Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

ᥫ᭡ 035

DESDE QUANDO HYUNJIN descobriu que seu pai foi denunciado à polícia, e por mim, ele vem me evitando. Eu sempre tive em mente que isso o chatearia, mas não pensei muito sobre as consequências mais graves do meu ato. Agora não consigo mais evitar este sentimento de culpa e medo pelo que virá. Com o que rola, eu gostaria de estar ao lado dele, mas Hwang me pediu distância e eu respeito isso, por mais que odeie.

       Há apenas um dia de intervalo e eu já sinto tanta falta dele. Na verdade, se for levar em consideração o tempo que ele desapareceu, a falta que me faz é imensa tanto quanto o tempo. Desejo estar perto, mas ele nem me olha nos olhos. Me questiono se fiz mesmo a melhor escolha. Hyunjin pediu que eu não me envolvesse, que poderia causar ainda mais problemas, mas mesmo assim eu fiz tudo sem consultá-lo antes.

Não. Eu tenho que ser positiva e acreditar que tudo dará certo, ele ficará bem. Enquanto me convenço de que fiz a escolha correta, uma parte de mim diz que eu não deveria ter passado por cima das vontades do Hwang, por mais que eu acredite que seja o melhor para ele. Um ponto que eu não tinha considerado é se o pai dele conseguir ser julgado inocente. A justiça é falha e ainda há muitas pessoas crentes na ideia de que bater um filho é educar.

No chão da sala da casa da mamãe, eu penso sobre o assunto enquanto aplico uma máscara de argila no rosto de Seungmin, agora que o rosto de Felix e o meu já estão verdinhos. Viemos os três passar o fim de semana aqui, o que quer dizer que iremos fofocar sem parar por dois dias. Minha mãe está na cozinha, por isso paramos a fofoca por enquanto. Basicamente, estamos cada um para um lado, fazendo nossas coisas. O cheirinho da comida no fogo já começa a passar pela casa, me deixando louca de fome. Minha barriga alerta um pedido de socorro.

       — O que vamos fazer amanhã? — eu pergunto enquanto assistimos Scooby-Doo. Felix parece ser o único realmente atento ao desenho, já que Seungmin não para de digitar no celular e eu só penso em Hyunjin. — A gente bem que podia ir ao cinema, ou fazer algo diferente desta vez.

       — Que tal irmos à biblioteca — Felix sugere. Eu sabia que seria sua primeira escolha. — Eu amo aquele lugar, é tão calmo.

       — Eu fico tentada, mas acho que vou preferir fazer algo que inclua mais animação — eu passo a oferta. — Seungmin, o que você sugere?

— Vocês ficaram sabendo do que aconteceu com Hyunjin? — Kim pergunta antes de responder a minha questão, muda completamente o assunto.

       Imediatamente fico preocupada. Devido as últimas ocorrências, torço para que não seja nada grave. Desde que ele entrou de verdade na minha vida, minha cabeça virou apenas preocupação. Eu sei que essa é apenas uma fase conturbada e passageira, mas até quando ele vai ter que passar por tanta coisa?

— Que culparam ele por vocês perderem o jogo? — Yongbok pergunta, a voz debilitada da máscara que começa a secar.

       Aquela garota não foi a única que disse coisas ruins sobre ele, apenas foi a que teve a audácia de falar na cara. Algumas pessoas levam esportes muito a sério e não como apenas um jogo, certos torcedores são muito intensos.

— Não. O pai dele foi preso — Seungmin conta, mas não fico surpresa.

Não sei se devo suspirar aliviada ou tremer de ansiedade. Ser preso significa que eles estão seguros, mas se a sentença for aberta para fiança... é preocupante. Tenho medo por ele, por todos eles.

— Preso!?— Lee parece exageradamente surpreso. — Meu Deus! Como assim?

— Chan acabou de me mandar mensagem — ele diz, indicando seu celular. — Parece que alguém denunciou ele por agressão, maus-tratos e violência doméstica. Ele foi detido ontem à tarde, quando ainda estávamos na escola.

       Fico um pouquinho mais aliviada.

— Ele está preso agora? — pergunto.

— Sim — ele tira um dos pesos das minhas costas. — Pelo que Chan me contou, ele está detido e esperando um advogado. Haverá uma audiência, mas como ele é réu primário, pode pedir para responder em liberdade.

— Então Hyunjin não está seguro, não é? — eu pergunto, me referindo ao filho.

— Na teoria, a lei os protege — ele responde. — Não que a lei seja sempre eficaz. Mas não vamos pensar em coisas ruins, vamos aguardar para ver no que vai dar e torcer para que a família dele fique bem — ele diz.

Eu cruzo os dedos e imploro a quem quer que esteja me ouvindo para que o proteja. Nunca fui uma pessoa muito religiosa, mas faria sem vacilar uma corrente de orações por Hyunjin. Por favor, que fique tudo bem.

       — Eu não sabia que isso acontecia. É tão estranho. Nossa, nem consigo imaginar — Yongbok diz, ainda não crê. — Por que vocês não parecem surpresos?

       — Eu meio que já sabia — Seungmin fala.

       — Eu também — digo.

       — Então parece que sou o último a saber — Bok chega a conclusão. — Eu só espero que ele fiquem bem. Gosto do Hwang, quero que fique seguro, ele prometeu me levar no fansign.

       Eu dou risada do Lee. Em um momento tenso como este, Lix é realmente a única pessoa que pode me fazer rir e descontrair.

— Ah, Chan também quer saber se vocês querem tomar sorvete amanhã — Kim muda completamente o foco da conversa.

— Eu vou preferir ficar em casa, é muito longe — digo, cansada. De repente a ideia da biblioteca me parece agradável. — Acho que perdi a disposição.

— E você, Lix?

— Depende, você vai pagar o meu sorvete? — ele questiona. Seungmin concorda. — Já que você insiste, faço esse sacrifício.

Hyunjin adora sorvete.

Eu só queria me resolver com ele. Mas não estamos em "A Barraca do Beijo", um sorvete não fará ele me perdoar. Eu imagino o que diria a ele. "Me desculpe por mandar seu pai para a cadeia, agora toma aqui um sorvetinho de flocos".

Deixando a fantasia de lado, eu penso em algo que possa ser melhor para me ajudar a fazer as pazes com ele. Não encontro nada. Olho para frente, para os lados e tudo que vejo é Felix e Seungmin rindo de algo no celular do Kim, ao mesmo tempo em que reclamam da máscara que incomoda quando fazem isto.

— Vocês dois já brigaram alguma vez na vida? — pergunto, honestamente curiosa.

— Não — eles respondem juntos.

— Se algum dia isso acontecesse com vocês, como tentariam se resolver? — eu dou uma hipótese, mas o que quero mesmo é saber como consertar a minha relação com Hyunjin.

— Depende, o que o Seungmin fez? — Lix pergunta, arrancando um olhar de desaprovação do melhor amigo.

— Algo bom, para te proteger. Mas que você não gostou — respondo, talvez me entregando.

— Se foi mesmo algo bom, por que eu não estaria feliz por isso? — Bok questiona, ele tem total sentido, o que não tem cabimento é esta situação, a que Hwang passa.

— E eu quem sei? — eu sei.

— Ué, foi você quem começou esse jogo — meu irmão cruza os braços. Quem me dera se tratasse apenas de um jogo.

— O que você faria, Seungmin? — ainda tenho esperança de ouvir algo que realmente ajude.

— Se fui eu quem errei, o melhor é pedir desculpas. Mas elas não contam se não forem realmente sinceras — ele responde. — Você disse que eu fiz algo para protegê-lo e ele não gostou. Se você agiu, eu agi — ele corrige. — ...para o bem dele, então eu me encarregaria de que ele soubesse das minhas razões.

— Só pra deixar claro, se você aprontasse algo que me fizesse brigar com você, eu nunca mais te aceitaria como meu amigo de volta — Felix diz.

Minha cabeça só fica mais confusa. Enquanto um me diz para encarar essa barra, o outro fala que nunca perdoaria. Quanto mais respostas eu procuro, mais questões encontro.

— Está bem, todos nós acreditamos — Kim diz, irônico. — E se brigássemos, por que eu seria o culpado?

       — Você está querendo insinuar que a culpa é minha? — meu irmão rebate.

Uh-oh. Acho que arrumei, sem querer, a primeira DR do casal. Como se o clima entre Hyunjin e eu não fosse ruim o suficiente, agora quebrei a relação dos dois. Mas pelo menos com esta não tenho muito que me preocupar, a briga não vai durar.

Pelo resto da tarde nós ficamos conversando sentados no chão. Algum tempo depois mamãe juntou-se a nós e Felix nos atualizou sobre o que está rolando. Os meninos falaram tudo sobre o jogo e no que isso causou, já que a mais velha não acompanhou de perto. Foi fofoca e gritaria o dia inteiro. Lar, doce lar.

Tarde da noite nós colocamos o filme do Pantera Negra na tevê. Seungmin fez pipoca doce e nós acabamos com tudo antes dos primeiros trinta minutos de filme. Quando os créditos subiram, eu vi que os três estavam cochilando.

Me levanto com sede e vou em direção à cozinha, de fininho. É o começo dos créditos e se eu for rápida o suficiente, chegarei a tempo de ver as cenas do pós. Quando adentro a cozinha, vou direto para o filtro e misturo água gelada com a natural. Fico prestes a colocar o copo na boca quando escuto algo.

— Que palhaçada é essa, Jiyoon? — minha mãe faz com que eu quase derrube o copo. — Por que está andando assim, como se fosse ninja?

— Eu só não queria acordar vocês — respondo, me recuperando do susto e da ameaça de ataque cardíaco.

— Se não queria me acordar é porquê estava fazendo algo de errado — ela diz, suspeitando de mim.

— Não é nada disso — ergo as mãos como uma forma de rendição.

— Senta aí, mocinha! — ela aponta uma cadeira na mesa de jantar. — Nós duas vamos conversar.

E lá se foram as cenas pós créditos.

Eu me sento na cadeira como pedido e ela faz o mesmo, ficando de frente para mim. Eu bebo a minha água e descanso o copo na mesa, espero que ela comece a conversa já que não para de me encarar.

Tenho medo do seu olhar. Quando criança, pensei que a mamãe poderia ser uma bruxa. A mais velha me lê completamente, sou como um livro aberto para ela. Sempre que algo acontece comigo, ela sabe. Seu sexto sentido vem da maternidade.

— Eu percebi que tem algo te incomodando — mamãe fala mansinho. Eu disse que ela sabe. — Está tudo bem, meu amor?

— Nem tudo — eu respondo, ela e eu não guardamos segredos. — Fiquei pensando sobre algumas coisas o dia inteiro.

— Que coisas são essas?

— A senhora conhece o Hyunjin, não é? — ela confirma com a cabeça. — Nós dois estávamos brigando muito e nos resolvemos, estávamos nos dando bem pela primeira vez, isso a senhora já sabe. O novo é que ele me contou um segredo importante e pediu que eu não fizesse nada a respeito, mas isso colocava a vida dele em perigo. E acredite, eu não estou exagerando sobre o que se trata.

— Então você acabou contando o segredo dele para protegê-lo? — ela interroga, certeira. A capacidade da minha mãe de adivinhar as coisas ainda me surpreende.

— Sim, eu contei e agora ele não quer papo comigo — me lamento.

— Isso está te magoando? — questiona já sabendo. Respondo que muito. — E você o contou isso? — ela faz outro questionamento.

— Não...

Pensando um pouco melhor sobre isso, a comunicação nunca foi um ponto forte na relação entre ele e eu. Hyunjin e eu começamos discutindo por um mal entendido, ele não quis escutar a minha versão dos fatos e resultou numa briga quase sem fim.

Mas não é como se eu possa apontar o dedo e apenas culpá-lo. Eu também falhei. A comunicação falha conosco desde o princípio. Quando ele tentou me ouvir eu quem não disse nada, preferi esconder o que sentia a consertar a situação embaraçosa.

— Ele e eu não nos comunicamos muito bem.

— Mas isso é o mais importante de todas as relações, querida! — ela diz. Reconheço que tem total razão. — Comunicação é tão importante quanto o amor, um precisa do outro.

— Eu entendo, mas algumas vezes é muito difícil conseguir colocar em prática.

— Trabalhe nisso, eu sei que você consegue — mamãe aconselha. — Se você se importa mesmo com esse garoto, então não esconda as coisas dele.

— Eu me importo com ele, é claro. Mas não sei nem por onde começar.

— Vamos começar com o básico — ela tenta me ajudar. — Você gosta dele?

É uma pergunta que me questiono desde que o conheci. Com o passar dos dias algumas coisas vão ficando mais claras para mim, todavia, ainda possuo as minhas questões. Por um tempo, no início, eu não gostava dele de verdade. Hoje percebo que era apenas grata por ele, que era somente uma atração. O que sentia por Hyunjin era mais como um sentimento de fã, à distância.

       A distância não era ruim para mim, mas aí veio o choque de realidade, nossos mundos nada distantes colidiram e então foi só guerra. É como dizem, nunca conheça os seus ídolos. Eu o irritava e ele a mim também, nós temos isso em comum. No fundo eu gosto de ser provocada. Me fazia sentir como uma criança outra vez, mas eu gosto. Na terceira fase do nosso relacionamento, nos aproximamos. Pudemos conhecer um ao outro por completo, dividimos histórias, sonhos e sentimentos. Durante um tempo as coisas pareciam ir bem, mas novamente eu estraguei tudo. É assim que todo ciclo se encerra.

— Eu... — tento responder em voz alta. — Mas e se ele me rejeitar? — pergunto com medo.

— Não pense nisso, você está se auto sabotando. O que te atormentaria mais: a rejeição, ou nunca saber como ele se sente também?

Ela tem razão. Do jeito que já estamos, eu não tenho nada a perder, não há como piorar ainda mais a situação. Tenho que encarar isso como a nossa versão de a "Aposta de Pascal", tenho mais a ganhar se acreditar que há uma chance de existir. Neste caso, a chance de existir sentimentos seus por mim também.

— Tem razão, eu odeio a dúvida.

— Eu sempre tenho razão — ela se exibe.

— As pessoas dizem que com a idade as pessoas vão adquirindo mais sabedoria... por isso que a senhora é tão sábia — eu digo.

— Já chega, 'pro quarto, agora! — ela aponta a direção, fingindo estar brava.

— Boa noite, mãe — eu me despeço com um beijo na testa dela.

Volto para a sala e recolho as minhas duas crianças dormindo no chão. Acordo meus amigos e ajudo eles a irem para o meu quarto sem cairem, assim que chegam eles se jogam juntos no colchão e adormecem num sono profundo. Amanhã acordarão cedo e com muita energia. Oba, crianças hiperativas.

Eu ligo o ar-condicionado, cubro os garotos com as mantas fofinhas e vou para a minha cama. Deito-me, mas não tenho sono. Viro de um lado para o outro sem conseguir dormir, Hwang Hyunjin está tirando o meu sono.

       Todas as vezes que me deito na cama são assim, começo a pensar em milhares de coisas que aconteceram e poderiam acontecer, na minha mente passam um turbilhão de pensamentos. Nesta noite é Hyunjin quem tomou conta da minha cabeça, o que é mais frequente do que deveria.

       Cada vez que eu fecho os meus olhos o vejo, ele sorri para mim, vêm até mim e, de repente, fica bravo e me olha com rancor. Eu corro para longe dele, mas o garoto me persegue, a culpa me persegue. Abro os olhos, evito pensar no assunto, mas nada me faz tirar tais coisas do cérebro. Viro-me de um lado para o outro.

       Inquieta, culpada, triste, ansiosa; é como me sinto. Sem conseguir mais me acalmar, resolvo agir, tomar um partido. As coisas que minha mãe disse ficaram em minha mente, até as que Lily falou ainda estão aqui. Elas podem ter razão, estou com medo e sabotando isto, inconscientemente. Não quero mais viver assim, quero fazer algo de que eu não me arrependa.

Oi...

Nos podemos conversar?

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro