Extra: Carolla Burke
Hello bruxinhoooos!!
Bem vindos ao segundo capítulo da Semana Bônus, e esse é um bônus ou mesmo um ‘capítulo extra’ que planejei mesmo postar depois do capítulo da Sol Lestrange. Esse extra e todo pelo ponto de vista de Carolla Meredith Burke, ou como vocês a conhecem Alba Hughes.
Na minha opinião, ok que foi eu que criei a maioria dos personagens dessa família e montei uma árvore genealógica a partir do que tá disponível no Pottermore, mas, digo sério quando falo que acho que grande parte da Família Burke tem probleminhas da cabeça kkk.
Espero que estejam preparados pelo que vem aí.
Prontos ou não, vamos lá.
⚯͛
⚯͛
Éramos amigas.
Éramos… no passado, um passado bem distante vale constar. Mas eu ainda me lembro, claramente lembro-me do dia que eu a conheci. Foi em 1968, no trem que nos levaria a Hogwarts, no fundo eu queria voltar no tempo e alertar a minha “eu” do passado no que ela estaria se metendo ao se tornar melhor amiga de Bellatrix Black, queria que fosse possível desfazer tudo o que aconteceu, mas se eu fizesse isso, talvez hoje não tivesse a minha Amélia.
— Oi.
Ela tinha aquele olhar de dona do mundo desde seus onze anos e o jeito dela dizer “oi” soou mais como um insulto do que um cumprimento, naquela ocasião era porque ela achava que eu era uma sangue ruim, e estava óbvio que não me trataria com educação até eu provar o contrário.
— Tô querendo ficar nessa cabine, mas antes… sem querer ser indelicada, mas qual seu sobrenome? — Perguntou ela ainda na porta me encarando com nariz empinado e pose de maioral
— Burke. — Respondi àquela época quase sem entender — Carolla Burke.
— Hm. — Ela riu animada e então finalmente adentrou — Que bom. Eu sou Bellatrix Black, mas pode me chamar de Bella, eu posso te chamar de Carol?
— Ah… claro.
Eu não era tão idiota. Sabia bem porque ela perguntou meu sobrenome. Ela era daquelas famílias que exaltam a anomalia sangue-puro. Mas quem era eu pra julgar sendo eu mesma de uma? Talvez fosse por isso que não me importei e quis ser amiga dela mesmo assim, ou porque eu queria fazer amizades. Só sei que foi dessa forma que viramos melhores amigas.
Eu e Bella éramos praticamente inseparáveis, como irmãs de outra mãe, fazíamos tudo juntas, óbvio que pra isso acontecer se devia ao fato de que também éramos da mesma casa, Slytherin, óbvio.
Mas tinha algo predestinado a destruir nossa união, algo que descobriríamos quando estivéssemos mais velhas, na adolescência. E esse algo tinha nome, sobrenome e um sorriso lindo. Rodolphus Lestrange.
Estávamos no quarto ano. Rodolphus sempre estudou conosco e éramos praticamente o Golden trio de Hogwarts… até aquele ano. 1971, ano esse que os tais marotos ingressaram em Hogwarts, e também a irmã caçula de Bella, Narcissa Black, meu irmão mais novo Pollux já estava no segundo ano esse tempo; foi nesse período, exatamente nesse que eu comecei a perceber que sentia algo a mais pelo meu melhor amigo, só não imaginava que não era a única…
Não tinha como eu saber aliás, Bella tinha um jeito frio de agir e eu pensava que sua única preocupação era esnobar e pisar em sangues-ruins, não tinha como eu nem sonhar que ela sequer olhasse pra Rodolphus, quanto mais gostar dele, seu costume era mais o insultar de brincadeira, mesmo que fôssemos amigos.
Sei que eu e ele começamos a namorar no início do quinto ano, foi o tempo mais perfeito de toda a minha vida, éramos os dois de famílias extremamente sangue-puristas e tínhamos o mesmo pensamento, embora eu não me visse tão maléfica assim. Charllus Burke, meu irmão mais velho que já estava no sétimo ano dava o total apoio para o meu namoro, ele mesmo tinha acabado de virar Comensal da Morte. Mas teve algo que por lerdeza ou estupidez eu não notei. Acabei deixando simplesmente passar o comportamento de Bella, não vi que ela estava mais fria e que pouco a pouco ia se afastando de mim, eu tava ocupada demais vivendo meu namoro perfeito pra notar aqueles sinais, então aconteceu, um simples ato que fez minha vida mudar totalmente. O ato que me tornou cruel.
Fim de 1973. É, um tempinho depois. Eu havia notado que Rodolphus estava estranho já há algumas semanas, e eu e Bella não falávamos mais de três palavras há três meses. Nesse dia eu estava simplesmente conversando com Mary Avery, outra garota da Slytherin. Não lembro de porquê e nem como, sei que de alguma forma ela me levou a abrir a porta de um armário de vassouras no segundo andar, e foi ali que meu mundo desabou.
Ver o garoto que eu mais amava nessa vida em amassos com a minha melhor amiga fez meu coração quebrar em mil pedacinhos, como se ele fosse de vidro. Lembro da ardência em meus olhos quando eles se encheram de lágrimas e da cara que Rodolphus e Bellatrix fizeram ao me ver parada na porta.
— Carol… — Rodolphus parecia vermelho de vergonha, exasperado, e era bom que estivesse mesmo — não é o que você está pensando.
— Ops. — Bellatrix no entanto tinha um ar de quem se diverte e me olhava com superioridade — Tudo bem, Carolla?
Eu não aguentei. Era demais pra mim. Então eu corri, saí correndo o mais rápido que eu pude. Tudo que eu queria era cavar um buraco e sumir pra bem longe, queria ir para algum lugar onde ninguém me conhecesse, mudar de nome, quem sabe? Ou simplesmente desaparecer.
Mas o pior é que eu não podia.
Imaginei que Rodolphus viria falar comigo em breve, pedir desculpas ou algo assim. Eu esperava, queria que ele fizesse isso para mim o esnobar. Não esperava de Bella, mas somente dele. Porém, o pedido nunca chegou.
Pelo contrário… eu, a idiota Burke ainda fui falar com ele, eu me humilhei. O problema era que eu realmente amava Rodolphus Lestrange, eu sentia necessidade dele, muita falta. Mas a forma que ela me tratou acabou com todo o restinho das pecinhas do meu coração.
— Você me viu beijando a Bella e ainda quer saber se estamos juntos? — Ele riu com um novo ar de superioridade, me olhando com desdém — Ah… Carolla, pensei que você tivesse mais amor próprio.
Foi nesse momento que eu percebi – embora não quisesse acreditar. Quando aqueles olhos castanhos escuro como chocolate amargo me fitaram, eu notei que Rodolphus Lestrange nunca havia me amado, e que eu acabara de perder meus dois melhores amigos pela minha estúpida capacidade de amar.
Não posso negar o quanto o resto da minha estadia naquele castelo foi difícil, ver eles dois juntos me quebrava por dentro, embora eu fingisse estar feliz. Embora eu mostrasse estar bem, só Merlin sabia o quanto me arrastei pra chegar ao sétimo ano. Minha família era toda de Comensais, meu pai Herbert Burke II e minha mãe Savannah Burke ( Nott de nascimento ) eram seguidores bastante leais do Lorde das Trevas, sempre achamos certo a supremacia puro-sangue, porém os Black e os Lestrange também, então eu me via constantemente na presença deles após terminar Hogwarts, mesmo sem querer lá estava eu vendo eles depois de receber a marca. Bellatrix e Rodolphus estavam sempre juntos nas reuniões, parecia o casal das travas perfeito, e isso me dava sede de sangue.
Charllus, meu irmão mais velho, casou-se com Cateline Flint em 1974, e Pollux, meu irmão mais novo, casou-se em 1978 com Raffey Avery. Já Bellatrix e Rodolphus casaram em 1977, e eu apenas via tudo acontecendo, o tempo passando e meu ódio crescendo.
Então em 1979, algum tempo depois que meu sobrinho Mattheo, filho de Pollux e Raffey, nasceu, algo chegou ao nosso conhecimento, uma certa profecia que pelo visto Severo Snape, acabou ouvindo no cabeça de javali. Tratava-se de algo que uma vidente disse à Alvo Dumbledore.
— No total falam quatros nomes. — Comentou novamente meu irmão Charllus no jantar na Casa Burke
— Não fala. — Corrigiu Pollux — Se refere à quatro pessoas pelo que ele ouviu, mas não fala seus nomes.
— Sim. Sim, isso aí. — Concordou Charllus impaciente — Primeiro a profecia fala de alguém que nascerá no final do sétimo mês.
— Julho. — Comentou mamãe em voz alta
— Filho daqueles que o desafiaram. — Prosseguiu Charllus
— Saberemos quando julho estiver mais perto, porém eu ouvi dizer que Alice está grávida. — Disse Cateline ao colocar a taça de vinho na mesa
— Alice? A da turma de 71? Que casou com o Longbottom? — Perguntei despreocupadamente enquanto cortava o bife e não a olhava durante a conversa
— Sim, ela mesma. Mas bom… vamos concluir o resto, além desse garoto, fala do Milorde, da arma…
— Nascida de uma gestação de gêmeos, não é? A mãe dos coelhinhos de cabelo ruivos teve gêmeos ano passado. — Comentou Raffey enquanto tentava forçar Mattheo a comer sua papinha, embora meu sobrinho fizesse birra
— Em abril ou no fim de março. — Comentei — A profecia diz que a arma nascerá no início de março, não no fim. Talvez seja alguém que ainda vai nascer, sei lá.
— Aliás, ouvi no Ministério que parece que o amante de trouxas Weasley vai ser pai novamente, qual a chance de serem gêmeos de novo na família de coelhos? — Pollux perguntou fazendo todos da mesa rirem
— Concordemos, esses Weasley são pior que coelhos. — Disse meu pai em tom risonho
— E como. — Concordou mamãe — Mas e a escolhida?
— Sim. A que entregará a arma para o Lorde. — Sorriu Cateline — Filha de seus servos mais leais, nascida em meados do quinto mês. Queria que fosse filha minha.
— Bom e quais são as suspeitas? —Perguntei levando o garfo com um pedaço de bife à minha boca, totalmente despreocupada, apenas queria saber se alguma das mulheres dos Comensais estava grávida, ou se tinha algum bebê já nascido em maio que poderia ser o escolhido, mas não estava preparada pra resposta
— Parece que a Sra. Crabbe e a Sra. Goyle vão ter filhos no fim desse ano, e Diana no início do ano que vem. — Disse mamãe se referindo à tia Diana, a esposa do tio Hank Nott, irmão da mamãe
— A irritante da Paola Parkinson está grávida também. — Contou Raffey torcendo o nariz, ninguém gostava muito de Paola — mas não sei pra quando é o bebê dela, provavelmente seja nesse ano mesmo, duvido uma filha dela ser alguém como “a escolhida”
— Eu não acredito que seja o filho de nenhum desses. Pra mim a dúvida é entre as irmãs Black mesmo. — Riu Pollux me fazendo arquear uma sobrancelha
Eu sabia que Andrômeda, a mais velha das irmãs Black, casou-se com um sangue ruim e teve uma filha, mas com certeza não seria ela, então me resta…
— Sim… — Concordou Cateline também rindo — O bebê da Narcissa e o da Bellatrix são pra esse tempo de maio e junho, não é?
E então eu arregalei meus olhos e senti meu coração saltar. Bellatrix… a Bellatrix está grávida? Do meu Rodolphus!?
Todos olharam pra mim, quando um som de vidro quebrando cortou as risadas da sala de jantar. Eu estava pálida e boquiaberta, tinha acabado de derrubar minha taça de vinho.
— Filha… — Meu pai começou apreensivo
— A… a Bella tá grávida? — Perguntei cortando o meu pai e ainda incrédula
— Bom… era esperado, né Carol? — Pollux falou sem jeito mexendo em seu cabelo — Quando um casal casa, é inevitável não vim um bebê, mais cedo ou mais tarde, né?
Suspirei fundo me segurando para não xingar meu irmão, ou mesmo lhe lançar uma Maldição.
— O bebê deles pode ser “a escolhida”? — Melhorei a pergunta tentando não transparecer tanto o meu horror
— Se for mesmo uma menina e nascer no meio de maio como previsto… bom sim. — Respondeu Charllus. Todos ainda me olhavam
E foi nesse instante que meu ódio só cresceu mais e mais. Não bastava ela ter roubado meu namorado, destruído minha vida e casado com ele, ela ainda foi e ficou grávida dele e o bebê dela tem grandes chances de ser “a escolhida”. Não, eu não posso tolerar mais isso.
Percebi o jeito que me olhavam. Com pena. Eu nunca superei o término com Rodolphus, nunca namorei novamente, e sou a única de meus irmãos e da minha antiga turma que não me casei, e não foi porque não tive opção. O insuportável do irmão do Rodolphus e Andrew Travers viviam atrás de mim, mas eu não queria ninguém, só Rodolphus. Saber que minha melhor amiga roubou o amor da minha vida me deixa devastada. Por quê? Por que ele escolheu ela e não eu?
Me levantei e saí da cozinha os deixando sem entender coisa alguma. Foi aí que comecei a pensar em vinganças. Vi 1979 acabar e 1980 começar… Molly Weasley acabou realmente tendo gêmeos no início de março, dentre eles uma menina, então no fim de julho nasceram dois bebês, o sangue-puro Longbottom e o mestiço Potter, ambos podiam ser o Eleito. Porém em maio uma coisa ficou bastante claro… claríssimo no exato momento em que Bellatrix deu a luz no décimo quinto dia do mês, ou seja, bem no meio, era a escolhida. Sol Lestrange. Eu odiava essa menina desde que soube de seu nascimento, de seu nome. A família Black tem o costume de colocar nomes de estrelas em seus filhos, e lá se foi Bellatrix colocar naquele monstrinho o nome da estrela mais brilhante do sistema solar, é sério isso!? Sol!?
Bella estava ainda mais convencida eu o normal, tendo em vista que seu bebê seria orgulho para o Milorde, no exato momento em que entregasse a Arma.
Meu ódio foi crescendo mais a cada dia e então… no fim de outubro de 1981 aconteceu… O Lorde das Trevas perdeu seu corpo ao tentar matar o filho dos Potter, e como muitos Comensais da Morte não sabiam o que acontecera em si, eles foram burros o suficiente para irem atrás do Lorde. Entre eles Bellatrix, Rodolphus, Rabastan Lestrange e Bartô Crouch Jr., filho de um cara careta e certinho super importante do Ministério, mas ainda assim um Comensal, basicamente um moleque com seus dezoito ou dezenove anos, vai entender porquê Bella o levou.
Bom, muita coisa aconteceu depois que o Milorde se perdeu, os aurores vieram atrás de nós e os Comensais começaram a se dividir em lados: Os que não negavam o Lorde das Trevas e acabavam indo parar em Azkaban ou mesmo perdendo suas vidas lutando, e os que se fizeram de santos e disseram que estavam sobre o uso da maldição Império. Nunca imaginei que um dia veria meus próprios irmãos se dividirem em lados opostos. Eu já tinha saído de casa com uma grande saca de galeões que roubei da loja Borgin e Burkes – loja da minha família que no momento estava sobre a administração do Sr. Borgin e do meu pai – quando chegou aos meus ouvidos que Charllus e Cateline estavam mortos, preferiram lutar e morrer com honra do que negarem o Lorde ou irem pra prisão. Já Pollux e Raffey, não vou dizer que não entendo o motivo deles terem escolhido mentir e viver bem, afinal Mattheo era só um bebê, meu sobrinho precisava dos pais.
Nessa perspectiva, Sol Lestrange, sendo ainda mais nova que Mattheo, precisava ainda mais de seus pais que nasceram burros ou monstros o suficiente para se importarem mais com o Lorde do que com a segurança da filha, e simplesmente saíram e deixaram a bebê aos cuidados de uma velha meia-elfa doméstica da casa Lestrange. Rodolphus e Bellatrix foram ainda mais burros pra acabarem sendo presos, já eu inteligente demais pra me passar por uma trouxa e conseguir irromper na segurança da casa Lestrange.
— Tão previsível. — Falei depois de me abaixar e me desviar de uma armadilha no saguão da casa; fui amiga de Rodolphus e Bellatrix por muito tempo pra saber os tipos de coisas que eles gostavam e sacar as possíveis armadilhas para segurança da casa
Segui pelo corredor vazio, amplo e silencioso, subindo as escadas com cuidado, ignorando os quadros dos antepassados de Rodolphus, mas com um sorrisinho brincando nos lábios. Quando alcancei o patamar da propriedade comecei a olhar de um lado a outro, procurando, passei por archotes, lustres, uma armadura ridícula, mais quadros que me seguiam com os olhos, até ouvir uma música.
— Não sei se tu tens um anjo… que eu tenho um anjo sim. — Ia cantarolando uma voz meio rouca no fim do corredor
Cheguei quase ao fim e vi a porta de carvalho escuro entreaberta, uma placa de madeira tinha o desenho de um bebê e um sol.
— Dorme meu anjo lindo… minha menina serafim…
Eu lembrava da dona da voz, já estive na casa de Rodolphus há anos, quando era adolescente e a conheci. Dhally Rost, uma meia-elfa, foi a babá dele e com certeza é quem cuida da nova estrela dessa casa.
— Dorme meu pequenino…
Só não recordava que sua voz me dava nos nervos. Meti a cabeça pra dentro do quarto, logo empurrando de leve a porta pra não bater. Lá estava Dhally, de costas para mim, enquanto balança suavemente uma pequena praga nos braços, dá pra escutar as risadinhas da cobra que não tá afim de dormir. O quarto é enorme, todo dourado com tons levemente roxos e simplesmente entediantes. Desde o berço, os brinquedos, as poltronas, as cortinas sem graça e até aquele brinquedinho estúpido que pende acima do berço.
— Ora, Sol, já passou da hora de você dormir, vamos… — Disse a meia-elfo em risinhos ao colocar a menina de já um ano, no berço, vi a garota estender o braço pra apanhar a cobrinha de plástico que pendia do móbile com outros animais
Eu revirei os olhos com impaciência. Bella e Rodolphus poderiam ao menos ter dado mais segurança a essa praga, não? Olha essa babá que está tão velha e surda que nem ao menos me viu entrar.
— Dhally… — Chamei com superioridade, a varinha estendida e um olhar determinado, mas já impaciente
Vi o rosto enrugado dela se empalidecer ao me ver, sei que me reconheceu, deve saber porque vim, está amedrontada.
— C-ca-ca… — Gaguejou, a respiração ofegante
Eu fiz o movimento com a varinha, enquanto recitava o feitiço em minha mente, um sorriso nos lábios em ver seu horror, não existe nada melhor do que usar um feitiço não verbal, a outra pessoa nunca sabe o que a espera.
— O nome é Carolla. — Rosnei quando a luz verde atingiu a meia-elfa e a fez tombar no chão, batendo a cabeça em uns dados que estavam espalhados
Eu respirei fundo, séria, empurrei o corpo morto daquela criatura pra longe do meu caminho e cheguei até o berço onde jazia a verdadeira criatura que eu vim matar, o resultado da minha destruição. Imagina o que aconteceria quando Sol Lestrange morresse? Como seus pais ficariam sem a escolhida…
Eu sorri, a varinha apontada enquanto me aproximava, a menina agora tinha as duas mãos levantadas e estava sentada no berço pra poder mexer no móbile de cobras.
— Co… bri… nha. — Eu ouvia sua gargalhada irritante enquanto ela balançava o brinquedo e repetia a palavra
A garota tinha os mesmos cabelos negros de Rodolphus, mas bem mais encaracolados e já estavam grandes, quase lhe caindo nos olhos, a pele era morena e ela usava uma pijama verde claro. Ela continuava brincando enquanto eu sentia o ódio e mirava minha varinha pra ela.
Então ela me olhou e riu enquanto apontava pra varinha e se levantava no berço para a pegar, eu não entendi, paralisei, simplesmente travei quando vi os olhos daquela criatura minúscula.
— Dá. Dá. Dá! — Pediu com voz chorosa indicando a varinha, os olhos grandes fixos em mim — Dá.
Senti que eu ia chorar, abaixei a varinha na hora e me aproximei mais daqueles olhos, aqueles olhos maravilhosos castanhos como chocolate amargo. Os olhos que eu mais amo na minha vida, da pessoa que eu mais amei.
Ela tem os olhos dele. Os olhos de Rodolphus.
Ela gargalhou quando eu a peguei do berço e começou a mexer no meu cabelo como se o quisesse puxar, mas eu não liguei, eu simplesmente a levei embora dali.
Quando armei todo esse plano e pensei em matar Sol Lestrange, era pra me vingar de Bellatrix, não dele, eu o amo, e ver aquela coisa pequena com seus olhos me fez mudar de opinião. Então roubei os documentos de um turista aleatório em um parque de Londres. Meu irmão mais velho, Charllus, sempre disse que tenho uma imaginação fértil.
Mas não quis que fosse imaginação quando simplesmente inventei a minha nova vida. A vida de que eu era uma mulher chamada Alba Hughes e eu e Rodolphus havíamos nos casado, mas seu nome é Raphael Hughes, e eu e ele tivemos uma filha, nossa pequena Amélia.
— Atenção passageiros, o vôo com destino ao Estados Unidos na América do Norte partirá em breve, por favor, se encaminhem ao portão um.
Carolla? Eu não conheço nenhuma Carolla. Meu passaporte diz claramente Alba Meredith Hughes. E lá estava eu, como uma mulher decente e feliz, uma bruxa americana que anteriormente estudou em Ilvermorny, e agora estava arrastando uma mala não muito grande e segurando sua filhinha de um ano no colo enquanto íam para uma bela viagem em família à sua cidade natal; só três anos, quando tudo se acalmasse, voltaríamos a Inglaterra.
— Calma, Amélia, meu amor, em breve vamos estar na nossa nova vida. — Sorri para a minha pequenina que se remexia e me olhava com lindos olhos de chocolate
VOLTEI...
Gente, o foco do bônus é mais a visão da Carolla sobre sua vida, mas pelo pouco que mostra do tempo que ela namorou o Rodolphus, espero que tenham notado o problema dela, a dependência emocional que ela tem dele.
Outra coisa... Kkkkk, ela é louca ou não?? Olha a fanfic que a gata criou, só faltou criar outra realidade como a Wanda fez pra lidar com o luto.... kkkkk
Não, não, coitada da Wanda. A Carolla não chega nem aos pés dela, Sorry.
Mas gente, é sério, concordemos que os Burke tem problemas, hem.
Gente, lembrei agora que domingo é aniversário da Amélia kkkkk, eu esqueci que estávamos em maio, só agora quando eu estava corrigindo o bônus foi que eu lembrei kkkk.
Mas, ok, nos vemos amanhã com capítulo novo, sem bônus.
– Bjosss da tia Nick
Tentando descobrir se a Carolla tinha mais cara de psicopata quando era adolescente ou ela já adulta... Kkkk
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