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04 | Aquele com as Raias

𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐄
𝒄𝒐𝒎 𝒂𝒔 𝒓𝒂𝒊𝒂𝒔
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Grand Cayman, Caribe
13 de setembro

Após uma tarde de alguns drinks e conversas sobre nós e o passado de ambos, Pedro e Vivian puderam se conhecer um pouco melhor. A intimidade crescia de forma natural e até bonita entre os dois, como dois amigos que se encontraram por acaso, realmente.

Por mais que entre sorrisos e olhares inocentes e sinceros entre ambos, também havia o interesse velado.

Era óbvio que duas pessoas solteiras em uma casa de praia, descobririam gostos em comum para compor o interesse que sentiam um pelo outro. O que no início havia sido puramente pela aparência, agora já encontrava outras ramificações. Para o desgosto de um irmão ciumento, e alívio de uma cunhada cuidadosa.

— … Que foi apenas quando me formei. Em 97 — Pedro conclui a história que contava, enquanto os dois caminham pela areia da praia, já escura.

— Que legal! E aí já começou a engatar na carreira?

— Demorou um pouco, peguei papéis pequenos, mas foi dando certo com o tempo. Tive ajuda de amigos e hoje… Está tudo bem diferente. Bem melhor.

— Que bom, Pedro.. Confesso que fiquei curiosa quando vi a escalação para Game of Thrones, que sempre foi uma paixão minha, e, preciso dizer, embora tenha sentido falta dos cabelos grandes do Oberyn, você foi perfeito.

Os elogios eram sinceros por parte de Vivian, que notou como o rapaz ficou sem graça, desviando o olhar para as ondas fracas que alcançavam seus pés, e sorriu. Por mais que ele flertasse com ela, sempre era pego de surpresa por palavras honestas da mulher. Inesperadas. Isso mexia com ele.

— Fico feliz. Consegui cumprir meu papel, mesmo com aquele final.

— Não vamos falar sobre isso, hm?! Eu ainda odeio a Cersei e o Montanha — Vivian ergue as mãos, o fazendo parar e rir.

E então os dois seguem pela orla, com as sandálias em mãos, os pés gelados pela água, a lua e as estrelas cobrindo todo o céu e iluminando a noite. E, de longe, podiam ver a família Moura retornando da caminhada, as crianças animadas e o casal de mãos dadas. Já estavam perto da casa.

Ao menos sair para uma caminhada noturna antes de dormir foi uma excelente ideia de Bem.

— Você chegou a assistir Narcos? — Pedro pergunta, tendo tido essa dúvida após alguns comentários da morena, mas nunca tendo coragem o suficiente para saber.

Vivian sorriu.

— Já, sim. Vi toda a primeira temporada quando estava de férias na casa do meu irmão. Ainda não vi a segunda, acabou de estrear… — Ela dá de ombros, como se fosse autoexplicativo.

Ele assente, compreendendo, mas mantendo o olhar nela, querendo saber mais.

— E o que achou da primeira?

— Foi interessante. Quer dizer, nada é totalmente fiel, e algumas cenas ainda me deixam… nervosa. Mas é uma excelente série.

O moreno não sabia esconder o sorriso causado pelos elogios dela. Mas sua mente o estava atentando agora, e só de olhar em seus olhos castanhos e escuros, tão profundos, Vivian compreendeu.

Eles pensavam mutuamente em uma cena em questão.

— Sim, eu vi. Foi constrangedor ver com meu irmão do lado, mas- Não.

— Não, o quê? Me conta!

Ela ponderou, enquanto dava passos lentos, como se não quisesse chegar em casa. E riu de si mesma por pensar aquilo, por relembrar a cena e quando aconteceu.

— Talvez haja um motivo para o meu irmão alertar tanto você…

Naquele momento, os olhos de Pedro pareciam brilhar mais. Algo em seu âmago havia se aquecido, porque agora ele sabia que algo havia acontecido. Algo que ela estava contornando demais para contar.

— Vamos, Vivi.. Não vai me deixar curioso, vai?

— Eu bem que deveria.

— Vivian…

O tombar de cabeça e os olhinhos de cachorro pidão definitivamente eram a ruína da mulher. E, com uma longa risada e um suspiro, ela cedeu.

— Ok. Wagner e eu estávamos assistindo, e chegou a cena do segundo episódio. E… Bom, eu te disse que era fã e Game of Thrones, e do Oberyn… Então… inconscientemente, eu cruzei as pernas.

Ela morde a bochecha ao revelar aquilo, desviando o olhar dele para os próprios pés enquanto anda. Pedro não ri. Ele gargalha. Com as mãos apoiadas na barriga para tomar fôlego, o chileno se contorce quando ela bate nele com as costas da mão. De leve. E corre alguns curtos passos para se defender.

— Tudo bem, é normal! Você só se conteve.

— Mas é estranho estar contando isso a você! De qualquer forma, meu irmão viu, e ele não é bobo, então… Talvez seja por isso.

— Certo… Bom, eu já garanti a ele que não estou tentando nada.

Não diretamente.

— Claro. Os flertes são só impressão minha…

— Shhh! Eu guardo o seu segredinho sórdido, você guarda o meu — Ele pisca, como se já tivessem combinado aquilo, e Vivian ri alto. — Mas, ei, é injusto você ficar assim com uma cena minha. E as do seu irmão?

— Ele não me deixava ver. Temos amor a sanidade um do outro.

— Ok, isso é justo. Vou deixar passar

— Você é muito bobo.

— Um pouquinho…

☁︎

Dia seguinte…

Stingray City, Ilhas Cayman
14 de setembro

Todos os passeios em Grand Cayman eram encantadores. O lugar parecia mágico e definitivamente tirado de cenas de filmes. As praias eram belas e as comidas locais eram deliciosas. Cada detalhe havia encantado a eles, que até comentavam em outras férias para ver mais do que o lugar poderia oferecer, e as ilhas menores fora da capital.

A parte da cidade que estavam agora era conhecida pelo nado com raias, o que havia encantado e assustado todos eles numa mesma medida. Por mais belos que fossem os animais, eram naturalmente perigosos. E, enquanto Wagner checava se todos os ingressos estavam em ordem, Vivian tentava acalmar José ao mesmo tempo que também tentava acalmar a si mesma.

— … E seu pai estará com você o tempo todo, amorzinho!

— Mas é perigoso! Papai pode me salvar?

— Claro que pode! A água é rasa, está vendo? Você vai ficar bem. Não é, Pedro? — Ela chama o moreno, que estava atrás de Bem agora, esperando pelo amigo.

— É sim. Ei, você já assistiu Procurando Nemo? Tem uma raia lá. E ele é legal — Pedro puxa assunto com o garoto, se agachando para ficar mais próximo da altura dele.

— Ele é.

— Então! As raias daqui são legais também. Se quiser… Eu posso ir com a sua tia primeiro, para ter certeza. Que tal?

A sugestão do homem a faz encará-lo, tentando controlar o olhar de dúvida. Ele sabia que ela estava temerosa também. Se perguntava se aquilo era proposital.

— Você vai primeiro, titia?

A voz doce e o olhar de José fizeram Vivian derreter por dentro. E combinado ao olhar do outro José, o mais velho e que sorria furtivo, ela cedeu.

— Vou sim, amor. E vou dizer pra a raia que você quer ser amigo dela. Tudo bem?

— Sim!

O sorriso animado do garoto a contagiou, e ela não pôde dizer não quando Wagner trouxe os dois ingressos. Enfrentaram a pequena fila de acesso e, como prometido, Vivian entrou primeiro, sendo seguida por Pedro. A água estava quente, como costumava ser ali, ainda mais naquela hora da manhã, e o homem se manteve perto dela, passando segurança, enquanto o instrutor conversava com os dois.

Não demorou até que as raias aparecessem nadando mais perto deles, e Vivian levou a mão até a de Pedro, cruzando os dedos com os dele. Com cuidado, o homem puxou a mão dela devagar, para que tocasse uma das raias ali. Uma das menores, e bastante curiosa, que nadava ao redor de ambos.

— Toca nela.

— Pedro…

— Sem medo, mi amor — O moreno alerta, encarando os olhos dela. — Seu sobrinho está olhando.

Vivian desvia o olhar devagar, e toma uma lufada de coragem, passando a mão aberta pelas costas do animal, sentindo a couraça contra a palma. Pedro mantinha uma mão na cintura dela, como um silencioso aviso de que ainda estava ali, e só se afastou quando a viu sorrir boba.

Os dois interagiram mais com os animais, com sorrisos e comentários bobos como estavam tão acostumados a fazer. Sendo sempre assim na presença um do outro desde o primeiro dia de conversa. E então Wagner e Sandra fossem liberados de entrar com as crianças, assim a família aproveitou junta.

— Deixa de bobagem, Vivian! Pega logo, é um filhote — Pedro insiste, tentando passar a raia bebê para as mãos dela, mesmo que ainda dentro d’água.

— Se ela me furar, eu mato você, José Pedro!

— É uma manta, não tem ferrão!

A morena respirou fundo, passando as mãos por baixo das dele, tocando os dedos do homem até que ele passasse a bebê raia para as mãos dela. Pedro estava certo, e as raias mantas não tinham ferrão, eram inofensivas apesar do tamanho assustador. Mas Vivian esqueceu de todo e qualquer detalhe quando sentiu a couraça suave do pequeno animal.

— É como um peixe enrugado — Ela comenta, rindo e ouvindo Pedro rir alto.

— Sim, é.

Logo, o animal começou a bater as nadadeiras, e Vivian deixou que ele nadasse livremente outra vez. A morena sorriu, olhando ao seu redor e os animais convivendo tranquilamente com os visitantes. E, por mais que tivesse sentido medo no início, assim que o guia informou que o tempo deles havia acabado, ela se sentiu um tanto triste.

Ao menos haviam aproveitado.

— Para onde agora? — Wagner pergunta, encarando os dois enquanto abraça Sandra de lado.

— Praia! — Bem e Salvador respondem juntos, com duas pelúcias que haviam feito o pai comprar.

— Eu apoio os meninos… — Vivian diz, com um sorrisinho cínico para o irmão.

Pedro permaneceu neutro e deu de ombros ao continuar, literalmente, ao lado de Vivian. E, com isso, Sandra convenceu Wagner de que a ida para a praia era melhor. E logo procuraram um bom bar ali, com uma mesa grande o suficiente para abrigar a família.

Preferiram ficar de fato na areia, na parte externa, e não era nada cheio, mas era sim bem diferente da praia privada que tinham na frente da casa. Ao menos ali haviam mais boias para as crianças testarem e brincarem, e as pedras e coqueiros largos enfeitavam mais a visão em contraste com o azul e branco do mar e do céu.

Vivian separou uma cadeira para si e automaticamente uma para Pedro, tendo a visão do homem tirando a camisa não muito longe. O corpo dele não era atlético, e Vivian não podia mentir, mas era… Diferente. Ela, ao menos, achava atrativo. Silenciosamente, aproveitou a visão enquanto se desfazia da própria blusa e short também, invertendo os papéis.

— Vamos buscar umas boias para os meninos? Salvador quer ir para a água com Bem — Sandra diz, puxando o braço de Wagner e o forçando a deixar os dois a sós.

Vivian riu, tirando alguns itens da bolsa lateral, e tirou um bronzeador com filtro solar baixo, e logo caminhou até onde Pedro havia acabado de se sentar. O homem a olhou do pé a cabeça, sem timidez ou qualquer vontade de disfarçar. O que só a fez sorrir mais.

— Pode passar em mim, por favor? Nas costas… — Ela pede, já se virando e puxando o cabelo sobre o ombro, sem esperar que ele de fato aceite.

— Claro, bebé.

Com um sorriso ladino pouco disfarçado, Pedro pegou o frasco e se levantou. Despejou um pouco do creme na própria mão e começou a passar pelas costas da morena, com cuidado e atenção. Ela esperou enquanto ele descia, sentindo as massagens que os dedos dele faziam nela e apreciando aquilo.

Seu corpo se arrepiou quando Pedro ajustou a barra do biquíni, tocando apenas dos lados e sem ultrapassar barreiras com aquilo, apenas a ajudando. E então ele se sentou, devolvendo o frasco e limpando as mãos.

— Obrigada, Pedrito..

— Aos seus serviços, corazón.

Vivian ri, de novo, seguindo para guardar as coisas na bolsa, e então deita a canga fina na areia, ao lado da cadeira de Pedro, onde o sol pegaria bem no seu corpo. E se deita, sem fone ou qualquer outra distração. Apenas ela e seus pensamentos sobre como lembrar dos toques recentes ainda a fazia arrepiar.

E Pedro, logo ao seu lado, podia ver perfeitamente bem.

Era uma tentação viva, por mais que ele tentasse se conter.

Talvez a barreira não durasse tanto tempo assim…

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Atrasadinha mais uma vez
Estágio e facul estão me matando

Masss pelo menos temos nossos refrescos e eu amando esses dois lindinhos ✋🏽😩

Até o próximo, amores!
♡.

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