|Capítulo 129|
Olha amores tudo bem?
Antes de começar, esse capítulo juntei os episódios 9,10 e 11 , será narrado pela Emma e pela Narradora.
Fiz algumas alterações e mudei algumas coisa
Espero que gostem desse capítulo 8k de palavras hehehe.
P.O.V Scott Mccall
Minha asma voltou. Não sei como, mas voltou. Tão ruim quanto costumava ser. Agora, mantenho meu inalador comigo o tempo todo, como costumava fazer. E já se passaram cinco dias. Não vimos nenhuma Chimera novo e não vimos os Dread Doctors. Todos nós vamos para a escola, fingindo que nada aconteceu, mas todos parecem saber. Você apenas anda pelos corredores e ninguém está sorrindo. Ninguém está rindo. Você tem a sensação de que todos podem sentir que algo está por vir. Eles simplesmente não sabem o que é, ou o quão ruim vai ser. Toda vez que sinto que devo fazer algo a respeito, me pego pegando meu inalador... Tipo, vou dar uma tragada nele e encontrar uma solução brilhante para salvar a todos.Mas não sei o que fazer.Acho que ninguém sabe.Talvez seja por isso que ninguém está realmente falando um com o outro. Às vezes, nem percebemos um ao outro. Mas acho que alguns de nós estão bem com isso.Porque não falar torna mais fácil guardar segredos. E eu não sei se alguém está realmente mentindo sobre as coisas talvez seja mais como mentiras por omissão. Talvez a pior mentira seja para Stilinski... Porque ninguém lhe contou sobre Parrish ainda. Então, novamente, ninguém contou a Parrish também. Ele parece não se lembrar de pegar os corpos, e achamos que ele só é realmente perigoso se você tentar atrapalhar. Se Stilinski soubesse a verdade, ele Porque não falar torna mais fácil guardar segredos. E eu não sei se alguém está realmente mentindo sobre as coisas-- talvez seja mais como mentiras por omissão. Talvez a pior mentira seja para Stilinski.Porque ninguém lhe contou sobre Parrish ainda. Então, novamente, ninguém contou a Parrish também. Ele parece não se lembrar de pegar os corpos, e achamos que ele só é realmente perigoso se você tentar atrapalhar. Se Stilinski soubesse a verdade, ele Porque não falar torna mais fácil guardar segredos. E eu não sei se alguém está realmente mentindo sobre as coisas talvez seja mais como mentiras por omissão. Talvez a pior mentira seja para Stilinski... Porque ninguém lhe contou sobre Parrish ainda. Então, novamente, ninguém contou a Parrish também. Ele parece não se lembrar de pegar os corpos, e achamos que ele só é realmente perigoso se você tentar atrapalhar. Se Stilinski soubesse a verdade, eledefinitivamenteentrar em seu caminho. Então, Lydia e Stiles estão tentando encontrar os corpos, o que significa encontrar o Nemeton. Eles estão dirigindo por aí, procurando por toda a floresta... Mas da última vez que encontramos essa coisa, três de nós quase nos afogamos na água gelada. Não somos os únicos à procura de quimeras. Stilinski colocou todos em busca do próximo alvo, questionando qualquer um que seja uma quimera genética. Qualquer um que tenha dois conjuntos de DNA. Ninguém sabe realmente o que eles estão procurando. Alguns acham que é um serial killer. Alguns provavelmente sabem que é pior. As duas Quimeras que conhecemos, Hayden e Corey? Ambos estão bem. Na verdade, melhor do que bem. Eles estão se curando mais rápido e ficando mais fortes. Eles não precisam da nossa ajuda... E eu não acho que eles iriam querer isso, de qualquer maneira, Emma parecia bem e normal, Deaton deu uma olhava nela e não encontrou nada de diferente, ela estava se curado mais rápido que eu, levava 3 segundos, parecia que ela tava mais forte, eu confesso que algo mudou nela e não sei seu o que realmente é, ela é Liam estavam bem.Eu ainda não tive notícias de Kira.
P.O.V Narradora
Theo caminhava nervosamente pelo corredor, seus passos ecoando enquanto tentava se concentrar na conversa com o cirurgião à sua frente. Ele parou abruptamente, encarando o homem com uma determinação intensa.
— Você está me ouvindo? — perguntou Theo, a frustração evidente em sua voz. — Eu disse que preciso de mais tempo.
— Perigeu-syzygy. A superlua. Saberemos no perigeu-syzygy.— disse o cirurgião, com uma expressão impassível, respondeu,Theo sentiu a irritação crescer dentro dele.
— Mas e o Hayden? — ele insistiu, tentando manter a calma.
— Fracasso. A falha compromete o pool de experimentos. — o cirurgião disse, sem hesitação.
— E a Emma? — Theo continuou, sua voz agora mais urgente. O cirurgião permaneceu em silêncio, o olhar distante. — Eu preciso dela, eu preciso do poder dela.
O cirurgião finalmente respondeu, mas suas palavras foram frias e diretas.
— Ela já era um lobisomem. Ela tem um grande poder, mas não sabemos se nosso experimento irá dar certo com ela. Ela pode sobreviver ou não.
— Não, não, não, não para mim! — Theo exclamou, quase implorando. — Eu mantive Scott fora do seu caminho. Eu fiz tudo o que você queria. Agora, preciso da Emma, viva.
— Inconsequente. — O cirurgião retrucou, a voz sem emoção.
— Você me promete um pacote. — Theo disse, a esperança tingida de desespero em suas palavras.
— Nós não prometemos nada a você. — A resposta foi firme e definitiva.
— Eu preciso dela viva! — Theo gritou, a frustração transbordando.
— Só até o perigeu-syzygy. — O cirurgião respondeu, e as palavras cortaram como uma lâmina. Theo soltou um suspiro pesado, repleto de raiva e impotência, seu coração pulsando com a urgência da situação.
(...)
Emma e Liam se encontraram entre os ônibus, buscando um momento de privacidade em meio ao agito da escola. Emma se encostou em um dos ônibus, enquanto Liam ficou de frente para ela, a intensidade do olhar deles criando uma bolha ao redor. Com um gesto suave, ele puxou uma mecha de cabelo dela para trás da orelha, seu toque transbordando ternura.
— Vejo você no segundo período da história, ok? — disse Liam, sua voz baixa e reconfortante. — Depois, podemos almoçar juntos.— Emma sorriu, sentindo-se aquecida pelo carinho.
— Claro, você sabe que vou encontrar o Hayden no cinema. Venha conosco. — ela envolveu os braços ao redor do pescoço de Liam, atraindo-o para mais perto. O sorriso dele se alargou enquanto ele segurava a cintura dela, sentindo a conexão que tinham.
Os olhos de Emma brilharam quando sua mão desceu pelo peito dele, puxando-o pela camisa enquanto se inclinavam um para o outro. O beijo que se seguiu foi repleto de desejo e paixão, mas também de uma preocupação silenciosa que pairava no ar. Quando se separaram, os olhares fixos de um no outro comunicavam um amor profundo e um temor compartilhado.
— Você vai ficar bem — Liam disse, tentando transmitir confiança.
— Claro, meu amor — Emma respondeu, puxando-o para mais perto novamente. Eles trocaram outro beijo apaixonado, mas o momento íntimo foi abruptamente interrompido. Hayden apareceu, seu nariz excretando mercúrio de uma das narinas, um sinal de que algo estava errado. O casal se afastou, boquiabertos, a preocupação tomando conta deles.
— Liam... — a voz de Bloom tremia de medo. — Isso é real? Eu sou... um deles?
— Não, você não é. Isso não vai acontecer com você, meu amor. — Liam pressionou sua testa contra a dela, acariciando suavemente sua bochecha, tentando oferecer segurança em meio à incerteza que agora enfrentavam.
— Eu preciso ver a Hayden. — Emma disse, a determinação começando a se formar em seus olhos.
— Você vai ficar bem. — Liam insistiu, ainda acariciando a bochecha dela. Emma deu um último beijo em seu namorado antes de se afastar, e Liam soltou um suspiro preocupado, assistindo enquanto ela se afastava, lutando contra a ansiedade que o consumia.
(...)
Liam entrou no vestiário, deixando sua bolsa no banco, o que atraiu a atenção de Scott, que estava por perto. Ele se aproximou, com um olhar preocupado.
— O que está fazendo? — Scott perguntou, levantando uma sobrancelha.
— Nada — Liam respondeu de maneira evasiva, tentando disfarçar a tensão que sentia.
— Ei, Liam... lembre-se que amanhã é lua cheia. Você provavelmente já está começando a sentir isso.
Liam revirou os olhos, consciente do que Scott estava insinuando.
— Eu sei, por isso estarei com a Emma.
— É uma superlua... — Scott insistiu. — O que significa que estará mais perto da Terra.
— Sim, eu sei o que significa. — Liam franziu a testa, irritado com a insistência do amigo.
— Ok. Bem, lembre-se... Estou aqui para ajudá-lo. — Scott disse, mas Liam fechou o armário com força, olhando para ele com intensidade.
— Você vai me acorrentar na árvore de novo? — perguntou Liam, sua voz carregada de desdém.
— Tudo o que eu quis dizer foi que pode ser uma boa ideia se ficarmos juntos. Assim podemos proteger uns aos outros, principalmente a Emma
— Não podemos proteger ninguém. Aliás, você falou para o Derek o que aconteceu com a filha dele?
— Não, não quero preocupá-lo. — Scott respondeu, desviando o olhar.
— E a filha dele? — Liam insistiu, a frustração evidente em sua voz.
— Eu sei, e ela ainda é minha irmã. — Scott afirmou, encarando Liam com seriedade. A tensão entre os dois era palpável enquanto Liam pegava sua bolsa e a colocava nas costas, saindo em silêncio.
(...)
Do lado de fora da escola, Hayden e Emma estavam imersas em uma conversa tensa e preocupada. Hayden acabara de revelar que mercúrio havia escorrido de sua boca, e a gravidade da situação pesava sobre elas como uma nuvem escura.
— Eu sou a próxima... — Hayden murmurou, o medo claro em seu olhar.
De repente, o som de uma ambulância se aproximou, chamando a atenção das meninas. Elas correram em direção ao barulho e, ao chegarem, avistaram Corey sendo colocado em uma maca, seu corpo coberto de mercúrio. Hayden instintivamente agarrou a mão de Emma, transmitindo seu medo. Elas trocaram um olhar rápido, mas significativo, entendendo o perigo iminente.
— Emma, precisamos sair daqui — disse Hayden, a voz trêmula.
— Mas e o Liam? Não deveríamos avisá-lo? — perguntou Hayden, hesitante.
— Primeiro, precisamos garantir nossa segurança. Assim que estivermos longe daqui, vou contatá-lo e informá-lo. Vamos. — Emma puxou Hayden, a determinação em sua voz deixando claro que não havia tempo a perder.
(...)
Liam estava frenético, seu coração batendo acelerado enquanto ele percorria os corredores da escola em busca de Emma. A preocupação o consumia, e cada instante que passava sem encontrá-la aumentava sua angústia. Foi então que avistou Brian, um rosto familiar em meio ao caos.
— Você viu a Emma? — Brian perguntou, a expressão dele refletindo a mesma apreensão que Liam sentia.
— Não, estou procurando por ela em todos os lugares. — Liam respondeu, sua voz cheia de preocupação.
— Eles estão vindo atrás de todos nós. Precisamos encontrá-la, e rápido. — Brian insistiu, seu tom urgente fazendo o coração de Liam acelerar ainda mais.
— A boate. — Liam disse, lembrando-se de onde Emma poderia estar.
(...)
Enquanto isso, em um canto mais isolado do cinema, Hayden estava sentada em frente ao cofre, com as mãos ágeis tentando abrir a fechadura, a ruiva a observava, intrigada e um pouco apreensiva.
— Você conhece a combinação? — Emma perguntou, seu olhar fixo na amiga.
— 34 12 56. — Hayden respondeu com confiança, e, em um instante, a porta do cofre se abriu com um estalo, revelando seu conteúdo. Com um sorriso travesso, Hayden enfiou a mão e retirou um envelope cheio de dinheiro.
— Mas... isso é... — a voz de Emma sumiu, sua surpresa evidente enquanto seus olhos se arregalavam.
— Sim, Phil é um idiota. — Hayden comentou, fechando o cofre com um gesto decidido. — Minha irmã vai enlouquecer de preocupação comigo.
— Vamos pensar em algo para contar a ela. — Emma sugeriu, colocando a mão na perna de Hayden. Seus olhares se encontraram, uma conexão intensa se formando entre elas. Ambas se levantaram ao mesmo tempo.
— Até onde vamos? — Hayden perguntou, o tom de sua voz mais sério agora.
— Tanto quanto precisarmos, suponho. — Emma respondeu, um sorriso tímido surgindo em seus lábios.
— E se eu acabar como Tracy? E se eu te machucar? — Hayden expressou seu medo, a preocupação evidente em seu olhar.
— Eu não vou deixar isso acontecer. — Emma disse, seu sorriso se tornando mais caloroso e reconfortante. Nesse momento, Hayden se inclinou e a beijou, surpreendendo Emma. O beijo foi inesperado, mas ao mesmo tempo cheio de promessas. Quando se afastou, Hayden olhou para Bloom com uma mistura de entusiasmo e um pedido de desculpas.
— Desculpa, não resisti. — ela disse, a voz trêmula de emoção, enquanto Emma ficava sem palavras, um sorriso iluminando seu rosto.
P.O.V Emma Hale
Um projetor ganhou vida, iluminando a tela enquanto um filme começava a rodar. Em instantes, todos os dispositivos na sala, incluindo as luzes e os outros jogadores, acompanharam o espetáculo, criando uma atmosfera tensa e caótica.
— Eles estão aqui! — Hayden sussurrou, o medo transparecendo em sua voz. Minhas mãos tremiam incontrolavelmente, e um frio percorreu minha espinha.
— Abaixe-se! — digo, pressionando-me contra a parede. Nos agachamos atrás da cobertura, nossos corações batendo em uníssono, enquanto passos se aproximavam, cada vez mais altos. Uma breve pausa precedeu o barulho de garrafas sendo quebradas no balcão. Rapidamente, nos afastamos dali, mas um médico nos interceptou.
— Emma! — eu ouvi a voz de Liam e me virei para vê-lo. O médico do Fear se moveu rapidamente, empurrando Liam para longe do perigo. Uma onda de preocupação inundou meu peito enquanto olhava para Liam. Hayden segurou minha mão com força, seu medo transparecendo a cada movimento dele. Começamos a recuar lentamente.
— Não! — Liam gritou, levantando-se e preparando-se para enfrentar o médico. Mas o médico o jogou contra a parede, e Brian tentou ajudar com um bastão, mas parecia inútil. Os dois médicos voltaram sua atenção para nós.
— Corram, meninas, corram! — Liam gritou, sua expressão carregada de preocupação. A cada passo dos médicos, nós recuávamos, o terror nos envolvendo. Então, um rosnado cortou o ar, e Scott apareceu, investindo contra os médicos e nos empurrando para o lado.
— Vem, Hayden! — gritei, segurando a mão dela com força, minha preocupação crescendo. Olhei enquanto os dois lobisomens lutavam contra os médicos, a batalha se intensificando. Um dos médicos dominou Scott, e então senti um puxão violento. Eles nos agarraram, e lutamos para nos libertar, mas fomos arrastados para uma área isolada.
Um dos médicos retirou uma bela espada de sua bengala e, em um movimento rápido, a enfiou no abdômen de Hayden.
— Hayden! — gritei, meu coração afundando enquanto a via cair no chão, mercúrio escorrendo de sua boca. — Não! — a incredulidade tomou conta de mim, e o médico focou sua atenção em mim.
Senti uma onda de fúria e desespero enquanto minha transformação começava. Eu soltei um rugido alto, correndo em direção ao médico. Mas ele foi mais rápido, injetando algo em meu pescoço que me fez gritar de dor.
Vi Liam correndo em nossa direção, mas era tarde demais. Minha visão começou a escurecer, e ouvi os gritos de Liam e Brian se distanciando antes de cair de joelhos. Quando minha visão clareou novamente, coloquei a mão em meu pescoço latejante, e um pânico imenso tomou conta de mim.
Liam veio correndo em minha direção, pegando-me em seus braços, seu olhar cheio de desespero. Eu não conseguia desviar os olhos do corpo sem vida de Hayden.
— Emma! — Liam disse, sua voz um sussurro agonizante enquanto me segurava com força. — Como você está se sentindo? — perguntou, afastando meu cabelo do rosto com um toque suave e preocupado.
— Estou bem, eu acho... — respondi, incerta e ainda em estado de choque. A imagem do corpo sem vida de Hayden brilhou em minha mente, e uma lágrima escorregou de seus olhos em minha lembrança.
— Eu vi a agulha entrar e os olhos dela se encherem de mercúrio. Eles ficaram completamente prateados. — A voz de Liam tremia com a preocupação, e eu podia sentir a angústia em cada palavra.
— Parece que ela estava bem. Talvez ela se cure. Ela já é um lobisomem, certo? — Theo tentou oferecer uma perspectiva mais otimista.
— Não sabemos. — Scott interveio, sua expressão séria. Eu olhei para ele, sentindo a tensão no ar. — Se fizeram outra coisa com ela, não temos ideia do que possa ter acontecido.
— E se algo estiver acontecendo com ela por dentro? — Liam questionou, o medo evidente em sua voz.
— Leve-os para a clínica veterinária. Eu encontro vocês lá. — Scott disse firmemente, e a determinação em seu olhar não deixou espaço para dúvidas.
Brian me levantou como se eu fosse uma noiva, e juntos seguimos rapidamente em direção ao carro de Theo. Ele me colocou delicadamente no banco de trás, e Liam se juntou a mim, envolvendo meu ombro com seu braço protetor. Descansei minha cabeça em seu peito, sentindo seu cheiro familiar que agora estava impregnado de preocupação.
Brian e Theo se acomodaram nos bancos da frente, e Theo ligou o carro. O motor roncou, e, em seguida, partimos rapidamente
(...)
P.O.V Narradora
Emma resmungou de dor, e Theo a observou pelo espelho retrovisor, notando sua luta para manter os olhos abertos. Brian, preocupado, virou-se para encarar Liam.
— Liam, faz ela ficar acordada. Não é uma boa ideia ela adormecer. — Brian disse, sua voz carregada de ansiedade.
— Amor? Emma, você precisa ficar acordada. — Liam acariciou suavemente o braço dela, tentando transmitir conforto.
— Estou tão cansada... — Emma murmurou, sua voz fraquejando.
— Eu sei, mas você não pode dormir. Como podemos ajudá-la? — Liam insistiu, olhando fixamente para o rosto dela.
— Não tenho certeza. — Theo respondeu, a preocupação evidente em seu tom. — Com envenenamento por acônito, você o queima. Mas não sei nada sobre mercúrio, principalmente do tipo que provavelmente foi alterado por eles.
— Ela vai melhorar? — Liam perguntou, sua voz transbordando preocupação.
— O problema é que ela foi modificada. A parte do lobisomem pode ajudar, mas não sabemos o que fizeram com ela. Ela é forte, vai ter que aguentar. — Theo tentou ser otimista.
— E se Scott a morder de novo? — Liam questionou, um novo medo surgindo em seu olhar.
— Liam, isso não funcionaria. Ela já é um lobisomem. — Brian interveio, olhando firme para Liam. — A verdadeira questão é que eles mexeram com ela, e não sabemos o que vai acontecer. Ela provavelmente está se recuperando lentamente, mas pode demorar um pouco.
Liam soltou um suspiro profundo, segurando Emma com força em seus braços, como se sua presença pudesse protegê-la de qualquer mal.
(...)
Na clínica veterinária, Liam estava no chão, encostado à parede, com Emma entre suas pernas. Ela tinha a cabeça apoiada em seu ombro, sua respiração pesada e irregular. A porta se abriu, e Scott entrou, encharcado pela chuva.
— Ela está piorando. — Liam disse, a voz embargada pela preocupação. — Acho que ela está morrendo.
— Deve ser algum tipo diferente de envenenamento por mercúrio. — Theo comentou, encarando Scott.
— Scott, lembra o que você me prometeu? Você disse que faria tudo o que pudesse para salvá-la. — Liam insistiu, e Scott congelou, encarando a irmã que estava à beira da morte. Ele não sabia o que fazer. Uma mordida não seria suficiente, já que ela era lobisomem. A mente de Scott estava uma confusão.
— Scott, o que vamos fazer? — Brian chamou, tentando trazer McCall de volta à realidade.
— Eu não sei. — Scott respondeu, o olhar perdido, focado em Emma nos braços de Liam. — Ela está muito fraca. Nem sabemos o que o mercúrio está fazendo com ela. Não temos certeza se é realmente mercúrio. Eu não sei o que fazer.
— Você prometeu. Você disse que faria tudo o que pudesse. Ela é sua irmã. — Liam disse, a frustração crescendo em sua voz.
— E é por isso que não vou fazer algo que acho que vai matá-la. — Scott afirmou, segurando as lágrimas. — Tem que haver uma solução... Tem que haver... — Sua respiração começou a falhar, e o alfa se viu sem ar.
— Scott! — Theo exclamou, chamando a atenção de McCall enquanto jogava uma bombinha para ele.
Scott pegou a bombinha e a levou aos lábios, puxando o ar com força.
— Há outra maneira de salvá-la. — Scott disse, aliviado após a puxada.
— Pessoal, precisamos fazer algo. — Theo afirmou, sua determinação iluminando o ambiente sombrio.
(...)
O sol já havia nascido quando Melissa chegou à clínica veterinária com remédios para Bloom. Ao ver a filha naquele estado, as lágrimas quase escaparam de seus olhos.
— O que é isso? — Liam perguntou, observando-a se aproximar com um saco contendo um líquido claro.
— Chama-se terapia de quelatação. Remove metais pesados do sangue. Mas o problema é que isso pode prejudicar os pulmões, e Emma já tem um pulmão comprometido. O outro é doado, então... — Ela começou a injetar a agulha no pulso da ruiva, que estremeceu de dor.
— Ei, você está machucando ela! — Liam exclamou, segurando o pulso de Melissa com força.
— E você está me machucando. — Melissa respondeu, forçando Liam a soltar.
— Me desculpe. — ele murmurou, abaixando a cabeça.
— Você deve saber que eu nunca faria nada para machucá-la. Ela é minha filha. — Melissa afirmou, olhando para ele com um misto de firmeza e vulnerabilidade. — Você ama ela?
— Sim. — Liam ergueu a cabeça e olhou nos olhos de Melissa. — Só não quero perdê-la. Se ela morrer, uma parte de mim morrerá com ela. — A sinceridade em sua voz surpreendeu Melissa.
— Gente! — Theo chamou a atenção de todos. — Lembrem-se, estamos aqui para salvar uma vida. Não para nos matar.
— É lua cheia. Dá para sentir até de dia. — Scott comentou, seu olhar fixo na situação.
— E é uma super lua. — Brian acrescentou, seus olhos cheios de preocupação.
— O que, isso deveria deixar vocês super fortes? Super agressivos? — Melissa questionou, um toque de incredulidade em sua voz.
— Ambos. — Scott respondeu, seu tom sério.
(...)
Na mesa de exame, Emma estava envolta em panos, olhando para Melissa com tristeza nos olhos.
— Provavelmente vou morrer de novo, não vou? — Emma disse, sua voz fraca.
— Não, amor. Vou fazer o impossível. Eu não vou perder você. — Melissa afirmou, segurando a mão de Emma com força enquanto uma lágrima rolava por sua bochecha.
— Mãe, olha pra mim. Ninguém sabe o que fizeram comigo. Não sei se aguento. Eu te amo muito, mamãe. E se eu não conseguir, diga ao meu pai que eu o amo, diga à Malia que ela tem sido uma prima incrível, diga à Lydia que ela será uma ótima Banshee, diga ao Stiles que ele será um ótimo agente do FBI... E diga ao Brian que eu o amo e, mais importante, diga ao Liam que eu amo ele. Ah, e diga ao Scott que não é culpa dele. — Emma disse, seu olhar intenso.
Melissa acariciou delicadamente a testa de Emma, segurando as lágrimas.
— Descanse um pouco. — disse, tentando ser forte enquanto os sentimentos a sobrecarregavam.
Enquanto isso, na sala de espera, Brian havia adormecido esparramado em duas cadeiras. Liam estava encostado na parede, sua mente voltando-se para Scott, que tinha uma expressão tão furiosa que suas íris começaram a brilhar em um dourado intenso, sinalizando o efeito contínuo da superlua sobre ele.
(...)
— Tia Mel, o que é isso? — Brian perguntou, apontando para o braço de Emma. Melissa se aproximou rapidamente.
— Ah não... — ela disse ao ver manchas no braço da filha.
— Está no pescoço dela também! — Liam alertou, sua preocupação evidente. — Ela está piorando, não está?
— Sim. É por isso que estamos levando ela para o hospital. — Melissa respondeu, a voz tremendo.
— Como isso vai ajudar? — Liam questionou, o medo se intensificando.
— Brian está certo. Precisamos de equipamentos projetados para humanos. Eu disse que vamos levá-la ao hospital. Não disse que vamos pela porta da frente. — Melissa afirmou, determinada, mas visivelmente angustiada.
(...)
Theo e Scott trocavam olhares intensos enquanto a tensão crescia.
— Vamos precisar de ajuda com ele. — Theo disse, encarando Scott.
— Ele vai ficar bem. — Scott tentou se convencer.
— Ele tem 16 anos e está apaixonado. O primeiro amor, lembra como é? — Theo comentou, um toque de ironia, mas também compreensão.
Scott suspirou, as memórias de Allison surgindo em sua mente.
— É, pode acreditar, eu lembro.
— Tantas emoções, e com a superlua de hoje... Não vai terminar bem. — Theo alertou.
— Eu sei.
— Precisamos de ajuda, e não estou falando de barreiras e correntes. Precisamos da Malia, do Stiles, do Brian e da Lydia. Precisamos da alcateia, Scott.
— Não sei se eu tenho uma... — Scott respondeu, visivelmente perturbado.
— Deixa eu falar com eles. Vou ver o que posso fazer, tá? — Theo propôs, e Scott, relutante, concordou com um aceno de cabeça.
(...)
Emma estava inquieta, sentada em uma cadeira de rodas enquanto Melissa pressionava o botão do elevador para levá-los ao quarto andar. Liam observava a namorada com uma preocupação crescente, notando o líquido preto sendo injetado na bolsa de remédios.
— O que está acontecendo? — Liam perguntou, a tensão evidente em sua voz.
— Não tenho certeza, mas definitivamente não parece bom. — Melissa respondeu, mantendo a calma, mas claramente preocupada. Emma estendeu a mão para Liam, que rapidamente entrelaçou os dedos nos dela, se abaixando um pouco para acariciar sua mão.
— Acho que não vamos conseguir... — Emma sussurrou, e Liam sentiu o coração apertar.
— Ei, você vai superar isso. — Ele se inclinou e beijou sua testa. Melissa e Brian trocaram olhares silenciosos, cientes da gravidade da situação.
(...)
No estacionamento, Brian estava procurando Liam quando o avistou com Theo, que rapidamente saiu após trocar algumas palavras. Brian olhou para a lua cheia e se apressou até Liam.
— Liam, cara, o que o Theo disse para você? — ele perguntou. Liam se virou com um olhar de raiva feroz— Liam?
— Emma está morrendo por culpa do Scott. — Liam rosnou, a voz carregada de ódio. — E a culpa é dele. Ele vai pagar por isso.
— Scott não tem culpa! — Brian retrucou, notando o estado agitado do amigo. — Liam, Emma precisa de você!
Mas as palavras de Brian não alcançaram Liam, que abaixou a cabeça antes de olhar para ele com as íris brilhando em um dourado furioso, sua expressão de lobo em fúria. Brian hesitou, colocando a mão na cintura, tentando alcançar sua arma como último recurso. Antes que pudesse fazer qualquer movimento, Liam o acertou com um soco devastador, jogando Brian ao chão, inconsciente.
A raiva tomava Liam por completo, alimentada pela superlua e pelas palavras de Theo, que o levavam cada vez mais fundo em uma espiral de descontrole.
(...)
Mason saiu do elevador, os braços cheios de itens que ele mal conseguia equilibrar. Ele entrou rapidamente na sala onde Emma e Melissa estavam, a cena era desoladora. Emma estava deitada em uma cama médica, sua condição parecia crítica.
— Por aqui, sim. — Melissa indicou, apontando para onde ele poderia colocar os itens.
— Não deveríamos estar consultando um dos médicos? — Mason perguntou, a preocupação transparecendo em sua voz, notando a gravidade da situação.
— Eu tenho lutado com isso por horas. Devemos trazê-los e vê-los tratá-la como um paciente normal, sabendo que isso não vai funcionar? Ou continuamos tentando tudo medicamente possível para salvá-la enquanto seu corpo faz coisas que não deveriam ser clinicamente possíveis? — Melissa respondeu, a frustração e a angústia se misturando.
— Ela está morrendo? — Mason perguntou, a preocupação se intensificando ao observar a raiva emanando do corpo de Bloom.
— Com a quantidade de mercúrio no corpo dela agora? Ela nem deveria estar viva. — O desespero na voz de Melissa era palpável.
Nesse momento, Emma abriu os olhos, assustando Melissa e Mason. Seus olhos pareciam brancos, desprovidos de sua cor habitual, refletindo a gravidade da situação.
— Melissa, o que está acontecendo? — Mason disse, chocado com a visão. A expressão de horror tomou conta de seu rosto ao ver a condição de Emma. Melissa, sem saber como responder, sentiu seus próprios olhos começarem a sangrar.
— É a superlua? Não sei, não sei. — ela respondeu, sua voz desesperada. Emma, lutando para respirar, fechou lentamente os olhos, parecendo cada vez mais distante.
— Diga ao Liam que eu o amo. — Emma sussurrou com dificuldade, suas palavras quase inaudíveis, mas carregadas de significado.
Melissa se inclinou sobre a filha, tentando conter as lágrimas, a dor e o desespero em seu peito.
— Não, não, Emma, você vai ficar bem. Você vai sair disso. — Melissa disse, a voz trêmula, mas determinada. Ela segurou a mão de Emma, sentindo a frieza que se espalhava.
(...)
Scott estava no telhado da biblioteca da escola, sentindo Liam se aproximar por trás. Ele se virou para enfrentar seu Beta, enquanto enormes nuvens de tempestade continuavam a se agitar no céu acima da escola. Liam já havia se transformado em lobisomem, olhando para Scott com uma expressão de raiva contida. Ele se sentia sem chão, chateado e extremamente furioso, sua raiva crescendo a cada segundo.
— Theo deixou você entrar. — Scott afirmou, mantendo o olhar fixo em Liam.
— Você mentiu para mim? — Liam retrucou, a fúria evidente em sua voz.
— Eu nunca menti para você. — Scott respondeu, tentando manter a calma.
— Mas você não vai salvá-la. — Liam insistiu, a intensidade de sua raiva transparecendo.
— Eu não sei como salvá-la. Eu amava minha irmã, mas não tem como eu salvá-la. Se você pensar nisso por um segundo, Liam, saberá que estou certo. — Scott disse, tentando apelar à razão.
— Estou pensando! Estou pensando em alternativas! — Liam gritou, sua voz carregada de desespero.
— Liam, é a superlua. Está alimentando sua raiva. Está te deixando mais agressivo. — Scott alertou, na esperança de que Liam entendesse.
— Está me deixando mais forte. Você vai manter sua promessa... Mesmo que isso te mate! — Liam gritou, a fúria tomando conta dele.
(...)
Brian entrou no quarto, a mão no nariz, e rapidamente a preocupação de Melissa se voltou para ele.
— O que aconteceu? — ela perguntou, segurando o rosto do garoto enquanto ele retirava a mão do nariz.
— Isso foi a fúria do Liam. E a Emma, como está? — Brian perguntou, os dois se aproximando da cama. Emma estava imóvel, e Melissa pegou a mão da filha, verificando seu pulso.
— Oh, não, não, não, não... Acho melhor você chamar o Liam. — Melissa disse, encarando Brian.
— E o Scott? — Brian perguntou, preocupado.
— Ele não está respondendo. E se Liam quer ficar com ela, ele precisa chegar aqui agora. Porque ela está morrendo e não sei mais o que fazer. — O coração de Melissa se partiu enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. — Vou te mandar uma mensagem se alguma coisa mudar. Traga-o aqui, Mason. — Ela fez seu apelo, e Mason assentiu, dando uma última olhada em Emma antes de sair. Brian se aproximou de sua melhor amiga, lágrimas brotando de seus olhos. Ele colocou as mãos na cama, permitindo-se chorar. Melissa se aproximou dele, abraçando-o com força.
— Não... Melissa, ela não pode estar morrendo. — A voz de Brian tremia com soluços. — Este não deveria ser seu destino. Ela não deveria morrer assim. — Ele encarou Melissa, em busca de respostas.
Melissa o puxou para um abraço mais apertado, tentando consolar o amigo em meio ao desespero.
— Emma... — ela sussurrou, sem saber o que mais fazer.
Brian então se afastou um pouco, olhando para Emma, que estava lutando.
— Emma, aguenta firme, por favor... — ele disse, fazendo carinho na bochecha da ruiva, na esperança de que ela pudesse ouvir suas palavras.
(...)
— Ele está usando você, Liam! Ele quer que você seja o Alfa porque não pode tirar o poder de mim. Só você pode. Mas, assim que o fizer, ele o tirará de você. É por isso que ele quer que você me mate... — Scott disse, encarando seu neto.
— Isso é o que você não entende, Scott. Eu quero te matar! Eu quero! — Liam respondeu, a raiva transbordando.
— Minha irmã não gostaria que você se tornasse assim, Liam.— rebateu Scott
— Ela tá morrendo! Por sua culpa! — Liam disse, avançando em Scott. A luta começou, e Liam ganhou vantagem. Eles rolaram pelo chão, e o Beta jogou o Alfa contra a mesa, quebrando-a.
(...)
Brian e Melissa seguravam a mão de Emma de cada lado, com o coração pesado de dor. Melissa chorava silenciosamente por sua filha, seus pensamentos cheios de preocupação sobre como Derek reagiria a essa notícia devastadora.
—Não, não, não... — ela soluçava enquanto observava a cabeça de Emma cair mole para o lado e uma lágrima de mercúrio escorrer de seu olho. Brian desabou no chão, as mãos segurando a cabeça enquanto chorava em soluços angustiados.
— Tia, o Scott vai precisar da sua ajuda. Temos que ir atrás dele agora! — Brian disse, levantando-se do chão. Melissa olhou para o loiro.
— Liam vai chegar logo... Vou ligar para o Stiles também. — ela respondeu, a preocupação estampada no rosto.— Tudo bem. — disse, dando um último beijo na filha.
(...)
Liam estava em vantagem, cortando seu Alfa com suas garras sem parar, consumido pela fúria.
— Liam! Liam! — a voz de seu melhor amigo perfurou o caos, fazendo com que Liam saísse de sua raiva concentrada. Ele olhou para suas garras manchadas de sangue, percebendo o que havia feito.
—Emma... — ele sussurrou, sua voz cheia de descrença e angústia, seu coração afundando.
—Ela se foi. Emma faleceu há poucos minutos —Mason disse em meio às lágrimas, a voz trêmula. Os olhos de Liam se arregalaram, seu olhar fixo no de Mason, incapaz de compreender a realidade da situação.
—Não... — Liam disse, a voz embargada de tristeza. Sem hesitar, ele saiu correndo da biblioteca, o coração batendo forte no peito, impulsionado por uma mistura de dor e desespero.
(...)
O coração de Liam batia forte em seu peito enquanto ele entrava correndo no quarto do hospital, sua respiração saindo em suspiros curtos e irregulares. Seus olhos se arregalaram em descrença quando ele viu Emma deitada sem vida na cama. Seu coração afundou e as lágrimas imediatamente brotaram de seus olhos. Liam se aproximou dela, seus passos pesados com o peso de sua dor, e embalou seu corpo sem vida em seus braços. Ele caiu no chão, seus soluços sacudindo todo o seu corpo.
— Não, você não pode me deixar... — ele sussurrou entre soluços sufocados. Ele gentilmente afastou uma mecha de cabelo do rosto dela, seu toque cheio de ternura e tristeza. Enquanto Liam a segurava, ele enfiou a mão no bolso e pegou um pequeno anel. Com as mãos trêmulas, ele o colocou no dedo de Emma, um símbolo de seu amor e da vida que sonharam juntos. Ele olhou para ela, sua voz falhando.— Me desculpe por tudo — ele sussurrou, suas palavras cheias de arrependimento e saudade. Naquele momento, Parrish entrou na sala e Liam olhou para cima, com os olhos cheios de angústia e resignação. Então ele deu o último beijo carinhoso nos lábios de Emma antes de liberá-la relutantemente nos braços de Parrish, os mesmos braços que carregaram os corpos das quimeras e agora da sua namorada. Liam olhou para cima, seus soluços ecoando pela sala vazia. Ele ouviu passos se aproximando e levantou a cabeça, seu rosto manchado de lágrimas encontrando o olhar angustiado de Stiles.
— Isso não pode ser verdade, certo? É tudo mentira... — Stiles engasgou, sua voz cheia de desespero. Liam abaixou a cabeça, ainda incapaz de compreender a realidade diante dele. Stiles passou a mão trêmula pelo cabelo, seu choque e tristeza evidentes. O peso da perda de Emma caiu sobre os dois, e Stiles soltou um grito de dor, sua angústia reverberando pela sala. Ele bateu os punhos contra a parede, as lágrimas escorrendo pelo rosto. Ele conseguiu salvar seu pai, mas não conseguiu salvar Emma. A percepção atingiu os dois como um golpe esmagador; Stiles havia perdido a garotinha que se tornara sua irmãzinha.
— E a culpa é minha... — Liam sussurrou, sua voz cheia de culpa. — Ela morreu por minha causa. — disse, e Stiles se aproximou de Liam, abaixando-se para ficar na altura do Beta.
— Não, Liam. Há apenas uma pessoa para culpar em toda essa história: os médicos do Medo e o Theo. — Stiles disse, e Liam olhou para ele, seus olhos cheios de dor e descrença.
— Mas eu não pude protegê-la. — murmurou Liam. — Eu não consegui salvá-la. Eu a decepcionei. Tentei matar o Scott, ele vai me odiar. Fiz isso na raiva.
— A culpa não é sua — Stiles disse, colocando a mão no ombro de Liam. Ele assentiu, com lágrimas escorrendo pelo rosto enquanto lutava para aceitar seus sentimentos de culpa e perda.
— Ela era tudo para mim. — Liam disse entre o choro, e Stiles puxou Liam para um abraço apertado.
— Eu sei, Liam. — murmurou Stiles.
(...)
Parrish carregou Emma em seus braços enquanto se dirigia para o Nemeton, uma árvore sagrada cercada por outros corpos, incluindo os de Hayden, Corey e Tracy. Em vez de colocar Emma entre os outros corpos, Parrish a deitou suavemente no tronco dividido no centro do Nemeton. Ele deu um passo para trás, deixando-a ali em um solene lugar de descanso. Enquanto Parrish recuava e se afastava, um brilho suave emanava do Nemeton, envolvendo a forma sem vida de Emma. A árvore parecia responder à sua presença, seu antigo poder surgindo através de seu corpo. Em uma exibição hipnotizante de magia, o corpo de Emma desapareceu lentamente, sem deixar rastros.
(...)
Theo Raeken andava ao redor do Nemeton, seus olhos cheios de raiva e frustração. Ele forçou Lydia a acompanhá-lo e, ao se aproximar do grande baú no centro, soltou-a, fazendo-a cair no chão. Era como se ela estivesse em transe, movida por seus próprios desejos distorcidos.
— Olha, Lydia — zombou ele, aproximando-se do corpo queimado de Tracy e injetando nela uma substância que havia roubado dos médicos — Você se acha louca? Bem, olhe para isso! — exclamou enquanto Tracy respirava fundo, seu corpo voltando à vida. Theo passou a repetir a mesma ação com Corey e Josh, revivendo-os também. Os três ficaram parados, desorientados e confusos, olhando para Theo.
— O que está acontecendo? — perguntou Hayden.
— Quem é ele? — indagou Corey.
— Eu sou o alfa deles. E todos vocês. Todos vocês pertencem a mim — declarou Theo, vasculhando a área em busca do corpo de Emma. — Onde ela está? Onde está EMMA! — ele gritou, sua raiva crescendo por não conseguir encontrá-la entre os corpos espalhados ao redor do Nemeton. — Ela deveria estar aqui! — ele fervia, seus olhos cheios de fúria. Hayden examinou a área, incapaz de localizar a forma sem vida de Emma. Theo, consumido pela ira, começou a se afastar, seu bando recém-formado seguindo-o obedientemente.
(...)
ESTAÇÃO DO XERIFE DO CONDADO DE BEACON
Liam estava destruído com a morte da namorada, mas ainda precisava contar à irmã de Hayden que ela estava morta. Ele se escondia atrás de um carro próximo e parecia prestes a se aproximar dela quando Mason e Brian o pegaram e o impediram, puxando-o para longe.
— O que você pensa que está fazendo? — disse Mason, incrédulo. Liam olhou para Mason com uma expressão culpada.
— Alguém tem que contar a ela sobre Hayden.– respondeu Liam—Emma faria isso.
— Não, alguém não tem que ser você, certo? Especialmente olhando assim. — Mason apontou para Liam, indicando a aparência desgrenhada dele. Seu cabelo estava uma bagunça, ele estava coberto de sujeira, fuligem e sangue, e sua roupa estava rasgada e manchada da batalha com Scott.— Quero dizer, e se eles pensarem que você a matou? — Mason continuou, passando a mão pelo rosto.
— Oh, Liam... — Brian exclamou.
— Ah? — disse Liam, antes que Brian desse um soco no loiro, que caiu no chão. Liam colocou a mão na boca, olhando para Argent, que balançava a mão.
— Isso foi por aquele soco que você me deu.
— Eu merecia. — disse Liam, levantando-se. Os três adolescentes observavam enquanto Valerie ia embora, sem perceber a discussão. Depois de um momento, Liam suspirou e caiu no chão novamente, claramente se sentindo em autodepreciação devido aos eventos do último dia. Ele olhou para o chão.
— Se eu não tivesse ido atrás do Scott, a Emma ainda estaria viva.
— Liam, a morte dela não foi sua culpa. Coloca essa porra na sua cabeça, a Emma não gostaria que você se sentisse culpado. — disse Brian, e Liam parecia saber que Brian estava certo. Seu rosto se contraiu em concentração enquanto ele tentava se impedir de chorar. Mason olhou para ele com uma expressão empática e, depois de um momento, levantou-se e ofereceu a mão para ajudar Liam a se levantar.
— Vamos. — disse Mason. Liam, ainda parecendo arrasado, respirou fundo, o que fez sua expressão mudar de triste para confusa e levemente esperançosa enquanto ele olhava ao redor do estacionamento. Brian e Mason olhavam para Liam com preocupação ao perceberem sua mudança de comportamento.
— Que foi, cara? — disse Brian, com uma sobrancelha levantada. Liam, que ainda parecia estar se recuperando da batalha, mancou alguns passos para longe dos meninos, passando os dedos pela porta da viatura do xerife próxima enquanto tentava entender o que estava sentindo. Um ar gelado passou por seu rosto. Ele olhou para os lados e ouviu um sussurro, como se fosse a voz de um anjo.
— Eu escutei a voz da Emma... — Liam disse, olhando em volta. — Eu estou sentindo o cheiro dela. — começou a respirar ainda mais rápido e pesadamente quando se virou para encarar Brian e Mason, continuando a olhar em volta com uma expressão esperançosa. — Eu sinto sua presença aqui. — Brian e Mason encararam Liam, claramente devastados pela perda de Emma e como isso afetou seu melhor amigo, enquanto tentavam descobrir a maneira mais gentil de responder às reivindicações de Liam. Era óbvio que eles pensavam que a mente em luto de Liam o estava fazendo pensar que ele podia senti-la.
— Você segurou o corpo dela em seus braços... Você... você assistiu o Parrish carregá-la para fora do hospital. Ela... ela se foi... — disse Mason, esse lembrete parecia destruir Liam novamente e, ao ver a angústia no rosto dele, Mason colocou uma mão reconfortante em seu ombro antes de tentar afastá-lo. Nenhum deles percebeu que havia alguém os observando, alguém que eles não podiam ver, mas que estava lá, em meio à escuridão. Liam sentia a presença de alguém observando-os.
— Ei, vamos. Vamos. Vamos. — Brian disse, gentilmente empurrando o ombro de Liam para conduzi-lo para longe do posto do xerife.
(...)
Enquanto isso, no necrotério, Scott, Stiles, Melissa e Parrish se reuniram para discutir Theo e seus planos. Stiles estava claramente tentando manter distância de Scott, a julgar pelo fato de que ele estava do outro lado da sala.
— Pode ser um efeito colateral do choque. — disse Parrish.
— Ela está catatônica. Era Theo abrindo caminho em sua mente. — respondeu Stiles.
— Por que ele faria isso? O que ele está procurando? — questionou Melissa.
— A mesma coisa que ele está sempre procurando: uma vantagem. Ele sempre quer minha irmã ao lado dele. — afirmou Scott.
— Então, o que ele ganhou tentando matar Stilinski? — perguntou Parrish.
— Isso me deixou sozinho com Liam. Theo queria ter certeza de que ninguém estaria lá para impedi-lo de me matar. — Scott suspirou.
— Ok, então ele machucou meu pai como uma distração? — disse Stiles, zombando.
— Precisamos encontrar esse garoto. — disse Parrish.
— Isso não é um pouco perigoso? Especialmente porque ele quase matou meu filho? E tirou a Emma de nós? — perguntou Melissa.
— Porque a Emma tem algo a mais que eu. — respondeu Scott.
— Sim, mas ele disse que não queria que meu pai morresse. — lembrou Stiles.
— E você acredita nele? — perguntou Parrish, ceticamente.
— Ele me disse onde encontrá-lo... Então, talvez ele também saiba como salvá-lo. — disse Stiles, encolhendo os ombros.
— O que você quer fazer? Falar com ele? — indagou Melissa.
— Se isso salvar meu pai, então sim. — respondeu Stiles.
— Eu vou com você. Ele não sabe que estou vivo, talvez isso nos dê uma vantagem. — disse Scott.
— Absolutamente não. Ele saberá que você está lá. Eu só preciso falar com ele, não lutar com ele. — Stiles começou a caminhar em direção à porta para sair sozinho, mas Melissa foi atrás, deixando Scott e Parrish.
— Tenho que te falar algo, algo que Lydia me disse antes de irmos para sua casa. — disse Parrish.
— Disse. — Scott respondeu.
— Lydia acha, não, ela tem certeza que a Emma está viva. — disse Parrish, e Scott olhou para ele incrédulo. — Pode ser loucura, mas Lydia sente isso.
— Se ela estiver viva, eu preciso encontrá-la. Minha irmã, minha responsabilidade. — Scott disse, determinado.
— Tenho certeza que tem uma pessoa que irá encontrá-la. — disse Parrish, e Scott abaixou a cabeça, já sabendo que poderia ser. — Deixe que ele a encontre, Scott.
(...)
Brian, Mason e Liam entraram no hospital e foram em direção ao pai de Liam, que começou a se afastar enquanto os meninos o seguiam. Mason, Liam e Brian acabaram abordando o mesmo.
— Ninguém chamou a Emma? — disse Liam com urgência. O Dr. Geyer revirou os olhos exasperado e parou para se virar para os meninos, dando uma olhada em Mason e Brian.
— Mason, leve-o para casa. São seis da manhã. — disse ele, prestes a sair para voltar ao trabalho, quando Liam, claramente determinado a obter respostas, continuou perguntando ao padrasto o que ele sabia.
— Pai, você tem certeza que não houve outros corpos? — Liam insistiu, mas em vez de responder, o Dr. Geyer apenas suspirou e lançou a ambos um olhar que indicava que ele havia parado de ceder ao questionamento.
— Vocês três. Para casa. Agora. — disse o Dr. Geyer, saindo. Liam suspirou de frustração, e Mason e Brian perceberam a expressão no rosto de Liam e também suspiraram ao entender o que ele estava planejando.
— ...Não vamos para casa, vamos? — Mason perguntou.
— Não. — Liam respondeu, encarando os amigos.
— Bem, nós dois sabemos onde está o corpo da Emma. E se você quiser encontrá-la, terá que encontrar o Nemeton. — Brian falou, e Mason, que sabia um pouco sobre a natureza misteriosa do Nemeton, decidiu ajudar Liam, que considerou isso uma excelente sugestão.
— Ok. Vamos encontrar o Nemeton! — disse Liam, saindo, claramente ansioso para encontrar Emma. Brian e Mason suspiraram e reviraram os olhos por um momento.
— Eu preciso aprender a calar a boca. — Briam comentou.
— Mas se Liam estiver certo por um momento sobre isso, vamos ter que ir fundo. Vamos atrás dele; Liam vai precisar da gente. — disse Mason determinado a apoiar o amigo em sua busca.
(...)
Liam, Brian e Mason, que aparentemente pararam em suas respectivas casas para trocar de roupa, acabaram de chegar à biblioteca do colégio em busca de informações sobre o Nemeton. O local ainda exibia os vestígios da batalha entre Liam e Scott, com a fita de cena do crime da polícia em forma de X sobre a porta, impedindo a entrada de curiosos. No entanto, os meninos ignoraram a advertência sem pensar duas vezes.
Assim que entrou, Liam imediatamente pareceu desconfortável. Os móveis quebrados e estantes derrubadas desencadeavam flashbacks da luta com Scott na noite anterior. Ele olhou para a sacada, relembrando o momento em que ele e Scott estavam lutando, completamente exaustos. Scott, tentando dominá-lo, o envolveu em um abraço de urso por trás, fazendo com que Liam batesse as costas contra uma estante próxima.
No presente, Liam franziu a testa e continuou andando pela biblioteca. Mason pegou um grande livro de uma estante próxima, e a visão da mesa de estudo quebrada no meio da sala acionou outro flashback na mente de Liam. Ele se lembrou de como atacou Scott na mesa, quebrando-a, e rugiu na cara de Scott enquanto o segurava violentamente.
Brian e Mason perceberam a expressão preocupada no rosto de Liam e tentaram trazê-lo de volta à realidade, mas Liam estava muito ocupado revivendo o momento em que se preparava para dar o golpe mortal em Scott, assim como Mason fizera naquela noite para detê-lo. Mason, enquanto folheava o livro, decidiu intervir.
— Liam... — disse Mason, e Liam finalmente olhou para cima, fazendo contato visual com os amigos. Nenhum dos três disse uma palavra até chegarem a uma mesa que não estava quebrada e começaram a olhar o livro. Mason folheou as páginas até encontrar uma que parecia ser um mapa especializado de Beacon Hills.— Tudo bem, é este. Você vê isso? — disse Mason, passando os dedos pelas linhas do mapa que cobriam as duas páginas. — Estas são as linhas ley. Elas são mapeadas de acordo com as correntes telúricas.
— Stiles disse que ele e Lydia estavam olhando para os cruzamentos. — Brian comentou.
— Provavelmente. — Mason respondeu, passando o dedo pela página até encontrar a maior convergência de linhas ley. Liam também apontou para ela.
— Este. — disse Mason, fazendo uma expressão desanimada.
— Mas nunca encontraram. — Liam disse, continuando. — Disseram que o Nemeton tem que querer ser encontrado.
Mason olhou para Liam com uma mistura de admiração e descrença.
— É uma árvore sobrenatural que precisa ser encontrada para que você a veja? — Mason perguntou.
— Sim. — Liam respondeu, encolhendo os ombros.
— Isso é incrível! — Mason exclamou, voltando sua atenção para o livro.
— Devemos apenas fazer uma cópia... — Brian sugeriu, mas antes que Mason pudesse se mover mais, Liam rapidamente arrancou a página necessária do livro e se afastou, deixando Mason chocado e estupefato entre o livro e onde Liam estava parado, como se profanar o livro fosse altamente ofensivo. Atordoado pelo comportamento de Liam, Mason gentilmente fechou o livro e seguiu atrás dele.
— Ele tá obcecado. — Mason comentou.
— Ele só quer a Emma, cara. — Brian disse, e Mason assentiu.
— Ela é o primeiro amor dele. Eu entendo... Não é a primeira vez que vejo isso. — Brian soltou um suspiro. — Esperem. — chamou a atenção dos meninos, que olharam para ele. — Tem outra pessoa aqui. — disse, e Liam se concentrou.
— Hayden! Aparece! Agora. — Liam chamou, e Hayden apareceu, encarando os três.
— Eu não deveria estar aqui. — ela disse, parecendo nervosa.
— A Emma, você está com ela? — Liam perguntou, e a garota mordeu o lábio, negando com a cabeça.
— Não... Olhem, onde ela estiver, vocês precisam encontrá-la. — Hayden respondeu.
— Você tá com Theo. — Brian disse, dando um passo à frente.
— É meu Alfa... Mas olhem, eu nem deveria estar aqui. Só encontrem a Emma, se ela estiver viva ou morta. — ela disse, saindo rapidamente, deixando os meninos trocando olhares preocupados.
— Eu vou encontrar ela... — Liam declarou com determinação, decidido a não desistir.
(...)
RESERVA DE BEACON HILLS
Brian, Liam e Mason estavam caminhando pela floresta densa, com Mason consultando o mapa enquanto tentavam encontrar a clareira mencionada. Ele parou por um momento, olhando em volta para as numerosas árvores que os cercavam.
— É isso. Deve haver uma clareira aqui. — disse Mason, com esperança na voz.
— Talvez a clareira também não queira ser encontrada? — Brian respondeu, fazendo os meninos pararem para olhar ao redor. Eles passaram alguns momentos em silêncio, até que Liam, dominado pela dor, vergonha, culpa, constrangimento e, acima de tudo, exaustão, se ajoelhou no chão e suspirou alto. Mason olhou para ele com preocupação e se agachou para ficar ao seu nível.
— Eu não pude salvá-la. — Liam finalmente admitiu, a voz embargada.
— Ninguém pode. Eu e Brian estávamos lá. Melissa fez tudo que era possível. — Mason respondeu, tentando confortá-lo.
— Enquanto eu estava tentando matar o Scott. — Liam disse, a frustração transparecendo em seu tom.
— Você não pode levar toda a culpa. Quero dizer, havia cerca de oitocentas circunstâncias atenuantes. — Brian argumentou.
— Não era apenas a lua. — Liam retrucou, seu olhar distante.
— Estava perdendo a Emma, você estava com medo e com raiva... E Theo se aproveitou disso. — Brian continuou, tentando fazer Liam enxergar a verdade. Mas Liam ainda parecia cético, franzindo a testa.
— Ou talvez fosse só eu. — disse Liam, sua voz baixa.
— Liam, você é um lobisomem. — Brian insistiu. — Houve uma lua cheia, uma superlua. E você não pode se deixar...
Enquanto Brian falava, Mason parecia distraído por uma nova linha de pensamento. Após alguns momentos, Liam e Brian trocaram olhares confusos ao ver Mason se levantar e olhar ao redor da floresta.
— O que? — Liam perguntou, preocupado.
— O Nemeton é um farol para criaturas sobrenaturais, certo? — Mason questionou, buscando a conexão.
— Sim. — Brian confirmou, e Liam começou a entender onde Mason queria chegar.
— Então, e se for preciso uma criatura sobrenatural para encontrá-lo? — Mason ponderou.
— Eu sou uma criatura sobrenatural e não consigo encontrar nada. — Liam zombou, gesticulando para as árvores ao redor com frustração. — Isso é impossível.
— Mas você tem olhado com seus olhos humanos. — Brian disse, e os olhos de Liam se arregalaram de surpresa ao perceber o que Mason estava tentando explicar. Após um momento de reflexão, ele respirou fundo e fechou os olhos. Quando os abriu novamente, suas íris brilhavam em um dourado intenso, típico dos Betas. Levou apenas alguns segundos para que ele finalmente encontrasse o que estavam procurando durante toda a manhã.
— Meninos. — Liam chamou, agarrando o braço de Brian e Mason para apontar na direção certa.
— O quê? O que? — os dois meninos perguntaram, ainda confusos.
— Olha. — Liam insistiu.
— A gente não vê nada. — Brian respondeu, e Liam, frustrado, agarrou a nuca de ambos os meninos, forçando-os a olhar para o lugar certo. Com certeza, os olhos de Brian e Mason se arregalaram em choque, e seus queixos caíram ao ver o Nemeton a vários metros de distância, com o toco imponente no meio da clareira, cercado por vários corpos.
— Intenso. — Mason murmurou, admirando a visão que os três estavam finalmente diante. O ar estava carregado de uma energia mística, e a presença do Nemeton parecia pulsar em harmonia com a floresta ao redor.
(...)
A noite caiu, e Brian, Liam e Mason acabaram de avaliar todos os corpos que ainda estavam sobre e ao redor do Nemeton. Parecia que os únicos corpos deixados sobre ou ao redor do toco eram os de Beth, a fêmea Chimera que Kira matou, Donovan e Lucas.
— Só tem quatro aqui. — Liam disse, olhando para os corpos.
— Isso significa que faltam quatro Quimeras. Já vimos a Hayden viva. Quem serão as três Quimeras? — Mason ponderou, enquanto Liam, um tanto confortado pelo fato de que o corpo de Emma não estava lá, sabia que Parrish a teria levado para lá depois de retirar o corpo dela do hospital.
— Eu só me importo com uma. A Emma está viva. Ela tem que estar viva. A Hayden falou que precisamos encontrá-la. — Liam afirmou, determinado.
— Ok... Talvez você esteja certo. De qualquer forma, temos que contar a alguém sobre isso. Onde está a Emma? — Brian questionou.
— Ela tá aqui, eu sinto isso. — Liam respondeu, olhando em volta, a esperança renovada.
— Ela tá morta, Liam. A Hayden nem deve saber onde ela está! Agora vamos. — Brian disse, se virando junto com Mason. Liam soltou um suspiro, não aceitando o que acabara de ouvir. Antes que pudesse se virar, o Nemeton começou a vibrar e uma fumaça começou a sair dele.
— Pessoal. — Liam chamou a atenção dos amigos, que rapidamente se viraram para ele.
— Intenso. — Mason comentou, impressionado. Algo estava se formando, deixando os meninos em choque. A luz começou a sumir, e Liam foi o primeiro a se aproximar, ficando pálido ao ver um corpo nu.
— Emma! — ele exclamou, passando entre os corpos. Liam puxou a namorada para mais perto e acariciou seu rosto, enquanto Mason e Brian se aproximaram, em choque.
— Segura ela. — Liam pediu, e Mason rapidamente segurou a ruiva. Liam tirou sua blusa xadrez e a colocou sobre a namorada, pegando-a no colo e sentindo sua respiração.
— Ok, eu não tô entendendo nada. E ela? É ela mesmo? — Brian disse, se aproximando.
— Emma, acorde, vai. — Liam implorou, a voz cheia de preocupação e esperança. — Emma! — ele chamou, deixando seus olhos de Beta brilharem. Emma abriu os olhos de uma vez, revelando um vermelho intenso, e olhou diretamente nos olhos de Liam.
— Liam... — ela sussurrou, sua voz fraquejando.
— Intenso. — Mason murmurou, admirado.
— Precisamos levar ela daqui. — Brian afirmou. Mas antes que pudessem sair, luzes brilhantes iluminaram a cena. Os meninos semicerraram os olhos, cobrindo seus rostos com as mãos, enquanto uma voz os chamava.
— Vocês dois! Fiquem exatamente onde estão! — Valerie Clark gritou, e os meninos se ajustaram à luz branca ao redor deles. Eles perceberam que estavam iluminados pelos faróis de uma viatura policial e pelas lanternas portáteis de vários delegados do xerife. Brian, Mason e Liam pareciam horrorizados e assustados ao ouvir conversas nos rádios dos deputados. No entanto, quando foram abordados pelos policiais, os meninos se distraíram ao ver Hayden.
— É isso. Foi onde encontrei os corpos, quatro deles. — Hayden informou, seu olhar fixo nos meninos.
— Olha, não temos tempo para explicações. Nossa amiga tá bêbada e precisa ir ao hospital. — Brian disse, puxando Liam e Mason pela blusa. Liam apertou Emma em seus braços enquanto saíam, e Hayden soltou um suspiro aliviado ao ver que Emma estava viva.
(...)
Scott, Malia, Chris e Stiles correram em direção ao hospital. Melissa havia informado que Noah estava fora de perigo, o que trouxe uma onda de alívio a todos, especialmente para Stiles, que rapidamente se dirigiu ao quarto de seu pai. Melissa observava o filho com um sorriso fraco, quando Brian entrou no hospital, olhando ao redor em busca de seus amigos. Ao avistar seu pai, ele correu até ele e o abraçou com força.
— Ei, onde você esteve? — Scott perguntou, olhando para Brian com curiosidade.
— Você não tem ideia. — Brian respondeu, mas logo a atenção de todos se voltou para Mason e Liam, que entraram no hospital com Emma logo atrás. Melissa se afastou do balcão e caminhou em direção à sua filha. Emma sorriu ao ver a mãe e a abraçou com força. Scott se aproximou de sua irmã e de sua mãe, envolvendo-as em seus braços, aliviado por tê-las ali. Malia soltou um suspiro de alívio ao ver sua prima.
Stiles saiu do quarto onde seu pai estava e avistou Emma. Rapidamente, ele se aproximou dela, e Emma se separou de sua mãe e do irmão para abraçá-lo. Stiles a apertou com força, sentindo a alegria de vê-la segura.
Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
O que acharam desse capítulo amores?
Meta 50 curtidas amores
Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰 🥰
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