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91 | The Feast of the Snake


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91. A Festa da
Cobra
       
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  Que ótimo. Mas eu queria que você estivesse sóbria.
 
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ᴺᵃʳʳᵃᵈᵒʳ ᴼⁿⁱˢᶜⁱᵉⁿᵗᵉ

    Na manhã daquele fatídico sábado o clima estava perfeito para todas as quatro casas de Hogwarts e inclusive para aqueles que tinham a perspectiva de uma festa se aproximando. Porém, não estava lá tão legal para alguns membros da casa das cobras, ou só não estava nada favorável para Pansy Parkinson que acabara de ouvir uma parte da conversa de Theodore Nott com Nicholas Grimmett.

Oi!? — Retrucou a garota de cabelos escuros fazendo Theo e o amigo virar-se para a olhar

   Os dois amigos estavam sentados em poltronas de couro, próximo a lareira da Comunal da Slytherin. Já a garota, agora se encontrava bem em frente aos dois. Próximo a eles, escutando o assunto, mas indiferente a tudo, estava Emília Bulstrode que lia um livro tranquilamente em sua poltrona, seguida de Sophie Roper que rabiscava algo em um caderninho deitada de barriga para baixo no carpete com os pés pra cima.

— É que … — E com um tom de desdém Pansy levou sua mão direita a orelha como se estivesse a limpando — acho que não escutei direito o que você disse, Theo.  Me diz, você por acaso convidou uma certa garota ruiva da Gryffindor para a festa das cobras, hoje à noite?

— Acho que você escutou perfeitamente bem, docinho de coco. — Alegou o garoto totalmente despreocupado

— Você enlouqueceu, Theodore!? Está louco, só pode! Como pode convidar essa garota para a festa! Me diz!? —Esbravejou Parkinson cruzando os braços na altura dos seios e olhando muito séria para o menino

   Theo, por sua vez, achava tudo muito engraçado. Era hilário como ele passou anos de sua vida tentando fazer ciúmes à ela, mas nunca funcionou, até agora.

— Bom, ela vai convidar pessoas de outras casas e vamos concordar que tem muita gente gata em Hogwarts, não? — Alfinetou Theo, divertindo-se em a ver vermelha de raiva

   Pansy bateu o pé, os braços ainda cruzados, a raiva crescendo.

— Mas todo mundo sabe que as garotas mais bonitas são daqui da Slytherin! — Retrucou ela indignada

— Quer dizer, você? — Perguntou uma voz em risinhos

   Os meninos e Pansy olharam para o carpete vendo Sophie rir, embora a garota não estivesse em si os olhando, apenas desenhando.

— Claro, Sophie! Eu! Não só eu, mas em primeiro lugar sim, ou vai dizer que eu não sou a garota mais bonita e sofisticada de Hogwarts!? — Perguntou com superioridade; dessa vez, Sophie não foi a única a rir, Emília Bulstrode a acompanhou

— Pans, docinho, não força a barra… — Pediu Theo com carinho; Nicholas gargalhou

   Soltando um muxoxo, Pansy estava prestes a falar algo quando notou Draco Malfoy passando por ela e aproveitou a deixa para puxá-lo pelo braço, fazendo-o parar no ato de atravessar a Comunal e fazendo o próprio Theodore perder o ar de riso.

— Draquinho… — Disse Pansy, a voz muito fina — Não é verdade que eu sou a garota mais bonita de Hogwarts?

— Nem da Slytherin quanto mais de Hogwarts. — Nicholas cochichou para Theo, meio rindo, não sabendo que para o Nott ela era sim a garota mais bonita e atraente da escola, não só da escola, mas do mundo

   Draco Malfoy, porém, bufou ao virar-se para a menina com um olhar de “Sério isso?” meio irritado.

— Pans, Pans. — Disse Sophie com um ar de riso abandonado seu desenho pela metade e levantando-se, o caderno apertado contra o peito — Não avacalha, neném. Todos sabemos que o loirinho aí gosta de ruivas.

   Emília Bulstrode e Nicholas Grimmett riram enquanto Theodore Nott observava a garota bufar e soltar o braço de Draco antes de sair batendo o pé em direção ao dormitório feminino. O loiro olhou para os demais com um olhar de indiferença.

— Acho que não quero saber do que estão falando ou como chegaram àquele assunto. — Revelou para os amigos, tinha outras preocupações para perder tempo com isso

— Ah, o Theo convidou o demôniozinho das manchetes pra festa hoje à noite. — Revelou Sophie soltando uma risadinha e afastando a franja do seu cabelo loiro dourado da testa

   Demôniozinho das manchetes. Era óbvio que qualquer pessoa saberia de quem ela está falando, qualquer um que leu o Profeta Diário saberia que ela estava falando de Rox Weasley. Sophie Roper é assim, quando não está perdida em seu mundinho dos livros e desenhos, ela tem a língua solta, e dificilmente é repreendida por agir perfeitamente como uma cobra agiria, afinal ela é uma cobra, uma naja doce, de lacinhos cor-de-rosa e um jeitinho meigo muitas vezes, mas ainda assim não deixa de ter um tiquinho de veneno.

   Draco não deu atenção ao comentário acusador de Sophie, mesmo que ela tivesse se referindo de forma agressiva à garota que ele amava. Ele não tinha mais onze anos para se incomodar com as coisas que a garota costumava falar sem pensar; assim como todos, ele só aprendeu a sobreviver aos comentários inconvenientes da cobrinha de sua turma. Pelo contrário, indiferente a Roper, ele parou e olhou para seu amigo de infância; Theodore sustentou o olhar, ressentimento e mágoa era sentida pelos dois lados, embora Draco não tivesse consciência dos motivos que levaram Theo a fazer certas coisas. Como ele lembraria dos acontecimentos de quando era criança para juntar as peças e perceber que o Nott sempre fora apaixonado por Pansy Parkinson? E que só por causa disso se aproximou de Rox, para incomodá-lo. Mas Draco sabia que não valia a pena brigar, não agora, ele lembrava bem que dia era hoje.

— Feliz aniversário, Theo.

   E com isso simplesmente seguiu o caminho da saída da Comunal, deixando os amigos para trás. Theodore continuou olhando para as costas do amigo, sentindo remorso e saudades da época da infância, a saudade de quando brincavam e se divertiam, de quando se permitiam ser crianças. Mas só sussurrou um “obrigado” para o vento.

— Tenso. — Falou Sophie quebrando o clima e sendo tão intrometida e inconveniente nos assuntos como sempre costumava ser

— Ô, Roper, você não tem nada melhor pra fazer não? — Perguntou Nicholas alfinetando a garota, não de forma grosseira, apenas casual  — Um desenho pra terminar, por exemplo? Um livro de romance ou assassinato pra ler?

— Não. — Respondeu a garota toda sorrisos — Estou de ressaca literária depois que terminei Mortos do além há uns dois dias. E sobre os desenhos… eu estava desenhando você.

   E quando o menino ergueu a sobrancelha, Sophie virou o caderno para que ele pudesse ver. Lá estava claramente uma caricatura perfeita e hilária de Nicholas Grimmett, seu rosto muito grande em um corpo minúsculo de um palhaço montado em um monociclo, as mãos levantadas equilibrando várias bolas coloridas.

— Lindo, não? — Perguntou a garota divertindo-se ao ver a incredulidade do olhar de Nicholas e o ar de riso de Theo — E você não viu o melhor. — Rindo, Sophie pegou a própria varinha que estava enfiada no coque frouxo de seu cabelo loiro e tocou ela no desenho fazendo com que as pernas do palhaço se mexessem pendalando o monociclo e as suas mãos também se movimentaram fazendo malabarismo com as bolas coloridas — Agora sim, perfeito! Você gostou?

— Belo desenho, Sophie. — Theo elogiou quase morrendo de tanto gargalhar assim como Emília

— Eu  — Disse Nicholas sem jeito ao levantar-se da poltrona — vou ver se acho a Tracey.

   E assim também sumiu pelo buraco do retrato.

— Ela tá no dormitório, ué. — Comentou Emília como se fosse óbvio enquanto decidia fechar o livro já que não conseguia compreender nada do que lia mesmo

— Argh! — Resmungou Sophie — Quê que a Tracey tem, hem? Eu faço de tudo pro Nich me notar! De tudo! E nada! Só quer saber dela! Só ela! Eu sou invisível por um acaso?

   Theodore se levantou ainda meio rindo, mas estava sério quando olhou para a garota e disse com carinho.

— Soph, se eu fosse você procuraria um garoto que preste, sabe. O Ni é meu amigo, sabe, mas você merece coisa melhor.

   E fazendo como os demais ele também se retirou, deixando Sophie Roper na companhia apenas de Emília.

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   No alto de um salto, usando um vestido prata glamour todo trabalhado na pedraria com um decote chamativo e um colar de diamantes com brincos combinando que com certeza chamariam super a atenção, Pansy Parkinson surgiu. Descendo suavemente as escadas como se desfilando esperando que todos se virassem para contemplar sua chegada à Comunal da Slytherin.

   Era óbvio de quem ela queria atenção, era justo do único que não estava nem aí pra presença da garota e nem levantara o olhar para a ver descer, diferente de Theodore Nott — todo trajado de vestes sociais, mas ao invés de um paletó tinha uma jaqueta de couro por cima da camisa branca – que se virou no mesmo instante e ficou totalmente boquiaberto com os olhos vidrados a observando.

— Disfarça! — Disse Nicholas Grimmett dando uma cotovelada no amigo e sentando-se no braço da poltrona que Draco Malfoy estava, o loiro parecia distraído enquanto abotoava e desabotoava o botão do punho de sua camisa social

  Theo suspirou fundo tentando manter a pose e desviar o olhar da garota por quem é apaixonado a tanto tempo.

— Oi, Draquinho. — Disse Pansy, a voz super fina e melosa enquanto se aproximava do garoto; Theodore sentiu seu coração agitado e virou de costas para não presenciar a cena, logo decidindo sair dali, não precisava ficar vendo essas coisas, não hoje, não no dia do seu aniversário de dezessete anos

— Oi. — O Malfoy nem levantou a cabeça para olhar pra ela

— Draco! — Insistiu Pansy e com isso fez com que seu Meia Pata brilhoso roçasse a calça social do menino

   O loiro suspirou tentando manter a paciência e então muito impaciente levantou o olhar para ela.

— Que foi!? Quer parar de bater com isso na minha perna?

  Sem se deixar abalar, mas respirando fundo para manter a paciência, Pansy deu uma voltinha, indicando a si mesma com as mãos.

— O que achou do meu look, Draquinho?

— Sei lá, você tá igual a todo dia.

   Alguém deu uma risada. Pansy não deu bola, continuou a insistir:

— Igual a todo dia!? Olha meu cabelo, minha maquiagem, a minha roupa! Como assim eu tô igual!?

— Se eu fosse você — Começou uma voz intrometida, ninguém precisava olhar para a dona da voz de maquiagem brilhante, Space buns e um vestido tipo princesa, para adivinhar quem era — eu desistia. Está tão óbvio que o loirinho gostoso só tem olhos para o demôniozinho da Gryffindor. Ou talvez ele tem queda por ruivas. Pans, desencana, gata, ou pinta o cabelo de vermelho.

— Quer parar de chamar ela de Demônio, Sophie!? — Pediu Draco meio irritado para a garota

— Ah, meus gatos, o que seriam de vocês sem meus comentários, não é? — A garota riu enquanto mandava beijinhos pro ar

— Felizes, talvez. — Draco retrucou com um revirar de olhos

Irmãozinho, assim você me machuca. — A loira fez-se de ofendida, mas ainda sorria

— Eu não sou seu irmão, Roper. —Retrucou o Malfoy pela talvez centésima vez naquele ano

— Ah, Draquinho. — A menina bateu o pé — Quer parar de negar sua irmãzinha querida?? Eu até pintei meu cabelo do platinado natural Malfoy, assim compartilhamos a herança do papai.

— Você não é uma Malfoy! — Tornou o Malfoy impaciente

— Mas eu pintei meu cabelo de platinado! — Retrucou ela irritada

   Draco Malfoy a olhou como se não a enxergasse, já Sophie apenas riu. Pansy se virou pronta para continuar a falar com Draco, indiferente a presença dos outros, quando seu nome foi chamado seguido de passos na escadaria.

Pansy! — Insistia

   Parkinson se virou bufando. Lá estava Tracey Davis já toda pronta para a festa, com vestes preto e dourado, mas parecendo bem alterada.

— O que foi agora?!

— Foi você, não foi? — Acusou Tracey —Você mexeu nos meus produtos de cabelo!

— Eu? — Pansy riu se fazendo de ofendida — Não, meu bem, eu não preciso disso, meu cabelo é maravilhoso! Não preciso usar essas drogas que você usa não.

— Pansy, eu não tô brincando. —Reforçou Tracey e olhou para um lado e outro como se estivesse com receio, se aproximou um pouco da amiga e quase sussurrou — Um dos meus fraquinhos desapareceu, é sério, você mexeu nas minhas coisas, Pans?

— Ora, por que está sussurrando!? Medo das pessoas saberem que você pinta o cabelo? — Pansy sorria, sem se preocupar em falar baixo como a amiga fazia

— Você pinta o cabelo? — Perguntou Daphne Greengrass meio rindo, desviando-se de sua conversa com Blaise Zabini para observá-las
  
  Nicholas ergueu uma sobrancelha para a namorada sem entender. Draco não ligou tanto. Mas Tracey ficou vermelha e se atrapalhou toda.

— Ok, não importa. De… depois eu procuro melhor, talvez… talvez eu não tenha procurado direito, só isso.

— Qual o problema, cobrinha? Consegue falar da vida de todo mundo, mas não gosta que falem da sua?

— Pansy, para. — Mandou Emília Bulstrode agindo em favor de Tracey ao se aproximar das duas

— É verdade, ora! — E Parkinson parecia mais alterada a cada palavra, ergueu os braços e deu uma giradinha — Por que todos não podem saber que a querida Tracey Holland Davis colore o cabelo?

— Cala a boca! Se eu pintar ou não o cabelo a conta não é de ninguém! O cabelo é meu! — Mas Tracey parecia cada vez mais nervosa enquanto os outros comentavam algo e a observavam

— E depois dizem que eu quem pinto meu cabelo. — Draco deu um riso sem graça, mesmo não fazendo questão pelo assunto — Orgulho de dizer que meu loiro é natural.

— Claro, meu amor, mas sabe o interessante? É que o cabelo natural da Traceyzinha é quase um loiro tão branco quanto o seu. — Denunciou Pansy, descontando toda a raiva em Davis — Ah… e sabiam que ela usa lente de contato?

— Chega! — Tracey se alterou; encarou a outra, vermelha de raiva, mas mesmo sendo mais alta e sabendo que acabaria facilmente com Pansy, decidiu que não valia a pena — Nicholas, vamos andando pra festa, é o melhor que fazemos já que agora É PROIBIDO PINTAR O CABELO!

   Nicholas levantou-se de onde estava quando a namorada se aproximou e o puxou pelo braço, totalmente alterada.

— Tray, você usa lente? — Ele perguntou meio incerto fazendo menção de querer colocar o dedo nos olhos dela

— Quer calar a boca, Nicholas!? — Gritou a menina e puxando-o os dois saíram da Comunal

  Pansy bateu com o salto irritada no instante que Draco se levantou da poltrona.

— Tensooo… — Cantarolou Sophie

— Olha, sua … — Pansy virou-se, vermelha de raiva, como se quisesse atacar a garota, mas na mesma hora Draco apertou seu pulso

— Você consegue ser bem mais irritante e bem mais inconveniente que a Sophie Roper, sabia!? — Ele falou fuzilando-a com o olhar; Pansy não tinha reação; Sophie se boquiabriu risonha — Eu já disse e vou repetir: Sai do meu pé, Pansy. Eu não gosto de você como você quer! Pelo amor de Merlim, vai procurar o que fazer e para de incomodar a mim e a todo mundo!

— Dra… Draqui…

— Não me chama de Draquinho! — Ele mandou e soltou o pulso dela, com isso saiu batendo seu sapato em direção a saída da Comunal; ele não queria ir pra nenhuma festa, mas Rox estaria lá e teria álcool… quem sabe isso o fizesse esquecer seu propósito por enquanto e o fazer se divertir pelo menos por uma noite

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ᴿᵒˣ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ

   Minha cabeça ficou martelando por quase duas horas me perguntando como diabretes Parvati conseguiu produzir um vestido de paetê branco com manga fininha. Mas lá estava eu com um salto de dez centímetros e usando o tal vestido, um colar de pérolas e então um cabelo ruivo esverdeado. Parvati e Lavender fizeram milagres com meu cabelo e a maquiagem estava divina. Eu estava mais que pronta pra encher a cara quando nós três saímos de fininho da Comunal e andamos, animadas, para as passagens secretas. Os meninos já deviam estar lá.

Que eu pegue alguém hoje. Que eu pegue alguém hoje. — Sussurrava Parvati com os dedos cruzados, eu não tinha dúvidas de que ela pegaria quem quisesse, seu vestido de cetim vermelho com costas nuas e cordão lateral chamaria a atenção de qualquer um; com certeza é surpreendente o quão talentosa e estilosa ela é pra uma bruxa designer de dezesseis anos

— Você pegaria se não fosse tão seleta. — A alfinetei rindo — Até parece que não consegue beijar ninguém sem criticar cem por cento o look da pessoa.

— Tenho culpa se de dez, nove pessoas dessa escola não sabem se vestir?

— Ai, amiga. — Lavender balançou a cabeça meio rindo; seu vestido era um bodycon de veludo azul marinho, gola alta e mangas compridas, a combinar com sua meia calça preta e um scarpin meia pata
  
   Ela decidiu não deixar as queimaduras aparentes, embora eu tivesse certeza que ela ficaria muito gata sem se cobrir toda e usando um decote ousado, fico mal de saber que ela ainda tem insegurança com isso, e pior de lembrar que foi minha culpa ela está no Ministério àquele dia, de saber que eu poderia ter evitado que ela ganhasse essas cicatrizes permanentes, mesmo que ela insista que não liga tanto pra isso.

   Nós três descemos para o sexto andar, tínhamos só alguns minutos e estávamos sendo bastante cautelosas para não sermos vistas. Isso incluía o fato de termos vestido uma capa para esconder nossas roupas caso cruzássemos com alguém. Atravessamos um corredor e nos aproximamos do quadro de um bruxo baixo e barrigudo que tocava uma flauta. Eu cheguei perto o suficiente, olhei para um lado e para outro, as meninas fizeram o mesmo. Quando confirmamos que não vinha ninguém, eu virei o quadro, como se fosse uma porta, e abri a passagem, logo entrando e puxando as meninas comigo, enquanto o quadro retornava ao seu lugar original.

— Essa foi por pouco. — Sussurrei sorrindo — Vamos.

   E continuamos andando animadas, nossos saltos fazendo um mínimo barulho quando batia no piso. Viramos a direita quando chegamos em uma curva e tivemos que descer ainda alguns andares, até que encontrei a porta que procurava. Eu bati. Apenas uma janelinha mínima na porta se abriu e vi parte do rosto de alguém.

— Senha!?

Canto das cobras. — Falei e escutei a janelinha sendo fechada e o barulho da porta ser destrancada e assim adentramos uma salinha branca e pequena

   O garoto que estava encarregado da segurança era bem alto e usava uma máscara no rosto, de modo que só podíamos ver seus olhos escuros a nos observar.

— Sejam bem-vindas, garotas. — Tenho certeza que ele estava sorrindo enquanto sentava em uma cadeira branca, um dos únicos móveis do cômodo — Podem deixar suas capas ali.

  Com o dedo ele indicou o que parecia uma grande dispensa, percebi que haviam vários casacos, capas e outras coisas guardadas ali, todos com um cartãozinho com o nome do dono.

— Nunca mais eu subestimo alguém da Slytherin, é sério. Isso é uma festa clandestina escolar ou uma festa de um filhinho de papai bilionário? — Deixei escapar e percebi o garoto mascarado soltar uma risada

   Eu e as meninas guardamos as capas que tínhamos usado para esconder nossas roupas e as guardamos junto com o crachá com nossos devidos nomes e a nossa casa.

— E então? — Dei uma olhada na salinha, mas não tinha mais nada além do lugar para guardar casacos, o coisa com os crachás e a tal cadeira

   O mascarado tirou a varinha do bolso e a usou para indicar uma outra porta bem ao lado.

— Só seguir reto, boa festa e bebam com moderação, garotas.

   Parvati e Lavender se entreolharam entre risinhos enquanto seguiram na frente, animadas. Eu fui logo atrás delas, mas antes, ouvi o garoto da Slytherin disse algo:

— Gostei do cabelo verde, Weasley.

  Ergui uma sobrancelha ao me virar. Eu definitivamente não fazia idéia de quem ele era, mas gostei do elogio.

— Valeu. — E pisquei um olho para o menino me sentindo muito mais confiante quando atravessei aquele porta em direção a bendita festa

   A porta com certeza era a prova de som, pois só precisei atravessar ela e entrar em um corredor para escutar os graves da música muito alta; o som quase fazia o piso tremer. Mais a frente vi luzes tremeluzindo no verdadeiro local da festa.

  Parvati se virou para trás para me olhar e abriu um sorriso imenso, como se nunca antes tivesse estado em uma festa daquele nível.

   E puta merda… Que nível.

   Quando enfim alcancei a luz e cheguei no salão, eu me boquiabri. Com certeza eu ia dá um beijaço no meu amigo Theodore Nott assim que o visse, só por me convidar para uma festa de verdade. Por que, meu rapaz, isso sim é uma festa de alto nível.

   As luzes coloridas, as pessoas dançando, bebendo, se beijando. Tudo aquilo era insano. Tinha gente demais, mas não podia estar mais perfeito. Não podia estar mais maravilhoso.

   E não era só por causa das pessoas que agora tinham os olhos em mim, no meu vestido e no meu cabelo. Eu sei que tô maravilhosa.

   Andei confiante junto com minhas amigas até um freezer que tinha a um canto, era hora de encher a cara.

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ᴺᵃʳʳᵃᵈᵒʳ ᴼⁿⁱˢᶜⁱᵉⁿᵗᵉ

— Pans! Pans! Pans! — Daphne chamava urgente enquanto dava cotoveladas em Pansy

— Que foi!? — A garota perguntou impaciente, segurava uma garrafa de Hidromel e seu humor só piorava

— Olha! — E ela indicou a frente para que a amiga visse quem acabara de chegar

   Foi quando seus olhos recaíram sobre Rox Weasley que o humor de Pansy piorou. Ela estava de cabelos verdes. Como todos ainda podiam babar por ela de cabelos verdes!?

— Aquele vestido… ai, que inveja. Onde será que ela comprou? — Daphne deixou escapar

   Pansy a fuzilou com o olhar.

— Essa menina mal tem dinheiro para comprar comida! Isso que ela tá usando só deve ser um trapo de segunda mão! — Resmungou irritada, sem querer admitir que o vestido realmente era bonito

— De segunda mão ou não é um dos vestidos mais bonitos da festa. — Daphne retrucou — Se não for o mais.

   A garota Greengrass não era a única presente que pensava o mesmo. A ruiva, hoje com uma coloração esverdeada nas madeixas, tinha uma presença que era impossível não chamar a atenção. Impossível de não despertar o interesse de muitos.

— Você tá babando. — Avisou Sol Lestrange soltando uma risadinha e dando uma cotovelada em seu primo

   Draco Malfoy se alertou, balançou a cabeça e tentou manter a pose, tentando fingir que não estava hipnotizado por aqueles olhos azuis e aquelas sardas. Não tinha pra onde fugir, ele sabia que é apaixonado por aquela ruiva, nem o tom esverdeado do cabelo dela mudaria isso.

— Fica quieta. — Retrucou para prima enquanto levava a taça de Martini à boca

— Eu concordo. — Disse uma voz intrometida

— Sophie! — Draco e Sol falaram em uníssono enquanto reviravam os olhos

— Quis dizer que concordo que ela seja uma gata. Me disseram que ela também pega mulher. Draquinho, você que a conhece um pouco mais do que eu, sabe dizer se ela ficaria comigo se eu pedisse?

   Ela estava brincando. Draco sabia bem, por isso se limitou a fuzilar a garota com o olhar, sem falar nada.

— Puxa, que mal humor. — A garota riu — Aproveita a festa, docinho. Bebe e dança um pouco, você está muito estressado.

— Roper, vai encher o saco de outra pessoa, vai. — Mandou Sol

— Ok, meu anjo. Gratiluz, bebê. — Brincou Sophie e antes que Sol pudesse fazer alguma coisa, a loira segurou o rosto dela com ambas as mãos e deu selinho na garota, logo rindo e roubando a garrafa de Hidromel das mãos da Lestrange — Tchauzinho.

   Dessa vez, foi Draco que riu.

— Dá pra acreditar nisso? — Sol perguntou enquanto Sophie abria caminho por meio de umas pessoas se afastando para longe dos dois primos

— Com certeza não. — Disse Draco ainda achando graça no ocorrido

   Sophie Roper ainda sorria quando chegou onde Pansy Parkinson e Daphne Greengrass estavam. Era óbvio que Sophie estava bêbada, só assim ficava mais inconveniente que o normal.

— Que você quer? — Perguntou Pansy de forma grosseira

— Só vim dizer que minha teoria estava errada. — Sophie parecia quase histérica enquanto ria — Sobre o loirinho que você ama. Parece que não é que o Malfoy tenha crush em ruivas, acho que ele tem crush em ‘Roxannes Weasleys’ mesmo, já que mesmo com ela de cabelo verde ele ainda baba por ela.

— Ai, meu Deus! — Daphne bateu com a mão no rosto

   Pansy ficou vermelha de raiva e em um ataque de fúria atirou a garrafa de Hidromel com toda força no chão. Foi muita sorte a garrafa não ter quebrado, apenas espalhado seu líquido pelo piso. A menina, sem se importar, simplesmente saiu de lá irada. Daphne foi atrás dela.

— Você sujou meus saltos. — Disse Sophie inocentemente — Ah, vai ver ela não viu. — E tirando a varinha de um dos coquinhos de seu cabelo apontou para o chão fazendo o líquido se limpar e atraindo a garrafa vazia para sua própria mão e depois pra cima de uma mesa — Prontinho, agora tudo limpo.

  Antes, Sophie estivesse um pouco mais sóbria, ou pelo menos fosse um pouco mais inconveniente para cima de Pansy, talvez assim ela teria notado a Poção da Verdade escondida na bolsinha da Slytherin e impedido muitas coisas de acontecerem naquela noite.

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ᴿᵒˣ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ

  Perdi Parvati e Lavender de vista nos primeiros minutos, ou será que eu quem saiu andando e deixei elas? Bom, só sei que preciso de álcool!!

— Ai, meu Merlim!!

   Me virei empolgada assim que reconheci a voz do garoto que eu estava começando a ver como um de meus melhores amigos.

— THEO!! — Exclamei animada, mas também tentando fazer com que ele me ouvisse, já que a música estava muito alta

   Saltei para o abraçar e aproveitei para lhe dar um beijaço, só Deus sabia como eu estava precisando de uma festa assim.

— Hidromel, Whisky de fogo, acho que Gin Ice e Martini. — Acusei com um ar de riso

— Reconheceu o que eu já bebi na festa pelo meu beijo?? — Perguntou surpreso

— Ah, seu bobo. Feliz aniversário!! — Desejei com entusiasmo

— Obrigado, mas sério. Uau! — Fez ele rindo — Aliás, amei o cabelo verde! E esse vestido. Porra, amiga, como você fica gata desse jeito?

— Meu segredo, querido.

   Ele riu.

— Tem Vodka Russa? — Perguntei me virando para o freezer

— Deve ter de tudo por aí, o segredo é pegar antes dos outros. — Explicou ele enquanto eu me esticava para alcançar as bebidas do fundo do recipiente — Aliás, você realmente se superou com os convidados, sabia que você ia conseguir gente legal.

— Eu me garanto, neném. — Sorri divertida ao voltar para ele com a garrafa de vidro com o líquido transparente

— Já bebeu isso? Sabe que isso é mega forte, né?

— Ah, jura? — Soltei uma risadinha enquanto com a varinha fazia a tampinha da garrafa voar — Quer saber preciso de álcool e diversão, sabia? Olha só o que fizeram com meu cabelo! Parece até que alguém não queria que eu viesse a festa.

   Theo ergueu uma sobrancelha sem entender enquanto apanhava uma garrafa de Whisky. 

— Como assim? O que fizeram com seu cabelo?

— O tom verde, Theo. Ou tá achando que eu quem quis pintar pra combinar com a Vega!? — Suspirei e levei a garrafa de Vodka Russa à boca, era forte, um gosto diferente de qualquer outra coisa que eu já tenha experimentado, foi como um toque de céu; balancei a cabeça e continuei a falar — Armaram pra mim. Trocaram o conteúdo do meu hidratante capilar por tinta de cabelo! Dá pra acreditar!?

— Era tinta preta ou verde mesmo? — Ele meramente perguntou

— Por incrível que pareça, preta.

— Imaginei. Já leu Anne de Green Gables?  — Perguntou bebericando seu Whisky e virando-se para se encostar no freezer e observar a festa

— Não. Por que isso agora?

— A Anne é ruiva natural assim como você, mas odeia os cabelos ruivos, pelo menos no começo da história, e em um determinado dia ela compra tinta preta de um vendedor, ele garantiu que os cabelos dela ficariam negros e lindos, mas sabemos que pintar cabelo não é assim tão simples, não é?

— Deixa eu adivinhar... o cabelo dela ficou verde? — Também me encostei no freezer

— Ficou, um verde bem esquisito, ele também ficou cheio. Pior que a tinta era permanente, nada tirava ele, ela teve que cortar. — Contou ele, meio que balançando a cabeça, então olhou pra mim: — Você não vai cortar o seu, né?

— Cê tá louco?! Endoidou de vez!? — Perguntei assustada — Vira essa boca pra lá. Merlim que me livre! A Parvati conhece um jeito de tirar esse tipo de tinta.

— Espero mesmo que dê certo, embora você fique gata de cabelo verde. — Ele comentou rindo

— Eu fico gata de todo jeito, Theodore. — Retruquei brincalhona

— É, mas sem cultura, por que, como assim você nunca leu Anne, Rox!?

— Culpada. — Eu ri e levantei as mãos, divertindo-me, antes de beber outro gole da Vodka Russa

   Antes de mesmo terminarmos a bebida e já pegar outra garrafa, Theo foi para um lado, logo depois de me dizer que estava doido pra ficar com uma garota da Hufflepuff que eu convidei, então o desejei sorte enquanto fui até a sala onde todo mundo estava dançando. Terminei de tomar minha Vodka com alguns goles e deixei a garrafa antes de entrar na dança. A atmosfera era contagiosa; nem todo mundo estava bebendo álcool, mas isso não impedia as pessoas de balançarem as cabeças e enlouquecerem um pouco.

   Não sei se posso ser considerada fraca pra bebida ou se só escolho as mais fortes, mas depois de tomar a vodka russa, um Everclear Grain e duas latas de Hidromel, já estava bem descontrolada. O tempo passou voando enquanto eu dançava de um lado para outro, rindo e conversando com algumas pessoas. Às vezes as beijando.

   Quando encontrei com Harry e Rony ao longe já estava bem bêbada e mal consegui entender o que falavam. Não faço idéia de que horas eram, mas devia ser bem tarde. Eu tinha acabado de entrar em uma das áreas da Câmara Secreta onde tinha alguns rapazes, em sua maioria do último ano ou da Slytherin. Eles estavam tomando doses de bebida, e os copinhos estavam alinhados em uma mesa comprida. As paredes eram meio medievais com estatuetas de cobras, mas a sala também tremeluzia colorida.

— Posso brincar também? — Perguntei, entrando na sala aos saltos e com um sorriso no rosto

— Ah, você não acha que já bebeu o bastante, Rox? — Perguntou Ginny, desconfiada. Eu nem tinha percebido que ela entrara na sala atrás de mim

— Ah, quem se importa? — Cantarolei — Três, dois…

   Cada um engoliu sua bebida e bateu o copo na borda da mesa. Um garoto de cabelos castanhos serviu Vodka mais uma vez, e mais uma. Depois da segunda dose, parei de contar em qual estávamos. Minha garganta agora queimava de cima a baixo. Era como se meu corpo estivesse em chamas. Mas nem percebi.

   Tudo estava brilhante, fora de foco e barulhento. Eu ria sem conseguir me conter, me curvando para frente com gargalhadas histéricas.

— Rox, você está muito bêbada. — Riu Matt Burke vindo até onde eu estava e me endireitando, eu nem tinha notado que ele estava presente

   Ri outra vez.

— Quem se importa, meu bem?

   Percebi uma outra pessoa se aproximar de mim, não a reconheci, só notei quando ela me entregou um copo pequeno com um líquido esverdeado.

— Mandaram para você, Weasley. — Ela disse, era uma garota baixinha de cabelos pretos, não sei se já a vi antes, talvez não

— Quem mandou isso? — Ginny perguntou por mim; a menina deu de ombros e saiu

— Relaxa, irmã. — Eu ri histérica e deitei a bebida na minha boca, sentindo uma leve ardência e um pouco de náusea — Uhh… licor de menta.

   Minha vista estava embaçada, mas eu estava eufórica, queria dançar.

— Vamos dançar. Quero dançar. Alguém dance comigo. Matt, dança comigo?

— Não tem música aqui, anjinho. — Ele riu

— E quem liga? Vamos dançar assim mesmo. — Decidi subir na mesa para dançar. Ri um pouco quando senti a vibração dos graves, que vinham da outra sala, na mesa

   Comecei a mexer os quadris de um lado para outro no ritmo da música, com as mãos no ar, os cabelos balançando. Tentei puxar Ginny para dançar comigo sobre a mesa também, mas ela não quis.

— Por que não? — Perguntei, choramingando

— Não vou dançar — Disse ela — Ou vou, mas não aqui. Pare com isso, Rox. Desça daí antes que você caia, vamos voltar para o outro cômodo da festa.

   Mostrei a língua para ela. Ginny tentou me agarrar e me puxar para baixo, mas eu me desvencilhei e continuei dançando. Ela era mesmo uma estraga-prazeres.

— Sabia que tem mais Vodka Russa no outro freezer? — Ela perguntou

— Vodka! — Meus olhos brilharam quando eu desci quase cambaleando e saí aos pulos, estava na porta da sala junto com Ginny quando trombei em alguém

   Eu reconhecia bem aquela pele pálida em um terno e aqueles cabelos louros quase brancos. Claro que eu conhecia. Ele é, sem dúvidas, a pessoa mais bonita da festa e não importava se eu beijasse todos aqui presentes, ele é o único que eu quero. Eu amo ele. Por que eu não posso dizer isso?

   Dei uma gargalhada histérica o olhando. Ele ainda estava meio desconcertado ao me ver o encarando, então eu o puxei. Puxei para perto de mim para que eu pudesse sentir seu cheiro, sua colônia, aquele toque amadeirado de maçã verde de seu shampoo que me fazia flutuar. Eu queria sentir seu corpo contra o meu, seu toque, senti necessidade daquilo e foi por isso que o beijei, deixei que minha língua se aventurasse em sua boca, com minha mão esquerda o puxando para mais perto e a mão direita entrando por dentro de sua camisa social para que eu pudesse tocar seu peitoril.

   O toque dos nossos corpos era a coisa mais perfeita do mundo, parecia ser a mais bela sincronia e era como se meus pés flutuassem e eu estivesse no céu. Seu beijo tão doce me levava às nuvens.

— Pelas barbas de Merlim! — Suspirou Ginny tentando me puxar, ela não teria conseguido se ele também não tivesse se afastado

Que foi? — Eu choraminguei

— Que ótimo. — Draco não parecia feliz, sua boca agora estava manchada com meu batom vermelho, mas ele pareceu magoado com alguma coisa — Mas eu queria que você estivesse sóbria.

— Por que? Não me puxa, Ginny! Eu não posso beijar ele? — Perguntei fazendo beicinho; por que eles tinham que complicar tudo?! — Garoto, você é lindo! Deveria ser pecado ser assim tão lindo, parece até que você roubou toda a beleza do mundo só pra você. Quando eu te olho me dá vontade de te beijar e…

— Rox! — Ginny me puxou com mais força me fazendo rir com histeria enquanto retornava para a música

— Vodka! — Cantarolei indo até o freezer em pulinhos

— Rox, você pirou? Queria fazer o quê!Dizer para o Draco que é apaixonada por ele por acaso? Por que você o beijou?

— Eu sou apaixonada por ele. — Contei, parecia importante dizer

   Ginny ergueu as sobrancelhas.

— Você é apaixonada por ele?

— Sou. — E comecei a rir — Quer que eu grite? Eu podia gritar. As pessoas precisam saber que sou apaixonada por ele. Sabia que eu já sonhei casando com ele? Foi lindo. Ele é tão gato, né? Se você não tivesse me puxado eu teria arrancado a roupa dele ali mesmo… Quer saber, eu vou…

— Fica aqui! — Ela me puxou quando fiz menção de voltar lá atrás dele — Tá doida!? Rox, você tá bêbada?

— Tô. — Não conseguia parar de rir — Você não consegue ver? Pegou a lerdeza do Harry? Talvez seja por isso que ele se apaixonou por você.

   Ginny se sobressaltou.

O quê?!

— O Harry. Ele tá apaixonado por você. — Repeti meio rindo — Não sabia?

  Ela ficou tão perplexa que soltou meu braço, então eu andei para o freezer, rindo histericamente e cantarolando a palavra Vodka sem parar. Acabei cambaleando várias vezes, mas não conseguia parar de rir, então sem querer acabei tropeçando em algo que fez quase todo o grave parar, apenas um toque mais baixo se ouvia, foi só quando notei que eu tinha derrubado a caixa de som. Todos me olhavam.

   Eu comecei a rir.

— Acho que caiu. — Falei, achando o caso engraçadíssimo — Que ca…ras são essas… amores? Querem que eu cante…? Eu sei cantar, sabiam?

   Por algum motivo eu não conseguia parar de rir e formar frases completas era particularmente difícil, assim como me equilibrar naquele salto alto que tratei de arrancar do pé enquanto gargalhava.

— Gente, vamos dançar! — Gritei empolgada enquanto cambaleante subi em cima do freezer para poder ver as coisas melhor. Agora as pessoas riam, estavam se divertindo, eu tinha que agradar meu público — Alright hogwarts!

   Bati com os pés em cima do freezer e levantei os braços, fazendo-os gritar quando fiz menção de começar a cantar a música d’As Esquisitonas. Então, Draco apareceu a um lado, entrou na sala e me olhou, incrédulo.

— Por Salazar Slytherin! — Ele levou uma das mãos ao rosto

   Eu ri. Ele é engraçado.

— Ôu, genteeee! — Eu gritei — Alguém chama um auror, aê, que esse loirinho acabou de roubar o me…meu coração!

   As pessoas gritaram parecendo empolgadas ou rindo quando apontei para Draco. Harry estava tentando me mandar descer do freezer, não lhe dei ouvidos, eu estava ocupada rindo.

— Gente! Gente! Vamos brincar de Duas verdades e uma mentira? Vocês sabem? Eu sei brincar! — Cantarolei batendo as mãos e os pés, a voz ainda muito arrastada e falhando de hora em hora — Ó, ó! Duas verdades e uma mentira! Eu… não como carne de porco, sou virgem… e o Draco Malfoy é o amor da minha vida!

   As pessoas faziam barulhos demais, será que adivinharam qual era mentira? Eles pareciam estar se divertindo, alguns estavam rindo.

— Sabem qual é a mentira? Eu não sou virgem! Hahaha! Meu signo é peixes! — Gargalhei — É brincadeirinha, não tô falando de signos.

   Alguém tentou me puxar, eu não dei atenção, continuei tentando pular e gritar, ou simplesmente rir. Por que algumas pessoas eram tão estraga-prazeres? Eu não posso me divertir!? 

  Mas a verdade é que estava muito quente na sala, pensei. Será que alguém havia ligado o sistema de aquecimento? Eu estava realmente começando a suar. Não deveria ter derrubado o som, queria a música de volta.

— Ei, tá calor, né? — Foi só um comentário, comecei a me abanar e depois levei minhas mãos a barra do meu vestido, seguido do movimento veio assobios, risadas e murmúrios, eu não entendi qual era o problema, eu só tô com calor

— Rox, para!! Para agora! — Era a voz de Draco Malfoy, o amor da minha vida, por que ele estava tão irritado? — Veste a porra do vestido!

— Rox, desce dessa merda, vem! — Disse outra voz urgente

   Eu me senti tonta… acho que preciso vomitar.

   Minhas pernas falharam, minha cabeça começou a rodar mais e tive a sensação de que ia cair de cima do freezer, com certeza escorregaria a qualquer momento. Foi quando senti braços me segurarem e um rosto angelical apareceu na minha frente com cara de poucos amigos, não era ele quem me segurava, só me observava, tão lindo…

— Eu já disse que você é muito lindo? — Minha risada ainda era histérica — Tem cara do amor da minha vida.

— Queria que você estivesse sóbria, e vestida…

   Eu vomitei. 

   Logo depois disso tudo ficou escuro.

  Hello bruxinhoooos!!

   Desculpa a demora kkkk, queria ter postado esse capítulo logo cedo, mas estive ocupada. Mas, e aí, como estamos???

   Kkkkkkkkk esse capítulo dá vergonha alheia em um nível, mas talvez seja um dos meus preferidos de Enigma do Príncipe mesmo assim kkkkk, aiaiai.

   E espero que tenham gostado da nova personagem, talvez ela ainda apronte um pouquinho kkkkk.

   Ahhh. Novidade, deveria ter colocado nos avisos ontem, mas acabei esquecendo, a partir de hoje vamos ter uma semana bônus, maratona de The Weasley com capítulos todos os dias até o próximo domingo.

   Animados? Kkkkk

  Amo vocês!!!

– Bjosssss da tia Nick.

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