P.O.V Narradora

O trio acelerava pelo caminho sinuoso, o ronco do motor se misturando às vozes exaltadas. Dentro do carro, Emma, a pequena ruiva, permanecia escondida no porta-malas, enquanto Scott e Stiles discutiam, momentaneamente esquecendo o real motivo da fuga.

— Scott, acho que você entendeu a definição de perseguição. — Stiles falou, notando Kate se aproximando.

— Se eu for mais rápido, vamos morrer. — respondeu Scott.

— O Stiles está certo, a gente não vai morrer, só eles. Então, pisa fundo, seu idiota! Agora! — disse a garota no banco de trás, enquanto Scott pressionava o acelerador.

— Eles sumiram. — observou Stiles quando percebeu que não estavam mais sendo seguidos. Rapidamente, ele ligou o rádio da polícia.

— Todas as viaturas, suspeito a pé indo na direção da siderúrgica. — transmitiu o xerife.

— Derek! — exclamou a garota preocupada. — Pisa fundo, Scott!

(...)

Scott estacionou o carro, e Stiles abriu a porta. Derek entrou apressadamente enquanto Stiles foi para o banco de trás ao lado de Bloom. Scott retomou a direção.

— Qual parte de ficar na sua não entendeu? — reclamou Stiles com Hale.

— Eu quase consegui! — respondeu Hale.

— Pegar o alfazema? — indagou Emma inclinando-se para a frente, assim como Stiles.

— É, ele estava bem na minha frente e a droga da polícia apareceu. — disse Derek irritado.

— Espere, só estão fazendo o trabalho deles. — defendeu Stiles, recebendo um olhar de Derek. Emma fez o mesmo olhar que Derek, que arregalou um pouco os olhos e voltou a atenção para a estrada.

— Graças a alguém que decidiu fazer de mim o fugitivo mais procurado em todo o estado. — resmungou Derek diretamente para Scott.

— Será que não dá pra esquecer isso? Eu cometi um erro, já saquei. — disse Scott, recebendo um tapa na cabeça de Emma. Stiles se afastou enquanto Hale segurou o riso.

— AII! Por que fez isso? — questionou Scott.

— Por que sim! — respondeu Emma naturalmente, sorrindo de lado. — Derek, como você achou ele?

— Dá pra você dar um voto de confiança? — perguntou Scott.

— Pra nós três. — disse Stiles, e Derek encarou o mesmo, mudando de ideia. — Ou só pra eles.

— Não seja um lobo mal ruim! — disse a pequena, dando um tapa na nuca de Derek, que resmungou e passou a mão onde ela bateu. Stiles e Scott estavam de boca aberta por Derek não ter falado nada.

— Tá legal, da última vez que eu falei com a minha irmã, ela estava quase descobrindo alguma coisa. A primeira é sobre um cara chamado Harris. — respondeu o Hale.

— Nosso professor de química? — falaram Emma e Stiles juntos.

— Por que ele? — questionou Scott.

— Isso eu ainda não sei. — resmungou o Hale.

— E qual é a segunda? — perguntou Stiles.

— É um tipo de símbolo. — disse Derek, mostrando um papel com um desenho. Scott fez careta ao reconhecer.

— O que? Sabe o que é? — questionou Derek ao perceber a expressão de Scott ao ver o desenho.

— Eu já vi isso, no colar. No colar da Allison. — respondeu Scott.

P.O.V Emma Mccall

— Meu amor, tá com febre. — disse mamãe, passando a mão na minha testa. Dei uma tosse falsa.

— Sim, mamãe Melissa. Posso ficar em casa hoje? Quero melhorar para o jogo. — perguntei, fazendo biquinho.

— Claro, meu amor. Vai ficar bem sozinha? — perguntou mamãe.

— Sim, mamãe.

— Irei deixar uma sopa pronta para você, está bem?

— Claro, mamãe. — respondi, e a mais velha beijou minha testa antes de sair do quarto. Sentei na cama e levantei o travesseiro, tirando a bolsa quente.

— Você é malandra, sabia? — falou meu irmão, encostando na porta com um sorriso de lado. — Oh, mãe.

— Se fizer isso, vai se arrepender! — disse, fechando a cara.

— MÃE, A EMMA TÁ MENTINDO!

(...)

— Scott, você não me disse por que tava com um olho roxo que já se curou. — perguntou Stiles, após estacionar o carro. Meu irmão virou a cabeça, me encarando no banco de trás, dei um sorriso fofo. — Ah, eu já entendi. Não quero saber o motivo. Me diz mesmo assim, por quê?

— Esse idiota que não sabe ficar de boca fechada! — disse, pegando minha mochila e pulando no colo do Stiles.

— Ei, espera! — resmungou Stiles e abriu a porta, batendo a mesma. — MEU JEEP! Não basta você ter arranhado ele?!

— Foda-se! — disse, mostrando o dedo para ele e indo para o meu pátio.

(...)

— Allison, viu o Brian? — perguntei, aparecendo atrás da mesma no refeitório. Lydia engasgou com a água e se virou, assim como Allison. — Foi mal aí.

— Oi, Bloom. — disse Allison com um sorriso. — Ele ficou em casa, acordou com dor de barriga.

— Poxa... — respondi meio desapontada. Eu estarei em casa, mas não Scott; ele é um fofoqueiro. — Obrigada.

— Talvez ele apareça no jogo. — falou a Argent.

— Está bem. — disse, reparando Jackson encarando meu irmão e Stiles. Tem algo de errado. — Com licença. — respondi, saindo e encostando na parede fora do refeitório. Pude escutar Jackson falando com Scott. — Puta merda... Como ele soube? Será que ele sabe de mim? — questionei para mim mesma.

(...)

Estava encostada no armário; assim que meu irmão passa, puxo ele brutalmente para a sala de treinamento. O mesmo me olhava sem entender.

— Como Jackson soube? — perguntei, encarando o mais velho. Sem graça, ele passou a mão na nuca.

— Ah, bom... — começou Scott, abaixando a mão da nuca e me olhando. — Fica tranquila, ele só sabe de mim. — respondeu o mesmo, fazendo-me soltar um suspiro.

— Estou preocupada. — disse, sentando em cima da mesa do treinador. Meu irmão veio até mim.

— Ei, eu vou te proteger mesmo sendo como eu. Você é minha responsabilidade. — falou Scott, olhando para mim. Parecia estar procurando as palavras certas. — Minha irmã, minha responsabilidade.

— Além de Beta? — disse, fazendo ele me olhar. — Tipo, Derek e nós, só que eu vou seguir você. Apenas você, mais ninguém. Então, você é tipo meu Alfa, só que o bonzinho. — falei, abrindo um sorriso para ele. — Te amo, só que não vou te desculpar por ter batido em você.

— Tudo bem, eu também te amo. — disse Scott, beijando minha testa. — Irei ver a Allison e tentar pegar o colar.

— Boa sorte.

— Eu vou precisar. — respondeu meu irmão, bagunçando meus cabelos.

(...)

Estava no corredor procurando pelo Stiles quando vi Jackson e Lydia.

— Decidi ligar o peso morto da minha vida. — falou Jackson. — E você é o peso mais morto.

— Está terminando comigo? — questionou Lydia.

— Largando, na verdade. Estou largando o fora em você. — disse Jackson, e antes de sair, Lydia segurou ele.

— Largado pelo cocapitão do time de lacrosse. Imagino quantos minutos levarei para superar isso. — respondeu Lydia. Me aproximei, ficando atrás de Jackson, e chutei a bunda dele com certo força, o mesmo se virou, olhando para mim.

— Um pé na bunda! Cuzão! Vem, Lydia, vou ser sua nova namorada, melhor que ele! — disse, pegando a mão da ruiva mais velha e puxando-a. — Lydia, você é bonita demais pra ele! Tenha amor próprio, minha filha! Você vai achar alguém que te ama de verdade. Aí, você não vai precisar fingir ser outra pessoa.

— Pela sua idade, você pensa como adulto. — respondeu Lydia.

— Penso? Eu só tou falando a verdade. — disse enquanto andávamos. — Ainda posso ser sua namorada?

— Quando tiver idade, eu sou velha pra você. — falou Lydia com um sorriso. — Ou quem sabe você não achar alguém até lá.

— Eu posso te esperar, gatinha. — falei, piscando para ela, fazendo-a rir.

(...)

— Te vejo no jogo. — disse pelo telefone enquanto ia para casa do Stiles, conversando com Brian.

— Claro, deve ter sido ruim ficar sem seu melhor amigo, né? — perguntou o garoto.

— Claro! Bom, tenho que ir, beijos, feioso.

— Feioso nada! Sou lindo igual meu pai.

— Isso é verdade.

— Ei!

— Tchau, Brian. — disse, desligando o celular. Peguei minhas chaves, abri a porta e subi as escadas indo para o quarto do Stiles. Duas vozes vinham do quarto do garoto, e ao reconhecer aquela voz, fiz careta ao abrir a porta.

— O que o Danny tá fazendo aqui? — perguntei, chamando a atenção do Stiles, do Danny e principalmente do Derek, que estava na cama.

— O que você tá fazendo aqui, peste? — perguntou Stiles, olhando para mim. Apenas mostrei o dedo para ele e fui para a cama, me jogando no meio do Derek. Vi Stiles abrir e fechar a boca e depois voltar sua atenção para Danny. Olhei para Derek, sorrindo, e o mais velho abriu espaço para mim. Deitei minha cabeça na perna dele e peguei meu livro de história, sentindo a mão de Derek fazendo carinho no meu cabelo.

— Quem é ele? — perguntou Danny, olhando para Stiles.

— Ah... É meu primo... Miguel. — respondeu Stiles, e Derek desviou o olhar do livro que estava em suas mãos, encarando Stiles sério. Coloquei o livro na frente do meu rosto e dei risada.

— Aquilo é sangue na blusa dele? — perguntou Danny novamente, me fazendo sentar na cama e olhar.

— É... É. Ele tem uns sangramentos horríveis no nariz... Ou Miguel! Eu não falei que podia pegar uma camiseta minha? — Stiles disse, com o olhar entre sua cômoda e Derek. O Hale apenas fechou o livro com certa força, jogando-o na cama e se levantou. Ele virou, tirando a camisa, e eu abri e fechei a boca. Derek poderia ser mais velho que eu, e claro que não posso negar que ele é um tremendo gostoso, acabei me desligando e prestando mais atenção no Derek trocando de roupa do que na conversa de Stiles e Danny. Os músculos de Derek Hale eram incríveis, mas não era isso que me chamou atenção, eram os olhos dele, um par de olhos um pouco semelhantes aos meus.

—Stiles. — disse Derek chamando o Stilinski, que parou de conversar com Danny e se virou para o Hale.

— Fala. — respondeu Stiles, sério.

— Isto aqui... — falou Derek, pegando a camiseta e esticando entre as mãos. — Não cabe em mim.

— Então experimenta outra. — disse Stiles, voltando sua atenção para Danny. Fiquei observando os três rapazes no quarto e, ao perceber os olhares de Danny para Derek, abri e fechei a boca.

Eu te entendo, Dannyzinho.

Derek começou a experimentar outra camiseta, e eu coloquei a mão na boca para prender o riso; ele estava ficando horrível.

— Aí, essa... Ficou bem legal, né? O que você acha, Danny? — perguntou Stiles, encarando Danny, e pude sentir um pouco de sarcasmo em sua voz.

— Sempre sarcástica como sempre. — disse baixinho.

— Oi? — perguntou Danny, tentando disfarçar. Joguei meu livro na cama, peguei o travesseiro, coloquei a cara no meio e soltei uma risada, logo tirei, encarando-os.

— A camiseta. — falou Stiles, apontando.

— É... Essa cor não fica bem nele. — respondeu Danny, desviando o olhar, e Derek revirou os olhos, tirando a camisa. Stiles e Danny voltaram a conversar sobre o assunto do torpedo, e Derek os interrompeu novamente.

— Stiles! Nenhuma cabe! — falou Derek, mais sério e irritado. Eu prendi o riso de novo, vendo Stiles olhando para a cara de Danny.

— Preciso do ISP do número do telefone e da hora do torpedo. — falou Danny, se aproximando do computador.

—Ah, muleque! — falou Stiles, comemorando e levantando os braços para cima. Levantei da cama e fui até Derek.

— Deixa eu te ajudar. — disse, abrindo a gaveta. — Feia! Horrível! Terrível! STILES! POR ISSO TÚ É VIRGEM! SÓ VESTE ROUPAS FEIAS! — continuei jogando as blusas dele no chão, pude sentir Stiles me xingando, Danny segurando para não rir e Derek soltando uma risada. Peguei uma camiseta descente.— Toma. — entreguei para Hale, que me olhava. — Que foi? Não vai tirar a blusa? Quero ver o show.

— Se vira, vai. — disse Derek, sério e carinhoso. Cruzei os braços.

— Aff, tá bom! Que saco! — disse, me virando. — Eu já olhei mesmo. — fui para a cama; o Hale já estava vestido e veio para o meu lado, deitando-se e me abraçando de lado. Coloquei a minha cabeça em seu peitoral, sentindo-o fazer carinho em meus cabelos. Peguei sua mão livre e comecei a fazer carinho. Às vezes, sentia Stiles nos encarando e fazendo careta. Olhei para Derek, prendendo um sorriso.

— Stiles! Tá me ouvindo? — disse Danny, chamando a atenção dele.

— Eu tô sim... — disse Stiles, olhando sério para mim e para Derek. Apenas mostrei a língua para ele, me ajeitando no peitoral do Hale.

(...)

Após alguns minutos, Derek se levantou comigo em suas costas e nos aproximamos de Stiles e Danny. Abraçei o pescoço dele, e nós dois olhamos diretamente para o computador.

— Pronto... O torpedo foi mandado de um computador... Esse aqui. — disse Danny, apontando.

— Tá registrado nessa conta? — questionou Derek, e logo arregalei os olhos ao ver o nome.

— Não, não, não, não... Não pode ser... — disse Stiles, não querendo acreditar. Olhei para a tela do computador, incrédula, vendo o nome da minha mãe.

(...)

— Você vai ficar e pronto, acabou. — falou Derek, entrando no meu quarto e me jogando na cama. Sentei, cruzando os braços.

— Eu vou!

— Eu já disse que não, Emma McCall! — respondeu Derek, sério, cruzando os braços. Fiz cara feia olhando para ele. — Eu não tenho medo dessa cara não. Vai ficar e pronto, acabou.

— Chato!

— Como que? — disse me olhando. Olhei para ele, mostrando a língua. — Para de ser birrenta.

— Não é justo! Eu quero ajudar! E minha mamãe Melissa... Não é ela. — disse, e Hale soltou um suspiro.

— Eu quero manter você segura, e é meu dever. — disse Derek, sentando-se ao meu lado. — Eu preciso manter você segura.

— Falou como o Scott.

— Entre ele e você, eu vou colocar você como minha propriedade. — falou Derek, fazendo carinho no meu cabelo. — Apenas fique aqui, está bem.

— Está bem. — falei, e Hale beijou minha testa.

(...)

—Por que não veio no jogo? — questionei Brian.

— Eu meio passando mal e dormi a tarde toda. — disse, encarando o jeep parado em frente ao hospital. — Te vejo amanhã?

— Claro, se cuida. — falou o garoto.

— Você também, beijos. — disse, desligando e guardando meu celular no bolso. Sim, seguir ele é desobedecer as ordens do Derek. Eu quero ajudar eles. Vejo Stiles saindo do carro e indo para dentro do hospital. Saí de trás do carro e entrei no hospital sem Derek notar, apenas vendo Stiles com o telefone na mão e a outra passando na testa.

(...)

P.O.V Narradora

—Não tô achando ela. — disse afirmativo no telefone, Bloom ficou atrás do Stilinski escutando.

—Procura Jennifer, ela cuida do meu tio. — respondeu Derek.

—Eu sei qual é o quarto. — falou a garota, Stiles deu um pulo assustado, olhando para a ruiva.

—EMMA! EU DISSE PARA VOCÊ FICAR EM CASA! — falou Derek seriamente, fazendo Stiles afastar o telefone.

—Você disse e eu não ouvi. — respondeu Emma sarcasticamente com um sorriso. A ruiva pegou a mão do Stilinski, puxando-o até o quarto. Assim que chegaram, perceberam que ele também não estava lá. Derek começou a ligar os pontos.

—Droga, saiam daí, é ele, é o Alfa, sai, sai! Stiles, tira a Emma daí! — respondeu Derek exclamando. Stiles desligou o celular e pegou a mão da ruiva, saindo do quarto e vendo Peter parado os encarando, principalmente a ruiva.

—Oi, Emma. — respondeu Peter com um sorriso amigável. — Você deve ser o Stiles.

—Vai se fuder! — disse Emma, pegando a mão do Stiles e se virando para fugir. No entanto, a enfermeira apareceu na frente deles, cercando.

—Você, e ele... foi você que... — falou Stiles nervoso e perplexo. — Ai, meu Deus, eu vou morrer. — disse desesperado. Emma se colocou na frente do amigo, se transformando. Ela soltou um rosnado encarando a enfermeira, Peter olhava admirado a pequena, reconhecendo. Na cabeça do Hale, passava como Derek não havia conhecido a garota. Derek apareceu na frente da enfermeira, dando uma cotovelada na mulher.

—Isso não foi legal, ela é minha enfermeira. — falou Peter.Derek lançou um aviso tenso enquanto encarava Peter, destacando a participação sinistra de Emma.

—Ela é a psicopata que tá te ajudando a matar pessoas. Saiam da frente.— disse Derek

—Ah, droga—murmurou Stiles, rapidamente se abaixando e protegendo a ruiva. O olhar irônico de Peter encontrou Emma discretamente, desencadeando os uivos de Derek, desencadeando uma intensa luta entre eles. Enquanto isso, Stiles mantinha um abraço protetor ao redor da ruiva.

—Você acha que eu matei a Laura de propósito, alguém da minha família— disse Peter, aproximando-se. Derek e Peter começaram a lutar, e Emma, sentindo uma raiva intensa, escapou do abraço de Stiles e partiu para cima de Peter. Com agilidade, ela passou por baixo das pernas dele, chutando-o.—Sua pirralha!— reclamou Peter, mas Emma não recuou. Ele avançou e agarrou o pescoço dela, resistindo enquanto ela a levantava.—Tão pequena e forte— comentou Peter, apertando seu pescoço.

—LARGA ELA!—gritou Derek, irritado, partindo para cima de Peter, o mesmo largou Emma, Stiles foi até ela, encontrando-a desacordada.

—Emma— sussurrou Stiles, preocupado, acariciando seu rosto. Peter, por sua vez, pegou Derek pelo pescoço e começou a arrastá-lo. Ao lado da enfermeira desacordada, ele pegou as chaves do bolso dela.—Pequena, fala comigo— pediu o garoto, batendo suavemente no rosto de Emma. Enquanto isso, ele explicava seu processo de cura lento ao longo dos anos, culminando em se tornar o Alfa. Derek tentou lutar, mas sua fraqueza o impedia.

—Tentei te contar o que estava acontecendo, juro que eu tentei— afirmou Peter, aproximando-se de Derek.

—Stiles! Tira ela daqui!—exclamou Derek, fraco, enquanto Stiles pegava Emma no colo e corria para longe

(...)

Após Peter revelar a verdade a Derek, o Hale mais novo permaneceu ao lado do tio, logo após mostrarem a verdade ao Scott. Ambos os Hales, estavam na antiga mansão, Peter observava atentamente o sobrinho.

— Você ainda não percebeu a ligação com a garota ruiva, né? — comentou Peter, chamando a atenção de Derek, que o encarou confuso. — A Emma, você não percebeu nadinha?

— Do que está falando? — questionou Derek, confuso com a afirmação de Peter.

— Derek, a ruiva não te lembrou de outra ruiva com olhos meio verdes? Você tinha uns 14 anos e ela também. Sua primeira vez, que, na minha opinião, foi na hora errada — disse Peter, fazendo Derek ficar em choque. A mente de Derek foi invadida por flashes, lembrando-se de segurar um bebê recém-nascido, uma garota ruiva sorrindo suada, logo a morte da namorada e, principalmente, o incêndio que tirou a vida de sua única filha. — Katherine, seu primeiro amor, a ruiva humana — acrescentou Peter, deixando Derek atordoado. A lembrança da foto de Emma bebê veio à mente, e a semelhança com sua filha falecida era inegável.

— Minha filha estava viva esse tempo todo? — indagou Derek, encarando o tio, que sorria. — Você sabia o tempo todo?

— Claro, fui a pedido da sua mãe, que mandou eu deixar a pirralha na porta de uma casa. Talia tirou sua filha antes do incêndio acontecer — respondeu Peter, revelando o segredo. — Até a Laura ajudou.

— Por que esconderam isso de mim? Eu carreguei a culpa por anos. Você mordeu minha filha, seu cretino! — acusou Derek, sério.—

— Mordi mesmo. O cheiro de rosas me chamou atenção, e achei ela na floresta após morder o irmão adotivo — admitiu Peter, soltando uma risada.

— Ainda fez pressão psicológica nela!—recrutou Derek

—Eu só queria testá-la. Ok, talvez eu tenha pegado pesado com a pirralha.—respondeu Peter

— Você nunca mais chegará perto dela — afirmou Derek, aproximando-se do tio.

— Meu caro sobrinho, você não tem ideia do que sua filha será. Eu tinha que mordê-la para ela ativar o lado lobisomem dela. Sua mãe pensou em tudo — explicou Peter, enquanto Derek se afastava, processando a rapidez com que se apegou à pequena. — Ela nem sabe que é adotada.

— Cala a boca! — respondeu Derek friamente, afastando-se do tio, ainda absorvendo as revelações impactantes..

P.O.V Emma Mccall

— Como você está? — perguntou Scott, acariciando meu cabelo. Dei de ombros, me encolhendo perto dele. — Oh, minha pequena — disse ele, me abraçando. Já estávamos em casa, no quarto do Scott. Ele me contava sobre a aparição de Peter e Derek no vestiário da escola. Estava triste por Derek ter se unido a Peter.

— Você viu tudo? — questionei curiosa.

— Sim, só não pense nisso. Não quero que veja o que eu vi ou imagine — respondeu meu irmão.

— Tá bem.

— Vamos dormir — disse, me ajeitando na cama. Ele apagou a luz, e eu abracei seu braço.

(...)

Estava no meu quarto logo cedo, saindo do banheiro já vestida, fui até minha mesinha procurar minha escova de cabelo, mas não a encontrava. Saí do meu quarto e fui até o quarto da minha mãe. Ao abrir a gaveta, procurei por uma escova, mas meus olhos se fixaram em alguns papéis. Peguei curiosa e comecei a ler. Fiquei em choque, meus olhos se arregalaram, e eu não sabia como reagir.

— Eu sou adotada — murmurei para mim mesma.

Escutei a voz da minha mãe e virei para encará-la. A expressão dela foi de choque ao me ver com os papéis, e a única coisa que consegui dizer foi.

—Eu sou adotada?— questionei, Melissa soltou um suspiro, uma lágrima escorreu enquanto ela caminhava até a cama e se sentava.

— Eu não sabia como te contar, querida—falou a mulher—Você deixada na porta, mas desde então, você se tornou a razão de tudo para mim — explicou Melissa, com olhos cheios de tristeza.

Eu ainda estava em choque, repeti que fui abandonada pelos meus pais biológicos. Lembrei do dia em que fui buscar a bombinha com os meninos, Stiles ia dizer algo e parou.

—Alguém sabe? — indaguei, olhando para Melissa.

— Scott, Stiles e Noah sabiam.
Queríamos proteger você, mas a verdade sempre aparece — respondeu ela com sinceridade. Soltei um suspiro pesado, absorvendo a informação.

— Eu deveria ter te contado antes, mas queria fazer isso na hora certa, quando você estivesse pronta — comentou Melissa, olhando para mim com compaixão.Meu olhar foi para ela, e eu não a culpava. Ela fez tudo por mim. Aproximei-me da mulher e a abracei.

— Você sempre foi minha mãe de verdade — murmurei, reconhecendo o amor e cuidado que ela sempre me deu.

Melissa me apertou, acariciando meus cabelos ruivos. Fiquei perdida em pensamentos, questionando o verdadeiro motivo pelo qual fui abandonada. Separei-me do abraço, e Melissa, com ternura, passou a mão no meu rosto.

— Querida, se você quiser descobrir quem são seus pais, eu vou te ajudar a encontrar as respostas. Você está pronta para isso? — perguntou Melissa, preocupada.Concordei com a cabeça. Afinal, eu queria conhecer a verdade, desvendar os mistérios do meu passado.

Após a conversa com minha mãe, retornei ao meu quarto, ainda absorvendo as revelações que desabaram sobre mim. Foi como se uma montanha tivesse caído sobre meus ombros; nunca imaginei descobrir a verdade dessa maneira. Agora entendia por que Raphael me tratava de forma diferente. Deixei escapar um suspiro, tentando assimilar tudo.

Logo, meu telefone vibrou, e ao abrir a mensagem de Brian, ele me convidava para tomar café da manhã. Respondi com um simples "ok" e me pus a caminho. Levantei-me da cama, saí do quarto e desci as escadas. Enquanto me aproximava da porta, percebi que mamãe já havia ido trabalhar. Mesmo a distância, conseguia sentir suas emoções, um eco de tristeza.

Mais um capítulo amores espero que gostem e me desculpem se tiver erros de português amores 🥰❤️🥰❤️🥰❤️

Derek descobrindo que é Pai da  Emma

Melissa e a melhor mãe da série.

Emma quero guardar no pontinho.

O que acharam desse capítulo amores???

Aliás eu tou tentando fazer a personagem entender primeiro o lado da pessoa antes dela explodir.

Até o próximo capítulo amores 🥰 🥰