Bônus 30K: George Weasley
Hello bruxinhoooos!!
Eis finalmente o bônus de 30K, demorei, mas aqui está, o primeiro bônus da semana bônus especial. E esse aqui foi um pedido especial e é todo pelo ponto de vista do nosso lindo maravilhoso George Weasley.
Esse bônus foi feito com muito carinho e é um ponto bem interessante no momento em que estamos da história, pois agora vocês saberão mais sobre o relacionamento Geolia ( George + Amélia ) se bem que... o nome verdadeiro dela não é Amélia, né? ...kkkk
Fiquem agora com a leitura!
Tentem ler com a mente bem aberta para captar as informações antes de julgar qualquer pessoa...
“O mal não nasce, é criado.”, já ouviram?
Amo vocês!
Fiquem agora com a leitura!
⚯͛
⚯͛
Meus primeiros anos em Hogwarts pareceram passar em um borrão, correndo bem a frente dos meus olhos, foi simplesmente rápido demais o modo como Fred e eu viramos os reis do Caos, na companhia do nosso inigualável melhor amigo Lee Jordan. Nós arrasávamos em praticamente tudo, desde em ser os melhores em pegadinhas até o sucesso com a mulherada – se bem que Angelina ainda parecia ser bem perspicaz e uma das únicas meninas que era capaz de dar foras em Fred ou em mim.
Em 91 quando Rony e Rox entraram no castelo, as coisas deveriam continuar no mesmo rumo que sempre, a diferença seria que agora teríamos os clones mal feitos para brincar e zoar, e tava tudo bem assim… até chegar 1993, quando Lee resolveu me alertar de algo que, segundo ele, eu não fui atento o suficiente pra perceber… uma garota do terceiro ano estava afim de mim.
— Do terceiro? — Franzi a testa e dei uma risadinha de leve dando uma balançadinha na cabeça com incredulidade — Só tem criança no terceiro ano, Lee.
Fred também ria, encostado na cadeira a minha frente totalmente despreocupado, nem parecia que estávamos no ano dos N.O.M.s.
— Sua irmã também está no terceiro. — Disse Lee com um dar de ombros fazendo Fred o olhar sem entender e eu parar de rir
— Cê tá ligado que nossa irmã tem treze anos, né cara? — Lembrei em um tom mais sério
O vi parecer um tanto nervoso, desviando o olhar e balançando o cabelo rastafári de um lado a outro.
— É… claro.
Ok, eu realmente achava que no terceiro ano só tinha pirralhos. Eu estava com quinze, o que poderia pensar? Fred e eu éramos os maiores namoradores – Fred mais que eu – e fazíamos sucesso entre as meninas de catorze a dezesseis, estava ótimo desse jeito. Ok, eu já levei banho de cerveja amanteigada pelo menos duas vezes de duas garotas diferentes que me confundiram com meu irmão gêmeo, mas mesmo assim estava tudo bem.
Estava. Até eu descobrir quem era a tal menininha do terceiro ano que Lee disse está atrás de mim, até eu notar Amélia Cateline Hughes.
Início de 94, ainda no meu quinto ano, às vésperas dos exames ( não que eu me importasse ) e lá estava eu encantado. Não me lembro da primeira vez que a vi, lembro de quando eu a notei pela primeira vez, os olhos de chocolate, o lindo cabelo cacheado, a pele morena bronzeada e o sorriso vibrante. O que sempre mais diferenciou Amélia das outras garotas foi o fato de que ela simplesmente nunca confundia eu ou Fred. Ok, nós somos gêmeos idênticos, só poucas pessoas acabam sendo espertas o bastante para nos reconhecer nos míseros detalhes. É uma tarefa difícil, até mamãe nos confunde algumas vezes. As meninas confundirem incomodava? Raramente, às vezes era engraçado, outras vezes decididamente estressante. Mas Amélia sempre pareceu diferente… tinha um motivo pra ela saber diferenciar Fred e eu, mostrava que ela prestava atenção, bem mais que as outras pessoas.
Se não, como notaria que do lado direito no pescoço eu tenho duas pintas que Fred não tem? Que Fred tem um sinal de nascença no braço esquerdo e uma pequena cicatriz na sobrancelha que eu não tenho… que Fred é quem sempre começa as piadas ou quem chega nas pessoas e eu só complemento, sempre sendo mais compassivo, que eu tenho mais cuidado com as palavras e falo pouco, pois penso mais antes de falar, que enquanto Fred é considerado mais engraçado, eu sou mais simpático, que Fred é mais instigador e eu mais racional… e outras tantas coisas que as pessoas deixam passar alegando que simplesmente somos gêmeos univitelinos, mas ela notou, notou mesmo quando Fred quis fazer uma pegadinha com ela e se passar por mim, incrivelmente surpreendente ela notou.
Mesmo assim, pra mim ela ainda parecia apenas a amiga da minha irmãzinha e eu tentei levar as coisas assim, mesmo com a sua aproximação, mesmo me vendo sem querer entrando em sua bolhinha de amizade, a conhecendo melhor e de repente trocando cartas no verão de 94.
Caro George,
Pra minha infelicidade não, pelo visto não poder ir mesmo para a Copa Mundial de Quadribol. A vida é tão injusta, não é? Minha mãe não gosta dessas coisas, então não vou poder mesmo ir.
As férias estão chatinhassss, a única coisa legal é ler um livro de fantasia trouxa que ganhei, é engraçado como os trouxas escrevem sobre nós sem saber que realmente existirmos, né? Mas não gosto de como mencionam as bruxas. Velhas, feias, com nariz comprido e uma verruga. De onde eles tiraram que as bruxas são assim, Hem?
Trouxas, quem os entende?
Aproveita a Copa por mim, depois me diz como foi.
Bjos
Amélia
Ela é um doce, não tinha como dizer que ela não é, sabia ser divertida e ter um diálogo decente, nem dava pra acreditar que só tinha catorze anos. Fred acabou encontrando uma das cartas e a resposta que eu ainda ia enviar e começou a me zoar por chamá-la de Méli, depois ficou perguntando por que – se somos gêmeos – ele não estava trocando cartas com ela também. Óbvio que ele estava brincando, por mais que ele seja mais solto e não entenda algumas coisas muito bem, ele respeita quando me interesso de verdade por uma garota… não que eu estivesse interessado na amiga de catorze anos da minha irmã mais nova.
Mas então comecei meu sexto ano, veio o torneio tribruxo e de repente um baile, ali eu percebi que era inevitável, não dava mais pra usar a desculpa de que Amélia era muito criança, porque ela não era, não mesmo, tinha mais maturidade que qualquer pessoa da minha turma e mesmo assim sabia levar as coisas na brincadeira quando era preciso levar. De qualquer modo eu a convidei para o baile, seu sorriso ao dizer “sim” e o modo como ela me abraçou me despertou fagulhas que nenhuma outra garota havia conseguido despertar, ela acendeu um fogo em mim tão intenso que cheguei a me questionar se sou mesmo George Weasley ou se fui possuído por um espírito metido a cupido.
Ignorando o fato de Lee ter convidado minha irmã para o baile, foi tudo perfeito. O sorriso de Amélia tinha um brilho que parecia iluminar qualquer escuridão, não que eu fosse abrir a boca pra dizer uma coisa filosófica dessa – ou até diria, mas apenas pra ela. Dançamos, comemos e nos divertimos de montes àquela noite, embora às vezes eu parecesse um bobo olhando pra ela, um baita apaixonado. É, tem hora que é preciso entregar as cartas e admitir a verdade, e essa é a mais pura verdade.
Me apaixonei por Amélia Hughes enquanto tentava me convencer que ela é muito criança pra mim, mas naquele dia no baile, enquanto dançávamos, eu fitei suas íris de chocolate, admirei sua pele morena e seu cabelo coberto de ondas, o fato de seus olhos serem meio puxados e as covinhas que se formavam em suas bochechas quando ela ri, e enquanto eu olhava e admirava tudo isso, me veio a pergunta: “o que são dois anos na história do amor?”
— O que foi? — Ela riu fazendo as covinhas aparecerem enquanto dançávamos pelo salão sem se importar com as pessoas ao redor que às vezes trombavam conosco; claro, era as esquistonas se apresentando, o pessoal estava surtando
— Você tá linda. — Respondi na lata sem desviar meus olhos dela
Ela riu e desviou um pouco o olhar, as bochechas vermelhinhas.
— Ai, George… você é um bajulador.
Eu a puxei pela mão e quando vi nossos corpos estavam colados e eu podia sentir sua respiração muito próxima de mim, uma das minhas mãos apertava sua cintura e a outra sua cabeça, tudo parecia acontecer em câmera lenta, mas eu a beijei, a puxei pra mim e a beijei de forma avassaladora, sem me preocupar com mais nada, apenas me entregando ao forte sentimento, apenas desistindo de esconder o que sentia. Rolou mais um beijo. E esse, parece mentira mas é verdade, foi melhor ainda! Com mais intensidade, mais vontade. Menos meigo e mais... mais feroz. Nem ouvia mais a gritaria ao fundo, estava em transe, desesperado pra atacar os lábios daquela garota.
Eu podia ficar horas beijando ela, sem se preocupar com mais ninguém. Nós nos afastamos apenas por falta de ar, ou porque alguém acabou trombando na gente.
Seu rosto estava ainda mais vermelho depois do beijo, mas ela sorria, sorria abertamente, sua pupila dilatada, toda coradinha e nervosa, mas ainda conseguia brincar.
— Achei que não ia me beijar nunca. — Zoou
Eu ri junto com ela.
— Ah, fala sério, nem demorei tanto assim vai.
Nós começamos a namorar naquele mesmo dia. E aí, me diz, quantos casais podem se gabar de ter começado a namorar no dia que se beijaram da primeira vez? Pois é, a gente pode.
E é engraçado pensar… eu, George Weasley que era o namorador de Hogwarts simplesmente apaixonado do nada. Fred zoou um pouco de brincadeira depois ( ele não quer admitir que gosta da Angelina ainda ), já Lee me parabenizou, pra dias depois o deliquente aparecer namorando a minha irmã, parece que tava afim de morrer. Mas ok, eu e Fred acabamos aceitando.
Sobre eu e Amélia tudo sempre foi ótimo, começo de namoro é sempre perfeito, mas nós tínhamos uma sincronia maravilhosa que eu sentia que seria perfeito sempre, não só no começo, mas de repente ela ficou estranha. Tudo a partir do dia da última tarefa do torneio tribruxo.
Tinha acabado de almoçar com Lee, Harry, meus irmãos, mamãe – que tinha vindo para ver o torneio – e Hermione. Harry tinha se levantando a pouco para descer com os outros campeões e eu fiquei lá com eles esperando a hora de descer também, foi quando mesmo que sem perceber me vi olhando ao redor na mesa a procura de Amélia, que estranhamente não estava com as amigas de dormitório. Então deixei Fred ir na frente com nossos irmãos e os outros e saí pra procurar ela para poder assim os acompanhar, foi quando a encontrei sentada no assento de uma janela, a cabeça escondida nas mãos; eu não entendi o que tinha acontecido, ela estava tão bem mais cedo e no dia anterior.
— Méli? — Chamei enquanto me aproximava dela
Ela levantou a cabeça pra me olhar e vi seus olhos meio vermelhos surpresos com a minha presença. Já que ela tava sentada e eu era muito alto, em vez de me sentar ao lado dela me abaixei para olhar em seus olhos.
— Está tudo bem?
— S-sim. — Ela fungou e passou as mãos pelos olhos enquanto sorria, um sorriso nada verdadeiro
— Não. Não está bem não, o que houve?
Ela olhou para os lados.
— Já estão descendo pra ver a última tarefa? — Perguntou se levantando depressa — Meu Merlim, George, vamos.
Eu me levantei, suspirando fundo.
— Amélia, o que você tem?
Ela tornou a me olhar, seus olhos suplicantes tentando me dizer algo que sua boca não pronunciava, então sem mais nem menos ela me abraçou, agarrou minha cintura e escondeu seu rosto no meu peito e ali eu percebi que ela voltou a chorar. Eu a abracei de volta, sem saber o que dizer, o que fazer, só deixando ela chorar, talvez ela se acalmasse, então ela fungou novamente e olhou pra mim com os olhos vermelhos, logo enxugando as lágrimas.
— Desculpa, amor… — Pediu tentando deixar a voz firme — é só tpm, e minha cabeça tá doendo, e eu tô carente… não sei, vamos só ver a última tarefa?
Eu não sabia se ela estava sendo sincera, mas não quis insistir, então peguei em sua mão e descemos juntos o caminho para as arquibancadas do campo de quadribol que foi transformado em um labirinto. Ela continuou estranha e extremamente pessimista o resto do dia, uma mudança de humor constante, devia está mesmo na temporada pra matar, só que na fase soft, na que só faz chorar e pensar mal de tudo, pelo menos ela não fica muito estressada, Rox e Ginny viram demônios de meio metro na temporada delas.
Mas digamos que ao final naquele dia eu fiquei bem mais perdido, o desfecho da noite que deixou minha namorada ainda mais desesperada, como se tudo que temesse tivesse se concretizado, de alguma forma ela agia como se acreditasse ser culpada pelo que aconteceu, o que é óbvio que não era verdade. Eu tento não pensar muito naquele dia, esperava que ela voltasse a ser a menina de sempre depois dele, e até ficou, mas só por um tempo.
Eu tentei muito esquecer os momentos estranhos, às vezes em que ela se comportava de forma esquisita ou parecia nervosa demais, eu tentei a ajudar, a consolar sempre, porque eu amo, eu amo demais essa garota… mas então o cúmulo aconteceu, veio a sentença final em janeiro de 96.
— Oi, amor… — Cumprimentei enquanto entrava naquele espaço, agora vazio, de uma das torres, era quase como a Torre de Astronomia, só que menor e sem o grande telescópio, apenas uma estrutura circular com uma boa vista pra tudo que acontecia em baixo, o pessoal chama de “A Torre Sul” já que fica no extremo oposto da torre Norte ( Torre de Adivinhação ) e diferente dela não tem teto — Você mandou me chamar?
Lá estava Amélia, o uniforme normal da Gryffindor, os cabelos presos num afro puff, de costas para a entrada, apenas encarando o que acontecia lá em baixo na torre, quase inclinando-se para baixo enquanto levantava os pés e se debruçava sobre a sacada da torre.
— Oi… — Respondeu com uma voz vaga enquanto eu, sem perceber a gravidade do que viria se seguir me aproximava dela
Eu a abracei por trás enquanto beijava sua bochecha, costumava fazer isso com frequência, e não achei estranho quando ela me afastou, talvez um pouco, mas imaginei que ela poderia está chateada com alguma dessas besteiras que as meninas facilmente se irritam. Eu realmente não esperava pelo que viria.
— Para George… por favor, para. — Pediu finalmente me olhando, então notei seus olhos vermelhos e lágrimas lutando pra sair de seus olhos
Foi aí que comecei a perceber que as coisas não estavam bem.
— Amor, o que você tem? — Franzi a testa tentando me aproximar, mas ela se afastou novamente, então eu parei no meu lugar lhe dando espaço — O que foi? Por que você estava chorando?
— Desculpa… — Foi o que saiu de sua boca enquanto suas íris se caiam sobre o chão e ela não parecia ter força para olhar nos meus olhos
— Amélia, o que houve? — Insisti, eu queria abraçá-la, mas sabia que devia respeitar seu espaço, mesmo que me partisse o coração e eu quisesse entender o que se passava na cabeça dessa menina que eu tanto amo
— Eu sei — E ela levantou um pouco o olhar pra mim, seus lábios tremiam enquanto ela parecia se forçar a falar — que não é a melhor hora, mas eu não sabia que outro momento eu poderia falar. — Ela fungou e uma lágrima escorregou — É que eu…
Pisquei os olhos, esperando que ela prosseguisse, mas a vi esconder o rosto nas mãos e mais lágrimas caíram. Eu me aproximei e ela se afastou de mim de novo, indo para o outro lado.
— George, para. — E sua voz agora era mais trêmula, suas mãos esfregavam seus olhos com força pra refrear as lágrimas
Eu fiquei atônito a observando, tentando entender onde ela queria chegar.
— Amélia, por Merlin, o que tá acontecendo? Você está aí nervosa, chorando e não posso nem me aproximar de você. Quem já tá ficando nervoso sou eu.
Não era mentira, eu não entendia nada, mas estava ficando mais nervoso a cada segundo, a cada suspense.
— É que… eu não sei… não sei como te falar isso…
Uma idéia maluca perpassou minha cabeça.
— Você não tá grávida, né? — Perguntei tentando entender o que poderia se passar na cabeça dela — Eu tenho certeza que te dei a Poção certinha nos dias seguintes, não foi?
Ela meio que balançou a cabeça, desviando o olhar e chorando.
— Mas amor, se você tiver, isso não é ruim, sabia? Ia ser mara…
— Eu não tô grávida, George! —Esbravejou me cortando seriamente, as lágrimas caiam mais forte
Eu a observei, sentindo meu corpo tremer enquanto eu esperava o que viria a seguir.
— Então o que aconteceu? Até ontem estava tudo perfeito e agora…
— É estava — Ela me cortou mais uma vez, sua voz era cruel como uma facada, mas ela ainda tinha lágrimas nos olhos; seus lábios tremeram antes de ela acrescentar: — no meu mundo de fantasia. Mas a realidade é completamente diferente.
Eu dei um passo, mais perdido que nunca.
— Amélia… eu ainda não tô entendendo.
— Eu… — Sua voz estava mais trêmula agora — me precipitei, eu acho, era só uma criança, afinal… nossas vidas são completamente diferentes. — Ela fungou, mais lágrimas caiam agora, ela voltou a olhar pro chão — O que eu poderia saber do mundo aos catorze anos, não é? M-mas agora eu percebi e você precisa saber disso… E-eu me precipitei…
— Amélia… — Minha voz saiu trêmula e senti que daqui a pouco era eu quem estaria derramando lágrimas
— Foi bom… m-muito bom, mas não posso continuar te enganando assim você precisa saber… v-você precisa… não dá… nós dois não dá mais…
— V-você quer terminar? — Meus olhos se arregalaram
— George… — Disse ela com dificuldade, girando o chão
— Méli… — Implorei, meus olhos lacrimejaram
— Para! — Ela esbravejou me assustando, seus olhos cheios — Não me chama assim!
— Ok, Amélia… então fala. — Pedi, tentando me fazer de forte, mas com os olhos prestes a derramar uma enchurrada de lágrimas
— E-eu…
— Fala, mas fala olhando nos meus olhos, quero ver você dizer olhando no meu olho.
— George, para…
— Se você quer dizer, então fala olhando nos meus olhos. Vamos, me olha e diz, eu quero ver se você tem coragem…
— Por que você sempre dificulta tudo? — Perguntou escondendo o rosto nas mãos enquanto mais lágrimas caiam
— Olha pra mim e fala. — Insisti e agora minha voz estava trêmula também, enquanto eu forçava as lágrimas pra dentro, se uma caísse, as outras também cairiam
Eu a vi esfregar os olhos e me olhar, bem no fundo dos olhos, mesmo que nervosa, trêmula, os lábios tremendo, o medo era nítido, eu só queria saber o que passava em sua mente. Mas ela fez o que eu pedi, o que eu achei que ela não tivesse coragem de dizer, ela disse.
— Eu… quero terminar.
Senti meu mundo cair, desabar, meu coração se quebrar em um milhão de pedaços por aquelas míseras três palavras, elas me atingiram como uma adaga perfurando fundo o meu corpo e destruindo tudo. Três palavrinhas que podiam destruir tudo. Eu não podia acreditar, eu não conseguia raciocinar.
— Você não pode está falando sério… — Foi só o que eu consegui dizer e agora eu também chorava — Nós estávamos bem, Amélia, por que isso? Por que isso agora!? Me diz!
Ela se virou, ficando de costas pra mim novamente, mas respondeu com a voz trêmula:
— E-eu era muito nova quando aceitei isso… achei que estava pronta pra um relacionamento, mas agora eu percebi que… percebi…
— Você percebeu o quê? — Perguntei trêmulo enquanto segurava seu braço e a fazia se virar pra me olhar
— Desculpa… desculpa… eu vou devolver seu moletom que tá comigo e…
— Você acha que eu tô preocupado com isso agora!? Acha que é nisso que eu tô pensando?
Ela olhou para o chão, as lágrimas pingando no piso de pedra da torre.
— Não é possível… — Falei querendo socar uma parede, querendo chorar, querendo me jogar dessa torre — isso não pode tá acontecendo…
— G-george… me perdoa…
— Olha pra mim…
— Não…
— Amélia, diz nos meus olhos que você não me ama mais…
— Não dificulta isso, por favor…
— Olha pra mim e diz que não me ama dentro dos meus olhos vai… vai me dizer que tudo o que vivemos foi uma mentira? Todas as nossas noites juntos? As brincadeiras? Tudo. Todas as vezes que você acordou com a cabeça deitada no meu peito e disse que me amava… foi tudo uma mentira?
— Me perdoa…
— Amélia, olha pra mim…
Ela levantou a cabeça e seus olhos de chocolate me fitaram, cheios de lágrimas.
— Me perdoa, George, por ter tomado seu tempo nesse último ano…
— Não…
— E-eu achei que te amava, mas…
— Não, Méli…
— Eu tô te olhando, você não pediu!? Você não pediu pra ouvir enquanto eu olho nos seus olhos! Estou te olhando, George! — Praticamente gritou enquanto chorava mais e sua voz saia embargada
— Amélia… você vai mesmo jogar nossa história na lama e não vai nem me dizer o motivo?
— E-eu não te a-amo… eu não te amo mais, George… — E passou mais uma vez a mão nos olhos — Me perdoa…
Eu abri a boca pra falar, mas nada saiu. Eu soltei seu braço, apenas piscando e a encarando, as lágrimas escorrendo suavemente pelo seu rosto. Ela me olhou uma última vez, antes de desviar o olhar e simplesmente foi embora, da entrada ainda a ouvi sussurrar:
— Desculpa.
Fiquei lá parado, imóvel, sem reação alguma, sem acreditar realmente no que havia acontecido, as lágrimas caindo. Eu não entendia, como podia entender? Estávamos bem. Nós estávamos bem, ok que já fazia tempo que ela andava estranha, mas entre nós estava tudo bem… e então isso.
O jeito que ela falou aquilo, não parecia verdade… não parecia real. Fiquei por muito tempo lá sem reação, até sentar no chão e encarar o nada, chorando e me sentindo um tolo, depois da tristeza veio a raiva, a decepção comigo mesmo, o ódio de ter mesmo aberto mão da minha diversão e fama de namorador por uma garota. O ódio de ter mesmo me submetido a isso… não, no fundo não me arrependo de nada, foi tudo perfeito enquanto durou, foi o melhor período da minha vida…
E por que mesmo assim eu quero me lançar um feitiço da memória?
Talvez porque a amo. É a única certeza que tenho. A amo mesmo que ela tenha quebrado meu coração. Simplesmente a amo.
E mesmo machucado e com ódio, acho que sempre vou amá-la…
VOLTEEI BRUXINHOOOOS!!
Esse não foi um bônus muito comprido, só um pouco sobre nosso amado George Weasley e seu relacionamento com a garota que de indiferente, mas fofa passou pra odiada por grande parte de vocês. Não os culpo kkk.
Amélia bancou o Maven Calore aqui... ( Será que também teve haver com sua criação e manipulação da mãe??
Opiniões? Kkkk
Amanhã teremos o bônus da Carolla Burke... vocês estão preparados pra saber mais dessa mulherzinha complicada e misteriosa??
Prontos pra confirmar a teoria de que a família Burke tem probleminhas da cabeça?? Então amanhã, finalmente veremos isso.
Amoo vocês!!
– Bjos da tia Nick.
--------- Olhem isso -----------
Ainda há jeito pra Geolia??
Não. Amélia Hughes está morta...
Mas e pra Sol Lestrange??
Será mesmo uma garota cruel como todos pensam??
George a perdoaria? Foi tudo mentira??
O relacionamento Geolia foi tudo uma mentira?
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