74 | Snape's Triumph
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74. O Triunfo de
Snape
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Mais uma vez, você demonstra ter a agudeza de um machado cego.
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ᴿᵒˣᵃⁿⁿᵉ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ
Franzi a testa intrigada pensando no que raios Harry poderia querer fazer pra sair com tanta pressa assim e ainda com a capa da invisibilidade, mas só tinha uma resposta… Draco. Com certeza é algo relacionado a ele. Harry deve está indo atrás de respostas. Tô começando a achar que meu amigo está ficando obcecado por aquele fantasminha irritante.
— Pra onde vocês acham que ele foi? — Ginny chamou nossa atenção nos fazendo voltar a olhar pra ela
— Vai saber. — Falei ocultando minhas dúvidas, no fim podia ser outra coisa — Melhor irmos nos trocar logo, daqui a pouco chegamos na estação.
— Realmente. — Concordou Vega passando uma mão pelo cabelo e suspirando — Vou ver se falo com o Col assim que descer do trem, melhor me trocar primeiro, quem sabe assim ele me reconhece.
— Não pode julgar ele, você tá diferente… e achei que você amava cabelo comprido.
Ela abriu um sorriso, meio vago.
— Era…
— Bom… vamos então? — Propôs Neville e concordamos
Ginny ficou no compartimento que compartilhava com seu namorado Dean Thomas e umas outras pessoas que não reconheci, já Vega ficou em outro compartimento com um pessoal do quarto ano, deixando apenas eu e Neville seguindo para onde Hermione, Rony e Luna nos esperavam.
Não pude deixar de notar que os corredores agora estavam quase completamente vazios, então felizmente os olhares em mim diminuíram. Mas quando passei por uma das cabines fui surpreendida com um gritinho animado que me fez virar, curiosa, pra ver o motivo do grito.
— Rox! Rox! — E a porta da cabine foi aberta. Era Parvati, com seus cabelos negros presos em uma trança com acessórios dourados e vestes sempre estilosas, com aqueles utensílio indianos que eu nem sempre entendia o que era — Arebaguandi! Oh Meu Merlin! Minha santa Shiva e meu santo Brahma, e todas as divindades, você tá divina! Esplêndida!
— Are… o quê? — Perguntei sem entender quando a garota pulou no meu pescoço pra me abraçar toda animada
— É ela mesmo!?? — Se adiantou outra voz apressada e quando Parvati se afastou pra me observar melhor, vi uma garota de cabelos louros e ondulados sair da mesma cabine que Pati saíra; como não usava roupas de mangas compridas, conseguia ver mais ou menos cicatrizes e queimaduras em seus braços e pernas, mas ela estava linda e continuava com o mesmo brilho de sempre; minha melhor amiga, Lavender Brown — Jesus! Você cortou o cabelo mesmo.
— Eu disse que ia cortar. — Sorri abraçando minha amiga
Lavender se afastou e ela e Parvati começaram a me olhar como se pra captar todos os detalhes do meu novo estilo.
— Esse look tá divino. — Disse Parvati com seus olhos castanhos brilhando — E não é só porque fui eu que desenhei, é que a modelo é gata mesmo.
— Você que é uma estilista maravilhosa.
— Mas realmente, não pensei que você pudesse ficar mais linda do que você já é, amiga, você tá incrível!! — Disse Lavender com um sorriso radiante
— Oww, vocês que estão divinas.
— Ah, oi, Neville. — Lav acenou pro garoto que continuava do meu lado meio sem entender muita coisa
— Oi, Lavender. Oi, Parvati. — Ele cumprimentou acanhado
— Eaí. — Disse Pati
— Meninas, melhor nos falarmos mais em Hogwarts, tenho que voltar pra cabine
— Ahhh… — Pati fez um biquinho — Tudo bem, mas vamos passar a noite toda vendo e analisando seus looks novos e as combinações de acessórios, ok?
— Meu Merlim! — Lav se aproximou de mim e colocou a mão nos brincos de girassóis no meu ouvido — Parvati Anushka Patil, não me diz que foi você quem fez esses brincos?
— É… foi.
— Eu preciso! Como você nunca me deu nenhum par de brinco?
— Eu… é… tô com uns pares ali e desenhando outros modelos que pretendo produzir, pode ver, se quiser.
— Hum… acho bom.
Eu ri das duas, estava morrendo de saudades dessas meninas.
— Tchau, gatas, nos vemos no jantar.
— Tchau, Rox. — Disseram as duas juntas antes de tornarem a entrar em suas cabines
E sorrindo eu e Neville seguimos nosso caminho. Abri a porta do nosso compartimento assim que chegamos e soltei um leve bocejo enquanto me sentava no meu lugar e pegava mais uma vez o espelhinho portátil na minha bolsa.
— Cadê o Harry? — Hermione perguntou curiosa olhando pra porta, assim que Neville sentou-se
— E o que o tal Slughorn queria? — Perguntou meu irmão por sua vez
— O Harry disse que precisava resolver alguma coisa… — Respondeu Neville
— Tá com a capa. — Revirei os olhos depois de certificar que minha maquiagem estava ok e voltar a guardar o espelho — Colocou a capa e sumiu pelo corredor… só espero que ele não se meta em encrenca.
— Ele foi atrás do Malfoy, não foi? — Hermione balançou a cabeça negativamente com um suspiro
— Possível. — Resmunguei
— Mas e aí, o que falaram lá? — Insistiu Rony
— Aquele professor é… — E tentei achar uma palavra que melhor explicasse, mas não achei nenhuma que encaixasse — não sei explicar, mas digamos que talvez ele goste de puxar o saco das pessoas.
— Como assim? — Perguntou Luna, abaixando a revista que lia; letras garrafais anunciavam que dentro dela havia um par de Espectrocs
— Ele é estranho. — Respondeu Neville, incerto — Acho que gosta de bajular pessoas ligadas a… outras pessoas importantes?
— Ou ligação familiar ou outro ponto. — Continuei meio me embolando pra explicar — Regulus me explicou… sim, o Regulus Black, acontece que esse professor Slughorn tem mania de formar um clube com os alunos que considera mais qualificados, entende? De os bajular pra depois que se tornarem importantes, conseguirem bons emprego e o professor poder ganhar mimos e esse tipo de coisa. Então ele convidou alunos que ou tinham ligação com algum parente importante ou que ele ache que tenha potencial… é… ele me chamou porque o Profeta Diário tá falando de mim e a Ginny porque a viu lançar uma azaração no Zacarias Smith, então, é isso aí…
— A Ginny também tava lá? — Rony franziu a testa, parecendo pensar porque não foi chamado
— Como eu disse… ele a viu lançando uma azaração no idiota do Smith e de vez de a repreender, a chamou pra almoçar, biruta, não?
— Quem estava lá? — Hermione ergueu as sobrancelhas — Além de vocês e a Ginny, é claro.
— McLaggen, da nossa casa e do sétimo ano.
Hermione deu um “ah” de entendimento com um muxoxo.
— Que foi? Você conhece? — Perguntei, mas ela meramente fez um sinal com a mão pra continuarmos
— Bom, pelo que entendi ele tem um tio importante no Ministério — Continuei — Ah e também, o artilheiro da Ravenclaw estava lá, Belby, mas o professor não se agradou muito dele.
— Nem precisamos perguntar o porquê, né. — Fez Rony com um ar irônico
— Blaise Zabini da Slytherin. — Disse Neville e vi o meu irmão revirar os olhos
— E esse babaca estava lá porque?
— Ele não é um babaca, Rony, ele é legal. — Falei — E pelo que entendi é por causa da mãe dele, uma história lá que ela é uma bruxa famosa por sua beleza e essas coisas.
— Hum… só esses? — Perguntou Rony
— Ah… e Vega Misttigan. — Completou Neville
— Vega? — Hermione se surpreendeu — Como ela tá?
— Cortou o cabelo, tá batendo no ombro agora e mudou o estilo, mas parece está melhor em relação ao pai dela… — Falei com um suspiro — Mas aquele professor ficou fazendo perguntas e mais perguntas sobre Sirius, Sienna e sobre o orgulhoso do Regulus aqui. — E indiquei o lugar em que Rég estava, com os braços cruzados sorrindo e ouvindo o nosso diálogo
Hermione, Rony, Neville e Luna olharam pra lá, mas logo lembrei que só eu podia ver ele.
— Isso é legal. — Disse Luna destacando um par de óculos psicodélicos das páginas do Pasquim
— Às vezes eu esqueço que só eu os vejo.
— Tem mais alguém aqui? — Neville olhou para os lados assustado
— Não, só o Regulus mesmo. — Falei naturalmente passando as mãos pelos meus cabelos, mas então olhei pela janela — Gente… Hogsmeade, melhor nos trocarmos logo.
Todos nos trocamos silenciosamente, tranquei o meu malão e verifiquei se Mynes estava bem segura na gaiola e se Marshall estava bem na bolsa, logo constatei que o furão dormia, então voltei a olhar pra porta.
— Cadê o Harry, hem!? — Perguntei urgentemente com receio
— Talvez ele tenha sido atacado por um zonzóbulo. — Disse Luna agora usando seus Espectrocs promocionais, que lhe davam a aparência de uma coruja demente e multicolorida
Hermione revirou os olhos pra ela e assim como eu se pôs a olhar pra porta, sem falar coisa alguma.
— Acham que ele se meteu em encrenca? — Perguntou Rony
— Não sei, mas vamos levar as coisas dele, talvez encontremos ele na estação. — Propus apanhando a gaiola de Edwiges e tentando equilibrar com minhas coisas, enquanto Rony apanhava o malão de Harry
Vi os corredores se encherem mais uma vez e tive esperança de que Harry tivesse bem. Por fim, com um solavanco final, o trem parou. e ouvimos a zoeira que sempre havia quando os alunos corriam a preparar a bagagem e os animais de estimação para o desembarque. Luna levantou prontamente, agarrada a revista do Pasquim e ainda observando tudo através de seus enormes Espectrocs multicoloridos, mas eu e Rony fomos os primeiros a desaparecer pelo corredor já que, como monitores, tínhamos que supervisionar a movimentação.
— Vendo ele em algum lugar? — Rony perguntou pra mim, mas neguei com a cabeça, já ficando nervosa
No fim, concluímos que Harry já tivesse descido do trem e acabou não nos encontrando e portanto pegou uma carruagem e já estava a caminho para Hogwarts. Receosos subimos na nossa própria carruagem e seguimos para o castelo. Quando cruzamos os altos pilares de pedra com os javalis alados, que ladeavam o portão para os terrenos da escola, eu me inclinei para a frente, nervosa, tentando captar algum sinal de Harry. O castelo de Hogwarts se aproximava cada vez mais: um conjunto altaneiro de torreões, muito negro, recortado contra o céu escuro, em que resplandecia, alaranjada, aqui e ali, uma janela no alto.
As carruagens pararam, tilintando, perto da escadaria de pedra que levava às portas de carvalho e nós descemos, olhando para os lados novamente.
— Ele não vai entrar sem o uniforme e o uniforme dele está aqui no malão! — Falei nervosamente observando as outras carruagens que chegavam, mas sem sinal de Harry
— Talvez ele esteja lá dentro. — Propôs Hermione, incerta
— Ai meu Merlim! — Fez Rony enquanto subíamos os degraus para finalmente adentrar o castelo
Continuamos os três se esticando e tentando encontrar Harry em algum canto no meio do monte de massa negra do uniforme de Hogwarts, mas não tinha nenhum sinal dele. Me virei, intrigada quando alguém trombou com toda força em mim, foi quando vi Sol Lestrange, ao lado de Draco, e me olhando com raiva.
— Tem uma frase que diz “Quem procura acha”, mas não acho que isso vai acontecer agora. — Falou com malícia e um riso de desdém antes de agarrar o braço do primo que só me lançou um olhar sério
Eu soltei um muxoxo irritada olhando para as costas deles, com impaciência.
— Rox? — Ron, que não escutou o que Sol dissera virou-se pra mim — Está tudo bem?
— Eles fizeram algo com o Harry. — Falei sentindo a irritação subir
— Eles… eles quem? — Hermione me olhou sem entender mas eu não lhe dei ouvidos, estava procurando outra pessoa na multidão
— Rég!? — Chamei e vi o garoto, sentado em cima de uma das pilastras do saguão — Acha que pode procurar o Harry?
— Rox, você acha mes…? — Mas parou de falar ao ver meu olhar — Ok, vou ver o que posso fazer, mas entrem logo no castelo.
— Rox, meu Merlim! — Rony segurou nos meus braços me balançando fazendo-me olhar pra ele e arregalar os olhos — O que tá acontecendo!? Você sempre começa a falar com esses espíritos na nossa frente, os respondendo como se pudéssemos ver eles também, dá pra nós explicar que diabos tá rolando aqui ou é pedir muito?
— Rony! — Chamou Hermione enquanto eu ainda o olhava de olhos arregalados — Relaxa.
— Ahh Merda! — Ele berrou quando lhe dei a ilusão de que suas mãos pegavam fogo, o fazendo se afastar e soltar os meus braços
— Eu acho que Draco e Sol fizerem algo com Harry. — Expliquei passando a mão pelos meus braços e mantendo a pose enquanto desfazia a ilusão — Mandei Regulus ir ver se consegue achar ele, mas é melhor entrarmos, não tenho certeza de nada ainda.
Notei, logo que adentrei o castelo sem os esperar, o saguão que flamejava à luz dos archotes, ecoando os passos dos que atravessavam o piso de lajotas em direção às portas duplas, à direita, que davam acesso ao Salão Principal e ao banquete de abertura do ano letivo.
As quatro mesas compridas dispostas no salão foram se enchendo sob um céu lindo iluminado com estrelas brilhantes que era exatamente igual ao céu que podia ser visto pelas altas janelas do aposento. As velas flutuavam à meia altura ao longo das mesas, iluminando os fantasmas prateados que pontilhavam o salão e os rostos dos alunos que conversavam, pressurosos, trocando notícias sobre as férias, cumprimentando os colegas das outras casas, aos gritos, observando os cortes de cabelo e as vestes uns dos outros. Não pude deixar de notar as pessoas que me olhavam, curiosas, e cochichavam algo com a pessoa do lado, obviamente sobre a mudança de visual ou simplesmente os boatos do Profeta Diário, é claro.
Encontrei um canto vazio na mesa da Gryffindor e me acomodei enquanto ajeitava Marshall na bolsa, logo Hermione e Rony chegaram e meu irmão sentou-se do meu lado enquanto Mione sentava à frente.
— Custava nos esperar!? — Resmungou Rony
— Só tô nervosa, foi mal. — Rebati suspirando
Em consequência disso não consegui prestar atenção em muita coisa que aconteceu depois, nem na nova música do Chapéu Seletor que mais uma vez nos mandava unir laços e nem na Seleção das casas, que eu já assistira tantas vezes que pra mim, consequentemente, já perdera a graça, logo, Dumbledore já nos mandava iniciar a refeição e as longas mesas agora gemiam sob o peso dos pernis e tortas e travessas de legumes, pães e molhos e jarras de suco de abóbora, pois a comida aparecera do nada.
— Eu estou morto de fome. — Disse meu irmão gêmeo sem cerimônia apanhando o máximo de comida possível em seu prato
— Novidade. — Rebateu Hermione
Eu revirei os olhos para os dois enquanto pegava um pouco de salada de quinoa, frango e batata frita, sem prestar muita atenção nos diálogos dos demais, até ouvir meu nome e levantar a cabeça. Regulus retornava, estava acompanhado de Cedric e ambos estavam em pé em frente a mesa me olhando.
— Ele já está vindo, Ninfadora Tonks encontrou ele. — Anunciou Cedric sem cerimônia e fiz um sinal de indagação com o olho
— Você tinha razão. — Disse Regulus — Draco Malfoy e Sol Lestrange fizeram algo com ele, por pouco Harry não voltou pra Londres, foi realmente muita sorte Tonks o ter encontrado e o está trazendo agora, devem chegar a qualquer momento e ele pode explicar melhor.
Suspirei aliviada, embora estivesse começando a ficar mais irritada com Malfoy e com a prima dele, mas felizmente, achei bem feito que ela tivesse que de qualquer forma sentar na mesa da Gryffindor, e no momento estava sozinha no canto. Com um sorriso me virei pra Rony e Hermione.
— Harry está a caminho. — Falei pegando um pedaço pequeno de torta e colocando na boca de Marshall — Tonks está trazendo ele.
— Mas o que aconteceu? — Hermione perguntou parando o processo de levar a colher de ensopado à boca
— Isso… só vamos saber quando ele chegar. — E abaixei um pouco a voz para que só eles escutassem — Foi o que Regulus e Cedric puderam me dizer, mas felizmente já sabemos que o Harry está bem, não é?
Os dois concordaram e mais calmos pudemos continuar nossa refeição. Foi quando percebemos o murmúrio aumentar e eu levantei um pouco a cabeça olhando para o lado e me deparei com Harry caminhando depressa, com vestes de trouxas e segundos depois se apertar no banco ao lado de Hermione e a minha frente.
— Onde é que você... caramba, que foi que fez no rosto? — Indagou Rony, ao meu lado, arregalando os olhos, como todos que estavam por perto, e só então eu também notei
— Por que, tem alguma coisa errada? — Admirou-se Harry, apanhando uma colher e espiando sua imagem distorcida
— Ah, não… — Falei irônica — Você só está coberto de sangue, Harry Potter! Ah, merda, conta logo o que diabretes rolou antes que eu faça cabelos pegarem fogo aqui.
— Meu Deus, Harry. — Disse Hermione — Vem cá…
Ela ergueu a varinha e ordenou:
— Tergeo! — E a varinha aspirou todo o sangue seco
— Obrigado. — Agradeceu ele, apalpando o rosto agora limpo — Como é que está o meu nariz?
— Normal. — Respondeu Hermione ansiosa — Por que não estaria? Que aconteceu, Harry, ficamos apavorados!
— Conto depois. — Respondeu Harry, lacônico, pareceu perceber que Ginny, Neville, Dean e Seamus estavam prestando atenção; até Nick Quase Sem Cabeça, o fantasma da Gryffindor se aproximara flutuando ao longo dos bancos para escutar
— Mas… — Protestou Hermione
— Agora, não, Hermione. — Replicou, em um tom sombrio cheio de subentendidos
Então me aproximei mais de Harry, meio que me debruçando pra frente na mesa para adquirir seus pensamentos e lembranças recentes, não foi difícil notar a fúria que Harry estava sentindo, não só de Draco e Sol, mas também de Snape. Foi quando tive conhecimento do que acontecera desde o instante que Harry pôs a capa, vi tudo em questão de segundos, Draco o descobrira escondido no bagageiro de sua cabine escutando a conversa dele com as cobras e esperou todos saírem para desmascarar Harry e pisou no seu nariz, enquanto a intragável da Sol o cobriu com a capa para que Harry retornasse à Londres. Foi muita sorte que Tonks estivesse patrulhando Hogsmeade e tenha percebido que Harry não desceu do trem e resolveu averiguar o que acontecera, o encontrando na cabine, foi assim que ela mandou um Patrono como uma mensagem alertando à Hagrid que Harry estava seguro e o estava trazendo a caminho de Hogwarts. Os dois tiveram que caminhar a pé desde a estação até a escola, mas quando chegaram perceberam que o castelo estava fechado e tiveram que esperar por Hagrid, mas como ele mesmo também está atrasado para o banquete inaugural, quem apareceu foi Snape... nunca é bom o ver, mesmo em situações desesperadoras, as aulas mal começaram e Gryffindor já perdeu setenta pontos. Ok que é ótimo que Harry tenha chegado bem, mas esse professor é um babaca, embora algo nessas memórias me chamou bastante atenção, fazendo-me franzir a testa e perguntar à Harry:
— Os patronos mudam? — Pois vi claramente nos pensamentos de Harry, Snape comentar com Tonks como se a alfinetasse falando de seu patrono novo, um quadrúpede, e até mencionou que o novo parece fraco e ela estava bem mais servida com o antigo, isso a deixou furiosa
— Rox! — Resmungou Harry — Cê tá… Quer parar de ler minha mente, Roxanne!?
— Tá bom, desculpa. — Falei, me ajeitando no assento e cruzando os braços — Só fiquei curiosa. Diferente de vocês três eu não conjuro patrono, né?
Harry bufou e se esticou por cima de Hermione para apanhar umas coxas de galinha e um punhado de batatas fritas, mas, antes que pudesse comê-las, elas desapareceram e foram substituídas pelas sobremesas.
— Pelo menos você perdeu a seleção. — Comentou Hermione, enquanto Rony mergulhava para se servir de uma torta de chocolate e eu do pudim de doce de leite
— O Chapéu disse alguma coisa interessante? — Perguntou Harry, por sua vez, servindo-se de um pedaço de torta de caramelo
— Nada que ainda não tenha dito... aconselhou a nos unirmos frente aos nossos inimigos, você sabe.
— Dumbledore mencionou Voldemort?
— Ainda não, mas ele sempre guarda o discurso sério para depois do banquete, não é? Não deve demorar muito agora.
— Snape disse que Hagrid se atrasou para o banquete…
— Você viu Snape? Como assim? — Perguntou Rony entre garfadas frenéticas de torta
— Oh se viu. — Comuniquei sem animação enquanto me servia do mousse de maracujá e mergulhava um morango na cauda de chocolate
— Dá pra não se amostrar só porque você tem… é… esses poderes maneiros e já viu tudo o que aconteceu com o Harry? — Alfinetou Rony
— Pelo menos você consegue conjurar um Patrono. — Devolvi sem olhar em seus olhos e o deixando sem palavras
— Bom, eu topei com o Snape sim. — Respondeu Harry evasivamente
— Hagrid só se atrasou uns minutinhos. — Comentou Hermione — Olhe, ele está acenando para você, Harry.
Segui o olhar de Harry, para a mesa dos professores, que sorriu para Hagrid que de fato acenava. O Guarda-caça jamais conseguira se comportar com a mesma dignidade da professora McGonagall, diretora da Casa da Gryffindor, cuja cabeça batia mais ou menos entre o cotovelo e o ombro de Hagrid – estavam sentados lado a lado –, e que manifestava desaprovação a esse cumprimento entusiástico. Sienna Misttigan estava ao lado da Professora McGonagall e embora não estivesse exalado a alegria de sempre ela me pareceu bem, como se estivesse se esforçando pra parecer ótima e fazer justiça a morte de Sirius Black, mas eu sabia bem que ela e Vega, ah, e é claro, Harry, ainda estão sofrendo com isso. Não posso deixar de acrescentar que me surpreendi ao ver a professora de Adivinhação, Trelawney, sentada do outro lado de Hagrid; ela raramente saía de sua torre, e nunca a vi em um banquete inaugural. Tinha a aparência esquisita de sempre, faiscando com seus colares e longos xales, os olhos ampliados pelos enormes óculos. Não posso deixar de pensar o quanto estou feliz de não ter que fazer aulas de Adivinhação esse ano. Os enormes olhos da professora, que lembravam faróis, viraram em minha direção; eu desviei os meus depressa para a mesa da Slytherin. Draco Malfoy estava encenando como partir um nariz provocando risos e aplausos estridentes, o que me fez revirar os olhos e resmungar um “babaca imaturo”.
— Então, o que achou do almoço com o professor Slughorn? — Perguntou Hermione.
Harry fez um muxoxo e suspirou, antes de responder:
— Ele só queria saber o que realmente aconteceu no Ministério.
— Ele e o mundo inteiro. — Fungou Hermione — O pessoal não parou de interrogar a gente no trem, não foi, Rony? Isso depois que você, Rox e Neville saíram.
— Foi. Todos queriam saber se você é realmente O Eleito… e se minha irmã… ah, são uns panacas mesmo.
— Tem havido muita discussão sobre o assunto até entre os fantasmas. — Nos interrompeu Nick Quase Sem Cabeça, inclinando para Harry a cabeça mal presa, fazendo-a balançar perigosamente, sobre a gola de tufos engomados — Sou considerado uma espécie de autoridade em Potter e Weasley; todos sabem que somos amigos. Mas afirmei à comunidade dos espíritos que não o incomodaria com perguntas. “Harry Potter e Rox Weasley sabem que podem confiar inteiramente em mim”, falei. “Prefiro morrer a trair sua confiança.”
— O que não me parece grande coisa, porque você já morreu. — Observou Rony e ouvi uma gargalhada atrás de mim
— Mia, cala a boca! — Rosnou Regulus, pois Mirian Lourence não conseguia parar de rir — Preciso lembrar que nós também já morremos?
— Mais uma vez, você demonstra ter a agudeza de um machado cego. —Retrucou Nick Quase Sem Cabeça em tom ofendido e, deixando o chão, retornou voando à extremidade oposta da mesa da Gryffindor, enquanto eu dizia um “TOMA!” para meu irmão e no momento exato em que Dumbledore se levantava à mesa dos professores. As conversas e risos que ecoavam pelo salão cessaram quase imediatamente
— Uma grande noite para todos! —Começou ele sorridente, abrindo os braços como se quisesse abarcar o salão
— Que aconteceu à mão dele? — Ofegou Hermione
Ela não foi a única a notar. A mão direita de Dumbledore continuava escura e sem vida como na noite em que ele levou Harry À Toca.
Os sussurros percorreram a sala; Dumbledore, interpretando-os corretamente, apenas sorriu e ocultou a lesão, sacudindo a manga roxa e dourada.
— Não há motivo para preocupação. — Disse em tom suave — Agora... as boas-vindas aos alunos novos; bom retorno aos alunos antigos! Mais um ano de muita educação mágica aguarda a todos…
— A mão dele já estava assim quando o vi no verão. — Cochichou Harry para mim, Mione e Rony — Mas pensei que por esta altura ele já a tivesse curado... ele ou Madame Pomfrey.
— Parece morta. — Comentou Hermione, com uma expressão de repugnância no rosto — Mas há lesões que não têm cura... feitiços antigos... e há venenos sem antídotos…
— ... e o sr. Filch, nosso zelador, me pediu para avisar que estão banidos todos os artigos de logros e brincadeiras comprados na loja chamada Gemialidades Weasley.
“Os que quiserem jogar nas equipes de quadribol das Casas devem se inscrever com os diretores das Casas, como sempre. Estamos também procurando novos locutores de quadribol, que são convidados a fazer a mesma coisa.”
— Lee… — Falei nostálgica com um sorriso e sentindo um aperto que ele tivesse terminado Hogwarts, éramos amigos afinal
— Este ano — Continuou Dumbledore — temos o prazer de dar as boas-vindas a um novo membro do corpo docente. O professor Slughorn — O bruxo ficou em pé, a careca brilhando à luz das velas, a grande pança sob o colete sombreando a mesa — é um antigo colega meu que aceitou retomar o cargo de mestre das Poções.”
— Poções?
— Poções?
A palavra ressoou por todo o salão enquanto as pessoas se perguntavam se teriam ouvido direito.
— Poções? — Repetimos juntos eu, Rony e Hermione, virando-se para Harry — Mas você disse...
— Por sua vez, o professor Snape —Continuou Dumbledore, alteando a voz para abafar os murmúrios — assumirá o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas.
— Não! — Exclamou Harry tão alto que muitas cabeças se viraram em sua direção. Ele não pareceu se importar; olhava fixamente para a mesa dos professores, indignado. E eu entendia bem, afinal como é que Snape podia ser nomeado professor de Defesa Contra as Artes das Trevas depois de tanto tempo? Será que todos não sabiam que Dumbledore não confiava nele para assumir essa função?
— Mas, Harry, você disse que Slughorn ia ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas! — Questionou Hermione
— Na verdade ele nunca mencionou isso, só falou que ele seria o novo professor, nós que deduzimos que ele fosse ensinar DCAT. — Bufei me remexendo desconfortável no assento
Snape, que estava sentado à direita de Dumbledore, não se ergueu ao ouvir seu nome, apenas elevou a mão displicentemente para agradecer os aplausos da mesa da Slytherin; Contudo, tive certeza de identificar uma expressão de triunfo nas feições que tanto detestava.
— Bem, tem uma coisa boa. — Disse Harry com selvageria — Snape irá embora até o fim do ano.
— Como assim? — Perguntou Rony
— O cargo é azarado. Ninguém aguentou mais de um ano... Quirrell até morreu. Pessoalmente, vou torcer para que haja outra morte…
— Harry! — Exclamou Hermione, demonstrando surpresa e desaprovação
— Meu Merlim, hem menino. — Ergui as sobrancelhas — Se ele morrer, eu ainda vou ver ele, então não, por favor. Não tô afim de presenciar o seboso arrastando correntes e passeando como vulto. Cruz credo! E se ele começar a me incomodar e vier puxar meu pé à noite?
— Você acha que ele seria um espírito preso? — Se admirou Regulus que eu nem tinha notado ainda está presente
Eu dei de ombros.
— Nós espíritos temos mais o que fazer do que puxar pés, sabia? — Disse Mia parecendo ofendida
— Mas talvez ele simplesmente volte a ensinar Poções no fim do ano. — Argumentou Rony — O tal Slughorn pode não querer ficar muito tempo. O Moody não quis.
Dumbledore pigarreou. Eu, Rony, Harry e Hermione não éramos os únicos que conversavam; o salão todo explodira em murmúrios à notícia de que Snape, enfim, realizara o seu mais acalentado desejo. Dumbledore, parecendo indiferente à natureza sensacional da notícia que acabara de dar, nada falou sobre outras designações e esperou alguns segundos até obter absoluto silêncio antes de prosseguir.
— Nem todos os presentes neste salão sabem que Lorde Voldemort e seus seguidores estão mais uma vez em liberdade e cada vez mais fortes.
O silêncio pareceu se expandir e retrair enquanto Dumbledore discursava. Eu olhei para Sol, mas a garota, em vez de olhar para o diretor, fazia o seu garfo pairar no ar com a varinha, como se achasse as palavras de Dumbledore indignas de atenção.
— Não posso enfatizar suficientemente o perigo da presente situação, e o cuidado que cada um de nós, em Hogwarts, precisa tomar para garantir que continuemos seguros. As fortificações mágicas do castelo foram reforçadas durante o verão, estamos protegidos de maneiras novas e mais poderosas, mas ainda assim precisamos nos defender escrupulosamente dos descuidos de estudantes e funcionários. Peço, portanto, que respeitem as restrições de segurança que os professores possam impor a vocês, por mais incômodas que lhes pareçam, particularmente a norma de não sair da cama depois do toque de recolher. Imploro que, ao notarem alguma coisa estranha ou suspeita dentro ou fora do castelo, comuniquem imediatamente a um funcionário. Confio que agirão sempre com o maior respeito pela segurança dos outros e pela sua própria.
Os olhos azuis de Dumbledore percorreram os rostos dos estudantes e, por fim, ele tornou a sorrir.
— Mas no momento suas camas estão à sua espera, quentes e confortáveis como poderiam desejar, e sei que a sua maior prioridade é descansar para as aulas de amanhã. Vamos, portanto, dizer boa-noite. Pip pip!
Com o atrito ensurdecedor habitual, os bancos foram afastados e centenas de estudantes começaram a sair do Salão Principal em direção aos dormitórios. Eu não estava com a menor pressa de acompanhar a multidão curiosa, nem de me aproximar de Sol para lhe dar um bom soco no olho, então aproveitei que Harry, decidiu fingir amarrar o cordão do tênis, deixando a maioria dos colegas da Gryffindor seguirem à frente, mas logo relembrei que eu não era uma simples aluna e tive que sair às pressas para cumprir a minha tarefa de monitora e arrebanhar os alunos do primeiro ano, já que o boboca do meu irmão gêmeo ficou pra trás com Harry e Hermione.
Hello bruxinhosssss!!!
Se preparem que sexta teremos o tão esperado capítulo da Amortentia, estão preparados pra isso? Kkkkkkkkkk
Bom, nos vemos sexta.
Amo vocês ♡
– Bjosss da tia Nick.
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