Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

15 | Aquele com o Passeio

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄
𝒄𝒐𝒎 𝒐 𝒑𝒂𝒔𝒔𝒆𝒊𝒐
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬

Bel Air, Los Angeles
9 de outubro

☁︎

Duas semanas haviam se passado desde o encontro na cafeteria. E Vivian havia sido vencida por Florence, porque havia definitivamente aceito que havia sido um encontro. Por mais que não tivesse nenhum interesse explícito em palavras diretas, os dois se entendiam bem naquelas questões, e os flertes estavam lá para isso.

Oscar não teve tempo a perder, deixando claro que sabia bem o terreno em que estava pisando. E Vivian, por mais que instável, deixou que ele se aproximasse. Não quis desabafar sobre o melhor amigo do rapaz com ele mesmo, ainda mais porque Oscar havia sido o pivô do desentendimento, e não havia necessidade de resolver esse impasse com outra pessoa além de Pedro.

Então, durante essas duas semanas, Vivian teve tempo para descansar, adiantando seus trabalhos e tendo alguns dias livres, o que usou para cuidar de si. Das unhas, pele, cabelo, ou apenas deitar na cama por um dia inteiro, comer fast food e assistir comédias românticas de humor duvidoso mas que a faziam se emocionar no fim.

Haviam dias em que precisava se expressar desse jeito. E era o que a fazia bem.

Oscar repetiu o café na sexta da mesma semana, novamente indo até a Bel Air e passando horas sentados, conversando, sem que Florence os interrompesse. E não era por estar ocupada. Ela tinha uma pessoa para lhe ajudar com os pedidos em dias mais corridos. A ruiva sabia da necessidade da amiga para espairecer, por isso não os incomodou, mesmo curiosa.

E os dois colocaram muitos assuntos em dia. Sobre as peças de teatro que Vivian sempre quis ver mas quase nunca ia a Nova York, o que Oscar prontamente fez o convite para mudar isso e ela aceitou. Conversaram sobre os futuros filmes do rapaz, e os eventos de agenda, por ele estar apenas aproveitando o tempo livre que tinha agora. Família, animais de estimação, ou o melhor fone que realmente abafasse o som exterior. Tudo isso foi tópico entre os dois.

E acarretou em uma longa conversa por celular no sábado, enquanto ela fazia as próprias unhas, e ele, a própria barba.

Já Pedro tentava não parecer afetado como estava. Teve uma longa conversa com Lux sobre o que poderia ter sido a causa do afastamento de Vivian, e se deu por vencido após a irmã ter concluído, mais de uma vez, que a culpa havia sido da forma como ele se expressou. Ou melhor, deixou de se expressar. Lux sabia o quão ruim podia ser esconder um sentimento, e garantiu que Pedro deveria ter sido honesto.

Uma vez que ele entendeu isso, teve mais uma semana para pensar em como poderia se redimir. Não que tivesse algo sério com Vivian, mal era “algo”, mas duas semanas conversando apenas por mensagem havia criado um tipo de necessidade que ele não costumava sentir.

Isso porque seu subconsciente sabia muito bem que Vivian não era como nenhuma das outras que ele já teve. Mas que, por sorte dele, não era tão cabeça dura assim, e aceitou seu convite para um passeio à tarde. E agora a mulher estava o esperando, guardando alguns itens na bolsa, quando ouviu a buzina.

Vivian saiu, levando a mochila com o celular em mãos, e viu o rapaz de pé, já fora do carro e a esperando com a porta aberta, o que a fez rir. Era um ato fofo. Ele era fofo.

— Quanto romance! — Vivian brincou, se aproximando mais.

Pôde sentir as mãos de Pedro envolvendo sua cintura, a puxando para perto e unindo seus corpos.

— Você merece, mi amor! — Ele sorri, com a voz soando baixinho.

Quando os dois se olham, é como se houvesse uma faísca, uma chama perto demais de algo inflamável, brincando com o perigo iminente. E ambos automaticamente fecharam os olhos quando Pedro a puxou, selando seus lábios. Vivian apoiou as mãos no peitoral dele, suspirando, sem querer realmente se afastar.

Os dois sentiam aquela mesma necessidade após o tempo afastados. Nada melhor do que um tempo sem se ver para acender a vontade ainda mais.

— Ainda estamos na frente de casa, em um condomínio respeitável, señor Pascal — Ela sussurra contra os lábios dele quando se afasta.

— Hmm, uma pena. Adoraria cancelar esse passeio.

Vivian ri, apoiando a cabeça no ombro de Pedro antes de encarar os olhos castanhos dele outra vez.

— Talvez possamos acabar a noite assim…

Ela o dá um selinho, provocando e mordendo seu lábio inferior antes de se afastar de uma vez. Ele sorri, se dando por vencido, e espera até que ela entre no carro para fechar a porta. Então segue para o outro lado, entrando, ajustando o cinto e o espelho.

— O que tem feito esses dias? — Pedro pergunta, manobrando o carro para fora do condomínio.

— Basicamente, apenas trabalhando. Conversando com você, alguns outros amigos… — Ela dá de ombros, encarando a rodovia livre.

Era domingo, não teria tanto trânsito assim.

— E você? — Ela o olha, notando como ele parecia focado demais na estrada.

— Com algumas negociações. E talvez precise regravar algumas cenas da sequência de Kingsman.

— Jura? Porque?

— Gravamos algumas partes menos essenciais com pressa, por conta do tempo de locação dos outros lugares. Os que requerem locais mais públicos, figurantes…

— Ah, sei bem. Espero que não seja cansativo, Pepe.

Vivian ergueu a destra, fazendo carinho na nuca de Pedro, enrolando os cabelos curtos entre os dedos e percebendo como ele suspira e sorri.

— Eu também espero. Não posso atrasar demais para a produção da última temporada de Narcos.

— Uma pena que não tem mais o Escobar. Adoraria uma desculpa para visitar o set…

O olhar brincalhão de Vivian faz Pedro rir também, passando a destra do câmbio para a coxa dela, apertando e soltando devagar, lentamente subindo e descendo depois.

— Pode visitar quando quiser, nena — Ele tenta não soar tão esperançoso quanto estava internamente, e Vivian sorri.

Não por provocação, mas por realmente ponderar a ideia. Tanto para poder vê-lo, sabendo que passaria um longo tempo longe, quanto para visitar a Colômbia outra vez. Mas era cedo demais para pensar nisso. Cedo demais para fazer planos.

Então os dois apenas seguiram cantarolando algumas músicas da playlist de Pedro. Levaram menos de meia hora para chegar ao estacionamento do píer de Santa Mônica. O outono fazia a busca pelo lugar ser um pouco menor, então conseguiram uma vaga fácil. E saíram juntos, caminhando lado a lado.

Talvez por mania, talvez por costume, Vivian segurou o antebraço de Pedro, andando parcialmente abraçados, e ele mal conseguiu disfarçar o sorriso com o toque. Gostavam de estar sempre físicos um com o outro, sempre trocando algum carinho. Talvez fosse a linguagem que funcionava entre si.

Ao menos era o que ele esperava.

— As bicicletas são logo ali.

— E são até o outro lado da orla?

— Ou subindo para o parque.

— Pela orla então.

Juntos, seguiram para alugar as duas bicicletas, fazendo a checagem antes de sair, passando para a via exclusiva. Os dois riam enquanto seguiam pedalando no caminho no mesmo ritmo, como duas crianças fingindo que se bateriam. Até que Pedro tomasse mais velocidade, como se fosse uma corrida.

Vivian foi distraída pelo céu, diminuindo a velocidade e puxando uma das suas câmeras menores, tirando algumas fotos do céu e da praia. Era um costume que não pretendia largar, e sorria enquanto observava alguns prévios resultados. E então continuou, alcançando o moreno logo a frente. E continuaram juntos até Pedro achar um bom ponto na praia, mais afastado do píer por todo o barulho do parque.

— Sinto falta de fazer isso no Brasil — Ela comenta, atraindo a atenção de Pedro, que sorri.

— Sinto o mesmo, no campo, com meus irmãos — Ele suspira, sentando-se na canga exposta por Vivian, grande o suficiente para abrigar os dois juntos.

— Vocês faziam muito isso? Se reuniam muito?

— Bastante. Assim, é um pouco difícil ter todos livres ao mesmo tempo, Nicolás é muito ocupado, Javiera tem os meninos e eles tem escola… Mas vamos sempre que podemos, é importante para o nosso pai também.

— Imagino. Que bom que conseguem se organizar, mesmo com vidas corridas.

Pedro assente quando escuta, deixando um sorriso breve em seu rosto ao se lembrar de momentos mais antigos. Com todos reunidos, e a saudade preenchendo seu peito. Pelos momentos, por seus irmãos e pai, e por sua mãe. E, quando pareceu pensar demais, balançou a cabeça, observando como Vivian ajustava algo na câmera.

— Você é próxima da sua família?

A pergunta atrai a atenção dela, que o olha com a câmera apontada para ele. E assim que Pedro começa a obviamente prender o riso, ela tira foto. Captando momentos em sequência até ele rir.

— Mais de Wagner e meus sobrinhos — Ela finalmente responde, checando as fotos e deixando a câmera na bolsa. — Deveria ser mais próxima dos meus pais.

— Entendo.

Pedro respeita seu silêncio, sem insistir mais em que ela fale algo. Não sabia se era um tópico sensível, visto que ela nunca elaborava muitas explicações, mas sabia o quão chato podia ser e não queria ser esse tipo de pessoa para ela.

— Qual a sua parte favorita de um.. passeio?

Ele se corrige mentalmente quando quase disse ‘encontro’. E Vivian o encarou, percebendo que a mudança de assunto havia sido totalmente proposital. E sorriu.

— Acho que… Esse momento. A calma, a conversa. Sem muito planejamento, muito luxo. Gosto de momentos assim.

— Então estou acertando nos nossos passeios huh?

— Está sim, mi amor — Ela sorri, apertando o queixo do homem e sentindo a barba por fazer.

— Tudo para agradar você, mami.

— Quanta atenção.. Depois não reclame se eu ficar mimada.

— Jamais! — Pedro sorriu, descendo devagar o olhar dos olhos dela para a boca. E então suspirou.

Tinha que se lembrar que estavam em público.

— Se uma bola de cristal pudesse revelar a verdade sobre você mesma, sua vida, seu futuro ou qualquer coisa do tipo… O que você gostaria de saber? — Pedro pergunta, deitando o corpo e usando a bolsa como travesseiro.

Lentamente, puxou Vivian para mais perto. Sabia que as outras pessoas da praia estavam cuidando de seus próprios assuntos para ver um casal abraçado.

— Que boa pergunta…

— Você costumava fazer, mas eu sou curioso também — Ele brinca, rindo. E trava os olhos nela quando ela deita com o queixo apoiado no peitoral dele.

— Acho que eu gostaria de saber.. Não sei, talvez sobre alguma viagem que eu quero fazer.

— Jura? Porque algo tão simples?

— Porque se for pessoal, eu ficaria ansiosa, e se for profissional, eu tentaria tanto dar o melhor de mim por uma recompensa que talvez ficasse exausta demais — Vivian responde com sinceridade.

Pedro não podia deixar de admirá-la. Sempre uma mente tão bela e ao mesmo tempo tão complexa. Única, sim. Sempre.

— Eu nunca pensaria em algo assim — Pedro sorri, percebendo o riso quase tímido dela também.

Não sabia se as bochechas rosadas eram pelo sol. Mas continuava linda.

— Eu seria egoísta a ponto de perguntar algo sobre a minha carreira.

— Ao menos você é corajoso — Ela dá de ombros, e ele assente, como se aquele fosse o melhor dos elogios. Vivian sorri.

Era impressionante o quanto se davam bem nos assuntos mais simples. Mas o jogo de perguntas estava longe de acabar.

— Está bem, sem bola de cristal, mas se você soubesse que vai morrer em um ano, subitamente, acha que mudaria em algo em você agora? — Pedro pergunta outra vez, gostando daquela dinâmica.

— Com certeza. Primeiro que eu largaria o trabalho. Depois, me dedicaria mais à minha família. Sinto muita falta dos meus sobrinhos e, como disse, dos meus pais.

— E se fosse em dois anos?

— Acho que eu ficaria no trabalho por mais tempo. Para manter a mente sã e funcionando.

— Você me inveja. É sério! Você é tão bem resolvida mentalmente!

— Ah, levei anos para chegar nesse nível. Muitas terapias.

— Imagino. Quando eu crescer, quero ser como você — Ele brinca, fazendo a mulher dar uma gargalhada notavelmente sincera. Fofa. — Mas não penso muito diferente. Me dedicaria mais à família e amigos. Mas acho que me afastaria no fim. Não contaria a eles que estava morrendo.

— Eu deixaria uma carta, seria mais fácil do que me despedir — Ela parecia pensativa, e Pedro suspirou.

— Agora sei porque é diretora de produção. Seu cérebro é uma máquina! — Ele estava claramente animado com ela, e poder ver melhor esse lado da mulher.

Quase não conseguia se conter.

— Um dia você chega lá, papi — Vivian rebate a brincadeira no mesmo tom, percebendo como ele assente devagar, puxando uma mecha do cabelo dela e enrolando entre os dedos. E, no silêncio, ela toma a frente. — Qual é a maior realização da sua vida?

— Até agora? Acho que é a junção de certas pequenas conquistas. Porque é como um efeito dominó, entende? Uma coisa acaba sempre levando a outra, e tudo é uma grande conquista junta, não só minha, mas de amigos e família também, que eu não consigo separar para pontuar. Diria que começou quando investi no meu futuro.

Vivian sorri, afagando os cabelos castanho-claros dele, suspirando quando não se contém e se curvando um pouco para lhe dar um selinho. Pedro sorri, controlando a vontade de olhar ao redor. Não queria tirar os olhos dela agora.

— E depois fala de mim, huh?! Isso foi bonito, Pepe.

— Tive uma visão inspiradora.. — O sorriso é terno, com um olhar doce da parte dele, que a fez deitar a cabeça sobre ele outra vez. — Há algo que você sonha em fazer há muito tempo?

— Saltar de paraquedas — Ela responde quase sem pensar, o que o faz rir.

— E porque ainda não fez?

— Coragem. Me falta, muita!

Mi cariñito, alguém tão destemida como você?

— Pepe! Eu tenho pânico só em pensar nisso.

— E porque você quer?

— Sinto que preciso de um banho de adrenalina as vezes. Pilotar uma moto em alta velocidade colocou minha mente nos eixos uma vez — Ela dá de ombros, como se não tivesse dito nada demais.

— Em um momento é calma e controlada, no outro, surtou! Que mulher…

— Uma em um milhão, papi.

— É. Posso ver — Ele sorri, outra vez tão leve quanto o sorriso dela.

Quando se encaram outra vez, Pedro a beija, como Vivian fez antes. Por segundos, a sensação de pertencimento é mútua, e Vivian sente um leve calor no peito antes de se afastar subitamente, notando como Pedro parece permanecer quieto, talvez inconscientemente esperando por mais. Mas os dois apenas se encaram, em silêncio, com olhares que diziam mais do que suas bocas queriam e iriam falar.

E permaneceram assim, apenas aproveitando um ao outro, o sol e o som do mar.

▬▬▬▬▬ ☁︎ ▬▬▬▬▬

Olaa!
Atrasei de novo

Devia ter postado ontem, mas corri pra assistir Aranhaverso 2 e não deu tempo, perdão amores

Mais momentos fofinhos entre os nossos bolinhos lindos, porque a casa vai começar a cair rss

Beijoss
♡.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro