• 𝙴𝚜𝚙𝚎𝚌𝚒𝚊𝚕 𝙷𝚊𝚕𝚕𝚘𝚠𝚎𝚎𝚗 •
𝕾𝖊𝖏𝖆 𝖇𝖊𝖒 𝖛𝖎𝖓𝖉𝖔 𝖉𝖊 𝖛𝖔𝖑𝖙𝖆 𝖆𝖔 𝖏𝖔𝖌𝖔
🎃🕷️E̶S̶P̶E̶C̶I̶A̶L̶ ̶D̶E̶ ̶H̶A̶L̶L̶O̶W̶E̶E̶N̶🕷️🎃
ᨏ⑇ welcome to HALLOWEEN SPECIAL
🎃 The Weasley, Halloween 🕷️
nick_weasleymalfoy, ©
"This is Halloween, this is Halloween. Pumpkins scream in the dead of night. This is Halloween, everybody make a scene. Trick or treat 'til the neighbors gonna die of fright. It's our town, everybody scream. In this town of Halloween"
DARK mood on
⑇◌Você está prestes a adentrar a cidade do Halloween. Uma vez dentro só será possível sair ao fim.◈
*:✦DESEJA CONTINUAR SUA BUSCA POR DOCES? .🕷️✧
〘 ✘ 〙SIM 〘 〙NÃO
⊱boa escolha⊰
muito bem
antes de começar a busca meticulosa por deliciosos doces, é necessário te apresentarmos nossas regrinhas.
⓵ votem! deixem sua estrelinha a menos que queiram se deparar com monstros terríveis, ou até ter um encontro romântico com dementadores.
⓶ comentem! ele está aí ao seu lado, não esqueça de deixar ao menos um "oi" ou desejar um Happy Halloween.
⓷ tenham cuidado! não há nada melhor do que ser cuidadoso e paciente, olhem para os lados.
agora que você já conhece as regras e concordou em seguir-las
tenho de lhe dizer algo
estou muito feliz em vê-lo aqui
na noite mais
assustadora do ano
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"Bem-vindos ao universo de The Weasley, fique a vontade, sinta-se em casa! Sente-se, pegue um sapo de chocolate, mas cuidado com os Feijõezinhos de Todos os sabores, nunca sabemos o que podemos encontrar."
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ᴄᴜɪᴅᴀᴅᴏ ᴘᴀʀᴀ ɴãᴏ ᴘᴀssᴀʀ ɴᴀ ғʀᴇɴᴛᴇ ᴅᴏs ᴄᴇᴍɪᴛéʀɪᴏs, ᴘᴏɪs ᴛᴏᴅᴏs ʜᴏᴊᴇ ᴇsᴛᴀʀãᴏ ᴀssᴏᴍʙʀᴀᴅᴏs ᴇ ɴãᴏ ᴇsǫᴜᴇçᴀ ᴅᴇ ᴛʀᴀᴢᴇʀ ᴏs ᴅᴏᴄᴇs ᴏᴜ ᴛᴇʀá ᴍᴜɪᴛᴀs ᴛʀᴀᴠᴇssᴜʀᴀs.
🕷️
ᴾʳᵒⁿᵗᵒˢ??
ᵖᵉᵍᵘᵉ ᵘᵐ ᵇᵒˡⁱⁿʰᵒ ᵉ ᵘᵐᵃ ᶜᵉʳᵛᵉʲᵃ ᵃᵐᵃⁿᵗᵉⁱᵍᵃᵈᵃ
ᵇᵒᵃ ˡᵉⁱᵗᵘʳᵃ
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2021, outubro - Mundo Invertido
Já era quase meia noite, faltava cerca de quinze minutos para começar o dia mais aguardado do ano pela criançada, o dia das bruxas. O Halloween estava à espreita, e tudo o que crianças e jovens mais ansiavam era o determinado momento em que poderiam vestir suas fantasias e sair pela cidade em busca de doces.
Naquela noite, porém, os preparativos para a noite mais assustadora do ano já estavam sendo preparados, o clima já estava aflorando no ar. Todos na cidade estavam empolgados, alguns agitados, o que incluía as crianças, outros mais cansados, e nisso se encaixa os adultos.
Quando um relógio da sala de TV, de uma determinada Mansão em Londres, apitou indicando que o dia trinta e um de outubro daquele ano já iniciara, o dono da casa acordou assustado. Nem percebera o momento que adormecera enquanto assistia a um filme de terror aleatório com sua esposa.
Ainda deitado no sofá-cama ele olhou primeiro para o relógio e verificou a hora, depois suas íris fixaram-se na esposa, percebendo que nem com o barulho do relógio ela despertara, dormia como um anjo com a cabeça em seu ombro.
— Rox. — Ele chamou baixo e mexendo-a devagar — Hey, Rox. Amor, acorda.
A mulher de cabelos ruivos e curtos mexeu-se devagar e soltou um barulhinho manhoso. O marido a chamou de novo, e finalmente ela pareceu despertar, os olhos abrindo com muita dificuldade.
— Amor, já é meia noite. — Alertou Draco Malfoy enquanto sua mulher soltava um bocejo
— Quê? — Perguntou em uma voz claramente sonolenta
— Meia noite, amor. — Repetiu o homem loiro apanhando o controle da televisão e a desligando — Acabou de dar meia noite, não assistimos basicamente nada deste último filme.
A mulher soltou mais um bocejo.
— Acha que as crianças já dormiram? — Perguntou levantando-se e espreguiçando-se parecendo só querer dar alguns passos e cair no sono novamente
Draco deu uma risadinha antes de responder:
— Com certeza não. — E também se levantou do sofá espreguiçando-se — Quer que eu vá verificar? Você pode ir indo pro quarto enquanto isso.
— Melhor eu ir verificar as meninas e você os meninos, assim nós dois nos encontramos no quarto ao mesmo tempo.
O homem concordou e o casal seguiu para o andar de cima, onde dividiram-se, Roxanne Malfoy seguiu para o lado direito, e Draco Malfoy para o esquerdo.
O motivo de toda a agitação desse dia era clara: Ainda na véspera de Halloween, a filha dos donos da casa teve a brilhante ideia de que não havia nada que ela quisesse mais do que uma festa do pijama com suas amigas mais íntimas. Eram só mais quatro garotinhas adoráveis, das quais tanto Draco quanto Rox conheciam os pais, então o casal Malfoy concordou que não havia o que temer, não tinha motivos para nada dá errado, isso até o filho do casal, irmão gêmeo da outra, achar aquilo completamente injusto e manifestar a necessidade de também querer convidar alguns de seus amigos para dormir em sua casa. E foi assim que Draco e Roxanne Malfoy acabaram presos em uma mansão na companhia de dez crianças, ou adolescentes, segundo os próprios.
Roxanne andou mais alguns passos pelo corredor até parar em uma porta branca, uma placa jazia colada nela dizendo: NÃO ENTRE SEM PERMISSÃO. QUARTO DA LYNA.
A mulher ruiva soltou um bocejo antes de girar a maçaneta, indiferente a placa.
— Lyna? — Chamou em uma voz de sono
A porta fez um rangido quando abriu-se revelando uma completa escuridão, Rox arregalou os olhos quando cinco gritos soaram e a mulher quase foi atingida por travesseiros.
— Que diabos vocês estão fazendo!? — A mais velha perguntou alcançando o interceptor e ligando as luzes do quarto
Só aí ela pôde ver completamente o que acontecia no ambiente, era um espaço enorme, a cama de dossel ficava um degrau acima do resto do quarto, ao lado de uma cômoda branca com um abajur acima. Duas portas a cada lado, uma para o closet, e outra para a suíte, parecia um bendito quarto de realeza com tons preto, rosa bebê e branco. As meninas, no entanto, se encontravam bem no meio do quarto, próximo a porta de entrada. Havia sido montada uma espécie de barraca enorme ali, dentro tinham cinco colchões, cada um com lençóis e almofadas fofas, no meio deles uma mesa baixa que parecia antes ter sido preenchida dos mais variados doces, embora agora só restasse alguns. As cinco garotas estavam cada uma em um dos colchões, com pijamas combinando e olhavam um tanto assustadas para a porta.
— Hein? Não me ouviram? Perguntei o que vocês estavam fazendo!? Por que a luz estava desligada, Aquila!? — Reforçou a adulta
Aquila Ethelyna Malfoy respirou fundo, recuperando o ar e perdendo o susto enquanto levantava-se para pegar as almofadas.
— Você quer matar a gente do coração, mãe!? — Perguntou — Estávamos contando histórias de terror, por isso desligamos as luze . E não me chama de Aquila, mamãe, é…
— Lyna! Lyna, ok! — A mulher suspirou e soltou mais um bocejo enquanto a filha apanhava as almofadas e jogava onde as outras estavam
— Só passei aqui porque já deu meia noite, eu e seu pai estamos indo dormir, e eu aconselho as mocinhas a irem dormir também, nada de dormir muito tarde, estão me ouvindo?
Lyna deu um sorriso um tanto falso que indicava que ela não dormiria nem tão cedo, as outras garotas deram um “sim, madame Malfoy” ou “sim, tia Rox” que não soou muito convicto. Roxanne Malfoy tinha sido, no passado, uma adolescente atentada demais para não se ligar aos sinais de que aquelas crianças iriam aprontar, mas era verdade que naquele momento tudo o que ela mais queria era cair na cama e dormir, por isso preferiu não ligar para aquilo, torcendo para que as meninas não fizessem muita merda.
— Ok, se eu acordar e a Mansão tiver pegando fogo ou qualquer outra coisa, você e o seu irmão vão ficar um mês sem celular, nem computador, nem TV e nem nada, e ainda sem cartão de crédito, está me ouvindo, Aquila?
A garota de cabelos loiros platinados deu um sorriso forçado.
— Relaxa, mamãe. Não confia em mim?
A verdade era que Roxanne sabia muito bem que o seu DNA com o DNA de Draco Malfoy não resultava em crianças calminhas, era óbvio que os dois iriam aprontar, mas naquele momento ela decidiu-se que o melhor era dormir e rezar aos deuses que acordasse viva no dia seguinte.
— Ok, ok, boa noite filha, e boa noite meninas. — Disse soltando mais um bocejo
E saiu, fechando a porta atrás de si e deixando para trás cinco meninas de quinze e dezesseis anos muito acordadas.
Lyna suspirou sorrindo voltando a olhar para as meninas.
— Pronto. Onde paramos?
— Acho que era a vez da Melinda contar uma história de terror. — Anunciou Chiara Creevey animada, seu cabelo em um tom rosa-chiclete estava amarrado em duas marias-chiquinhas
Lyna voltou a sentar-se e assim como as outras três olhou para Melinda que parecia decididamente assustada, mesmo sem nem ter começado a contar história alguma.
— Mas eu não conheço nenhum conto de terror. — A morena disse
— Qual é, Mel, qualquer um conhece pelo menos um conto de terror. — Disse Louise Finnegan em um tom empolgado, suas mãos indo até a mesinha e apanhando uma barra de chocolate — Todas nós já contamos um, agora é a sua vez.
— E-eu realmente não sei. — A menina disse em um tom um tanto tímido — As de vocês são assustadoras, mas eu não conheço nenhuma assim…
Rosemary Weasley bufou, a princípio nem sabia porque tinha ido, não gostava muito dessas coisas, mas Lyna insistiu que seria divertido, e como as duas são melhores amigas, a garota resolveu ir.
— Tudo bem, Mel. — Chiara disse com um sorriso — Eu posso contar outra então.
— Shiu! — Lyna Malfoy disse de repente assustado as demais, a garota agora olhava para um lado e para outro como se tentasse escutar
— Shiu o quê Ethelyna? — Rose perguntou com curiosidade
— Shiu! Shiu! — A loira insistiu, levantou-se ainda esquadrinhando tentando escutar algo que as outras não entendiam
As quatro se entreolharam quando Lyna deu um sorriso maléfico e voltou a olhá-las.
— Com certeza mamãe e papai já foram dormir, e se dermos sorte os meninos já estão no quinto sono também.
— O que você está tramando? — Rose ergueu uma sobrancelha olhando nitidamente para a prima
O sorriso de Lyna alargou-se.
— Só uma passadinha na biblioteca da Mansão à meia noite. O que custa, não é?
Todos sabiam que na Mansão Malfoy havia uma enorme biblioteca de três andares, o perfeito paraíso para quem gosta de ler, o que as meninas não entendiam era o que Lyna esperava conseguir lá.
— Tem livros de terror. — Insistiu enquanto girava lentamente a maçaneta do quarto tentando fazer o mínimo barulho possível — Sei que mamãe e papai esconderam alguns em algum lugar da biblioteca, nós temos que achá-los pra poder contar as histórias, a primeira que se borrar de medo perde.
— E-eu não sei se isso é uma boa idéia, Lyna. — Veio a voz amedrontada de Melinda quando assim como as outras ela se pôs de pé
— Se tia Rox e tio Draco descobrirem espero mesmo que a culpa não venha pra mim. — Disse uma Rose indiferente
— Qual é meninas, só vamos pegar os livros e voltamos. — Insistiu Lyna quase sussurrando assim que saiu para fora do quarto e começou a averiguar de um lado a outro para constatar se havia alguém ali para as pegar no flagra — Estão vendo? Barra limpa.
— Isso é tão empolgante. — Chiara riu — Somos espiãs.
— As cinco espiãs demais! O Jerry ia adorar a gente! — Louise disse em uma voz empolgante adiantando-se para descer as escadas
— Ou odiar. — Retrucou Rose
— Por que odiar? Eu tenho a personalidade da Clover! — Louise insistiu
Nisso Chiara riu.
— É, você é loira, isso define muito a personalidade de alguém, Lou. Tipo... meu cabelo agora tá rosa, quer dizer que eu sou muito a Sakura Haruno, não é?
— Quem é Sakura? — Louise franziu a testa
— Por Apollo, meu pai olimpiano, vocês não vêem nada que preste, né?
— Falem baixo vocês duas! — Pediu Lyna em um sussurro urgente, os pés mal tocavam o chão enquanto andava de fininho — Se meus pais acordarem eu tô frita.
Em silêncio, as cinco deram mais alguns passos até se virem em frente à grande porta de carvalho que dava entrada para a biblioteca da Mansão.
— Shiu. — Recomeça Lyna — Olhem, é melhor não ligarmos a luz pra não acontecer dos meus pais perceberem que tem gente na biblioteca, eles tem um certo ciúmes dos livros e é capaz do alarme soar só de apertar o interruptor.
— Então vamos entrar na biblioteca no escuro? — A voz de Melinda parece outra vez um tanto amedrontada ou apenas receosa, como se nunca tivesse feito coisa alguma errada na vida toda
— Ok que já é Halloween, mas é só uma biblioteca, Melinda. — Riu Rose
— Vocês tão com seus celulares aí? É só usar a lanterna. — Recomenda a garota Malfoy finalmente colocando as mãos na porta do ambiente — Vamos nos dividir e tentar achar os livros mais assustadores possíveis.
— Assustador, né? — Disse uma Chiara entusiasmada sacando o celular do bolso, a capa laranja era quase neon com um desenho preto de um cavalo com asas e simples três palavras “Camp Half-Blood” — Vou ver se eu encontro algo com palhaços, com certeza se uma história tem palhaços ela é aterrorizante.
E com isso a Creevey foi a primeira a adentrar a biblioteca e sair para um canto escuro, sua mão segurando a lanterna.
— Palhaços? — Rose riu com desdém — História aterrorizante mesmo é quando tem uma criança possuída.
E seguiu para outro lado, apertando o celular na mão, a capa preta, assim como a tela desligada, perdidas na penumbra.
Lyna balançou a cabeça negativamente olhando para onde as duas foram.
— Só tentem achar algo pior que palhaços assassinos ou crianças possuídas. — Recomendou com um leve sorriso, o celular nas mãos já aceso quando seguiu seu próprio caminho
— L-lou. — Melinda chamou receosa
— Procura algo com casa assombrada, acho que são histórias aterrorizantes, vou ver se procuro uma assim também. — Disse Louise dando um sorrisinho para a melhor amiga antes de sacar seu celular com capa de florzinha e seguir sua direção
Melinda parou em seu canto e ficou observando a biblioteca escura, ainda da porta, mal via os picos de luzes por onde suas amigas foram. Respirou fundo, tinha que parar de ser tão medrosa e encarar a situação, então adiantou-se para um lado, seu celular apertado na mão com a lanterna.
Foi esquadrinhando o lugar cuidadosamente e finalmente deu alguns passos, embora com receio. “Casa assombrada” dissera Louise, certo, Mel só tinha que encontrar um livro assim, mas onde?
A garota deu alguns passos, a luz do seu celular não iluminava quase nada a frente dela, e o escuro sempre a assombrou, Melinda sempre achou aterrorizante não saber o que vem à sua frente, é horrível não saber o que está a esperando. Mas suspirando ela seguiu, às vezes pegando um livro ou outro nas estantes com muito cuidado, os folheava e seguia a procura de um bendito livro de terror.
Foi quando finalmente um livro a chamou atenção, era de capa dura com aspecto antigo e estava escondido atrás de dois livros de fantasia, era de um azul escuro com estrelinhas douradas e nele havia o desenho de uma casa enorme com um aspecto mal assombrado, além de um gato preto, galhos de árvores que pareciam mãos esqueléticas e uma lua cheia. Isso era o suficiente para ela se assustar só com a capa.
Melinda deu um suspiro fundo tentando juntar coragem, e sob a luz do seu aparelho telefone ela abriu o livro, no mesmo instante um vento forte inundou todo o ambiente, e luzes começaram a piscar, a garota sentiu como se estivesse sendo sugada por um aspirador de pó, ficou amedrontada, queria gritar, estava ofegante, mas não foram dois segundos e tudo parou, seus olhos piscaram quando ela percebeu que não estava mais na Mansão Malfoy, e o livro de forma inexplicável sumira, assim como o seu celular.
Estava em uma casa velha, de aspecto antigo, o papel de parede era cor-de-rosa com quadros que mais pareciam pratos ornamentado, mas havia um quadro que a chamou atenção, era de um garoto com roupas antiquadas olhando atentamente para algumas bolhas. Ele olhava para as bolhas como se planejasse fazer alguma travessura com elas. E seu olhar era peculiar. Melinda estudava os olhos dele com atenção, tentando entender o que havia de diferente neles, esquecendo por instantes de tentar entender porque estava ali, ou como fora parar ali.
Estava prestes a compreender a peculiaridade do quadro, quando ouviu uma voz dizer:
— Melinda?
Ela conhecia essa voz, conhecia muito bem, embora não entendesse o que faria ali. Se virou lentamente e o encontrou, em pé bem à frente dela, a observando. Em tudo se parecia com Scorpius Malfoy, mas quando Mel olhou seus olhos, sentiu que iria gritar.
Seus olhos eram botões grandes, pretos e brilhantes.
— Olá, Mel. — Ele sorriu e o sorriso parecia amedrontador
— Q-quem é você? P-por que se-seus olhos são b-bo-bo…
— B-bo-bo… botões? — O garoto sorriu tocando seu botão direito que reluzia — Gostou? Seus pais estão te esperando para jantarmos.
— Meus pais?
Seus pais detestam os Malfoy, isso era certo, então aquilo não fazia o menor sentido. Por que Scorpius tinha botões no lugar dos olhos e o que os pais de Mel estariam fazendo ali?
— Vem, Mel, vamos. — Scorpius chamou e seguiu por um corredor
Amedrontada, Melinda o seguiu, logo se vendo em uma cozinha com o mesmo aspecto antigo do resto da casa. Havia um homem sentado na mesa de jantar, estava de costas para a porta, mas Mel sabia que era o seu pai, uma mulher estava agachada de frente ao fogão aberto, também de costas para Melinda, em tudo se parecia com sua mãe. Mas…
Mas sua pele era branca como papel.
Mas ela era mais alta e mais magra.
Mas seus dedos eram compridos, irrequietos, e suas unhas, cor de carmim, eram curvas e afiadas.
Quando a mulher se levantou, tirando do forno uma bandeja com um gigante frango assado e dourado com batatas fritas e ervilhas-verdes, ela virou-se, e o sorriso que deu a Melinda, enquanto colocava o frango na mesa, foi o suficiente para a garota arrepiar-se.
— Antes de se sentar, meu amor, tenho uma surpresa para você. — E a voz de sua mãe parecia mais arrepiante embora animada quando ela apanhou uma bela caixa de presente e entregou-a Melinda
— Vamos querida. — Recomendou seu pai a olhando com um sorriso tenebroso — Abra o presente.
— Abre, Mel. — Pediu Scorpius colocando uma mão no ombro da garota, só então ela sentiu o quão gelada sua mão estava
A garota suspirou, mas tirou a tampa da bela caixa de presente circular, e o que viu foi o suficiente para a fazer tremer ainda mais. Lá se encontrava apenas meros botões pretos, um pequeno rolo de linha e uma agulha.
— Preto é tradicional. — Disse sua mãe enquanto aproximava-se lentamente dela — Mas você pode usar a cor que você quiser, é só me deixar costurar os seus olhos.
— N-não… — A garota falou calmamente embora tremesse — N-não.
— Não? — Perguntou a mãe em um tom grosso e impaciente, seu sorriso sumira — Como ousa dizer um não a sua mãe!?
Mel tremeu e observou atentamente aquele ser à sua frente perder a forma de sua mãe, foi ficando enorme — sua cabeça quase batia no teto — e muito mais pálida, da cor da barriga de uma aranha, também ficou magra, quase esquelética. Seus cabelos começaram a se contorcer e se retorcer na cabeça, e seus dentes de repente pareciam afiados como facas…
— Você tem que ouvir a sua mãe, Melinda. — Veio a voz arrepiante de seu pai
— Você não quer ficar com a gente, Mel? — Agora a de Scorpius
Mel tremia quando a caixa caiu de sua mão e a garota gritou o mais alto que pôde, como se o grito fosse o suficiente para a sugar de volta a sua realidade.
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Ainda na biblioteca Chiara Creevey já estava se estressando, não era possível que não houvesse nenhum livro de palhaços em uma biblioteca tão enorme. A garota de cabelos rosas já estava no primeiro andar, um tanto impaciente, cantarolando baixinho uma música em japonês, Gurenge de LISA, música da abertura de seu anime favorito.
Foi quando, de repente, um livro caiu bem aos seus pés, foi estranho, como se alguém simplesmente o tivesse jogado da estante. Chiara parou de cantarolar e se abaixou, iluminando o livro com o celular percebeu que ele estava aberto, a capa toda preta e com o aspecto velho para cima, e as páginas sendo amassadas abaixo. Ela o virou lentamente, curiosa pelo seu conteúdo, mas no exato momento em que seus olhos viram as letras foi como se um redemoinho acontecesse na biblioteca, folhas inundaram os olhos de Chiara que sentiu vontade de gritar, assustada demais com tudo o que acontecia quando piscou e se viu empurrada em um beco escuro, em cerca de três segundos tudo parou, ela tremeu, mas não estava mais na Mansão Malfoy.
A Creevey rodou no lugar procurando seu celular, ou o bendito livro, mas estava em uma floresta escura, o que não fazia o menor sentido.
— Tem um portal na biblioteca dos meus tios? — Perguntou um tanto intrigada, embora houvesse um pingo de excitação com o que acontecia, Chiara ama fantasia e tudo aquilo no fundo parecia divertido, ou pareceria se não fosse madrugada de Halloween
Ela resolveu dar uns passos pela floresta, foi só quando percebeu que usava um vestido longo, todo branco e meio rendado, embora rasgado em alguns pontos. Os seus olhos se arregalaram quando ela olhou para seus braços e percebeu que estava com a pele um tanto azulada, mas em sua mão direita havia um belo anel de diamante. Algo escorregou até bater em seus pés escondidos pela barra do vestido, foi quando Chiara encontrou um buquê com rosas de um branco encardido.
— Mas que me… — Porém sua voz sumiu aos poucos assim que ela percebeu uns passos
Seus olhos se levantaram lentamente captando a presença de alguém a sua frente, ele estava de terno, e era um tanto mais alto que ela, embora muito magro e com um aspecto aterrorizante, a pele extremamente pálida, mas mesmo assim Chiara conhecia bem quem era aquele a sua frente.
— Al? — Ela gaguejou, seus olhos fixos naquela versão mais horripilante de Albus Potter
— Você não entende. — A voz do garoto era agressiva e acusadora — Eu não posso me casar com você, eu tenho que me casar com ela.
E levantou um dedo apontando para cima, Chiara olhou para cima, embora sem entender. Por que ele estava apontando para o céu? E quem é “ela”?
— Olha, eu sinto muito mas… isso nunca vai dar certo, nós somos muito diferentes.
— O quê? — A garota voltou a olhá-lo e deu um passo a frente para perto do garoto que deu uns passos para trás se afastando — Al, do que você tá falando? Percy Jackson, hey, por que você tá dizendo essas coisas? Hein, Perseu?
— Você está louca? Você não compreende? Nós somos muito diferentes. Vo-você está morta, eu estou vivo.
Os olhos de Chiara Creevey se arregalaram completamente e seu coração começou a disparar, ela tremeu olhando para o garoto que amava bem na sua frente.
— E-eu não tô morta.
— Por quê que você não entende? Você está morta. Por que não consegue ver que já morreu? Eu nunca me casaria com você. — Ele insistia, sem medo de que suas palavras a magoasse
Antes que pudesse se segurar, lágrimas caiam do rosto de Chiara, mas a tristeza não durou muito tempo, quando ela percebeu, um toque suave de arrepiar surgiu na floresta e o que parecia um barulho de esqueletos marchando. De repente surgiram vários tipos de seres esqueléticos em cada ponto do ambiente, entre as árvores, cercando Chiara e Albus.
Alguns deles pareciam estar estalando os dedos e dançando, outros cantarolavam. Um esqueleto específico ajeitava um chapéu de coco na cabeça.
— Heey. — Começou a entoar ele enquanto os outros dançavam — Caros defuntos a sua atenção ou quem de vocês tiver audição. Vou contar uma história melancólica demais. — E indicou Chiara — De uma noiva-cadáver sedenta de paz.
Os olhos de Chiara se arregalaram e ela piscou assustada quando os outros prosseguiram com o coro.
— Vai, vai chegar sua vez! — Entoavam de uma forma sinistra cantarolada — A morte virá não importa o freguês.
A garota deu uns passos para trás, sem virar-se, mas tropeçou no longo vestido de noiva, e quando cambaleou foi segurada por dois esqueletos que apareceram de repente atrás dela e juntos cantarolavam enquanto a ajudavam a ficar em pé.
— Você pode até se esconder e rezar, mas do funeral não irá escapar.
Nesse instante Chiara não segurou o grito.
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Lyna Malfoy nem mesmo sabia qual livro específico procurava, apenas passava seu olhar por todas as obras primas quase impaciente. É uma verdade universal que a garota não é a mais corajosa que existe, na verdade a mais velha dos gêmeos Malfoy costuma ser muito medrosa, mas depois de completados seus quinze anos, pareceu decidir-se que queria ser mais corajosa e enfrentar seus próprios medos.
Era este o motivo dessa festa do pijama inusitada e também dessa caça ao tesouro, ainda mais inusitada, na madrugada de Halloween. Lyna precisava ser mais corajosa, e por isso tinha que achar um livro aterrorizante.
— Guerra Mundial. — Leu ela uma plaquinha em uma parte da estante de livros do segundo andar — Por que meus pais têm esses livros de guerra mundial, hem? Qual a graça de ler um livro sobre o nazismo? Só acontecia desgraça.
Suspirou e deu alguns passos, foi nesse momento que viu, sob a luz de seu aparelho celular, um determinado livro diferente dos demais. A capa preta de couro parecia manchada com algo vermelho muito parecida com sangue, e não tinha título algum.
Lyna olhou para um lado e para o outro, era assustador não ouvir as meninas, mas tomada de coragem, ela abriu o livro. Nesse instante sentiu uma dor no pescoço e a sensação de que estava sendo sugada, luzes piscaram e a garota só queria gritar, tudo girou, e então finalmente parou, embora ela não estivesse mais no mesmo lugar.
Seus olhos percorreram com assombro o lugar que estava, era um quarto, mas um quarto muito estranho, não havia papel de parede e tudo tinha um aspecto medieval, com um lustre de velas, archotes, tudo de um jeito vintage e com muitos detalhes em vermelho e teias de aranha, mas o que mais assustou Lyna foi perceber que não tinha uma cama ali, tinha um caixão.
— Não… não… — Repetiu para si mesma dando passos para trás até que percebeu bater em algo, estava tremendo quando se virou e percebeu que se tratava apenas de um espelho, Lyna respirou fundo, ofegante, não tinha o que temer em seu vestido todo preto, ou a meia-calça vermelha listrada, mas tinha algo bem estranho, foi só quando percebeu algo um tanto diferente em sua aparência, estava tentando raciocinar o que era aquilo quando ouviu um rangido
Lyna se virou calmamente, seu coração estava agitado, estava muito ofegante quando seu olhar foi subindo pela pessoa que acabara de aparecer. As vestes negras eram assombrosas, a capa vermelha de gola pontuda mais ainda, apenas seu abdômen a mostra, o que transparecia mais o quanto sua pele estava pálida, então os olhos da garota Malfoy recaíram sobre seu rosto e o que a viu, a assustou ainda mais, aqueles olhos vermelhos eram penetrantes, mas sua boca com presas enormes de onde escorria sangue era pior ainda. Mas não pior do que reconhecê-lo.
— Oi, Lyna. — Cumprimentou Andrey Finnegan sorrindo para a garota de cabelos platinados
Era fato que Lyna Malfoy estava tentando ser corajosa, mas todos sabiam o quanto ela tinha medo de vampiros, não importava se ele fosse gostoso e tivesse o rosto do garoto pelo qual ela é apaixonada, isso não tiraria seu medo. E foi por isso que ela gritou.
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Louise Finnegan tinha acabado de encontrar o livro perfeito quando escorregou e se sentou no chão para poder ler, sempre teve uma imaginação muito fértil, e adorava fantasia mais do que ninguém, por isso sorria quando leu o primeiro trecho do livro.
ᴇʀᴀ ᴀ ɴᴏɪᴛᴇ ᴅᴇ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ ɴᴀ ᴄɪᴅᴀᴅᴇ ᴅᴏ ʜᴀʟʟᴏᴡᴇᴇɴ. ɢʜᴏᴜʟs, ɢᴏʙʟɪɴs, ʟᴏʙɪsᴏᴍᴇɴs ᴇ ʙʀᴜxᴀs sᴇ ʀᴇᴜɴɪʀᴀᴍ ɴᴀ ᴘʀᴀçᴀ ᴅᴀ ᴄɪᴅᴀᴅᴇ ᴘᴀʀᴀ ᴇsᴘᴇʀᴀʀ ᴏ ʀᴇᴛᴏʀɴᴏ ᴅᴏ sᴇᴜ ʟíᴅᴇʀ, ᴊᴀᴄᴋ ᴇsǫᴜᴇʟᴇᴛᴏ — ᴏ ʀᴇɪ ᴅᴀs ᴀʙóʙᴏʀᴀs.
E foi nesse instante que uma mão esquelética pareceu surgir de dentro das linhas, os olhos azuis de Louise se arregalaram, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, a mão a agarrou e a puxou para dentro do livro. Estaria muito assustada se não tivesse notado que caía por um túnel que lembrava muito uma toca de coelho, então sorriu, sua mente querendo acreditar que iria parar no País das Maravilhas.
Mas para o seu horror, foi parar em um lugar muito inverso. Tudo estava escuro, e só o que os olhos de Louise viram foi um espantalho com uma cabeça de abóbora, havia uma tábua cravada acima da cabeça dele dizendo “Cidade do Halloween”.
— Ah, mas que beleza. — A garota disse enquanto tremia com frio, mas mesmo assim se adiantava em andar como se procurasse algum sinal de vida a volta — Sortuda, você, hein dona Louise. Sua sorte é admirável.
Foi enquanto dava alguns passos que ela olhou para as suas pernas, e então para os braços, sua pele estava acinzentada e com remendos como se tivesse sido costurada. Os olhos de Louise se arregalaram, mas então ela riu.
— Cara, eu sou a esposa do Frankenstein! — Exclamou empolgada analisando melhor o seu corpo e o vestido colorido que parecia ser remendo de vários tecidos — Ou a filha? Ah, eu posso ser a Frankie Stein, mas essa roupa tá bem caída, hein?
Foi só quando notou duas respirações muito próximas que Louise levantou o rosto, bem no instante de:
— Vem brincar com a gente, Louise?
A garota deu um salto para trás e um gritinho, levando logo a mão ao coração. A sua frente se encontrava Mahara e Adrika Thomas, as gêmeas idênticas filha da popular estilista Parvati Patil, algo que não parecia ser mostrado nas roupas que elas usavam agora. As gêmeas estavam de mãos dadas, ambas com vestidinhos azuis iguais, meia branca 9/8 e idênticos sapatos pretos, sorriam de forma sinistra com uma vermelhidão bem abaixo dos olhos.
Louise continuou as olhando meio ofegante por conta do susto, até que riu.
— Cruz credo, vocês querem me matar? Pera... que roupa é essa? A mãe de vocês não é estilista? Gostei não, bem breguinha isso aí, mas é Halloween, né, então tá legal.
E saiu andando sem se importar com as duas que ficaram com cara de tacho no mesmo lugar, a loira mal tinha dado alguns passos, porém, quando se viu diante de um cemitério, observou alguns nomes nas lápides quando se assustou no instante em que um esqueleto passou bem na frente dela, estava envolto de uma faixa vermelha, e parecia estar festejando.
— ELE NÃO! — Cantarolava enquanto corria
As sobrancelhas de Louise se ergueram e ela deu uma risadinha.
— Ele quem? — Perguntou ao vento olhando apenas as costas do esqueleto que se afastava
— Eu não iria querer saber se fosse você. — Disse uma voz muito próxima fazendo a garota Finnegan saltar mais uma vez — Ele é pavoroso, mas não é agradável nem para os monstros. Apenas agradeça que ele foi embora.
Mas o susto não durou muito era só… o idiota do Finney Darling, conhecido apenas como Finn, um garoto moreno travesso, melhor amigo do imprestável do Rich Weasley, responsável pelos pesadelos de Louise. Porém Finn estava… diferente, não tinha a mesma áurea de moleque das pegadinhas de sempre, estava sério e segurava uma pá com a qual ele parecia cavar duas covas. As covas mal tinham sido cavadas, mas já havia duas lápides ali, Louise deu dois passos, o suficiente para conseguir ler os nomes escritos em cada uma delas:
Thalia Darling
Lindsay Darling
Louise ergueu uma sobrancelha, era fato que nunca falara diretamente com nenhuma das duas, mas conhecia bem cada uma.
— Suas irmãs morreram? — Perguntou ignorando totalmente todo o ambiente sinistro assim que Finn voltou a cavar a cova de sua irmã mais nova
— Não.
— E porque você…?
Um sorriso brincou com os lábios do garoto, um maléfico, assim que ele se virou para olhá-la.
— Nunca se sabe quando um acidente pode acontecer.
Louise arregalou os olhos e deu um passo para trás, perdida com o que acabara de ouvir, assim que trombou com uma figura extremamente pálida e de terno, havia um crachá no peito dizendo “PREFEITO”, embora seus dentes fossem pontiagudos e os olhos vermelhos, seu rosto não era nada desconhecido.
— O que você está fazendo aqui? — James Sirius Potter perguntou em um tom sério e pomposo que Louise nunca ouvira ele usar — Todos deveriam estar na cidade à espera do Rei das abóboras, por que você não está lá, senhorita Stein?
— Mas eu não sou a única que estou aqui, o… — Porém quando Louise se virou para o lugar onde até alguns segundos Finn Darling cavava o túmulo de suas irmãs, o garoto simplesmente desaparecera, restava só as duas covas lado a lado
— Tentando incriminar outras pessoas, então? Me acompanhe, Srta. Stein.
E contrariada Louise seguiu o prefeito James Potter caminho adentro, passando pelo mais variado e esquisito amontoado de monstros que surpreendentemente pareciam ter rostos muito conhecidos.
— Besouros de cacau?? — Perguntaram duas vozes extasiadas aparecendo na frente de Louise tão de repente que ela quase caiu pra trás, se tratavam de duas figuras baixas, pálidas e com chapéu pontudo, sorriam de forma a deixar a mostra belos sorrisos de dentes pontiagudos. As duas seguravam caixas com o que se fosse visto de longe pareceria chocolate, mas de perto era nítido que eram apenas besouros
Se tratavam de duas garotas mais novas que Louise se lembra de já ter visto antes na escola, uma delas é Lydia Snyder, e a outra ela também conhece bem…
— Seu irmão estava cavando sua cova lá atrás. — Informou para Lindsay Darling enquanto apontava para o cemitério atrás delas
A garota fechou a cara imediatamente e grunhiu, enquanto fixava a multidão aparentemente à procura do irmão. Louise, porém, não demorou mais, porque o prefeito da cidade de Halloween continuou a fazendo caminhar, até que a garota se impacientou.
— Pra onde estamos indo, hein? Esse tal de “rei das abóboras” vai aparecer logo ou não?
Mas como se sugado pelo seu magnetismo, montado em um cavalo esquelético, um certo ser parou bem à frente de Louise Finnegan. A pele dele era mais pálida que a de todos os outros, suas mãos esqueléticas e usava um bizarro terno preto listrado, entretanto, no lugar da cabeça, havia uma abóbora em chamas, seus olhos sinistros pareciam fixos em Louise de forma tão tenebrosa que pela primeira vez ela se sentiu arrepiar de medo.
A garota deu um passo para trás, assustada demais para encará-lo, mas ele ainda a olhava quando suas mãos foram até a abóbora em chamas e a tiraram do lugar, a substituindo por uma cabeça sorridente de sardas e cabelos muitos ruivos.
— Olha só, se não é a boneca mais linda de toda a cidade do Halloween. — Disse em sua habitual voz que constantemente tira Louise do sério
Foi ali que seu medo passou e sua raiva apareceu, pois nem mesmo em seus sonhos mais inusitados Rich Weasley parara de a perseguir.
— Não! Não! — Fez em uma voz chorosa e indignada — Por que você me segue pra todo canto? Por que o rei das abóboras, hein!? Por que? Por que?
E irritada demais com a situação, seu grito de insatisfação e temor ecoou por toda a cidade do Halloween, assustando morcegos muito distantes dali.
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Rose Weasley não precisou procurar muito, ok que não encontrara o livro com crianças possuídas que buscava, mas o que encontrou já era o suficiente para chamar a atenção dela. Tinham crianças, isso era fato, mostrava na capa, mas o mais assombroso era a casa, parecia um monstro.
A Weasley não achava casas assombradas motivo de espanto, sempre foi muito corajosa, dificilmente temia alguma coisa, razão essa que acredita ter a levado para Gryffindor, mas naquele momento, naquela fatídica madrugada de Halloween, ela sentiu algo estranho. Mas foi só quando folheou as páginas que descobriu de onde vinha aquele ar amedrontador, mas não teve tempo de reagir, já havia sido sugada para dentro do livro antes mesmo de entender o que acontecia.
Rose caiu sentada, ofegava com as costas encostadas em uma parede fria enquanto observava o ambiente escuro como breu, mal conseguia discernir alguma coisa, além de escuro, estava tudo embaçado, seu óculos voara na queda.
— A gente morreu. — Disse uma voz ofegante, decididamente assustada, e foi só aí que Rose sentiu a respiração apavorada ao seu lado e percebeu que tinha duas companhias — A gente tá morto. Já era. Isso é culpa sua.
Mesmo com tudo embaçado Rose não era idiota, conhecia bem aquela voz, era Cameron Zabini bem ao seu lado.
— Shhhh Cam! — Pediu outra voz urgente, embora com uma nota trêmula, e essa voz Rose conhecia mais ainda — Rosinha, olha seu óculos. — Acrescentou Matthew Davies com suavidade entregando algo na mão da ruiva, que ela logo constatou se tratar de seu próprio óculos, o pegou imediatamente apressada para fazer tudo a sua volta entrar em foco
— Isso lá é hora de cordialidade!? — Retrucou a voz assustada de Cameron — Ela vai nos matar! Não, não, já estamos mortos.
— Shhh, Cameron! — Pediu Matt levantando do seu lugar e segurando uma lanterna para iluminar alguns pontos de uma casa aparentemente comum, mas com aspectos sinistros — Escutem. Parece… respiração. A casa está dormindo, temos que agir, precisamos chegar até o coração, é o único jeito de sairmos daqui vivos.
— Não há mesmo outra opção? — Veio a voz trêmula de Cameron quando ele também se levantou do chão, logo após Rose
— Ah, claro, esperamos aqui, não fazemos nada e ficamos só aguardando a casa acordar e comer a gente. — Retruca o Davies em tom irônico
— Encontrar o coração, sair vivo, né, gostei. — Suspira Cameron concordando
Rose não entende o que acontece, mas também está segurando uma lanterna e observando a casa junto com os meninos, embora cada segundo pareça crucial e amedrontador, pois a cada passo dos três garotos o piso rangia deixando o aspecto aterrorizante.
Mas está tudo calmo, ou o quão calmo uma casa amaldiçoada poderia estar, mas a paz não dura muito tempo, não depois de Cameron Zabini derrubar um vaso de uma mesa, barulho suficiente para fazer a casa acordar.
Uma cratera começa a se abrir no piso, as tábuas vão se afastando enquanto as luzes da casa piscam, e para se salvar os três se vêem imprensados muito próximos, tremendo. Rose nunca teve medo de casas assombradas, porque estava acostumada com o habitual, casas com espíritos assustadores ou fantasmas, mas aquela casa ali, aquela era diferente de tudo o que já ouvira falar. Não tinha um monstro ali, a casa era o próprio monstro, e parecia sedenta para os devorar.
Foi naquele instante que toda a coragem de Rosemary Weasley desapareceu, e ela gritou, mas não foi a única, Matthew Davies e Cameron Zabini a acompanharam.
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De volta à realidade, Scorpius Malfoy tinha decidido uma forma um tanto diferente da irmã gêmea para se divertir na madrugada de Halloween. Ele queria assustá-la, não só ela, queria assustar suas quatro amigas também, e para a sua felicidade seus quatro amigos visitantes concordavam plenamente. E isso explicava o motivo de Scorpius Malfoy, Albus Potter, Rich Weasley, Cameron Zabini e Tiberius Nott estarem, cada um usando capa e capuz, na porta da biblioteca, lugar esse em que Scorpius sabia que sua irmã se encontrava.
— Só um sustinho. — Repetiu Scorpius Malfoy com um risinho. Era óbvio que não ia fazer nada muito pesado, mas o motivo daquilo não era só porque a garota que ele gosta está ali dentro, mas porque o loiro sabe bem as fobias de sua irmã gêmea e o quão medrosa ela é, embora finja não ser
— Sim, sim, um susto. — Entoou Tiberius cantarolando com pressa para que o amigo abrisse logo a porta da biblioteca
Scorpius olhou para os quatro, e depois voltou a olhar para a porta e a abriu. O plano seria eles fazerem o maior silêncio possível e procurarem por elas silenciosamente para darem um belo susto nas cinco.
Mas a biblioteca estava um breu, pensou Rich Weasley, não tinha como ver nada assim. Então foi por isso que ele apertou o interruptor, fazendo uma enorme luz irradiar o ambiente, e com ela surgiram cinco gritos juntos. Nenhuma das garotas observou os meninos de capuzes e máscaras de monstros, pois cada uma deixou o livro que tinham em mãos caírem e correram depressa para fora da biblioteca deixando cinco meninos sem entender completamente nada, mas desesperadas por se livrar de suas próprias histórias.
— Que estranho. — Disse Albus Potter tirando a máscara de Frankenstein do rosto — Elas nem olharam para nós, você ligou as luzes e elas só… se foram.
— Muito esquisito. — Concordou Scorpius pensativo — Que será que aconteceu?
— Vai ver já tinham monstros na biblioteca. — Veio o comentário de Cameron seguido de um risinho
Os outros quatro o olharam, enquanto o menino tirava a máscara de caveira divertindo-se com a situação, os meninos também riram.
— Vamos voltar para o quarto vai, melhor jogar outra partida de videogame. — Recomenda Scorpius adiantando-se para a porta da biblioteca, logo desligando a luz do ambiente — Quando amanhecer podemos perguntar às meninas o que aconteceu.
E assim os cinco garotos saem da biblioteca, agradecendo de que nem o grito das meninas foi o suficiente para acordar o casal Malfoy e contentes consigo mesmo porquê de qualquer forma o Halloween está apenas começando.
💀 YOU DIED 💀
e foi isso
espero que tenham gostado
e captado cada mínima referência
obrigada pela presença
voltem quando quiserem
THE END
Hello bruxinhos!
Desculpem o atraso para postar, eu informei nos avisos que só ia conseguir hoje de madrugada, pois é, a faculdade as vezes acaba cobrando demais de mim, mas tô sempre fazendo o possível pra estar trazendo capítulos pra vocês.
Sobre o Q&A da terceira geração, acabei não conseguindo terminar, mas vou postar ainda essa semana tá bom?
Amo vocês bruxinhos, espero que tenham gostado do especial.
Captaram cada referência?
Gostaram de ver a terceira geração no mundo invertido?
Hummm kkkkk.
– Bjosss da tia Nick.
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