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06 | Aquele com Os Toques

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄
𝒄𝒐𝒎 𝒐𝒔 𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆𝒔
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬



Grand Cayman, Caribe
15 de setembro

☁︎

— Tio Pedro! Olha o Bem!

O grito de Salvador alertou ao homem e Vivian, que estava logo ao lado. Por toda a tarde, Pedro havia ajudado Salvador e José a “surfar” em pranchas pequenas e na praia rasa. Agora, Wagner estava ensinando o filho mais velho a se equilibrar na prancha de tamanho normal e o garoto finalmente havia conseguido.

Pedro sorriu e gritou um “wohoo” com animação, contagiando Vivian, que sorriu, achando adorável da parte do homem. As crianças estavam confortáveis na presença dele, e parecia que passar mais tempo com eles, deixava Vivian mais leve. Ela gostava da sensação, e não se afastou por toda a atarde na praia.

Quando as crianças dormiram por cerca de meia hora, em colchonetes sobre redes de palha na areia da praia, Wagner e Sandra saíram para um passeio e nado juntos. E o tempo vago foi o suficiente para Vivian tentar ensinar Pedro a jogar futebol, com a famosa “altinha”, como era dita no idioma português. Agora descansavam outra vez.

— Não faz sentido como você não consegue se equilibrar na prancha, mas consegue ficar de um pé só no chão, equilibrando uma bola no outro.

O chileno diz, com um tom leve de indignação, ainda mais claro na forma como encara a morena. Vivian ri, sem conseguir se conter com o olhar dele, e nega devagar, enquanto reorganizava a bolsa da praia para retornarem à casa.

— Eu cresci jogando futebol de rua, Pepe. Wagner e os amigos dele me ensinaram desde cedo.

— Hm. Faz um pouco de sentido.

— Claro que faz. Além de que na prancha, tem a água, as ondas, é difícil.

— Tudo bem, tudo bem, me venceu — Ele ergue os braços em rendição, o que só a faz sorrir mais.

Ah, e como ele adorava ver…

— É bom que, de certa forma, esteja conectada com algo tão interessante do seu país. Sem querer entrar no mérito do estereótipo, você sabe..

— Sei sim, amorcito — A mulher repete o apelido que ele havia se acostumado a usar com ela, e sem perceber, o que a faz comprimir os lábios quando se vira de costas para Pedro. — Eu vi o Brasil ser tetra e penta, me apeguei um pouco por esse lado.

— E tem sido difícil ver tantas copas sem outra vitória? — Ele questiona, o que a faz dar um riso incontrolável.

— Toca na ferida mesmo, Pedro. Com o dedo sujo, pra piorar — Ela retorna com humor, deixando claro como se sentia nas entrelinhas.

Pedro ri, levantando-se e lentamente chegando próximo a ela.

— Desculpe, corazón — Ele se aproxima, deixando que a mão esquerda descanse na lombar de Vivian, enquanto a destra leva o copo de bebida à boca. — Também não está muito bonito para o Chile. A última vez que ficamos no top três foi em 62.

— Sediado no próprio Chile. E o Brasil quem os tirou, na semifinal — Vivian responde, agora com um olhar falsamente superior quando se vira para o homem.

Pedro ri, assentindo devagar. A mão dele, que havia deslizado para a cintura da morena assim que ela se virou, permaneceu lá, agora apenas subindo e descendo devagar. Nenhum dos dois ousou se mover, mesmo estando perto demais, cara a cara. Nenhum deles queria.

— Sempre esqueço que esse seu HD memoriza coisas demais — Ele provoca, apontando sutilmente com o olhar e a própria cabeça para a de Vivian.

— Você está com inveja? José Pedro…

Ele jamais diria aquilo em voz alta, mas algo se aquecia dentro de todo o seu corpo, por inteiro, quando ela o chamava daquela forma. Talvez pelo sotaque mais “abrasileirado”, como ele pensava, e por dizer seu nome da forma correta com facilidade… Parecia bobo, mas isso o encantava.

E quando ele apertou mais a cintura dela, Vivian suspirou. Foi audível, ele percebeu, mas se esforçou para não sorrir dessa vez. Odiaria queria que ela se sentisse tímida.

— Talvez, um pouquinho.

— Na sua idade, deveria estar mesmo.

— Na minha- Ah, Vivian Moura…

O tom do homem quando nota o que ela havia falado é cômico demais para que ela se segurasse. Vivian ri, curvando o corpo sobre o de Pedro e apoiando a cabeça no ombro nu do moreno. As mãos dela tocam o peitoral dele enquanto tenta parar de rir e respirar. O que, na mente do chileno, só a deixa mais bela.

— Desculpe, mas eu tenho que aproveitar enquanto sou a mais nova do grupinho… — Ela provoca mais, com uma piscadela quando dá alguns tapinhas no peitoral de Pedro.

— Então o apelido anterior lhe cai bem, hm, bebé? — Ele provoca de volta, agora com as duas mãos na cintura de Vivian, a mantendo exatamente onde estava.

Pedro poderia sentir de longe o seu peitoral se aquecer e acelerar com a visão da morena puxando o lábio inferior com a língua e o mordendo, como se fosse difícil demais estar tão perto.

— Qualquer apelido em espanhol cai bem — A brasileira replica, dando levemente de ombros e piscando devagar também.

Um charme.

Pedro precisou respirar um pouco mais fundo dessa vez.

— É uma língua mágica.

O olhar dele, baixo e carregado, permitiu que Vivian notasse o óbvio duplo sentido na frase. Não era a primeira vez que acontecia, e ela riu da mesma forma, mesmo com a sua mente começando a lhe trair.

Os olhos castanhos tinham mesmo um charme diferente.

— Eu aposto que é… Anda, me ajuda com a bolsa.

— Já vai voltar?

Pedro não pôde esconder o desapontamento na voz quando a ouviu e deixou os braços caírem ao lado do corpo quando ela se afastou de uma vez, estando novamente de costas agora.

— Já sim.. Verei o que fazer pela noite. Segura essa bolsa…

☁︎

O banho recente havia feito Vivian descansar um pouco mais, esfriando a pele após uma tarde de sol. A morena havia caprichado um pouco mais dessa vez, com esfoliante e hidratante, apreciando o brilho da própria pele, o bronze..

Agora se olhava no espelho enquanto penteava o próprio cabelo, deixando secar caído em cascata pelas costas. O biquíni havia dado lugar a um vestido curto e folgado, liso, em um tom de azul naval, escuro, combinando com o tom na pele de Vivian.

Finalizando com um perfume leve, ela seguiu para o quarto, levando apenas o celular consigo quando saiu, descendo as escadas e caminhando para a cozinha da casa. A área de baixo estava silenciosa, com Vivian imaginando que os outros estariam em seus próprios quartos, o que a deu liberdade para conectar o celular no som e deixar sua playlist tocando baixo.

— Lana Del Rey?

A presença de Pedro já era esperada, inconscientemente, por Vivian. Acostumada com o tempo que passavam juntos pela casa. E ela não deixou de sorrir quando o ouviu.

— Eu adoro. A voz dela me hipnotiza — A morena diz, dando de ombros enquanto separava ingredientes para o jantar.

Estava fisicamente cansada demais para sair essa noite.

— É boa, realmente. Embora eu ainda prefira outros clássicos…

— Fleetwood Mac, eu vi a camiseta.

— Prince é o meu favorito.

O biquinho de Pedro a faz rir outra vez, e então lhe dar sua atenção devida. Os cabelos balançando, um tanto maiores que o normal e precisando de um corte. As pontas secando pelo banho recente e o corpo agora coberto por uma camisa preta e básica.

Por algum motivo, Pedro sorriu por ser avaliado por ela, tendo feito o mesmo quando chegou.

— Você tem um bom gosto. Se quiser colocar alguma música para tocar… — Oferece Vivian, apontando para o celular com a faca enquanto cortava alguns pedaços grandes da carne.

— Você quem está no comando — Ele diz, a observando e, internamente, aproveitando a música e como a voz da mulher soava. — Aliás, o que está fazendo?

— Risoto. Não é uma pizza, mas combina com vinho… — Ela o olha quando responde, como se pudesse analisar sua feição profundamente.

O sorriso de canto surge, realçando os lábios e bigode de Pedro, e a barba um pouco mais crescida, e adoravelmente falhada em várias áreas. Mais um charme. E então Pedro levantou, compreendendo bem o que ela queria. A lembrança de uma de suas conversas pela tarde vinha em sua mente agora.

— Branco ou tinto? — Pedro pergunta, batendo as pontas dos dedos contra o balcão de madeira.

— Branco.

Com a escolha de Vivian, o homem saiu, indo para a pequena adega disponível na casa. Ela continuou cozinhando, assando a carne e temperando o arroz com sal, deixando cozinhar. Quando Pedro retornou, observou Vivian dispondo os ingredientes em pequenos potinhos, e tomou seu próprio tempo enquanto abria o vinho, servindo em duas taças.

— Isso está cheirando bem… Quer ajuda? — Se oferece, enquanto estende a taça par a morena, recebendo um sorriso de agradecimento.

— Consegue cortar cebola sem chorar?

— Perfeitamente. Como você quer?

— Em cubos.

Com a disposição de Pedro, Vivian foca na carne e no arroz, e deixa que o moreno cuide daquela parte. E, entre algumas frases cantaroladas por Vivian e olhares impressionados por Pedro, os dois terminam de cozinhar juntos, tendo apenas que esperar o risoto ferver.

Com o cheiro da comida espalhado pela casa, Vivian tomou impulso para sentar no balcão, agora limpo e sem mais itens espalhados. Pedro havia lavado tudo. Com as pernas balançando e a taça de vinho na mão, já tendo sido preenchida algumas vezes, Vivian tomava o próprio tempo descansando e dando olhares de relance, avaliando o comportamento do chileno próximo a ela.

Algum lugar em sua mente precisava ter certeza do que sentia e as vontades que tinha, que era mútuo. Por mais óbvio que fosse.

Restava apenas mais um dia de viagem.

— Tem gostado da viagem até então? — Pedro é quem puxa o assunto, outra vez, notando o quão dispersa Vivian parecia estar. Mesmo que não fosse de uma forma ruim.

Mas a aproximação lenta dele, e como havia ficado de pé, perto demais e entre as pernas dela, pareciam fazer sua mente falhar.

— Sim. Imaginei que ficaria mais pela casa, como tem sido.

— Não é muito de sair?

— Não tanto. Não gosto de agitação, lugares tão cheios… Me sinto sufocada — Ela compartilha, com uma mão se apoiando no balcão de mármore e a outra sem largar a taça.

Mas, assim que Pedro tira o cigarro de uma caixinha preta e dourada, Vivian repousa a taça no balcão e pega a caixa de fósforos. Com cuidado, ela acende o cigarro de Pedro, focando em como ele traga para que mantenha aceso, e sabendo bem que os olhos dele estavam presos nos dela.

— Eu compreendo. Há alguns lugares que prefiro evitar, também. Mas amo shows, cinema, teatro…

— Sim, eu entendo. Há alguns lugares que as vezes não me sinto tão presa assim, mas… — Ela aprece pensar, enquanto aproveita o fósforo usado para acender algumas velas aromáticas. — Acho que já saímos bastante aqui, até mesmo pela capital… Sinto que se eu for outra vez, vou perder a vontade de vir novamente.

— E você quer vir de novo?

Era quase poético como a fumaça do cigarro escapava pelos lábios de Pedro. Era um mau hábito, e ele sabia, mas precisava de alguma forma para dispersar a própria mente, e Vivian já havia deixado claro que não se importava com aquilo.

— Sim. Esse lugar me distraiu de uma forma que não achei ser possível.

Ou talvez fosse a companhia, ela pensou. Sutil e ligeiramente, outra vez encarando os olhos castanhos de Pedro.

— Que bom. Uma boa distração cai bem antes de voltar para o trabalho — O homem afirma, com ela assentindo devagar.

Em um breve lapso, Vivian estica os dedos até a mão de Pedro, tomando o cigarro que ele havia acabado de tragar, e se vê de volta alguns anos no passado, quando a pressão do trabalho era grande demais e a nicotina era sua válvula de escape.

Não era um vício, nunca foi. Mas era algo que a fazia sentir mais calma, mais confortável. E ela precisava, muito, disfarçar como se sentia tão perto de Pedro.

A sua fonte de insanidade.

E o chileno não disfarçou o olhar de surpresa, seguido de um meio sorrisinho. Dividir o cigarro era algo íntimo, na concepção dele, e não pôde controlar os próprios pensamentos.

Mas os passos quebrando o silêncio os deixaram em alerta, se encarando quando Sandra e Wagner chegam à cozinha. Pedro queria se afastar, e Vivian, que estava de costas para o casal, segurou sua mão, pedindo silenciosamente que ficasse ali.

— O jantar está pronto. Pode desligar — Avisa, olhando por cima do ombro e vendo quando a cunhada assente e o faz.

— Hmm, leu a minha mente, Vi! Estava com desejo de risoto… — Sandra diz, com um sorrisinho que a entregava.

Estava se contendo para não comentar nada sobre os dois. Apenas pela presença do marido enciumado, que agora abria uma cerveja, dando um grande gole. Ele estava se esforçando.

— Ela caprichou nesse — Pedro diz, pegando o cigarro de volta e dando a destra para a brasileira, a ajudando a descer do balcão. — Vou pegar os pratos.

— E mais duas taças, por favor, Pê.

— Sim senhora…

▬▬▬▬▬ ☁︎ ▬▬▬▬▬

Oioi!

Como prometido, capzinho pra finalizar o domingo!
O próximo é uma maravilha (mesmo sendo suspeita pra dizer), e o outro... Terão que ler pra saber!

Beijoo
♡.

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