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|Capítulo 64|

P.O.V Emma Hale

— A toca fica bem aqui. — comentou Stiles, mostrando para Allison, enquanto invadíamos a sala dos nossos irmãos só para o Stilinski explicar sobre o plano. — É no meio da trilha.

— Isso estreia a área. — disse Allison. — Coiotes seguem trilhas fixas. Mas acho que está certo sobre ela não voltar para a toca.

— Os coiotes não gostam de lobos. E são espertos. — acrescentou Brian. — Para não serem ouvidos, eles andam nas pontas dos pés.

— Coiotes pisam em avós? — perguntei.

— Sim. — Brian confirmou antes do sinal bater.

— Temos que ir, manda o local. — disse Allison.

— Vejo vocês. — respondi, saindo com Allison e Brian da sala.

(...)

Assim que entramos na sala, o professor de matemática já estava fazendo contas no quadro. Resmunguei baixinho enquanto meu melhor amigo me puxava para sentar na mesa. O próximo se virou para encarar a turma toda.

— Tudo bem, turma, vamos começar essa manhã com várias contas de matemática. Quem está animado? — Alec disse e ninguém respondeu. — Cadê a animação, turma?

— Morreu assim que entramos na sala e descobrimos que seria aula de matemática. — comentei, arrancando risadas da turma toda.

— Engraçadinha. Já que adora fazer piadas, por que não ser a primeira a resolver essas contas? — provocou o professor, fazendo-me franzir a testa enquanto a sala ria.

— Fala sério. — resmunguei.

— Valendo 5 pontos. — anunciou e me levantei na hora, tropeçando no meu próprio pé. Cheguei perto do professor, pegando o giz da mão dele. Fiquei em frente ao quadro e coloquei o histórico na lousa. Olhei para os números, que começaram a se mexer. Minhas mãos começaram a tremer, e minha respiração ficou pesada. Acho que Brian notou que algo estava estranho, pois ele se levantou também.

— Emma? Está tudo bem? — Brian perguntou, e eu me senti meio tonta, quase querendo cair. Todos ficaram me olhando, e Brian se aproximou, me segurando.

— Eu irei levá-la até a enfermaria. — disse ele.

— Claro. — concordou o professor, enquanto sentia o garoto passar a mão na minha cintura, ajudando-me a andar.

(...)

Entrei de uma vez no vestiário feminino, olhando tudo ao meu redor.

— Emma, olha pra mim, ruiva. Isso é um ataque de pânico? — pediu Brian. Apenas fui até a pia, colocando as mãos e me olhando no espelho. Já estava ficando suada.

— Não é real... isso deve ser um sonho.

— Não é não. Isso é real. Você está aqui. Você está comigo. Certo, o que você faz? Quero dizer, como você sabe se está acordado ou dormindo? — munurrei, virando-se para mim. Tentei falar, mas nada saía.

— Emma, olha pra mim... Só pra mim. — ele segurou minhas mãos. — Está ouvindo minha voz, olha pra mim. — insistiu, e olhei para os olhos azuis do garoto, apertando sua mão sem machucá-lo. — Escuta minha voz, isso é real. Olha. — Brian me beliscou.

— Aí.

— Isso é real. — ele disse, e eu soltei as mãos dele, encostando na parede e escorregando para o chão, tentando controlar minha respiração. — Isso não funcionou. — Brian se abaixou, ficando na minha frente. Minhas mãos ainda tremiam. Senti as mãos dele segurando meu rosto, ele se aproximou e selou nossos lábios. Prendi minha respiração, e aos poucos fui me acalmando. Nos separamos e ficamos nos olhando. — Lembrei que, quando você teve isso pela primeira vez, e quando te beijei, você prendeu a respiração. Então, se eu fizesse de novo, ia funcionar.

— Isso que é real. — digo, olhando para ele, que estava vermelho e soltou uma risada. — O que está acontecendo comigo?

— Vamos descobrir. Você vai ficar bem. — murmurou Brian.

— Será? Estou com medo. Por mim e por todos. Eu e Stiles estamos quase do mesmo jeito, sinto medo de me transformar em lobo, a Allison está sendo assombrada pela tia maluca dela, Stiles com certeza está perdendo a cabeça. Sinto que não vou conseguir... A gente... Não podemos ajudar a Malia. Não podemos ajudar ninguém. Eu nem tenho notícias do meu pai mais.

— O Scott vai querer tentar ajudar. Sempre podemos tentar. E lembra, eu nunca vou soltar sua mão, independentemente da situação. Sempre estarei lá segurando. — Brian disse, pegando minha mão. — Eu e você contra o mal.

— Eu e você contra o mal. — repeti.

— Brian? Emma? — chamou uma voz feminina. Eu e Brian levantamos na hora, vendo Allison e Lydia com sorrisos disfarçados. — O que fazem aqui?

— Ou melhor, no vestiário feminino? — perguntou Lydia. Eu e Brian nos olhamos na hora, ambos vermelhos, voltando a atenção para as mais velhas.

— Nada. — digo, pegando a mão do meu melhor amigo e puxando para fora do vestiário. Pude escutar as duas soltando risadas.

— Elas vão ficar no pé depois? — questionou Brian.

— Com certeza. E com certeza vão.

(...)

Estava no corredor dos vestiários, querendo ficar um tempo sozinha. Antes de sair, pude ver Kira entrando, segurando duas mochilas. Arrumei a minha nas costas e fui até a garota.

— Ruiva. — Kira abriu um sorriso tímido.

— Oi, Mulan. — retribuí o sorriso.

— Ah, você viu o Scott? — perguntou ela.

— Meu irmão?

— Irmão? — respondeu Kira, surpresa.

— Na verdade, sou irmã adotiva dele. — ri. — Mas ainda o considero meu irmão. E a mochila dele é do Stiles?

— Ah, sim. Eu queria entregar a eles já que seriam da mesma sala. Por causa do Stiles, né? — respondeu ela. — Ele passou mal, parece.

— Entendi. Posso fazer companhia e te ajudar.

— Obrigada, eu vou adorar sua companhia. — Kira disse, e começamos a andar. Mais à frente da escada, havia o coiote, ou melhor, a Malia. Ela rosnou para nós duas. — Ai, meu Deus.

— Corre. — digo, puxando a mão dela e derrubando uma mochila no chão. Entramos no primeiro vestiário, jogamos as mochilas no chão e fechei a porta. Eu ia ficar para segurar a porta, mas Kira me puxou pela mão. Nos escondemos atrás dos armários, agachadas. Senti Kira apertar minha mão após escutarmos o vidro quebrando, indicando que a Malia entrou dentro do vestiário. Seu cheiro se aproximou. Levantamos e começamos a andar devagar, até que Scott nos puxou para trás dele. Ele empurrou os armários, assustando o coiote, que foi embora. Saímos para dar uma olhada e vi minha mochila rasgada, mostrando a boneca.

(...)

A polícia foi chamada na escola porque um coiote da floresta entrou aqui e quase nos atacou, eu estava ao lado de Kira, verificando se ela estava bem.

— Emma, estou bem. — Kira disse timidamente, e olhei para ela sem graça.

— Tem certeza? — perguntei.

— Sim... Obrigada por me ajudar. — ela garantiu.

— De nada. — sorri para ela, que retribuiu. — Nós duas quase fomos atacadas pela Ma... quer dizer, um coiote. — me atrapalhei. — Você só queria entregar as mochilas.

— Eu só queria ser legal. — Kira respondeu timidamente.

— Você é legal. Obrigada, Mulan. — falei, tirando um sorriso dela. Mas meu sorriso desapareceu quando o pai dela se aproximou, então me afastei dela e fui até Scott.

— Mulan? — Scott questionou, levantando uma sobrancelha.

— Sim, um apelido fofo, porque ela parece a Mulan. Ela só quer ter amigos, e percebemos que a garota num corpo de coiote se interessou por ela. — cruzei os braços. Meu irmão apenas revirou os olhos.

— Ei, pessoal. — Stiles disse, entrando com Brian no vestiário. Eu apenas me abaixei para pegar minha mochila. — O que ela queria aqui?

— Então, meus amigos. — chamei a atenção deles. — Eu acho que sei o que ela estava procurando. — abri minha mochila e tirei a boneca de lá.

— Que coisa é essa? Uma boneca medonha! — Brian questionou, com certo medo.

— Pegou a boneca do carro? — Scott perguntou, incrédulo.

— Menina, você é maluca? — Stiles perguntou, abrindo e fechando a boca.

— Eu achei fofo. — digo sem graça. — Queria assustar o Brian... Ah, e também achei que eu e Scott poderíamos usar para farejar.

— Até que a ideia não foi tão ruim assim. — murmurou Stiles.

— Onde arrumou isso? — o Sr. Tate questionou, vindo na nossa direção e puxando a boneca da minha mão. Chamou a atenção de todos. — Era da minha filha.

— Dá licença. — Noah disse, entrando na nossa frente. — Sr. Tate, não sei como ficou sabendo. Se tem uma escuta policial ou sei lá o que, mas não pode ficar aqui. — percebeu a arma que o homem estava segurando em seu quadril. — Na Califórnia, é proibido entrar nas escolas armado, com ou sem porte. Precisa sair, Sr. Tate, agora.

O Sr. Tate tentou se soltar quando um policial tentou segurá-lo, e eu e os meninos nos olhamos, entendendo que ele queria matar aquele coiote, que é sua própria filha.

— Precisamos impedi-lo. — digo, e Scott concordou comigo.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

O que acharam desse capítulo amores????

A Bloom guardando a boneca Kkkkk

Meta 50 curtidas amores Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰

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