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81 | The Hard Truth

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81. A Difícil Verdade
       
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  Ela é uma Médiumaga, acho
que ela sabe se defender.

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    Herbologia foi a minha primeira aula na manhã seguinte. No café da manhã eu e Harry não pudemos comentar com Rony e Hermione a aula com Dumbledore, com medo de sermos ouvidos, mas fomos contando enquanto caminhávamos pela horta em direção às estufas, aliás eu já tinha dito tudo à Lav no dia anterior. A ventania violenta do fim de semana finalmente cessara; a estranha névoa tinha voltado, e gastamos mais tempo do que o habitual para encontrar a estufa certa.

— Uau, que pensamento apavorante, esse garoto Você-Sabe-Quem — Disse Rony baixinho, quando tomamos nossos lugares ao redor de um dos tocos nodosos de Arapucosos, que faziam parte do programa do trimestre, e começamos a calçar as luvas de proteção — Mas continuo a não entender por que Dumbledore está lhes mostrando tudo isso. Quero dizer, é muito interessante e tudo o mais, mas para que serve?

— Não sei — Respondeu Harry, encaixando um protetor de gengivas — Mas ele diz que é importantíssimo e vai nos ajudar a sobreviver.

— Na verdade me ajudar a não matar os outros, não seria isso? — Brinquei; era óbvio que eu nunca faria mal a alguém desde que essa pessoa esteja do lado certo, mas o triste seria pensar que possivelmente eu não podia dizer isso com tanta certeza se estiver sendo controlada

— Acho fascinante. — Opinou Hermione séria não dando ouvidos para minha brincadeira — Faz todo sentido conhecer o que for sobre o Voldemort. De que outro modo vocês vão descobrir os pontos fracos dele?

— Então, como foi a última festinha de Slughorn? — Perguntou Harry com voz pastosa por causa do protetor de gengivas

— Ah, foi até divertida. — Respondeu Hermione, colocando os óculos protetores enquanto eu me via perdendo tempo encarando meus próprios acessórios — Quero dizer, ele fala um pouco sobre os ex-alunos famosos, e simplesmente baba em cima do McLaggen por que ele é bem relacionado, mas nos serviu uma comida realmente gostosa e nos apresentou a Guga Jones.

— Guga Jones? — Admirou-se Rony, arregalando os olhos por baixo dos óculos protetores, e eu deixei minhas coisas caírem quando me virei com os olhos arregalados e a boca aberta

— Você tá dizendo — Falei quase sem fôlego e enunciando cada palavra pausadamente, incrédula — que ele levou a Guga Jones pro jantar!? A Guga Jones, Hermione!? — E peguei em suas vestes, incrédula — A capitã das Harpias de Holyhead?

   Senti meus olhos quase marejarem em pensar que perdi essa oportunidade.

— A própria — Confirmou Hermione tirando minha mão de suas vestes e me olhando como se me chamasse de exagerada — Não precisa de tudo isso também, não vi nada demais. Pessoalmente, achei que ela é até um pouco metida, mas…

— Chega de conversa aí! — Disse a professora Sprout, em tom enérgico, aproximando-se com ar severo — Vocês estão se atrasando, todos já começaram e Neville já colheu a primeira vagem!

  Nós nos viramos para olhar; de fato, lá estava Neville com os lábios ensanguentados e vários arranhões feios na bochecha, mas apertando um objeto verde, do tamanho aproximado de uma toranja, que pulsava hostilmente.

— E — Continuou a professora — eu acharia formidável se você usasse os equipamentos necessários como os demais alunos, Srta. Weasley.

— Ah, am? — Fiz meio perdida

— Debaixo da mesa, idiota. — Sussurrou Rony

— Ah, sim, sim. Um instante, professora. — E mergulhei depressa pra debaixo da mesa para pegar meus equipamentos que caíram, mas ainda ouvi a voz do meu irmão

— Certo, professora, já estamos começando! — Dizia ele, e quando eu voltei para cima já começando a calçar as luvas de proteção e a professora se afastou, ele acrescentou baixinho: — Devíamos ter usado o Abaffiato, Harry.

— Não, não devíamos! — Discordou Hermione na mesma hora, parecendo, como sempre, aborrecidíssima só de pensar no Príncipe Mestiço e nos seus feitiços — Ora, vamos... é melhor nos apressarmos… e coloca esses negócios de uma vez, Roxanne.

   Ela nos lançou um olhar preocupado. Eu coloquei os óculos protetores e logo o protetor de gengivas, tirando todas as minhas pulseiras e jogando-as no bolso da minha mochila e então voltei a os olhar enquanto calçava as luvas. Nós quatro tomamos fôlego e atacamos o toco nodoso.

   A planta imediatamente ganhou vida; galhos longos, urticantes e espinhosos saíram do toco e chicotearam o ar. Um deles se enganchou nos cabelos de Hermione, e Rony o repeliu com uma tesoura de poda; eu consegui conter uns dois galhos e prendê-los com um nó; abriu-se um buraco no meio desses tentáculos; Hermione enfiou o braço corajosamente no buraco, que fechou como uma armadilha em torno do seu cotovelo; Harry e Rony puxaram e torceram os galhos, obrigando o buraco a reabrir, e ela desvencilhou o braço, trazendo entre os dedos uma vagem igualzinha à de Neville. Na mesma hora, os galhos urticantes tornaram a se recolher e o toco nodoso se imobilizou, parecendo um inocente pedaço de madeira seca.

— Sabe, acho que não vou querer essa planta no jardim quando tiver a minha casa. — Comentou Rony, empurrando os óculos para a testa e enxugando o suor do rosto

— Acho que eu não vou nem querer morar em uma casa com jardim. — Falei passando uma mão pelo meu rosto e sentindo com desânimo que o suor e a maquiagem se misturaram — Quero uma casa que tenha um campo de quadribol, nem que seja um pequeno e obviamente uma piscina.

   Rony riu enquanto eu pegava uma toalhinha na minha mochila para passar no rosto e tirar logo toda a maquiagem pra não parecer uma palhaça. A sorte é que eu não tinha passado muita coisa antes da aula, só o básico mesmo.

— Casa com um rico então.

— Por que tem que ser um rico. Não poderia ser uma rica? — Falei divertida e piscando um olho pra ele

— Aí já é com você. — Ele ainda sorria, mas tinha revirado os olhos

— Ok, me passa uma tigela — Pediu Hermione, já impaciente com nossa conversa demorada e segurando a vagem pulsante com o braço estendido; foi o que Harry fez e ela largou a vagem dentro da vasilha com cara de nojo

— Não seja supersensível, esprema a vagem, é melhor quando está fresca! — Falou a professora Sprout

— De qualquer forma, Rony. Não preciso de alguém rico, posso trabalhar e conquistar minha própria dependência financeira, sem depender de ninguém. — Falei com convicção

— Não se esqueça de mim quando for rica então. — Ele riu

— Como eu ia dizendo — Disse Hermione nos cortando e retomando a conversa interrompida como se não tivéssemos sido atacados pelo toco de madeira ou eu e meu irmão não tivéssemos falado nada —, Slughorn vai dar uma festa de Natal, Harry e Rox, e dessa vocês não vão ter jeito de escapar, porque ele me pediu para verificar as noites livres de vocês, e vai marcar a festa numa noite em que vocês possam ir.

   Harry gemeu, eu suspirei e revirei os olhos. Nesse meio-tempo, Rony, que estava em pé tentando abrir a vagem na tigela, segurando-a com as duas mãos e apertando-a com toda a força, disse aborrecido:

— E essa é mais uma festa para os favoritos de Slughorn?

— É só para o Clube do Slugue. —Respondeu Hermione

   A vagem voou para longe dos dedos de Rony, atingiu o vidro da estufa, ricocheteou e foi bater na nuca da professora, derrubando seu velho chapéu remendado. Eu fui recuperar a vagem com a maior cara de inocente do mundo; quando voltei, Hermione estava dizendo:

— Olhe aqui, não fui eu que inventei o nome “Clube do Slugue”...

Clube do Slugue — Repetiu Rony com um desprezo digno que me lembrou fortemente de Draco — É patético. Ora, eu espero que você se divirta na festa. Por que não experimenta namorar o McLaggen, aí o Slughorn pode proclamar vocês dois Rei e Rainha do Clu…

— Ele nos deu permissão para levar convidados. — Disse Hermione, que, por alguma razão, ficara escarlate escaldante —, e eu ia convidar você, mas, se acha que é bobeira, então nem vou me incomodar!

    Eu os olhei intrigada e de repente desejei que a vagem tivesse voado mais longe, para não precisar ficar sentada ali com aqueles dois. Eu e Harry parecíamos intrusos naquele assunto. Sem que percebessem, apenas eu, vi Harry agarrar a tigela com a vagem e tentar abri-la da maneira mais barulhenta e enérgica que pôde pensar: infelizmente, tive certeza que ele continuou ouvindo cada palavra que eles diziam. Eu apenas fiquei os observando como se eles fossem algum tipo de atração, não tinha o que eu pudesse fazer além de ouvir afinal. Quase pedi que alguém me trouxesse pipoca.

— Você ia me convidar? — Perguntou Rony, em um tom completamente diferente

— Ia — Respondeu Hermione zangada — Mas é óbvio que se você prefere que eu namore o McLaggen

   Houve uma pausa em que Harry continuou a bater na vagem resistente com uma colher de jardineiro e eu fiquei mais intrigada com os dois, estava ao ponto de colocar meus cotovelos na mesa e o meu queixo nas mãos para assistir melhor.

— Não, não prefiro. — Retrucou Rony, em voz muito baixa

   Harry errou o alvo e bateu na tigela, quebrando-a.

Reparo — Disse depressa, empurrando os cacos com a varinha, e a tigela se recompôs. O barulho, porém, pareceu ter despertado Rony e Hermione para a presença de Harry e consequentemente para a minha. A garota parecia embaraçada, e começou a consultar o seu exemplar de Árvores do mundo que se alimentam de carne, para descobrir o modo correto de espremer as vagens de Arapucosos. Rony, por sua vez, parecia envergonhado, mas, ao mesmo tempo, muito satisfeito consigo mesmo.

— Me dá isso, Harry — Disse Hermione apressada —, diz aqui que precisamos furá-las com uma coisa afiada...

   Harry passou-lhe a vagem e a tigela, ele e Rony tornaram a baixar os óculos sobre os olhos e mergulharam mais uma vez no toco. E eu fiquei parada observando minhas unhas que tinham ficado completamente sujas de terra e outras coisinhas.

  Comecei então a pensar na conversa de Rony e Hermione, eu não era em si idiota e bom… não é que eu estivesse realmente surpresa; no fundo eu tinha uma intuição de que aquilo poderia acontecer mais cedo ou mais tarde. Mas não sabia como me sentia a esse respeito…

  Olhei para meu irmão, mas, sem querer, me vi escutando a mente de Harry outra vez. Ele pensava o mesmo que eu, mas estava comparando Rony e Hermione à ele próprio e Cho. Bom, é verdade que os dois agora estavam constrangidos demais para se olhar, quanto mais para se falar; e, bom, realmente se Rony e Hermione começassem a sair juntos e depois acabassem o namoro, seria difícil imaginar se nossa amizade sobreviveria. Eu e Harry ficaríamos entre eles e seria decididamente difícil.

  Mas e se não acabassem o namoro?, Escutei a mente de Harry mais alta, E se acabassem como o Bill e a Fleur, e ficar em companhia deles se tornasse extremamente constrangedor, e, desse modo, eu fosse excluído para sempre?

  Eu ergui as sobrancelhas e tive vontade de bater na cara de Harry.

— Harry, você não tem o que pensar não!? — Resmunguei

— Vo…? Quer parar de ler a droga da minha mente direto! — Ele reclamou — Tem um monte de gente na sala, experimenta ler a de outra pessoa!

— Peguei! — Berrou Rony, puxando uma segunda vagem do toco na hora em que Hermione conseguia partir a primeira, fazendo a tigela se encher de tubérculos que se torciam como vermes verde-claros

   O restante da aula passou sem que mencionássemos a festa de Slughorn. Embora nos dias seguintes percebi que eu e Harry observávamos nossos dois amigos com mais atenção, meu irmão e Hermione não pareciam diferentes, exceto que se tratavam com mais gentileza do que o normal.

   Katie Bell continuava no Hospital St. Mungus sem perspectiva de alta, o que significava que a promissora equipe da Gryffindor que Harry andara treinando com tanto carinho desde setembro perdera um artilheiro. Ele adiava a substituição da garota na esperança de que ela voltasse, mas a partida de abertura contra a Slytherin se aproximava, e ele finalmente teve de admitir que a garota não voltaria a tempo de jogar.

  Eu não sabia se ele iria fazer outro teste geral ou que raios de método ele acharia, mas eu já estava o perguntando quando ele resolveria isso de uma vez. Foi então que em determinado dia, que como sempre, eu me demorei alguns segundos para amarrar o cadarço da minha bota ou mesmo retocar minha maquiagem, eu vi. Com uma sensação de puro desânimo que não combinava com o quadribol, vi meu melhor amigo encurralar Dean Thomas depois de uma fatídica aula de Transfiguração. A maior parte da turma já havia saído, embora vários passarinhos amarelos pipilantes ainda voassem pela sala, todos criações de Hermione; ninguém mais conseguira conjurar coisa alguma além de uma pena.

   Apertei meus ouvidos para eles, mas escondendo minha curiosidade.

— Você está interessado em jogar como artilheiro? — Harry o perguntou

— Quê...? Claro que estou! — Exclamou Dean agitado. Por cima do ombro do garoto, vi Seamus Finnegan enfiar violentamente os livros na mochila, de mau humor. Eu sabia o porquê e também que uma das razões por que Harry teria preferido não convidar Dean para jogar é que sabia que Seamus não ia gostar. Por outro lado, precisava fazer o que era melhor para a equipe, e Dean realmente se saíra melhor que Seamus nos testes, além de ser bem mais responsável

— Bem, então você está na equipe. —Disse Harry — Temos um treino hoje à noite, às sete horas.

— Certo. Valeu, Harry! Caramba, nem posso esperar para contar a Ginny.

   Ele saiu correndo da sala, deixando Harry, eu e Seamus sozinhos, um momento de mal-estar já que nenhum dos dois tinham visto que eu continuava na sala.

  Completamente cínica, puxei minha mochila a ajeitando no ombro e dei alguns passos em direção à porta, assobiando baixinho.

Hey. — Harry puxou meu braço assim que me reconheceu, com certeza sem querer encarar a ferocidade da feição de Seamus — Eu vou com você.

— Okay. — Eu ri

   Eu sabia que Harry tinha feito uma excelente escolha, mas também imaginava o que viria a seguir. Seamus não foi o único descontente por Harry ter escolhido dois colegas da própria série para a equipe. Três, é claro, contando comigo que por um acaso também sou irmã gêmea de Rony, o que gera mais boatos por ter tantos Weasley no time. Anteriormente fora Fred e George, agora sou eu, Rony e Ginny.

  Mas, Harry não pareceu se importar com os comentários, pois já tinha suportado os mais diversos falatórios muito piores que esses em sua carreira escolar, mas, ainda assim, crescia a pressão para ganharmos a partida contra a Slytherin dali a alguns dias. Se a Gryffindor ganhasse, era certo que a a casa inteira esqueceria as críticas e juraria que sempre acreditara que tínhamos uma grande equipe. Se perdéssemos… não. Nós não vamos perder.

  Mas, bom, Harry não teve razão para se arrepender de sua escolha quando viu Dean voando naquela noite; ele se entrosava bem comigo e Ginny. Mais com Ginny do que comigo, já que os dois andam se pegando, né, e eu não sou fura olho, longe de mim. Os batedores, Peakes e Coote, melhoravam a cada treino. O único problema era Rony.

  Sempre soubemos que meu irmão era um jogador irregular, que sofria dos nervos e de falta de confiança e, infelizmente, a perspectiva iminente do jogo que abria a temporada parecia acentuar todas as velhas inseguranças. Depois de deixar entrar meia dúzia de gols, a maioria deles marcados por mim, sua técnica foi piorando, e por fim ele meteu um soco na minha boca quando eu me aproximei.

— Foi um acidente, meu Deus, Rox, maninha, desculpa! — Rony gritou para mim enquanto eu ziguezagueava de volta ao chão, pingando sangue pelo caminho. Resistindo a tentação de gritar com ele, pois sabia que isso o faria pior, mas eu sentia claramente a raiva arder em meu corpo — Você tá bem? Foi só que eu…

— Entrou em pânico — Disse Ginny com raiva, aterrissando ao meu lado para examinar o meu estado, torci pra que meus dentes não tivessem quebrado, embora eu sentisse que meus lábios tinham inchado — Seu retardado, olhe só o que você fez com ela! Quer matar nossa irmã!?

— Posso dar um jeito nisso. — Harry pousou ao nosso lado, e apontando a varinha para minha boca disse: — Episkey. E, Ginny, não xingue o Rony de retardado, você não é o capitão da equipe…

— Bem, pelo visto você estava ocupado demais para xingá-lo de retardado, então achei que alguém devia…

   Harry fez força para não rir.

— Você tá bem? — Rony veio até mim depressa meio preocupado e envergonhado

— Não é a primeira vez que você me machuca, somos irmãos. Gêmeos, não é? Eu te aturo desde o útero. Estou ótima, só não mira a bola em mim de novo, você não é o batedor, é o goleiro. E se por um acaso você fizer merda de novo, eu  vou pegar essa sua vassoura e vou enfiar ela bem no…

— Ôu. Ôu. — Disse Harry depressa ao ver que a minha voz subia de volume e eu o olhava séria prestes a arrancar a vassoura de Rony e fazer alguma besteira — Rox, calma!

— Eu. Estou. Calma. — Abri um sorriso nada verdadeiro tentando respirar fundo

— Ok. Ok. Voando, todo o mundo, vamos… — Mandou Harry

   De um modo geral, foi um dos piores treinos que fizemos naquele trimestre, embora eu não achasse que a franqueza fosse a melhor política quando estávamos tão próximos da partida.

— Bom treino, pessoal, vamos arrasar a Slytherin — Disse para nos incentivar e os artilheiros e batedores saíram do vestiário parecendo razoavelmente felizes consigo mesmos, eu estava um pouco mais calma depois que retoquei meu batom e vi que minha boca tinha voltado ao normal

— Joguei como uma saca de bosta de dragão! — Exclamou Rony com a voz sumida quando Ginny saiu e a porta se fechou

— Não, não jogou — Retrucou Harry com firmeza — Você é o melhor goleiro que testei, Rony. Seu único problema são os nervos. E pelo visto o da sua irmã também.

  Eu soltei um muxoxo e revirei os olhos, enquanto Harry ria e dizia que era só uma brincadeira.

   Logo depois eu deixei o ar mal-humorado de lado e juntamente com Harry sustentei um fluxo incansável de encorajamento a caminho do castelo e, quando finalmente chegamos ao segundo andar, Rony estava parecendo um pouco mais animado. Mas quando Harry afastou a tapeçaria para tomarmos o atalho habitual para a Torre da Gryffindor, deparamos com Dean e Ginny, enlaçados em um apertado abraço, se beijando vorazmente como se estivessem colados.

  Eu me boquiabri em um sorriso sabendo o quanto minha irmã estava de parabéns por ser uma pegadora de primeira.

   Mas ao meu lado, os meninos pareciam está passando por momentos diferentes, de alguma forma, os dois pareciam estar lutando contra um impulso selvagem de azarar Dean, transformando-o em geleia. Eu entendia – ou nem tanto – o motivo de Rony está com essa cara e querer isso, mas Harry? Isso não. Então ouvi a voz de Rony.

— Oi!

   Dean e Ginny se separaram e viraram para olhar.

— Que foi? — Perguntou Ginny e eu só tinha vontade de rir

— Não quero encontrar a minha irmã se agarrando em público!

— Estávamos em um corredor deserto até você se intrometer! — Retrucou Ginny

   Dean pareceu constrangido. Lançou um sorriso evasivo a Harry, que não o retribuiu, parecendo querer imediatamente a exclusão de Dean da equipe. Já eu ria e tive vontade de fazer um “Uuhhh” pra Rony pelo que Ginny falara.

— Ãh... vamos, Ginny — Convidou Dean —, vamos voltar para a sala comunal…

— Vai indo! — Respondeu Ginny — Quero dar uma palavrinha com o meu querido irmão!

  Dean foi embora, parecendo não lamentar sua saída de cena.

— Certo — Disse Ginny, jogando os longos cabelos ruivos para trás e encarando Rony, aborrecida —, vamos entender de uma vez por todas. Não é da sua conta com quem eu saio e o que faço, Rony…

— É, sim! — Retrucou Rony no mesmo tom zangado — Você acha que eu quero que as pessoas digam que minha irmã é uma…

  Eu arregalei os olhos.

— Uma o quê? — Gritou a garota, puxando a varinha — Uma o quê, exatamente?

— Ele não quis dizer nada, Ginny. —Interpôs Harry automaticamente, embora algo dentre dele estivesse rugindo sua aprovação às palavras de Rony

— Ah, quis, sim! — Explodiu ela com Harry — E sua repreensão é só pra mim, é? Porque Rox sempre beijou em público quando namorava com o Lee Jordan, e você não parecia se incomodar com isso.

— Não parecia…? — Perguntei com uma risadinha sem graça, lembrando-me bem que Rony se importava até demais

— Vocês duas ficam agindo como se fossem…

— Ôu. Vai me colocar no meio da droga do assunto agora!? — Me voltei impaciente pra Rony — Eu não tô agindo como nada, não senhor, e também não vejo o que tem demais no que Ginny fez.

— Deixa, irmã. — Ginny fez um aceno de impaciência em direção à Ron — Só porque ele ainda não se agarrou com ninguém na vida, só porque o melhor beijo que ele já ganhou foi da tia Muriel…

— Cala essa boca! — Berrou Rony, o rosto passando de rosado direto para o castanho-avermelhado

— Não calo, não! — Gritou Ginny, fora de si — Vejo você com a Fleuma, esperando que ela lhe dê um beijo na bochecha toda vez que a vê, é patético! Se você saísse por aí dando uns amassos, não iria se importar tanto que os outros fizessem isso!

   Rony também puxara a varinha; Harry se meteu rapidamente entre os dois. Eu não fiz nada, estava tão irritada com Rony quanto Ginny.

— Você não sabe o que está dizendo!Vocês duas ficam agindo como se fossem rainhas do mundo. — Rugiu Rony, tentando acertar em Ginny pelos lados de Harry, que agora se interpunha aos dois de braços abertos — Só porque não faço isso em público…!

   Ginny gargalhou debochadamente, tentando tirar Harry do caminho.

— Andou beijando o Pichitinho, foi? Ou tem uma foto da tia Muriel guardada embaixo do travesseiro?

— Sua...

   Um lampejo laranja voou por baixo do braço esquerdo de Harry e por centímetros não atingiu Ginny; Harry empurrou Rony contra a parede.

— Não seja burro…

— Você quer machucar ela, seu idiota!? Não sabe brigar sem usar varinha ou tem medo de apanhar!? — Eu perguntei à Rony fora de si

— Harry deu uns amassos na Cho Chang! — Berrou Ginny, que parecia à beira das lágrimas agora — E, Hermione, no Vítor Krum; a Rox tanto já ficou com o Lee Jordan quanto pegava o Malfoy no início do quarto ano, e já beijou bem umas sete pessoas só esse ano, só você se comporta como se isso fosse feio, Rony, porque você tem a experiência de um garotinho de doze anos!

   Eu arregalei os olhos ao me dar conta das palavras de Ginny, e ela também pareceu perceber pois seu rosto ficou pálido quando ela voltou a olhar pra mim, como se tivesse acabado de falar algo que não devia e só tivesse notado agora.

Malfoy!?? — Harry perguntou soltando Rony, que assumira uma expressão incrédula e meio homicida, os dois me olhavam incrédulos, arquejando, se recusando a acreditar ou tentando pensar que não ouviram direito

— Rox… — Disse Ginny, meio nervosa

  Senti meu coração bater mais forte. Estava paralisada.

— Não… não… — Repetiu Rony tentando conter a irritação e apertando a varinha com mais força do que deveria — Você só beijou ele no final do semestre passado para conseguirmos fugir, não foi? Foi somente isso, né!? FALA ROXANNE!

— Espera… — Harry examinou meu rosto — pra você ter conseguido beijar ele, se aproximar tanto dele nesse dia… e, ele sempre te ignora, não é? — Ele estava assumindo um olhar fulminante e decepcionado, pensativo ele vasculhava sua mente, indo pouco a pouco juntando as peças — Ele ignora como se tivesse ressentido com alguma coisa. Mas você sempre sumia no começo do quarto ano também… E, você só está irritada com ele agora porque acha que ele e a prima estão se pegando, não é? E é por isso que odeia a Pansy... — Ele deu uma gargalhada debochada — Agora eu lembro bem, você saiu correndo quando viu eles se beijando. Olha só, você tá apaixonada por ele!

— Eu não tô apaixonada por ele! — Gritei, fazendo as lágrimas que queriam sair voltarem para meus olhos, tentando assumir uma expressão neutra

— Então diz que é mentira! — Rony se aproximou de mim furioso

— Você não vai tocar nela! — Ginny passou na minha frente

— Ela é uma Médiumaga, acho que ela sabe se defender. — Retrucou Harry lançando um olhar aborrecido à Ginny enquanto Rony a mandava ficar quieta

   Eu suspirei fundo, sem querer falar com os meninos.

— Há quanto tempo você sabe? — Olhei pra Ginny furiosa, mas junto com a fúria senti que tinham lágrimas caindo dos meus olhos  — Me fala de uma vez, a quanto tempo você sabe disso?!

  Ela suspirou com pesar, mas manteve contato visual.

— Antes do baile de inverno… vi... é... vocês dois, estavam se beijando na Torre de Astronomia.

   Bati com a mão no rosto, lembrando-me completamente de tudo que aconteceu naquele fatídico dia.

— Por que não falou comigo?

— Não éramos amigas, nunca fomos até alguns meses. Eu só queria que você soubesse que podia contar comigo, que eu ia guardar seu segredo e…

— Guardar!? Puta merda, Ginevra!!? Tô vendo como você é ótima com segredos! Super confiável! — Esbravejei impaciente, os nervos à flor da pele — Muito obrigada! Obrigada por ser uma excelente irmã!

— Eu não queria contar, Rox… é… — Ela estava decididamente nervosa, também parecia querer chorar, mas Rony... Rony estava fora de si

— Então é verdade!? — Ele apertou meu pulso, completamente irado — Realmente é verdade!? Minha irmã e o Malfoy? O Malfoy!? Me diz o que diabos se passa na sua cabeça!? Me diz que porra tu tem nessa merda, Roxanne!? Hem, Beatriz!? Me fala!?

   Furiosa eu me desviei dele, as lágrimas caindo, o ressentimento batendo forte.

— Querem saber a verdade!? Sim eu e o Draco já nos pegamos e daí!? — Revelei, jogando a verdade em suas caras e sem me importar com mais nada — Naquele dia que usamos a Poção Polissuco e vocês saíram da Comunal me deixando sozinha com ele, foi o dia que nos beijamos pela primeira vez, e no terceiro ano quando você, Rony, me deixou sozinha com ele depois que eu vi meu bicho papão, ele me beijou de novo e foi desse dia em diante que começamos a nos ver com frequência e sim a gente se pegava sim. Por sinal não tem ninguém nessa escola que beije melhor do que ele e que tenha uma pegada daquele jeito! Eu fiquei com Draco e não me arrependo de porra nenhuma! Quer dizer, sim, me arrependo de não ter aceitado o convite dele pra ir ao baile de inverno, por ter cortado nossos laços com medo do que vocês dois — E apontei meu dedo para os meninos — iam falar, com medo do que iam achar se me vissem com alguém da Slytherin e agora eu e ele nem nos falamos mais e ele virou esse babaca sem noção. Mas essa é a verdade, gostaram!? Se não, vão pra Azkaban, os dois!!

   Eu tremia demais e lágrimas caíam do meu rosto quando terminei de falar, mas minha voz era forte e convicta. Não tinha mais nada que eu pudesse fazer, então, dizendo isso, me retirei de lá, enfurecida, magoada e ressentida. As palavras de Harry meio que na minha mente “Você tá apaixonada por ele.”

   Mas e se eu realmente estiver?


   Hello bruxinhoooos!!!

     Como estamos?

    Pois é, e depois de muito tempo chegou a hora da verdade, finalmente Rony e Harry descobriram sobre Rox e Draco. Demorou, mas a verdade sempre aparece uma hora ou outra.  Pois se tem três coisas que não se podem ser escondidas por muito tempo, essas coisas são: “o Sol”, “a Lua” e “a Verdade”.
   AHAAAAAS EU AMOOO KKKKK. ( Sim, minha série favorita da vida, me deixem )

   O que acham que pode acontecer daqui pra frente depois dessa revelação bombástica? Os meninos vão fazer as pazes com a Rox? Ela vai perdoar a Ginny?

    Mas a pergunta que não quer calar é... ela finalmente percebeu que é apaixonada pelo Malfoy? Hmmm... Já era hora, hem dona Roxanne Beatriz kkkkkkkkk

    Vejo vocês segunda-feira com um capítulo que é meu xodozinho. Vem pedido de namoro Velin aí, será?? Kkkkkkkk

– Bjosss da tia Nick.

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