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87 | The Conversation with the Minister

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87. A Conversa com
o Ministro
       
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  O senhor já não tem o imbecil do meu  irmão que só falta beijar seus pés!? Pra quê precisa de nós?

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— Ah, Percy! — Exclamou mamãe, atirando-se em seus braços

    Rufo Scrimgeour parou à porta, apoiando-se na bengala e sorrindo, enquanto observava a comovente cena.

— Perdoem-me a intromissão — Disse, quando mamãe virou-se para ele, sorrindo e enxugando as lágrimas — Percy e eu estávamos nas vizinhanças, a trabalho, e ele não pôde resistir à tentação de passar para ver todos vocês.

   Mas Percy não deu sinal algum de querer cumprimentar ninguém mais da família. Ficou parado, rígido, sem jeito, olhando por cima das cabeças de todos. Eu o encarava com seriedade. Papai, Fred e George o observavam, impassíveis.

— Por favor, entre, ministro, sente! —Alvoroçou-se mamãe, endireitando o chapéu — Voma um pouco de teru ou um pouco de tudim..., quero dizer…

— Não, não, minha cara Molly —Respondeu Scrimgeour. Imaginei, tendo logo a confirmação pelo seu cérebro, que ele tivesse perguntado o nome dela a meu querido irmão Percy antes de entrarem na casa — Não quero incomodar, não estaria aqui se Percy não tivesse querido tanto ver vocês…

— Ah, Percy! — Exclamou mamãe chorosa, aproximando-se para beijá-lo.

— ... é só uma passadinha de cinco minutos, vou dar uma volta pelo quintal enquanto vocês põem a conversa em dia. Não, não, torno a afirmar que não quero ser inconveniente! Bem, alguém gostaria de me mostrar o seu encantador jardim... ah, aquele jovem e essa mocinha já terminaram, por que eles não me acompanham no passeio?

   A atmosfera em volta da mesa mudou perceptivelmente. Todos olharam de Scrimgeour para Harry e depois para mim. Ninguém parecia achar convincente o ministro fingir que não sabia o nome de Harry, nem natural que escolhesse a ele e a mim para acompanhá-lo pelo jardim quando Ginny, Fleur e George também tinham os pratos vazios. Além do mais, eu sou Legilimente, e o Ministro não me parece um bom oclumente.

— Ah, eu vou — Disse Harry no silêncio que se seguiu, e olhou pra mim

   Eu me levantei e dei um sorriso muito falso para o Ministro antes de dizer:

— É claro, por que não, né? — Minha voz era a mais falsa simpatia

  Tudo que eu queria dizer era.. “Eu sou Legilimente, sabia! Sei que sabe o meu nome e o de Harry. Aliás, obrigada, Ministro.”, mas não podia.

   É óbvio que não me deixaria enganar; apesar de toda aquela conversa de Scrimgeour de que estavam nas proximidades, que Percy queria visitar a família, esta devia ser a verdadeira razão por que tinham vindo, para o ministro poder falar a sós comigo e Harry. Óbvio que Percy não está nem aí pra gente, e não sei porque isso meio que me dói, me dói muito.

— Tudo bem — Escutei Harry dizer baixinho ao passar por Lupin, que fizera menção de se levantar da cadeira e eu acrescentei o mesmo para papai quando ele abriu a boca para falar

   Eu e Harry nos entreolhamos e repetimos na mente. “Tudo bem, lá vamos nós de novo.”

— Excelente! — Disse Scrimgeour, afastando-se para deixar que eu e meu melhor amigo passássemos primeiro pela porta — Só vamos dar uma volta pelo jardim, e então Percy e eu vamos embora. Podem continuar!

   Eu e Harry atravessamos o quintal em direção ao jardim descuidado e coberto de neve, com Scrimgeour mancando ao nosso lado. Em determinado momento eu chamei a atenção de Harry enquanto lhe transmitia em pensamento:

   “Não vou com a cara dele.”

   “E você lá vai com a cara de alguém?”, perguntou Harry em mente, me lançando um olhar cúmplice no qual rimos disfarçadamente

   Sabíamos que o novo Ministro tinha sido chefe da Seção de Aurores; parecia durão e marcado pelas lutas, muito diferente do corpulento Fudge com o seu chapéu-coco.

— Encantador — Comentou Scrimgeour, parando junto à cerca do jardim e contemplando o gramado coberto de neve e as plantas indistinguíveis —Encantador.

   Tanto eu quanto Harry ficamos calados. Sabendo que o ministro nos observava.

— Há muito tempo que queria conhecê-los — Disse Scrimgeour após alguns instantes — Vocês sabiam?

— Não — Respondeu Harry com sinceridade

— Até entendo o Harry, mas eu…? — E sorri com desdém — Eu não era tão conhecida antes dos eventos de alguns meses atrás, Ministro. Então pode dizer que só acha que eu sou uma Médiumaga como os demais.

   Harry me lançou um olhar furtivo, mas eu não tava com cabeça pra ser simpática sabendo o porquê de ele vim, e além disso estava tomada de raiva de Percy.

— Ora, mas é verdade. Ah, sim, há muito tempo. Mas Dumbledore os protege muito. Antes o fazia com Harry e agora, obviamente, com a senhorita também. O que é natural, depois de tudo por que vocês passaram… principalmente o que aconteceu no Ministério…

   Ele esperou que eu ou Harry disséssemos alguma coisa, eu só dei um muxoxo e Harry não correspondeu, então ele continuou.

— Estou esperando uma oportunidade para conversar com vocês dois desde que assumi, mas Dumbledore tem, e, como digo, é compreensível, me impedido.

  Ainda assim, nada dissemos, apenas aguardando.

— Os boatos que têm corrido! Bem, é claro que sabemos que as histórias acabam distorcidas... todos os rumores de uma profecia... de você, Harry, ser “O Eleito”, de naturalmente, Roxanne, você ser a única “Médiumaga” de sua geração...

   Estávamos chegando mais perto agora da razão que eu sabia que levara Scrimgeour até ali.

— ... presumo que Dumbledore tenha discutido essas questões com vocês, não?

  Debati mentalmente se devia ou não mentir, e pelo olhar de Harry sabia que ele pensava no mesmo. Olhei para as pegadinhas dos gnomos em volta dos canteiros, e para um trecho pisoteado que assinalava o lugar onde Fred apanhara o gnomo que agora enfeitava o alto da árvore de Natal, vestido com um tutu. Por fim, decidi-me pela verdade... ou por parte dela.

— É, temos discutido.

— Têm, têm... — Animou-se Scrimgeour. Vi pelo canto do olho que o ministro nos observava de olhos semicerrados, então fingi estar muito interessada em um gnomo que acabara de pôr a cabeça para fora de um rodo-dendro congelado — E que é que Dumbledore tem lhes dito, Roxanne? Harry?

— Prefiro que me chamem de Rox. — Falei sem o olhar

— E desculpe, mas isto é só entre nós três. — Respondeu-o Harry procurando manter a voz o mais agradável possível

   O tom de Scrimgeour também foi leve e simpático quando disse:

— Ah, claro, são confidências, eu não iria querer que vocês as revelasse... não, não... e, de qualquer forma, faz diferença se você é ou não “O Eleito”? Ou se Roxan… digo Rox é ou não “A verdadeira Médiumaga”?

   Minha vontade foi virar e dizer “Sim, faz toda a diferença”, mas apenas observei meu melhor amigo, parecendo muito mais calmo que eu, remoer a pergunta alguns segundos antes de responder.

— Não sei o que o senhor quer realmente dizer, ministro.

— Bem, naturalmente, para vocês, fez uma enorme diferença — Disse Scrimgeour dando uma risada — Mas para a comunidade bruxa como um todo... é uma questão de percepção, não é? É aquilo em que as pessoas acreditam que é importante.

   Nem eu e nem Harry dissemos nada. Pensei ter percebido difusamente aonde iríamos chegar, mas não íamos ajudar Scrimgeour a chegar lá. O gnomo sob o rododendro agora escavava à procura de minhocas nas raízes da planta, e eu mantive os olhos fixos nele, tentando não pensar na cara de paisagem e idiota de Percy enganando mamãe e fingindo que estava com saudade de nós, sendo que, é claro, ele não se importa com a gente, e eu odeio o quanto isso me machuca.

— As pessoas acreditam que vocês são realmente “O Eleito” e “A Verdadeira Médiumaga”, entendem? Acham que vocês são heróis, o que é claro, vocês são, Harry e Rox, sejam ou não o que falam! Quantas vezes você, Harry, enfrentou Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado até agora? E certamente você, Rox, sendo ou não uma Médiumaga deixou aqueles Comensais apavorados. Bem, seja como for — Ele prosseguiu sem esperar resposta —, a questão é que vocês passaram a ser um símbolo de esperança para muitos. A ideia de que tem alguém de sentinela que talvez possam, ou até talvez estejam destinados a destruir Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado... bem é natural que isto revigore as pessoas. E não posso deixar de sentir que, quando perceber isto, vocês talvez considerem, bem, quase como um dever, apoiar o Ministério e dar alento a todos.

   O gnomo tinha acabado de pegar uma minhoca. Agora puxava-a com muita força, tentando extraí-la da terra gelada. Harry estava calado olhando para o mesmo ponto que eu, que estava seriamente pensando qual seria minha pena em Azkaban se eu azarasse o Ministro. Guardamos silêncio por tanto tempo que Scrimgeour comentou, desviando o olhar de nós para o gnomo:

— São umas criaturinhas engraçadas, não? Mas que me digam, Harry? Rox?

— Não compreendo exatamente o que o senhor quer — Respondeu meu amigo vagaroso; mesmo sem ser Legilimente, Harry sabia ou pelo menos tinha idéia que eu estava morrendo de vontade de azarar o Ministro, e tinha muitos ressentimentos com o Ministério por causa do que Percy fez com nossa família  — Apoiar o Ministério... que quer dizer com isso?

— Ah, bem, nada muito oneroso, posso lhes assegurar. Se vocês fossem vistos entrando e saindo do Ministério de vez em quando, por exemplo, daria a impressão correta. E, naturalmente, enquanto estivessem lá, você, Harry teria ampla oportunidade de conversar com Gawain Robards, meu sucessor na chefia da Seção de Aurores. E certamente, Rox teria a chance de conversar com Aled Hornet, o sucessor de Ludovico Bagman na liderança do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos, ou mesmo com outros importantes jogadores profissionais de Quadribol. Dolores Umbridge me disse que enquanto Harry alimenta a ambição de se tornar auror, você deseja se tornar conhecida no mundo do Quadribol. Bem, isso poderia ser facilmente arranjado para os dois…

   Senti a raiva borbulhar no fundo do meu estômago: então Dolores Umbridge continua no Ministério?

— Então, basicamente — Falei, como se quisesse apenas esclarecer alguns pontos —, o senhor quer dizer que gostaria de dar a impressão de que eu e Harry estamos trabalhando para o Ministério?

— Daria mais ânimo a todos pensar que vocês participam mais, Rox — Disse Scrimgeour, parecendo aliviado que tivessemos entendido tão rápido —“O Eleito” e “A verdadeira Médiumaga” sabem... é uma questão de dar esperança às pessoas, a sensação de que há coisas emocionantes acontecendo…

— As pessoas tem medo de mim. —Retruquei sem pensar com um suspiro impaciente — Ou do que pensam que eu sou, me chamaram de coisas realmente horríveis, não que eu me importe, mas parece que o universo bruxo está dividido entre me odiar e me idolatrar.

— Certamente que só o lado dos Comensais devem te odiar...

— E cobiçar… — Falei em voz muito baixa

— Mas — Disse Harry entrando novamente no assunto — se eu e Rox ficarmos entrando e saindo do Ministério — estava nítido que ele ainda estava se esforçando para manter um tom amigável —, não irá parecer que nós aprovamos o que o Ministério está fazendo?

— Bem — Respondeu Scrimgeour, franzindo ligeiramente a testa —, bem, sim, em parte é por isso que gostaríamos…

— Não, acho que não vai dar certo. —Disse Harry gentilmente

— Porque certamente não aprovamos… — Falei em um sussurro inaudível eimpaciente enquanto cruzava os braços

— Veja o senhor — Continuou Harry —, não gosto de algumas coisas que o Ministério está fazendo. Prender o Lalau Shunpike, por exemplo.

   Scrimgeour calou-se por um momento, então olhou para mim, como se esperasse saber minha opinião quanto a isso.

— Sinto muito, Ministro — E minha voz era mais uma vez uma falsa simpatia —, mas Harry está sendo ainda muito simpático, eu não conseguiria responder com tanta gentileza assim o que penso quanto a respeito disso, mas se quer saber, concordo plenamente com o meu amigo.

   O Ministro se calou novamente, mas sua expressão endureceu instantaneamente.

— Eu não esperaria que vocês compreendessem — Disse ele, mas não foi tão bem-sucedido quanto eu e Harry em ocultar sua raiva — Vivemos tempos perigosos, e é preciso tomar certas medidas. Vocês tem dezesseis anos…

— Dumbledore tem muito mais de dezesseis anos e também acha que Lalau não devia estar em Azkaban. — Alfinetou Harry

— E ele não é o único que pensa assim, não é porque não temos tanta idade que não entendemos as coisas, Ministro. — Me adiantei em complementar, agora sem me importar em parecer tão simpática — Para meros adolescentes de dezesseis anos, acho que eu e Harry estamos bastante vividos e crescidinhos para compreender a situação. O senhor está transformando Lalau em bode expiatório do mesmo modo que quer nos transformar em mascotes.

   Nós nos encaramos demorada e inflexivelmente, os três. Por fim, Scrimgeour falou, sem fingir cordialidade:

— Entendo. Vocês preferem, como o seu herói Dumbledore, se desassociar do Ministério?

— Sim? — Falei como se fosse óbvio

— Não queremos ser usados. — Disse Harry com falsa cordialidade para apagar um pouco minha grosseria

— Alguns diriam que é o dever de vocês dois se deixar usar pelo Ministério!

— O senhor já não tem o imbecil do meu  irmão que só falta beijar seus pés!? Pra quê precisa de nós? — Falei impaciente

— É, e outros diriam que é seu dever verificar se as pessoas são realmente Comensais da Morte antes de metê-las na prisão — Retrucou Harry se encolerizando — O senhor está fazendo o mesmo que Bartô Crouch fez. Os senhores nunca entendem muito bem, não é? Ou temos Fudge, fingindo que tudo está ótimo enquanto as pessoas são assassinadas debaixo do nariz dele, ou temos o senhor, metendo as pessoas erradas na prisão e querendo fingir que “O Eleito” e “A verdadeira Médiumaga” estão trabalhando para o Ministério!

— Então vocês não são “O Eleito” e “A verdadeira Médiumaga”? — Indagou Scrimgeour

— Pensei ter ouvido o senhor dizer que não faria diferença. — Respondeu Harry com uma risada amargurada — Pelo menos, não para o senhor.

— Eu não devia ter dito isso — Interpôs ligeiro Scrimgeour — Foi falta de tato…

— Não, foi sincero. Uma das poucas coisas sinceras que o senhor nos disse. O senhor não se importa que eu ou Rox viva ou morra, mas faz questão que nós o ajudemos a convencer a todos que está ganhando a guerra contra Voldemort. Não esqueci, ministro…

— Não esquecemos de nada… — Aleguei, meu rosto ficando vermelha de raiva — Está vendo isso, e isso?

   Ergui a mão esquerda e puxei a de Harry também. Ali, nas costas de nossas mãos frias, destacavam-se, lívidas, as cicatrizes que Dolores Umbridge nos obrigara a gravar na própria carne: Não devo contar mentiras.

— Não me lembro do Ministério ter nos ajudado no ano passado quando Harry estava sendo julgado por tudo e todos, e eu estava pirando e quase entrando em uma depressão profunda sem aguentar a pressão depois de ter sido torturada por um Comensal no último verão. — Minha voz era fria e carregada de ressentimento

— Também não me lembro do senhor ter corrido em minha defesa quando eu estava tentando dizer a todos que Voldemort tinha retornado. — Continuou Harry, sua voz no mesmo tom — O Ministério não esteve tão interessado em ser nosso amigo no ano que passou. Ninguém estava interessado em mim ou Rox no ano anterior, apenas em nos crucificar.

   Nós três ficamos parados em um silêncio gelado como o chão sob nossos pés. O gnomo finalmente conseguira retirar a minhoca e agora a chupava feliz, encostado nos galhos mais baixos do rododendro.

— Que anda fazendo o Dumbledore? — Perguntou Scrimgeour bruscamente —Aonde vai quando se ausenta de Hogwarts?

— Não faço a menor ideia. — Respondeu Harry

— E não me diriam se fizessem, não é?

— Não — Respondi no mesmo tom que o Ministro usara —, com certeza não diríamos.

— Bem, então, terei de ver se descubro por outros meios.

— A vontade. — Falei com indiferença —  Boa sorte com isso. Mas o senhor parece ser mais, pelo menos um pouco, minimamente inteligente do que Fudge, por isso seria de imaginar que tivesse aprendido com os erros dele.

— Fudge tentou interferir em Hogwarts. — Continuou Harry — O senhor deve ter reparado que ele não é mais ministro, mas Dumbledore continua a ser diretor. Eu deixaria Dumbledore em paz, se fosse o senhor.

   Houve uma longa pausa.

— Bem, é evidente que ele fez um excelente trabalho com vocês dois. — Disse Scrimgeour, com o olhar frio e duro por trás dos óculos de aros de arame — Você são por inteiro de Dumbledore, não, Potter? Weasley?

— Somos sim. Que bom que deixamos isto claro.

   E dando as costas ao ministro da Magia, eu e Harry saímos em direção a minha casa.

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