma das dezenas de latinhas de Pepsi de lá. Ficamos em um silêncio extremamente desconfortável que eu apenas desejava que acabasse. Ele abriu a latinha e o som do gás sendo liberado era o único barulho ali. Eu estava começando a ter dor física do quão sem graça eu estava.

— Onde estão os outros? — perguntei, feliz por não ter dito algo idiota.

— Foram ao mercado comprar coisas para o jantar — ele deu um gole no refrigerante. — Eu quis voltar.

Balancei a cabeça, concordando. O que eu falo agora? Ele não me deu espaço para dizer mais nada, pois atravessou a porta da cozinha e seguiu até a sala. Eu fiquei parada por alguns instantes, então me lembrei porque estava na cozinha. Bebi a água e deixei o copo no escorredor.

Quis parecer que estava indiferente, assim como ele. Então tirei o celular do bolso dianteiro dos shorts, sentei no sofá do outro lado da sala e fingi que estava mexendo em algo bem importante no celular. O que na realidade era uma mentira, estava deslizando pelos meus aplicativos inúmeras vezes, já estava ficando tonta.

— A praia estava boa? — ele perguntou, mas não tirou os olhos do celular.

— Uhm… sim — respondi. — A água estava ótima. Esperei por vocês, mas vocês não foram.

— Eu fui te encontrar, mas não te vi. — O vi desligar o celular, mas seus olhos estavam na vista da janela agora.

Me levantei do sofá, não sei exatamente porquê, guardei o celular de volta no bolso e parei na janela ao lado da dele. Fingi estar observando algo no mar, até que realmente avistei algo. Uma luz roxa e brilhante estava colorindo uma área específica da água. Sem pensar, perguntei:

— O que é aquilo? — Apontei como uma criancinha descobrindo algo novo.

Ele ergueu o corpo minimamente, espiou o que eu apontava, deitou no sofá mais uma vez e respondeu sem muita emoção:

— Deve ser algo para os barcos. — Então me senti estúpida por como esperava ser uma resposta diferente e mais divertida.

— Ou uma sereia. — Por que, Madelyn? Por que? Sorte sua que está escuro, ou ele vai ver o quanto o seu rosto está vermelho agora.

Ele riu. Senti minha barriga ficar fria, mas não de nervoso. Eu o fiz rir pela primeira vez. Ele estava rindo comigo, não rindo de mim. Então, sem me aguentar em guardar a pergunta, indaguei:

— É sério mesmo que você não lembra de mim?

Ele balançou a cabeça. Pareceu um pouco sem graça por não saber, como se realmente fizesse um esforço para se lembrar. Eu soltei uma risadinha, ainda um pouco surpresa.

— Como você não lembra? Você me cutucava, corria atrás de mim, destruía meus castelinhos de areia, me tacava na piscina de roupa e tudo — comecei a falar, mas me interrompi. Senão ficaria a noite inteira listando o que fez.

Ele riu. De novo. Não sabia dizer muito bem o que o som da risada dele causou em mim, mas era perfeito.

— Desculpa — ele sorriu. Então aqueles olhos que estavam presos no celular anteriormente, pareciam esquecer da existência daquele objeto. Ele estava focado em mim.

— Eu te odiava. De verdade — sorri, lembrando de como éramos bobos. — Mas não te odeio mais, eu prometo. Posso sentar? — perguntei, apontando para o lugar vazio no sofá ao lado dele.

Ele apenas balançou a cabeça e me deu um pouco mais de espaço. O sofá era mais como uma cadeira de massagem mais larga, cabia apenas duas pessoas no máximo.

Então começamos a conversar. Conversamos civilizadamente. A Maddie de seis anos nunca iria acreditar nisso. Chris mostrou alguns vídeos que apareceram na For You do TikTok dele e rimos juntos. Em certo momento da conversa, mencionei o canal deles. Ele começou a contar sobre tudo que eles tinham alcançado e o quão animado estava com tudo aquilo. Me peguei sorrindo várias vezes.

— O que foi? — ele perguntou.

— Como assim?

— Por que está me olhando assim?

— Assim como? — Eu sabia exatamente como. Como uma boba, sorrindo igual uma pré adolescente tendo seu primeiro crush de uma série.

Ele sorriu também. Seus olhos estavam nos meus. O fato de estarmos tão perto me deixava um pouco nervosa, mas não tinha para onde correr. Eu engoli seco, e o que me tirou do transe foi o som da porta abrindo. Nick entrou em casa, comentando sobre algo, incrédulo. Algo sobre uma atendente mal educada no drive-thru. Nick parou, olhou para nós dois, levantou a sobrancelha e disse:

— O que os dois estavam fazendo sozinhos no escuro? — ele trocou um olhar com Matt, aquele que já estava soltando uma risadinha.

— Cala a boca, Nick — Chris levantou do sofá sem mais nem menos, como se esquecesse que eu estava ali. — Trouxeram mais Pepsi?

— Você não comprou mais duas caixas hoje? — perguntou Nick, passando uma das sacolas para Jimmy, seu pai.

— E daí?

O jantar daquela noite foi delicioso. Jimmy, Mary Lou e minha mãe fizeram uma panela enorme de caldo apimentado com frutos do mar. Era cheio de camarão, patas de caranguejo, mariscos e lula. Eu amava. Mary Lou sabia que eu amava, por isso fez especialmente para mim.

Minha mãe e ela começaram a contar algumas histórias de quando eu e os meninos éramos crianças. Os três riram, concordando que seria algo que eles fariam. Era bom relembrar de tudo de novo. Chris parecia sem graça toda vez que as coisas que ele fazia comigo quando éramos pequenos vinham à tona. Ele não me olhou o jantar inteiro.

Depois do jantar, minha mãe já tinha voltado para casa, Mary Lou e Jimmy tinham subido para dormir, eu e os meninos estávamos jogando Mario Bros no porão, até que Nick e Matt cansaram e subiram para seus quartos. Apenas Chris e eu sozinhos no andar debaixo.

— Acho melhor eu ir, também — falei, levantando do sofá.

— Ah, não. Eu estou sem sono, vamos ver um filme — ele falou, trocando o Wii pela Netflix na TV. — Nada de terror ou romance, por favor.

Eu ri e me sentei ao seu lado novamente. Peguei o controle da mão dele e procurei “Gente Grande” no catálogo. Cliquei para assistir e Chris comemorou quando viu o título.

— Tem uma festa na praia amanhã à noite, você deveria ir — ele disse. — Eu nem estava tão afim, mas meu amigo, Nate, disse que eu deveria sair mais de casa. Ele está vindo para cá amanhã, inclusive.

— Ah, eu lembro dele — comentei, sem tirar os olhos da TV.

— Lembra? — Ele olhou para mim, então o olhei também.

— Sim. Foi o único verão que você saiu um pouco do meu pé. Você esqueceu um pouco da minha existência, porque vocês não se desgrudaram.

Chris deu uma risadinha. Ele balançou a cabeça concordando, provavelmente achou a cara dele fazer algo assim. Eu voltei a atenção para o filme, mas ele continuou me olhando por uns segundos.

Nós assistimos o filme sem dizer muita coisa. Às vezes eu fazia um comentário, então ele. Rimos algumas vezes. Chris se aproximou um pouco mais de mim. Em um momento, o olhei, mas ele já estava me olhando. Eu sorri, ele sorri de volta. Agora estávamos próximos demais. Meu corpo estava formigando, fervendo. Aquilo me deixava nervosa. Ele engoliu seco e aproximou seu rosto do meu. Eu me inclinei, mas meu celular começou a tocar, me impedindo de cometer qualquer estupidez que fosse. Me afastei em um pulo, ele também.

— Oi, mãe — atendi o celular. Evitei o olhar.

— Venha logo para casa, Madelyn — ela disse com uma voz sonolenta.

— Tudo bem.

Desliguei e guardei o celular no bolso. O olhei envergonhada, mas tentando levar numa boa. Não sabia o que dizer, mas ele disse algo primeiro.

— Você vai lá?

— Vou. Até amanhã, Chris. — O lancei um sorrisinho e subi as escadas com rapidez.

Saí da casa dos Sturniolos. Comecei a caminhar de volta para casa com a mão na testa, me perguntando que merda tinha acabado de acontecer. Depois um sorriso começou a crescer nos meus lábios e eu dei uma risadinha antes de entrar em casa.

Meu corpo gelou quando abri a porta.

— Surpresa! — Zoe gritou, apontando para Diana de forma teatral.

— O quê?! Não acredito! — Eu corri até ela e a abracei. Iria completar um ano que eu não a via. Eu estava morrendo de saudades. — Suas ridículas, agiram pelas minhas costas.

Quando subi para o meu quarto, Zoe e Diana já se esparramam na minha cama, fofocando sobre algum youtuber que Di havia conhecido e achado bonitinho. Eu dou uma risadinha antes de fechar a porta do banheiro e tomar um banho quentinho e tentar não pensar no Chris. No caso, eu só tomei banho.

Quando contei para as duas o que tinha acontecido, elas deixaram o queixo cair e me pediram detalhes. Tive que cobrir a boca das duas, assim não acordariam minha mãe no quarto ao lado. Elas só me deixariam dormir se eu contasse tudo, com os menores detalhes possíveis. Mencionei sobre a festa na praia na próxima e sobre Nate vir para Cape Cod também. Diana quase pulou na cama.

— A gente tem que ir para essa festa — dizia Diana, animada como se fosse a melhor notícia de todas.

Zoe ainda estava presa no meu quase-beijo com o Chris, parecia estar mais incrédula do que eu.

— Amiga, ele tá caidinho por você!

Fomos dormir juntas na mesma cama. Nós nunca colocamos um colchão no chão para uma de nós. Se fosse um girls night, iríamos dormir todas juntas. Para ser honesta, demoramos para dormir. Zoe e Diana estavam tão surpresas quanto eu e ficamos conversando até às três da manhã. Meu Deus, eu quase beijei o Christopher Sturniolo.

i. tão achando bom demais pra ser verdade? pois estão completamente certos.

ii. o tamanho do capítulo ave maria

iii. daqui pra frente é só pra trás viu ☺️

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