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19 | Aquele com a Verdade

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄
𝒄𝒐𝒎 𝒂 𝒗𝒆𝒓𝒅𝒂𝒅𝒆
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Bel Air, Los Angeles
25 de outubro

☁︎

A manhã havia começado um tanto mais cedo para Vivian. E mais agitada também. Agora, aproveitava os minutos antes do despertador tocar, sendo abraçada por Oscar, de conchinha, com as mãos destras juntas, e o braço esquerdo dele servindo de apoio para o seu pescoço. E a mulher inevitavelmente sorriu outra vez quando sentiu os beijos na nuca, unindo mais as costas nuas ao peitoral dele.

— Ontem você disse que foi um dia estranho… O que aconteceu? — Oscar perguntou, com a voz baixa e tranquila.

Vivian suspirou, relembrando tudo outra vez. Não sabia como falar. Sequer sabia o quê dizer, mas não estava surpresa que ele não soubesse. Oscar não usava nenhuma rede social além do aplicativo de mensagens, apenas tendo cedido a necessidade de se comunicar mais facilmente. Quaisquer caos que uma página de fofoca causasse, ele jamais saberia, e não tinha curiosidade em saber.

Era o que quase fazia Vivian ter vontade de fazer o mesmo. Sumir e distrair-se. Tentar se recuperar e poder esvaziar a mente, pensar sobre aquele tópico com tudo nos eixos.

— Eu prefiro explicar depois. Ainda me causa ansiedade — Ela é sincera, após ter falho em procurar as palavras certas.

Era difícil assumir os próprios erros e dizer para ele que estava tendo um caso com outra pessoa antes. Internamente, Vivian não achava que poderia ser esse tipo de pessoa, e havia se surpreendido negativamente com as próprias ações.

Agora era tarde demais.

— Tudo bem, querida. Não se sinta pressionada — Oscar tentou lhe confortar, abraçando mais o corpo da mulher e lhe dando mais beijos.

E ela até tentou relaxar com o contato, mas agora que ele havia levantado o tópico, sua mente não descansaria. Era seu castigo, esse remorso interno e o bloqueio para partilhá-lo com outras pessoas. O medo de ser julgada, de novo, e de ser ainda mais exposta, mesmo que fosse ela mesma fazendo isso e para alguém que conhecesse e confiasse.

Oscar talvez não entenderia. Florence, era uma opção, mas talvez a amiga não passasse a mão por sua cabeça e dissesse que estava udo bem. E Florence podia ser muito dura com as palavras quando queria, o que era um medo e, ao mesmo tempo, uma esperança para Vivian.

Alguém sensato o suficiente para lhe jogar um balde de água fria e expor seus erros sem remorso. Isso para que ela mesma pudesse enxergar o quão havia errado agora. Não só com Pedro, mas com Oscar e consigo mesma.

— Eu… Preciso ser sincero — Oscar começa, parando as carícias, o que a faz girar o corpo para olhá-lo cara a cara.

Vivian ansiou por um momento, sem saber e sequer imaginar o que ele poderia dizer, mas manteve os toques gentis e suaves nas mãos dele. Talvez querendo acalentar o seu nervosismo ou o dela próprio. E logo ele suspirou.

— Quando nos vimos de novo, na casa do Pedro, eu notei… Olhares dele. E como vocês conversavam… Eu sei que não era da minha conta, e que eu provavelmente jamais deveria ter ido perguntar, mas.. Como eu disse, eu já havia ficado interessado por você.

As palavras dele eram tranquilas, a olhando e poucas vezes desviando o olhar. Mas não era por medo, muito menos arrependimento. Ele só estava envergonhado de contar isso, arrependido de ter cedido aos próprios desejos cedo demais.

Mas ao mesmo tempo, agradecendo a si mesmo mentalmente por tê-lo feito.

— Eu.. Me certifiquei com Pedro de que estava tudo bem.

— Como assim?

— Ele é meu melhor amigo, e seria uma confusão gigantesca se, por muita coincidência, estivéssemos interessados pela mesma mulher.

— Ah.. Oscar…

— Me desculpe! Eu precisava tirar essa dúvida. Eu.. Conversei um pouco com ele e cheguei ao assunto, e.. quando ele me disse que vocês dois não tinham nada, eu me senti mais aliviado.

— Como?

Vivian já estava pronta para explicar-se sinceramente para ele, sobre ter se interessado pelos dois, por ter se envolvido com os dois. Mas seu cérebro pareceu ter parado completamente suas funções quando ouviu o que o moreno disse, repetindo as palavras do outro.

Pedro havia mesmo dito aquilo? Quando?

— É.. Foi antes do nosso café.

Exatamente quando eles se afastaram após Pedro demonstrar sentimentos explicitamente pela primeira vez. E o pior, havia sido exatamente ciúmes por Oscar.

— Ele disse que vocês eram amigos, e que estava tudo bem por ele se eu quisesse tentar algo.

E então, a mente da mulher pareceu dar um estalo. A ideia de Pedro, a provocação quanto aos sentimentos de Oscar e dela noites atrás, quando os dois se afastaram. Não era apenas ideia dele, pensamentos demais regados ao ciúme. Pedro realmente sabia que Oscar a queria, e isso mexeu com sua mente, com suas vontades e sentimentos.

Isso prejudicou seu julgamento por Vivian, e a pouca informação de Vivian foi o prato feito para que ela tomasse suas decisões precipitadas e piorasse de uma vez a relação entre os dois.

— Eu achei melhor perguntar, porque, sabe, ele é o meu melhor amigo e eu não me perdoaria se algo acontecesse entre nós por causa disso — Oscar é sincero, de novo, sorrindo amarelo para Vivian. — Por favor, me diz que não está com raiva de mim.

— Porque estaria?

Definitivamente não estava mesmo. Oscar havia sido sincero e muito mais sensível do que ela jamais conseguiria ser nessa situação. Ela cedeu, ela quis se envolver com o homem mesmo sabendo das desconfianças de Pedro, porque, em sua mente conturbada, se não estavam mais juntos, não havia porque não ceder a mais das suas vontades.

Mas havia um motivo bem claro, sim. Os sentimentos que ela queria esconder. Por Pedro, por Oscar, e por ela mesma. A pena, a agonia, a raiva. O carinho e a paixão crescente. Tudo havia se embolado em seu peito, em seus pensamentos, em seu âmago. E ela havia tido a capacidade de confundir cada um deles.

Para alguém muito bem resolvido emocionalmente como Vivian, essa experiência havia chegado como um tsunami, e ela ainda estava tentando compreender o que havia sido destruído naquele desastre. O que as próprias ações dela, junto a pequenas ações dos outros dois, acarretaram.

— Oscar… Querido, você-

Ela é interrompida pelo toque do despertador, e desliga o aparelho. Já estava acordada o suficiente, e após tantos pensamentos obsessivos pela manhã, ela certamente não conseguiria dormir tão cedo, sequer descansar.

— Você foi muito mais empático, como melhor amigo de Pedro, do que eu jamais conseguiria ser.

— Foi apenas o necessário.

— Foi o necessário que eu fui incapaz de fazer. Eu sabia da amizade de vocês e não tive essa mesma empatia.

Ela o olhou, como se estivesse reunindo a coragem necessária para falar. Não podia deixar aquele assunto para depois, pois poderia gerar uma bola de neve ainda maior, e outro desentendimento que ela certamente não saberia lidar. Tinha que ser agora.

Ela não poderia machucar outra pessoa, outra vez. Um erro cometido seria o suficiente para o seu próprio aprendizado.

— Eu não sei porque o Pedro negou a você, e talvez ele tinha algum motivo, e isto só ele é capaz de lhe dizer, mas.. — Ela suspira, tocando a corrente de prata do homem, a passando entre os dedos. Um calmante. — Nós nos envolvemos sim, mesmo jamais tendo sido algo sério, ou oficial. O conheci em Cayman, quando meu irmão o convidou para viajar. Não foi nada oficial, e, quando você perguntou sobre nós, estávamos afastados.

Oscar se afasta um pouco, desviando o olhar dela quando parece mais pensativo. Fazia sentido, é claro, mas ao mesmo tempo não fazia. Ele havia dado abertura para Pedro ser sincero, eram melhores amigos e certamente teria afastado o desejo de Vivian se ele desse algum sinal negativo. Mas não foi o que aconteceu.

Ao mesmo tempo, ele também estava ainda mais dividido. As sensações quase boas demais para serem reais do que ele havia passado com Vivian desde a noite passada, mescladas com o nervosismo que a sua suave voz trazia agora. Ao menos, ela havia sido sincera.

— Porque não me disse antes? — Ele perguntou, sentando-se na cama.

Nervosa, Vivian levantou, enrolando o corpo no robe de tecido grosso, sentando na base da cama outra vez. Era o seu tempo para poder reorganizar seus pensamentos e palavras. De novo.

— Eu fui covarde — Ela admite. — Eu estava interessada por vocês dois, não podia escolher, e.. Deixei que isso continuasse. Permiti que tudo chegasse a esse ponto, e agora… Não é mais justo continuar. Não é justo com ninguém, e vocês dois não merecem isso. Sequer merecem alguém como eu.

Oscar queria deixar sua raiva vencer e dizer que concordava, que realmente alguém com atitudes como aquelas, não deveria usá-los como ela fez, que ela não os merecia. Mas, por algum motivo, não conseguiu. Talvez pelo que Vivian e ele cultivaram nesse tempo em que firmaram sua amizade, pela sensação tão boa que ele sempre sentia quando ela estava perto.

Por isso ele apenas respirou fundo, continuando calado, e fechou os olhos, se acalmando. Sabia que não resolveria nada se continuasse confuso daquela forma, e que nem deveria tentar dar alguma solução agora, enquanto estivesse tão afetado.

— É melhor eu ir.

Foi apenas o que ele disse, e Vivian assentiu. Calada, ela observou enquanto ele se vestia e reunia todos seus itens. Tendo a certeza que havia pego tudo, ela o acompanhou até a porta, e, ao sair, Oscar não se despediu. Não olhou para trás ao seguir caminhando para fora do condomínio, e prosseguiu assim até conseguir chamar um táxi, indo para casa.

Vivian o observou até onde pôde, apenas podendo esperar que ele tomasse cuidado, e nenhuma decisão severa. Permaneceu em silêncio enquanto subia as escadas da casa, e seguiu assim. No banho, continuava listando momentos e palavras, com os dois, que só a faziam se sentir ainda pior.

Se sentia, pelo menos, um pouco mais calma por saber que havia sido honesta o suficiente com Oscar. Era claro que havia coisas que ele não sabia, como o ciúme de Pedro e o afastamento dos dois, mas certos tópicos eram privados a Vivian e Pedro, e os tópicos que lhe fariam possivelmente querer conversar com o melhor amigo, eram melhor ter sido evitados.

E, ao mesmo tempo, ela não conseguia relaxar sabendo que Pedro, após ter sido tão sincero com ela sobre seus receios e vontades, e sobre ter partilhado tanto da sua vida com a mulher, não havia tido aquela mesma oportunidade de saber tudo. Pedro se doou, e não recebeu a mesma intensidade de volta, pois havia sido interferida pelo seu melhor amigo.

Sem intenção de lhe machucar, e isso é óbvio, mas talvez ele não chegasse a saber daquilo em nenhum momento, o que era ainda pior.

Vivian sabia que por culpa dela, todos haviam saído daquela situação com algum receio a mais. Que, mesmo com a melhor das intenções, e apenas querendo preservar sua liberdade e acatar suas vontades, ela havia feito mal a duas pessoas incríveis e que só a quiseram bem. Pessoas que ela também partilhou dores, e causou dores a eles.

Nada nessa situação era justo, certo ou merecido. Nem mesmo o limbo mental em que ela havia se enfiado agora, mas essa parte definitivamente era necessária. Há situações que servem para reajustar o entendimento sobre as coisas, e, mesmo tão cedo, ela já tinha outro pensamento acerca do que fez consigo mesma.

Mas estava isolada demais para tentar sequer se desculpar com eles. Isto é, se eles ainda quisessem vê-la em algum momento. E isso seria uma escolha unicamente do destino. Algo que Vivian sempre temeu não ter controle, mesmo com a compreensão de que jamais teria realmente. A única coisa que dependia dela era seu próprio arrependimento e sua mudança de atitude.

E, pelo menos, ela já havia começado a enxergar isso.

▬▬▬▬▬ ☁︎ ▬▬▬▬▬

Ooooi!

Como eu disse, teremos beeem mais capítulos nessa vibe. A compreensão dos erros e o entendimento dos mesmos. É uma parte que nos leva a um ato importante do livro, então... Atenção em tudo rs

Beijoos!
♡.

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