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10 | Aquele com Alguns Conselhos

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄
𝒄𝒐𝒎 𝒂𝒍𝒈𝒖𝒏𝒔 𝒄𝒐𝒏𝒔𝒆𝒍𝒉𝒐𝒔
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬




Bel Air, Los Angeles, CA
19 de setembro

☁︎

Desfazer as malas não era o trabalho mais difícil após uma viagem, mas certamente sempre fora o que Vivian preferia fazer por último. Ainda mais quando necessitava de entregar algum trabalho com urgência. A tarde e noite do dia anterior foram passadas na frente do computador, redigindo e revisando os termos de design de produção de Atomic Blonde. A direção esteve por um tempo no seu pé até que finalmente enviasse o projeto final.

E então foi aceito.

Um alívio, porque a mulher já não conseguiria mais passar mais uma hora sentada naquela cadeira. Após descontar o sono acumulado após a viagem e o trabalho quase imparável no retorno, Vivian saiu de casa pela tarde, seguindo o caminho que comumente fazia até chegar a uma cafeteria.

O local não era pequeno, mas não era exatamente uma Starbucks. Pertencia a sua amiga, Florence. Uma das primeiras pessoas que conheceu quando chegou a Los Angeles, e desde então são inseparáveis. Vivian teve tempo de analisar o local até que pudesse ouvir os passos agitados na sua direção.

— Você chegou!

O abraço de Florence foi inconfundível, e fez Vivian se sentir um pouco mais em casa. Sem jeito, a morena abraçou a amiga como pôde, rindo e vendo os cabelos ruivos balançando na frente do seu rosto. Os cachos que a faziam parecer com uma princesa das animações.

E logo a amiga cercou seu corpo, ficando frente a frente.

— Estive afogada em trabalho desde que cheguei, só tive tempo agora — Vivian diz, sendo guiada até o balcão, e passando para trás.

Já havia estado ali tantas outras vezes…

— Ah, eu imagino! E como foi a viagem? Me conte tudo!

A animação de Florence contagiou a morena, a fazendo rir. Vivian contou um pouco do Brasil, dos seus pais e da ida para Cayman, observando enquanto a ruiva servia um salgado em um prato para ela, como tinha costume. Vivian poderia ser suspeita para falar, mas Florence era uma excelente cozinheira.

Enquanto conversavam, e Vivian contava sobre as aventuras dos primeiros dias da viagem e os ciúmes de Wagner, Florence dividia sua atenção em ouvir a amiga e entregar os pedidos dos clientes. E Vivian a ajudava, passando os pedidos e troco, como já havia feito outras vezes. Só então quando A cafeteria estava mais vazia, Vivian pode praticamente sussurrar os detalhes mais intensos entre ela e o “amigo de Wagner”.

E, óbvio, sendo interrompida pelos suspiros surpresos e desacreditados de Florence.

— Ah, Vi! Eu quero saber quem ele é! — A ruiva disse, fazendo biquinho com certo drama.

— Eu não sei se posso contar… — Vivian faz drama, mordendo e mastigando um pedaço do seu folhado.

O olhar quase assassino de Florence era cômico. Vivian sempre achava fofo. Era como se a amiga não conseguisse ser ou soar malvada. Nem mesmo visivelmente.

— Você sabe que eu não posso ficar curiosa, Vivian Moura! — Florence repreende, limpando as mãos e servindo mais café para um dos clientes no balcão do canto.

— Ok, ok… Lembra daqueles atores de Narcos? — A brasileira pergunta, sabendo perfeitamente bem que a amiga se lembrava.

Pela influência de Vivian, Florence se tornara fã, e era difícil de controlá-la quando Wagner vinha visitar. Todos tinham algum amor platônico em algum momento.

Mas, bom… O ponto cômico agora era a feição totalmente em choque de Florence.

— Você está pegando o Boyd Holbrook? Sua- Vivian!

— Não. O Boyd não — Por algum motivo, Vivian franze o cenho com a menção.

Algo em si estando apegado demais à ideia de ter estado com Pedro. E assim que Florence ouve, arregala ainda mais os olhos e a boca. A ruiva havia ficado paralisada, como se aquilo fosse difícil demais de acreditar.

Ela sabia bem dos bloqueios que a amiga colocava em si mesma, estar com Pedro não era chocante e sim tê-lo deixado passar.

— Eu sempre percebi que você olhava demais para o bigodinho dele.. — Flo comenta, com um riso cínico e engraçado, e Vivian empurra levemente seu ombro.

— Eu acho ele interessante há um tempo. Só não.. Não achei que ele fosse tão bom de lábia — Ela diz, dando ênfase que faz a amiga rir.

— Ah, minha amiga. Aprendi com você que o sangue latino é o pior que há — A ruiva brinca, se levantando para atender um cliente.

Por mais pensativa que estivesse, Vivian ri, levemente concordando. Sabia bem que estadunidenses, canadenses e principalmente britânicos eram ruins em desenvolver uma conversa com alguém que tivesse interesse. E isso não foi um problema em momento algum com Pedro. Desde o primeiro momento ela sabia.

— E agora? — A ruiva retoma a conversa, deixando a gorjeta dentro do pote redondo.

— O quê?

— Não finja. Vocês dois… Quer dizer, vão manter contato? Ele seria um bom ficante.

— Não, não..! Pedro.. Eu sei que ele não é do tipo que fica com alguém. Nós conversamos por um tempo, e é claro como o sol que ele é daqueles que se apaixona rápido.

— E você ainda não quer isso? — Florence questiona, dando uma estranha ênfase no meio da frase, que havia feito Vivian franzir o cenho.

— Não sei se quero. Eu gostei de estar com ele, mas não sei se estou pronta para algo mais agora. E não quero iludir ele só para me satisfazer.

Florence assente devagar, estalando a língua enquanto pensava. Ela sempre foi o ombro amigo de Vivian há muito tempo, e vice-versa. Eram melhores amigas e nada as separava. Jamais. E por sempre estarem tão juntas, era comum que, quando havia algum problema sem solução, as duas sentassem em silêncio e tentassem chegar a alguma conclusão.

— Vocês trocaram telefone?

— Instagram. Ele pode me chamar por lá. Duvido muito que pediria meu contato a Wagner.

— Não, mas poderia pedir ao Boyd…

A suposição faz Vivian pensar, balançando os pés quando cogita a ideia. Os dois eram tão próximos quanto eram de Wagner, e Boyd certamente guardaria os segredos de Pedro… Vivian tinha certeza de que ficaria pensando nisso por toda a noite adiante.

— De qualquer forma, eu vou esperar. Não quero passar a impressão errada.

Vivian disparou, mexendo nas cutículas com as unhas da mão direita, puxando a pele como conseguia. E Florence relaxou as mãos sobre as da amiga, impedindo aquele gesto de ansiedade com certa naturalidade.

— E qual seria a impressão errada?

Vivian pensou. Não havia exatamente rotulado aquilo na própria mente, mas agora que pensava sobre o que os dois haviam feito, e como haviam sido dias intensos em Cayman, a resposta parecia estar bem na ponta da língua.

— Não quero parecer apaixonada.

— Ah, Vivian! Pelo amor de Deus!

Florence apoia as mãos nas próprias têmporas, massageando. Como se fosse doloroso ouvir aquilo. E, como alguém que prezava e zelava pelo bem da sua amiga, seja físico, psicológico ou emocional, doía um pouco.

Vê-la sempre tão fechada para oportunidades tão boas e tão óbvias.

— O que você sugere então?

— Fala com ele! Curte uma foto no Instagram e chama na dm.

— Flo…

— O quê? Não pode mais conversar?

— Posso, mas-

— Vi, se você não quiser, é só dizer. Você sempre foi sincera com todo cara que cruzou seu caminho. Nunca vi alguém ter tanta capacidade de olhar nos olhos de alguém e dizer que não quer nada.

Vivian riu, porque era verdade. Havia se acostumado a ser assim, e não fazia por mal. Nunca se sentia pronta para responsabilidade afetiva e o “dar e receber” emocionalmente intenso de um relacionamento.

— Mas eu acho que você estaria sendo muito, muito trouxa por perder uma amizade tão legal por medo do que ele vai pensar de você. Onde está a minha amiga que manda os críticos de cinema irem se foder na cara deles?

Outra vez, Vivian riu. Gargalhou, cobrindo o rosto com as duas mãos. Ela tinha lá seu espírito selvagem, embora o ocorrido tenha sido apenas uma vez. Florence jamais esquecia.

— Vai, manda uma mensagem pra ele.

— Agora? Florence!

— Agora. Chama pra dar uma volta por Bel Air, pela Boulevard… Nada demais!

A morena pensou e repensou aquela possibilidade. E finalmente teve a conclusão flutuando na sua mente, como se estivesse sendo boba demais por não pensar nisso como apenas uma amizade. Foi o que eles disseram desde o início.

E no exato momento em que pegou o celular, uma notificação chegou. No app de mensagens, em seu número dos Estados Unidos. A foto era aparente. Pedro. E o nome não estava salvo, o que ela estranhou. Mas não era qualquer um que tinha aquele contato.

— Ele.. Falou comigo.

— O quê?

Florence esperou até que Vivian, imersa em curiosidade, virou o celular para que ela visse. A ruiva viu o novo wallpaper, uma foto em Cayman, e então viu a notificação logo acima. Um contato novo com apenas um “Vivian?”.

Agora ambas estavam curiosas.

— Caramba, a orelha dele deve ter coçado muito — Florence brinca, pegando o bule de inox e cercando a bancada.

Com a amiga longe, Vivian apenas pôde encarar a mensagem, até que tivesse coragem para abrir o chat, mandando um par de olhinhos e respondendo apenas um “Eu! Pedro?”.

E então esperou.

☁︎

— Eu acho que você está perdendo tempo.

Em Hollywood Hills, a conselheira era Lux. Que, particularmente já estava perdendo a paciência pela persistência do irmão enquanto o ajudava a desfazer a mala. Pedro não parecia ter coragem alguma para conversar com Vivian outra vez, e, pelo que ele havia contado sobre o que ambos passaram na viagem, ela estava certa de que não seria só uma amizade.

Mas não queria colocar isso na cabeça do irmão. Não tão cedo. O perturbaria quando fosse a hora.

— Foram apenas dois dias! Ninguém é tão rápido assim.

Era o que ele esperava.

Que Vivian não tivesse nenhum outro “amigo” em Los Angeles. Mesmo que ele sequer conseguisse chegar a uma conclusão sobre como a chamaria outra vez. Ou sobre como ficariam agora. Apenas amigos, com benefícios ou… Se de fato ainda se falariam.

— Devia falar com ela. Nem que seja um oi, dar a certeza de que está por perto.

Que não esqueceu ela.

Era o que Lux queria dizer, enquanto dobrava o suéter. E, de alguma forma, era o que Pedro pensava também. Mesmo incerto e querendo esconder isso.

Não acordar com ela ao lado gerou uma sensação de que algo estava incompleto. Se tivesse a sorte de haver uma próxima vez, ele faria questão de que ficassem juntos. Queria isso. Queria descobrir cada lado de Vivian e enxergar o mundo dela. Único. Encantador.

— Você é muito persuasiva — Pedro diz, largando uma camisa sobre a cama e puxando o celular do bolso.

Lux ri vitoriosa, pegando a camisa e a pondo no cabide para que ele fosse pendurar.

Pedro digitou e enviou, mesmo incerto de como ela reagiria com a informação de que ele tinha seu número. E continuou a contar sobre tudo o que fizeram em Cayman, sanando a curiosidade da irmã. E teve tempo suficiente para deixar uma leva de camisetas no cabideiro do closet, retornar, e ver seu celular acender com uma resposta.

Era ela.

A irmã de Pedro não conteve o riso por ver a ansiedade que o havia dominado quase por inteiro, e apenas esperou enquanto ele batia um dedão contra o outro, mordendo a parte interna da bochecha. Estava pensando no que responder.

Sim.”
Só passando para dar um oi.
E para você salvar meu número.”

— Você é péssimo nisso — Lux disse, olhando a conversa sobre o ombro de Pedro, notando como ele esconde o celular.

— Ah, me poupa! Quero… Ser natural.

Parecer natural — A irmã o corrige. — Posso ouvir seu coração batendo daqui.

Ela ri e se cala quando ele joga uma almofada. E então volta a atenção para o celular, notando como ela respondeu rápido.

Talvez estivesse desocupada por agora.

Salvei, Pepe.
Como você está?

Com alguns tapinhas no ombro do irmão, Lux saiu do quarto, deixando que tivesse sua privacidade e conversasse com a nova crush. E Pedro não perdeu tempo, engatando em uma conversa tranquila com a mulher.

E que, esperançosamente, resultaria em algum encontro e passeio por Los Angeles.

Ele sentia que tinha chances.

▬▬▬▬▬ ☁︎ ▬▬▬▬▬

Não consegui postar antes, Wattpad não me deixava salvar o capítulo, que ódio!

Esse foi bem simples, apenas pra introduzir mais personagens ao livro, e dar continuidade à história.

No próximo, vem mais um personagem inédito.
Chegou a hora dele...
HÁ.

Beijoss
♡.

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