|Capítulo 126|
P.O.V Emma Hale
Abri meus olhos lentamente, sentindo uma dor latejante na cabeça. Passei a mão pela testa e gemi, tentando processar o que estava acontecendo. Sentei na cama e percebi que estava no hospital. Liam dormia no sofá, enquanto Brian estava estirado no chão. Tentei lembrar o que havia acontecido, mas a memória era um borrão.
A porta se abriu, e minha mãe e Scott entraram.
— Olá, olha quem acordou! — disse minha mãe, com um sorriso no rosto enquanto se aproximava. — Aqueles dois se recusaram a sair — ela se referiu a Liam e Brian, e então começou a fazer um exame em mim. — Você só desmaiou.
— Por que? — perguntei, confusa.
— Não sei, você é lobisomem. É normal isso? — minha mãe respondeu, levantando as sobrancelhas.
— Ah, provavelmente — Scott disse, parecendo tão confuso quanto eu.
De repente, Liam acordou e rapidamente pulou do sofá, pisando na mão de Brian, que acordou xingando baixinho. Liam correu até mim e segurou meu rosto, preocupado.
— Emma? — ele disse, a preocupação evidente em sua voz.
— Estou bem, apenas desmaiei — respondi, sorrindo para ele, embora ainda estivesse um pouco tonta. — Acho que já estou melhor.
— Aí, finalmente você acordou! Pensei que ficaríamos aqui o dia todo — Brian exclamou, se levantando do chão.
— Você teve uma queda de pressão repentina, mas está tudo bem agora — disse minha mãe, olhando para mim com preocupação. — Acho melhor você descansar um pouco mais antes de sair do hospital. Vou deixar vocês sozinhos. Cuide-se, filha. — Ela me deu um beijo na testa antes de sair do quarto.
— Então? — perguntei, olhando para Scott.
— Amanhã eu te falo — ele respondeu, e eu bufei, cruzando os braços. — O foco é você aqui, e ver se está tudo bem.
— Só desmaiei.
— Isso que estou confuso — Scott disse, balançando a cabeça.
— Você ouviu a mamãe? — levantei-me da cama e Liam segurou minha cintura para me apoiar. — Só vamos pra casa. Estou 100% bem.
— Tem certeza? Ouviu sua mãe, precisa descansar — Liam disse, sua preocupação evidente.
— Em casa. Agora vamos, por favor.
— Tudo bem — ele concordou, inclinando-se para me dar um beijo na testa.
(...)
Entrei na escola com Lydia e Malia, ficando no meio delas enquanto caminhávamos pelos corredores. Lydia segurava um livro que tinha uma imagem semelhante à dos caras que eu havia visto.
— O que foi? — perguntei quando ela parou de andar.
— Não sei. Há algo sobre isso — disse Lydia, sem tirar os olhos do loiro na capa. — Alguém já leu?
— Só eu, e não entendi nada — respondeu Malia, enquanto seguimos Lydia até seu armário. Encostei-me em um armário qualquer e puxei o livro da mão da Lydia.
— Milagre não está com seus cachorros — disse Malia sorrindo e dando um passo para frente.
— Liam está com Mason e Brian. Eu queria passar um tempo com minhas duas garotas favoritas — respondi, piscando para elas.
— Sabem — Malia disse, voltando ao assunto principal — O Stiles diz que não consegue encontrar nada sobre o autor. Ele acha que é um pseudônimo.
— Em uma pequena cidade da Nova Inglaterra, adolescentes são capturados durante a noite e enterrados vivos. Dias depois, eles emergem transformados, causando estragos e espalhando o terror, comandados por uma antiga ordem de paracientistas conhecidos como Médicos do Medo — li em voz alta, sentindo uma sensação estranha.
— Soa vagamente familiar. Como termina? — perguntou Lydia.
— Não. Este deveria ser o Volume Um — Malia respondeu.
— Oh, deixe-me adivinhar: não há Volume Dois? — Lydia disse, seu tom sarcástico fazendo-me sorrir.
— Acho que estamos vivendo o Volume Dois — Malia disse.
— Então a verdadeira pergunta é: será ficção ou profecia de alguém? — sugeri, dando de ombros. — Ei, volto já. — sai correndo pelos corredores até encontrar Kira e Scott.
— Aí tem a cópia? — perguntei, ofegante.
— Tenho — Kira disse, me entregando uma parte.
— Vai ler? — Scott perguntou.
— Sim, é tchau — respondi, me virando e saindo perto deles. Olhei pelos corredores, procurando pelo loiro certo, avisei Theo e rapidamente me aproximei dele.— Preciso falar com você — digo, pegando seu braço e puxando-o para o vestiário.
— Oi para você também, Ariel — Theo respondeu, e paramos. Me virei para ele, entregando a cópia que Kira me deu. Theo pegou o livro e olhou para mim, confuso, antes de começar a folhear.— Olha, Ariel. Desculpe, mas eu nunca tinha ouvido falar do Kanima até alguns dias atrás. Você quer que eu leia isso?
— Bem, ainda não. Ainda nem comecei, na verdade, mas vou ler — respondi, cruzando os braços. Theo me olhou, sorrindo.
— Vocês fazem muito isso, né?
— Fazer o quê? — perguntei, confusa.
— Se envolver — ele disse, me olhando. Eu entendi o que ele queria dizer.
— Sim, eu acho — respondi, fazendo uma cara engraçada.
— E o autor? Se ele sabia tudo sobre esses caras, não deveríamos estar falando com ele?
— Com certeza, outros devem estar pensando nisso, mas é praticamente um beco sem saída — digo enquanto Theo continuava a folhear as páginas.
— Esse cara? — ele disse, me mostrando uma foto. Peguei a folha.
— Doutor Valack... — comentei, olhando para Theo. — Que nome feio.
— Você conhece esse cara? — ele perguntou, e eu tentei me lembrar.
— Scott deve conhecer, mas às vezes eu sou ruim de memória. Eu tenho que ir, Theo — respondi, já me virando, mas senti Theo pegar minha mão.
— Nada, esquece — ele disse, soltando. Olhei para ele sem entender e logo saí do vestiário.
(...)
Scott, Kira, Stiles, Lydia e Malia foram até a Casa de Eichen, e eu até pensei em ir, mas resolvi ficar na biblioteca. Liam e Brian estavam ocupados tentando descobrir mais sobre os buracos que encontraram, enquanto eu preferi pesquisar outras coisas. A biblioteca tinha algumas pessoas, e eu estava em uma mesa um pouco afastada.
Enquanto fazia minhas anotações e lia alguns livros, percebi Theo se aproximando e se sentando à minha frente. Ele parecia curioso, com um sorriso de lado.
— Esse livro é bom? — ele perguntou, me mostrando o que estava lendo.
— Não exatamente — respondi, desviando meu olhar para minhas anotações. Eu sabia que aquele livro em particular não era a melhor fonte para a pesquisa que eu estava conduzindo. Theo então pegou outro livro e me mostrou.
— Nem esse aqui? — disse, curioso.
Sorri e olhei para ele antes de voltar minha atenção para as anotações. A presença de Theo ao meu lado na biblioteca era inesperada. Embora estivéssemos em silêncio naquele momento, continuávamos nossas pesquisas. Ocasionalmente, levantava os olhos e encontrava os olhos de Theo. Trocávamos olhares rápidos, como se houvesse uma compreensão silenciosa entre nós. Mesmo sem dizer uma palavra, parecia que entendíamos e apreciávamos a presença um do outro naquele momento. Então, abaixei meu olhar para meu caderno, tentando me concentrar novamente.
(...)
Depois de fazer algumas anotações e ler um pouco do livro, juntei minhas coisas para ir embora. Estava com o celular na mão quando recebi uma mensagem de Liam dizendo que estava na floresta com os outros meninos. Soltei um suspiro e guardei o celular na mochila.
— Quer carona? — perguntou Theo, chamando minha atenção.
— Eu posso pegar o ônibus.— respondi
— O último saiu há uma hora — respondeu, e eu soltei outro suspiro.
— Vou a pé — digo de forma simples, colocando a mochila nas costas. Theo me olhou, sorrindo.
— Neste horário? Eu posso te levar; meu carro está aqui.
— Oh, Theo, você é dois anos mais velho que eu — ri, um pouco sem graça.
— Dois anos não é nada. Não era você que era afim de mim quando era menor? — ele se levantou, apoiando as mãos na mesa e se inclinando um pouco na minha direção. — Vamos lá, Ariel, deixa eu te levar. Somos amigos, não?
— Tudo bem — concordei, e Theo sorriu, começando a arrumar suas coisas.— Aliás, você tem namorado? Notei que sempre anda com o loiro, aquele que estava com você e Stiles na floresta.
— O Liam? Sim, ele é meu namorado. Por que ia me chamar para sair? — brinquei, levantando uma sobrancelha. Theo soltou uma risada enquanto terminava de arrumar suas coisas e as colocava na mochila.
— Talvez?
— Corta essa — ri. — Eu posso dirigir?
— Pode — ele disse, jogando a chave na minha direção. Peguei-a, sorrindo.
(...)
P.O.V Narradora
Emma dirigia um pouco mais rápido do que o normal, e Theo não pôde deixar de se perguntar como uma adolescente da idade dela conseguia manejar o carro tão bem. A lembrança de uma vez em que Malia tentou dirigir e quase atropelou um estudante fez com que ele se perguntasse se ela tinha algo especial.
— Você podia ir um pouco mais devagar, se quiser — disse Theo, tentando aliviar a tensão, Emma desviou o olhar da estrada apenas por um momento.
— Ninguém cumpre o limite de velocidade — ela respondeu, voltando a atenção para a estrada e apertando o volante com mais força, Theo observou suas mãos firmes no volante e decidiu intervir.
— Você também não precisa segurar o volante assim. Coloque sua mão aqui — ele disse, pegando as mãos dela e colocando sobre as suas, arrumando a posição. Ela olhou rapidamente para ele, mas logo desviou o olhar novamente para a estrada. — Assim. Melhor?
Emma respirou fundo, tentando se concentrar na direção. Porém, seu coração disparou ao ver figuras em máscaras à beira da estrada, os Médicos do Medo. Sem pensar, acelerou ainda mais.
— Emma? — Theo chamou, preocupado, mas ela não o ouviu. Ele se inclinou mais para frente. — Emma, tudo bem? Ei, devagar, Emma! — a adrenalina crescia enquanto ele segurava o volante, fazendo o carro virar bruscamente. — Pare o carro! Pare o carro, Emma!
Finalmente, ela freou o carro, e a respiração da garota estava pesada. Abrindo a porta, saiu e caiu de joelhos no chão.
— Emma? — Theo exclamou, saindo rapidamente do carro e se aproximando dela. Ele notou que alguns flashbacks passavam pela mente dela, deixando-a confusa. — Emma vamos! Levanta. Emma, vamos! — ele tentou chamá-la, colocando as mãos em seus ombros, mas ela não reagiu. Nesse instante, um carro se aproximava rapidamente na direção deles.— Temos que levantar! Vamos! — ele disse, puxando-a, mas ambos caíram no chão enquanto o carro passava velozmente. O coração de Emma ainda disparava, mas ela recobrou a consciência, ofegante.
— Eles... — sua voz saiu trêmula, mal conseguindo completar a frase.
— Eles quem? — Theo perguntou, confuso, sem entender a gravidade do que ela estava tentando dizer, Emma desviou o olhar, encarando a estrada.
— Nada — respondeu, virando o rosto e olhando para o horizonte, tentando se recuperar da onda de pânico que a dominava.
Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰
O que acharam desse capítulo amores??
Aliás o que acharam da interação de Theo e Emma?
Aliás mudei a cast, com ajuda de uma amg arrumei, quem já foi olhar as 3 cast?? Eu simplesmente amei hehehe
Amores vcs conhecem fãs de Senhor dos Aneis??? Eu criei uma fã prometo que não irão se arrepender da história.
Meta 50 curtidas amores
Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰 🥰
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