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𝗙𝗢𝗨𝗥𝗧𝗘𝗘𝗡

Quando finalmente
sei dizer o que sinto
por você.

————🌴🍊🥤————

Los Angeles, California
June 25, 2023

AS GRAVAÇÕES DA série já estavam acontecendo há uma semana. Eu tinha que acordar todos os dias por volta das seis da manhã, passar no ‘Starbucks’ para comprar um expresso e correr para o estúdio. Eu encontrava com Alice todos os dias, participava de cenas com ela toda manhã, tarde e noite. Gostaria de dizer que já estava acostumada em tê-la por perto, mas ainda me assustava toda vez.

Alice sempre levava donuts coloridos com recheios docinhos para a equipe. Não sei dizer exatamente porquê, mas nunca os comia — mesmo que estivesse salivando para comer um. Me sentia esquisita em aceitar qualquer gentileza que viesse da namorada do garoto que já estive apaixonada. Toda vez que a vejo, sinto como se ela soubesse sobre meus sentimentos por Chris, sobre o verão passado; isso me deixa ainda mais aflita.

Eu sempre chegava no meu camarim à noite, quando as gravações do dia estavam encerradas. Estava gravando todos os dias até o céu tornar-se escuro, iluminado por pequenas estrelas como se fossem grãos de areia sobre mim. Entrava segurando uma garrafa de suco verde na mão, vestindo um dos figurinos e com maquiagem no rosto.

Vesti minhas próprias roupas e mantive a maquiagem no rosto, já que estava bonita demais para colocar outra por cima. Estava juntando meus pertences na bolsa quando escutei três batidas na porta. Gritei para que entrasse. A porta foi aberta e lá estava ela, Alice entrava no meu camarim.

— Oi! — ela falou, fechando a porta atrás de si.

— Oi — respondi, forçando o sorriso mais convincente que podia a ela. Eu detestava tudo aquilo tanto quanto detestava não poder ir à praia. — Precisa de alguma coisa?

— Não — disse com um tom casual, permanecendo em frente à porta, sem nem mover um músculo. Acho que ela se sentia tão desconfortável quanto eu. Ou talvez não, talvez fosse tudo na minha cabeça. — Só queria perguntar se você vai ao fliperama hoje.

Claro que eu vou, eles são meus amigos, Alice. Isso era o que eu queria dizer, mas apenas respirei fundo, pendurei a bolsa no ombro e disse com calma:

— Sim. Você vai? — perguntei de volta. Não havia motivo algum para que eu não gostasse dela, mas não conseguia gostar.

— Vou. Ia te oferecer uma carona até lá. Você quer?

— Não — recusei. Talvez tenha soado um pouco rude, mas em hipótese alguma eu entraria em um carro com ela. — Briney já está vindo me buscar. Obrigada.

Alice comprimiu os lábios e assentiu.

— Tudo bem. Te vejo daqui a pouco, então. — Ela saiu do camarim e eu permaneci olhando para aquele lugar que ela estava, como se ainda estivesse ali falando comigo.

Depois de uns dez minutos, Briney me ligou, avisando que tinha chegado. Eu deixei o camarim, me despedi de alguns funcionários do estúdio que ficavam até tarde limpando e corri para alcançar o carro. Kyle estava no banco de trás, apoiado nos dois bancos da frente, igual uma criança. Entrei, dei um beijinho na bochecha dele e quando Briney se inclinou para me beijar, desviei para sua bochecha também.

A verdade era que tinha convidado Kyle para o fliperama, pois sabia que não aguentaria sem ele. Chris de um lado, Briney do outro. Eu teria uma úlcera e não suportaria nem mais um segundo. Me sentia terrível por isso.

— Foi tudo bem hoje? — Briney perguntou, seu maxilar rígido, o olhar preso na rua. Ele estava incomodado.

— Sim — respondi, olhando para ver se iria sorrir para mim ou algo assim. Ele permanece da mesma forma, apertando as mãos no volante.

— Nada de donuts coloridos? — Kyle dá risada. Tenho que olhá-lo por cima do ombro para fazê-lo calar a boca.

Briney não sabia sobre meu incômodo com Alice. Se soubesse, ficaria chateado e com razão. Não haveriam maneiras de explicar a ele que não gostava de comer os donuts que ela levava a equipe apenas por não me sentir confortável em aceitar qualquer gentileza dela, só por ser a namorada de Chris. Então, nunca o contei. Não precisava contar. Aquilo não significava nada.

— Donuts coloridos? — ele perguntou, desta vez ele me olhou. O maxilar já não estava rígido e o olhar parecia mais suave.

— Ah, são uns donuts muito doces que tem no estúdio para comermos no intervalo. Me deixaram enjoada da última vez que comi — menti, procurando parecer o mais tranquila possível. Acho que consegui, já que o vi dar uma risadinha.

Passamos o caminho inteiro meio quietos, meio jogando conversa fora. Estava me deixando agoniada o quão indiferentes e desconfortáveis estávamos agindo, então liguei o rádio. Kyle e eu começamos a cantar juntos e tudo pareceu mais fácil, mais tranquilo.

Observei as luzes coloridas e fortes do fliperama se aproximando, conforme Briney dirigia. Quando desci do carro, notei o quão abafado estava — diferente do carro, que estava com o ar condicionado na temperatura mais baixa. As luzes vermelhas e amarelas coloriram os cachinhos de Kyle, era uma graça.

Já conseguimos ver da janela que o lugar estava quase completamente vazio, o que era perfeito; não queria lidar com fotos minhas em páginas de fofoca no dia seguinte. Quando entramos, o ar condicionado do lugar nos acertou bem no rosto. As músicas dos brinquedos se misturavam em uma só, junto da que tocava nas caixas de som espalhadas por todo o fliperama.

De longe, ouvi a voz de Nick do outro lado do fliperama. Ele gritava, dizendo que Matt estava trapaceando, seja lá o que estivessem jogando. Apenas segui suas reclamações até encontrá-los. Diana soltou um gritinho quando me viu e me abraçou como se não me visse há séculos.

— Finalmente! — Diana exclamou. — Não aguentava mais ficar perto desses casais. Estava quase fingindo namorar o Nick.

— Tempos difíceis para os web-namorados — provocou Zoe, me dando um abracinho.

— Espero que você e o Matt se sufoquem quando estiverem se beijando, Zoe Gilmore — Diana fez careta, então cumprimentou Kyle e Briney.

Eu conseguia ver a forma como Chris olhava para Briney. Ele o olhava sem fazer questão de esconder que não gostava dele. Será que eu estava agindo da mesma forma com Alice? Mas Chris nunca gostou de mim da mesma forma que gostei dele, talvez os motivos fossem diferentes.

Apresentei Kyle ao Nick e me dei conta de que nunca se conheceram, além das menções que fazia dos dois nas nossas conversas. Os dois conversavam como se já se conhecessem há anos, davam risada como se fizessem aquilo todos os dias.

Eu estava detonando Diana em um jogo de tiro, depois dela implorar a Briney para tomar seu lugar, quando Chris e Matt surgiram atrás de nós, eufóricos e animados.

— Eles têm laser tag aqui! — exclamou Matt, trazendo minha total e completa atenção a ele.

Eu e os meninos jogamos laser tag quando éramos pequenos, uma das únicas vezes que fomos ao calçadão no centro da cidade. Lembro-me vagamente de termos dividido entre duplas, Nick e eu; Matt e Chris. Matt e Chris venceram e eu chorei porque queria ter ganhado.

— Eu sonhei com o dia que ia me vingar de vocês! — falei, segurando os ombros de Matt ao olhar no fundo dos seus olhos. — Vocês vão comer poeira.

— Desde quando já jogamos laser tag juntos? — perguntou Chris, erguendo uma sobrancelha.

— Chris, você tem memória de peixe — disse Nick, surgindo atrás dele com Zoe e Alice. — Mas disso você já sabe, Maddie.

Fomos apressados até a arena, onde o funcionário nos entregou os coletes e as armas de laser. Estava animada, adorava jogos e sempre gostava de ganhar. Quem não gostava de ganhar? Eu sempre fui competitiva, assim como os meninos. Desta vez não iria chorar, iria vencer.

— Certo, vamos fazer o seguinte: — falei, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo. Jesus, estava quente demais até com o ar condicionado ligado. — Meninos contra meninas, da maneira clássica.

— Nosso time vai ser maior — falou Chris, me olhando de cima a baixo. — Tem certeza de que já quer se contentar com a derrota, Madelyn?

— Não se preocupe, Christopher. Nós vamos ganhar sem problema algum — provoquei de volta. Eu estava com aquele sorriso competitivo no rosto e ele também. Que merda, ele estava sorrindo para mim.

Me salvando dos pensamentos que me levavam ao sorriso de Chris, Diana interveio:

— Amiga, quem são esses “nós” que você está falando? Se depender de mim a gente perde.

— Que belo time você tem — ironizou Chris antes de entrar na arena, sua camisa laranja brilhou com a luz negra quando entrou.

Nos espalhamos pela arena, eu e as meninas bolamos um plano e seguimos com ele. Eu adorava aquela sensação que a adrenalina me causava, aquele fervor no corpo e a ansiedade e o medo combinando ao mesmo tempo. Era uma sensação incrível, como se eu fosse poderosa e qualquer coisa que fizesse seria facilmente executada. Me sentia da mesma forma quando apostava para ver quem nadava mais rápido e eu sempre ganhava.

As máquinas de neblina eram acionadas em certo ponto, dificultando a visão. A música alta não nos ajudava a ouvir os oponentes perto de nós, tudo ali era feito da melhor forma e mil vezes melhor de como me lembrava da arena do calçadão.

Os meninos começaram com mais vantagem, marcaram dez pontos em cerca de doze minutos, nós marcamos sete. Quando faltava apenas dois minutos para a partida encerrar, estávamos empatados. Eu iria ganhar aquilo. Mesmo com a música alta, tudo parecia quieto demais.

Observei a sombra de um dos meninos por cima do ombro, os baixos níveis de luz não me permitiam ver quem era com certeza. Iria continuar o jogo de qualquer forma.

Atravessava entre duas paredes, procurando ser o mais quieta possível. Olhei para o relógio no teto, o tempo estava acabando. Foi aí que tropecei no escuro e caí no chão. Coloquei a mão no meu tornozelo, enquanto reclamava de dor.

— Que merda! — Xinguei, massageando o tornozelo.

— Você está bem? — falou Chris. Então Chris era quem estava entre as sombras.

— É o meu tornozelo — falei, apertando os olhos.

Ele abaixou ao meu lado e me olhou. Ele parecia genuinamente preocupado, seus olhos azuis escaneavam meu rosto. Quando suas mãos tocaram meu tornozelo, peguei a arma do chão e acertei a luz azul que brilhava em seu colete. Um ponto foi marcado para o meu time no placar, a campainha alta ecoou na arena para sinalizar o fim do jogo e as luzes foram acesas. Eu sorri, orgulhosa.

Chris me olhou como se estivesse envergonhado de ter demonstrado preocupação. Eu estava feliz de fazer ele de bobo, mesmo que só um pouco.

As meninas apareceram atrás de mim, comemorando. Eu fiquei de pé e comemorei também, abraçando todas elas. Chris não disse nada, mas os garotos tinham expressões decepcionadas no rosto.

Saímos da arena, Chris e eu discutíamos sobre quem deveria ter ganhado a partida. Ele insistia que o que fiz foi trapaça e eu dizia que ele poderia ter me ajudado depois de acertar o laser em mim, então eles teriam ganhado. Eu e as meninas insistimos para que eles comprassem um sorvete para cada uma no balcão de comidas e eles aceitaram depois de muita insistência.

Estávamos todos no balcão, esperando pelos sorvetes. Eu olhei para um lado, procurando por Briney, olhei para o outro e ele não estava ali. Quando olhei para trás, ele já estava quase alcançando a porta de saída do fliperama. Corri atrás dele, o alcancei quando já estava do lado de fora.

— Ei — o chamei quando segurei seu braço, impedindo que fosse para qualquer outro lugar. — Para onde está indo? Você não pode fugir da sua parte do acordo — brinquei, dando uma risadinha, embora não achasse que aquele fosse o motivo.

— Estou indo para casa, Maddie — ele respondeu, sério. E ali estava seu maxilar rígido novamente.

— O que? Por que? — perguntei, confusa. Ele estava me olhando, parecia triste e aborrecido ao mesmo tempo.

— Você não me quer aqui. Na verdade, você nunca me quis — ele falou. — Eu sempre percebi o jeito que você olhava para ele, o jeito que ele olhava para você. Eu dizia que era tudo da minha cabeça, mas você nem presta atenção em mim. Eu estava praticamente implorando para você falar comigo ali dentro, mas você estava ocupada demais implicando com ele.

Engoli seco. Eu realmente não tinha percebido e talvez isso seja ainda pior.

— Eu… Eu não percebi…

— É exatamente esse o problema.

Ele nem precisou dizer o nome de Chris, eu já sabia que era ele. E acho que ele percebeu, porque parecia ainda mais chateado.

— Chris, eu não tenho nada com ele. Eu o desprezo — falei, mas sabia que não estava soando nem um pouquinho convincente.

— Seus olhos dizem outra coisa, os dele também. — Ele respirou fundo, pareciam ter lágrimas no canto dos olhos dele. — Só precisamos fingir tudo isso por mais um mês, você estará livre depois disso. Você deve ficar com a pessoa que quer, Maddie. Eu não vou te impedir disso.

Então, sem saber o que dizer, falei o que parecia menos destruidor:

— Eu sinto muito.

— É, eu também. — Ele tirou as chaves do carro de dentro do bolso e dirigiu para bem longe do fliperama.

Fiquei ali até que eu não conseguisse mais ver seu carro. E o pior de tudo era que meu coração não estava se partindo, porque eu não estava sentindo absolutamente nada. É claro, eu estava mal por como o fiz se sentir, mas não estava chateada por nossa relação ter acabado ali.

Chris era complicado e louco, tão frustrante e, de certa forma, tóxico. Mas ali, debaixo das luzes coloridas, sozinha, percebi que eu era a responsável por quebrar meu próprio coração. Eu criei muita expectativa em algo que não deveria e quando ele mostrou todos os sinais, eu deveria ter os escutado, ter levado as palavras pelo que elas realmente eram.

Mas eu gostava daquilo, gostava de implicar com ele e brigar por coisas idiotas e, por mais que a minha versão mais nova jurasse pela vida que o odiava, ela gostava daquela atenção que recebia dele. De alguma maneira, aquela incerteza e o calor que sentia no corpo quando ficava acordada até às duas da manhã, me perguntando se ele sentia a mesma coisa que eu, me confortaram. Eu dizia que o odiava, com um sorriso no meu rosto. Eu estava tão apaixonada, que agia insanamente e era desta forma que eu o amava.

Quando voltei para dentro do fliperama, Chris era quem segurava o meu sorvete. Ele me olha como se soubesse que algo estava errado. E agora, sem saber como agir quando sabia exatamente como me sentia sobre ele, tudo parecia mais difícil.

Peguei o sorvete da mão dele, já tinham alguns pingos derretidos em volta da casquinha. Lambi o que estava escorrendo e, sem saber o que dizer para ele, preferi ficar quieta.

— Onde seu namorado foi? — ele perguntou, parecia que éramos amigos.

— Teve que ir para casa. Bailey, a cachorrinha dele, teve uma emergência — menti, pegando mais um pouco do sorvete. Eu não conseguia olhá-lo.

Olhei para Alice, ela conversava com Matt e Zoe ao lado da máquina de refrigerantes. Eu não poderia fazer nada sobre como me sentia sobre Chris, não quando Alice era sua namorada e eu a via constantemente.

— Você parece chateada — ele falou, parecendo se importar. Acho que até ele se surpreendeu.

— Só estou preocupada. Não tenho mais carona para casa — falei, apática. Eu o olhei, mas ele já estava me olhando. Os olhos dele pareciam mais azuis naquela luz.

— Matt consegue deixar vocês em casa, não se preocupe.

Eu sorri, mesmo que só um pouco. Ele sorriu também, como se soubesse exatamente do que eu precisava sem eu ter que ao menos o dizer.

— Obrigada.

Terminamos os sorvetes e fomos até a minivan dos meninos. Ela era grande, mas oito pessoas eram demais. Nós demos um jeito e fomos o caminho inteiro conversando, Kyle e Nick principalmente. Em alguns minutos, eu tinha esquecido de tudo com Briney, o que não fazia eu me sentir melhor, mas ao menos não estava triste.

Matt estacionou na frente da minha casa. Ele desceu para abrir a porta para Zoe e todos nós saímos da minivan, aliviados por não termos que ser esmagados por mais um minuto sequer. Me despedi de todos, Chris apenas me lançou um aceno de cabeça — o que já era demais na nossa relação. — Zoe deu um beijo em Matt e disse alguma coisa a ele que só os dois conseguiam ouvir, então correu para nos alcançar até a porta de casa.

Quando deitei para dormir aquela noite, tudo que aconteceu voltava a minha mente. Fiquei mapeando cada passo que dei, para saber exatamente o que fez Briney perder a calmaria. Talvez tudo. Talvez eu tenha feito tudo errado desde que começamos tudo isso, e eu não o culpava. Eu estava uma bagunça e apenas eu poderia consertar isso.


i. coitado do briney gente 😭😭😭

ii. ALEXA TOCA THE WAY I LOVED YOU DE NOVO!!!!

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