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65 | The Lost Prophecy

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65. A Profecia Perdida
       
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  Rox é a Arma, Harry. A Feiticeira poderosa mencionada na Profecia, a Arma… é ela.
 
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    Fiquei apreensiva, observando a cena, minhas mãos tremendo em cima da minha coxa, a ansiedade de querer saber de uma vez por todas a verdade, e de entender a Profecia. Dumbledore, porém, contemplou por um momento os terrenos ensolarados do lado de fora da janela, depois voltou a olhar para mim e Harry e disse:

— Há cinco anos, vocês dois chegaram a Hogwarts, Harry são e salvo, como eu planejara e queria que tivesse sido. Bom, não totalmente são. Você sofrera, Harry. Eu sabia que isso aconteceria quando o deixei à porta dos seus tios. Sabia que o estava condenando a dez anos sombrios e difíceis. Já Rox, tinha sido criada com os pais, mas mesmo assim não imaginava que eles levariam tão à risca a Profecia, mesmo se negando a aceitarem que você fosse a garota, eles pareciam bem preocupados quanto a isso.

   Ele fez uma pausa. Eu e Harry continuamos calados.

— Mas, depois voltamos a você, Rox. Seu assunto é mais delicado, vamos começar pelo Harry. — E olhou diretamente para ele — Você, Harry, poderia me perguntar, e com toda razão, por que tinha de ser assim. Por que uma família bruxa não poderia tê-lo criado? Muitos teriam feito isso mais do que satisfeitos, teriam se sentido honrados e encantados em criá-lo como filho.

  “Minha resposta é que a prioridade era manter você vivo. Você corria muito mais perigo do que as pessoas, à exceção de mim, compreendiam. Voldemort fora vencido horas antes, mas seus seguidores, e muitos são quase tão terríveis quanto ele, continuavam soltos, enfurecidos, desesperados e violentos. E tive de me decidir, também, com relação aos anos futuros. Será que eu acreditava que Voldemort se fora para sempre? Não. Eu não sabia se levaria dez, vinte ou cinquenta anos para ele retornar, mas tinha certeza de que o faria, e tinha certeza também, conhecendo-o como conheço, de que ele não descansaria enquanto não matasse você.

  “Eu sabia que o conhecimento que Voldemort tem de magia talvez seja mais amplo do que o de qualquer outro bruxo vivo. Eu sabia que os meus feitiços de proteção mais complexos e poderosos provavelmente não seriam invencíveis se ele algum dia recuperasse seus plenos poderes.

  “Mas eu sabia, também, qual era o ponto fraco de Voldemort. Então, tomei minha decisão. Você seria protegido por uma magia antiga de que ele tem conhecimento, mas que despreza e, portanto, sempre subestimou, para seu prejuízo. Estou me referindo, naturalmente, ao fato de que sua mãe morreu para salvá-lo. Ela lhe conferiu uma proteção duradoura que ele jamais esperou, uma proteção que até hoje corre em suas veias. Confio, portanto, no sangue de sua mãe. Entreguei você à irmã dela, sua única parenta viva.”

— Ela não me ama. — Disse Harry na mesma hora — Ela não liga a mínima…

— Mas ela o aceitou. — Interrompeu-o Dumbledore — Pode tê-lo aceitado de má vontade, enfurecida, contrariada, amargurada, mas, ainda assim, o aceitou, e, ao fazer isso, selou o feitiço que lancei sobre você. O sacrifício de sua mãe transformou o vínculo de sangue no escudo mais forte que eu poderia lhe dar.

— Mas continuo sem…

— Enquanto você ainda puder chamar de sua a casa em que vive o sangue de sua mãe, ali você não pode ser tocado nem ferido por Voldemort. Lílian derramou seu sangue, mas ele continua vivo em você e em sua tia. O sangue dela se tornou o seu refúgio. Você precisa voltar lá apenas uma vez por ano, mas enquanto puder chamar aquela casa de sua, enquanto estiver lá, ele não poderá atingi-lo. Sua tia sabe disso. Expliquei-lhe o que tinha feito na carta que deixei com você à porta dela. Ela sabe que ao acolher você ela talvez o tenha mantido vivo nos últimos quinze anos.

— Espere — Disse Harry — Espere um momento.

   Ele se endireitou na cadeira, encarando Dumbledore.

— Foi o senhor que mandou aquele berrador. O senhor disse a ela que se lembrasse... foi a sua voz…

— Pensei — Disse Dumbledore, inclinando ligeiramente a cabeça — que ela poderia precisar de um lembrete sobre o pacto que selara ao acolher você. Suspeitei que o ataque do Dementador pudesse tê-la despertado para os perigos de ter você como filho de criação.

— Despertou. — Disse Harry em voz baixa — Bom... o meu tio mais do que ela. Ele queria me mandar embora, mas depois que o Berrador chegou, ela... ela disse que eu tinha de ficar.

   Harry contemplou o chão por um momento, então perguntou:

— Mas o que é que isso tem a ver com…

   Ele não conseguia dizer o nome de Sirius.

— E onde eu entro? — Perguntei ansiosa

— Há cinco anos, então — Continuou Dumbledore, como se não tivesse feito pausa alguma em sua história — você, Harry, chegou em Hogwarts, talvez nem tão feliz nem tão bem nutrido como eu gostaria que estivesse, mas vivo e saudável. Não era um principezinho mimado, mas um menino tão normal quanto eu poderia esperar nas circunstâncias. Até ali o meu plano correra bem. Já Rox, mesmo só com suspeitas, vi em você a infelicidade e traumas que não seriam causados se seus pais nunca tivessem tomado parte da Profecia. Vocês dois, tão novos, mas já vieram com traumas. Percebi e aperfeiçoei mais meus pensamentos quanto a isso depois que vocês olharam o espelho de Ojesed. Vocês dois viram coisas tristes demais para apenas crianças.

  Abaixei meus olhos para contemplar o chão, nem me lembrava mais do que acontecera aquele dia e do que eu vira no espelho. Meus pais com orgulho de mim… como esse poderia ser meu maior desejo?

— Então... bom, vocês se lembram dos acontecimentos do primeiro ano em Hogwarts tão claramente quanto eu. Harry enfrentou magnificamente o desafio que se apresentou e mais cedo, muito mais cedo do que eu previra, você se viu frente a frente com Voldemort. Mais uma vez você sobreviveu. E fez mais do que isso. Atrasou a recuperação dos poderes dele e de sua força. Você lutou como um homem adulto. Senti mais orgulho de você do que sou capaz de expressar.

  “Contudo, havia uma falha nesse meu plano maravilhoso. Uma falha óbvia, que eu sabia, já então, que poderia pôr tudo a perder, e não era só o fato de Molly ter proibido que falassem qualquer coisa sobre a Profecia em sua frente, Rox... Aliás, eu nem deveria estar falando agora, mas como não restam dúvidas e sabemos a gravidade da situação, é hora de você saber toda a verdade, mas bem, o problema não era esse.

“Sabendo como era importante que o meu plano tivesse êxito, eu disse a mim mesmo que não permitiria que aquela falha o arruinasse. Somente eu poderia impedir isso, então somente eu precisava ser forte. E veio o meu primeiro teste, quando você, Harry, estava deitado na ala hospitalar, enfraquecido pela luta com Voldemort.”

— Não entendo o que o senhor está dizendo. — Falou Harry

— Você não se lembra de ter me perguntado, quando estava na ala hospitalar, por que Voldemort tentara matá-lo ainda bebê?

   Harry confirmou com a cabeça.

— Será que eu deveria ter lhe contado então?

   Harry encarou os olhos azuis do diretor, mas não respondeu.

— Vocês ainda não estão percebendo a falha do plano? Não... talvez não. Bom, como você sabe, Harry, eu preferi não lhe responder. Onze anos, disse a mim mesmo, era muito cedo para saber. Nunca pretendera lhe contar aos onze anos, ou mesmo que Rox apresentasse quaisquer sinais nessa fase. O conhecimento seria uma carga pesada demais em uma idade tão tenra.

  “Eu deveria ter reconhecido os sinais de perigo então. Deveria ter me perguntado por que não me sentia mais perturbado com o fato de Harry já ter feito a pergunta a que eu sabia que um dia precisava dar uma resposta terrível. Eu deveria ter reconhecido que estava me sentindo excessivamente feliz em pensar que não precisava respondê-la naquele dia... você era criança, Harry, vocês eram crianças demais.

  “Então entramos no segundo ano de vocês em Hogwarts. E mais uma vez Harry enfrentou desafios que nem bruxos adultos tinham enfrentado; mais uma vez você se desincumbiu melhor do que no meu sonho mais ambicioso. Mas você não tornou a me perguntar por que Voldemort deixara aquela marca em você. Falamos sobre sua cicatriz, ah, sim... estivemos muitíssimo perto de tocar na questão principal. Por que não lhe contei tudo?

  “Bom, me pareceu que doze anos eram, afinal, pouco mais que onze para receber uma informação dessas. Permiti que você deixasse a minha presença, sujo de sangue, exausto mas eufórico, e senti um pequeno mal-estar porque talvez devesse ter lhe contado então, mas logo o mal-estar passou. Você ainda era tão jovem, entende, e não tive coragem de estragar aquela noite de triunfo…

  “Você está vendo, Harry? E você, Rox? Estão vendo agora a falha do meu brilhante plano? Eu caíra na armadilha que previra, que dissera a mim mesmo que poderia evitar, que precisava evitar.”

— Eu não… — Disse Harry, eu franzi a testa e fiz um “ah” de entendimento ao atingir a compreensão

— Eu me preocupava demais com você, Harry. — Disse Dumbledore com simplicidade — E com você também, Rox, mesmo que ainda não tivesse a certeza sobre você. Me preocupei mais com a felicidade de vocês do que com o conhecimento da verdade, mais com a paz de espírito de ambos do que com o meu plano, mais com as suas vidas do que com as vidas que seriam perdidas se o plano fracassasse. Agi exatamente como Voldemort espera que nós, tolos, que amamos, façamos.

  “Tenho defesa? Desafio qualquer um que tenha observado vocês dois como eu – e eu o tenho observado mais atentamente do que vocês podem ter imaginado – a não querer lhes poupar mais dor do que vocês já têm sofrido. Sabia sobre o destino de Harry e não tinha certeza sobre o seu, Rox, mas que me importavam as inúmeras pessoas e bichos sem nome nem rosto sacrificados em um futuro difuso, se no aqui e agora vocês estavam vivos, bem e felizes? Nunca sonhei que seria responsável por alguém assim.

   “Entramos então seu terceiro ano. Observei de longe você, Harry, lutar para repelir Dementadores, quando encontrou Sirius, descobrir quem era ele e salvá-lo. Será que eu deveria ter lhe dito então, no momento em que triunfalmente arrebatara seu padrinho das garras do Ministério? E que criava uma ligação com a filha dele a quem vê como irmã? Mas agora, aos treze anos, as minhas desculpas estavam se esgotando. Você poderia ser jovem, mas provara que era excepcional. Minha consciência se inquietou, Harry. Eu sabia que em breve a hora teria de chegar… a de Rox também.

  “E foi o que aconteceu… no quarto ano de vocês. Quando Rox foi torturada por Bartô Crouch Jr. eu me recordei novamente da Profecia, e percebi que era você, sempre foi, e possivelmente não teríamos para onde fugir, você precisava saber a verdade, mesmo que seus pais se negassem, mesmo com Molly e Arthur tendo te criado como um garoto, só para negarem a si mesmos que você não é ‘àquela menina’, eles não podiam cortar o destino, não podiam mudar quem você é no interior, mesmo que modificassem o seu exterior. Não adiantava nada do que eles fizeram, aquilo só serviu para lhe causar um trauma de infância.

   Eu olhei com indagação para o Prof. Dumbledore, minha mente trabalhando a mil pra hora enquanto eu tentava entender. Tentava raciocinar o que deveria ter de tão grave na Profecia para meus pais terem me tratado daquela forma por anos. O que fora o causador dos meus traumas?

— Mas eu não podia. — Disse Dumbledore — Você acabara de enfrentar mais um trauma, Rox, de sentir a pior dor que alguém poderia sentir, e Harry acabara de sair do labirinto, depois de presenciar Cedric Diggory morrer… — Eu olhei para Ced na mesma hora e ele abriu um sorriso vago —  depois dele mesmo ter escapado da morte por um triz... e eu não lhes contei, a nenhum dos dois, embora soubesse que agora que Voldemort retornara, precisava fazer isso sem demora. Porém, com seus traumas, eu não quis piorar. Mas hoje à noite, sei que estão prontos há muito tempo para saber o que lhes escondi durante tanto tempo, porque você, Harry, provou que eu já deveria ter colocado essa carga sobre seus ombros e você, Rox, provou que é bem mais forte do que parece. Minha única defesa é que tenho observado vocês carregarem mais pesos do que qualquer outro estudante que já passou por esta escola, e esse ano estiveram pior do que sempre, não tive coragem, então, de acrescentar mais um: o maior de todos.”

   Eu e Harry esperamos, mas Dumbledore não falou.

— Ainda não consigo entender. — Falei

— Bartô Crouch Júnior, o falso Moody te torturou aleatoriamente, ele não lembrava, ou não sabia que com isso estaria fazendo com que seus dons, escondidos por anos, despertassem, te fazendo ser o que você já nasceu destinada a ser. — Disse Dumbledore — Ele só deveria ter conhecimento de uma parte mínima, mas não devia ter idéia que era realmente você a menina da Profecia, não tinhamos como ter idéia aliás.

  “Já, quanto a você, Harry, devo lhe dizer que Voldemort tentou matá-lo quando você era criança por causa dessa mesma profecia, que foi feita meses antes do nascimento de vocês. Ele sabia da existência dessa profecia, embora, como já mencionei, não conhecesse todo o seu conteúdo. Dispôs-se a matá-lo ainda bebê, Harry, acreditando que estava cumprindo os dizeres da profecia. Descobriu, à própria custa, que estava enganado, quando a maldição que ele lançara para matá-lo saiu pela culatra. Então, desde que recuperou o corpo, e particularmente desde a sua extraordinária fuga de suas mãos no ano passado, ele decidiu ouvir aquela profecia inteira. Com ela ele poderia ter idéia de como obter a Arma, embora não saiba que a Profecia não especifique isso.

— Que Arma, professor? — Perguntou Harry

— Está bem do seu lado.

   Harry olhou para o seu lado esquerdo, onde tinha uma mesinha com livros em cima, e depois olhou para mim, antes de voltar a procurar algo em cima dos livros.

— Rox é a Arma, Harry. — Disse Dumbledore fazendo Harry arregalar os olhos — A Feiticeira poderosa mencionada na Profecia, a Arma… é ela. — Então ele olhou diretamente pra mim que arregalei um pouco os olhos enquanto ele acrescentava suavemente: — Você é a Arma.

   Eu me remexi desconfortavelmente, embora já esperasse por isso.

— E por isso que Voldemort tem buscado a Profecia com tanta diligência desde o seu retorno, ele acredita que saberá mais sobre você e seus poderes se a ver, e sim, para poder obter o conhecimento de toda ela também.

  O sol acabara de nascer totalmente agora: o escritório de Dumbledore estava banhado em luz. A redoma de vidro em que a espada de Godric Gryffindor era guardada brilhava esbranquiçada e opaca, os cacos dos instrumentos que Harry atirara no chão refulgiam como gotas de chuva e, às minhas costas, a pequenina fênix chilreava em seu ninho de cinzas.

— A profecia quebrou. — Comentei confusa — Harry estava puxando Neville para cima naqueles degraus de pedra na... na sala onde fica o arco, as vestes dele se rasgaram e a profecia caiu…

— A coisa que quebrou foi apenas o registro da profecia guardada pelo Departamento de Mistérios. Mas ela foi feita para alguém, e essa pessoa tem meios de lembrá-la perfeitamente.

— Quem a ouviu? — Perguntou Harry, embora já conhecesse a resposta

— Eu. — Disse Dumbledore — Em uma noite fria e chuvosa, há quase dezessete anos, em uma sala do primeiro andar no Cabeça de Javali. Eu tinha ido lá para ver uma candidata ao cargo de professora de Adivinhação, embora fosse contra o meu pensamento que se continuasse a ensinar essa disciplina. A candidata, porém, era trineta de uma Vidente muito famosa, muito talentosa, e achei que tinha o dever de cortesia de conhecê-la. Fiquei desapontado. Pareceu-me que a moça não tinha o menor vestígio daquele talento. Disse-lhe, gentilmente, espero, que não a achava qualificada para o cargo. E me virei para sair.

   Dumbledore se levantou e passou por mim e Harry em direção ao armário preto que ficava ao lado do poleiro de Fawkes. Curvou-se, correu um trinco e apanhou dentro do armário uma bacia rasa de pedra, com runas gravadas na borda, que eu reconheci, mesmo sem nunca ter visto uma antes. O diretor voltou, colocou a Penseira em cima da escrivaninha e levou a varinha à têmpora. Dela, retirou fios sedosos, diáfanos e prateados de pensamentos e os depositou na bacia. Acomodou-se outra vez à escrivaninha e observou seus pensamentos rodopiarem flutuando na Penseira por um momento. Então, com um suspiro, ergueu a varinha e tocou, com a ponta, a substância prateada.

   Ergueu-se da Penseira uma figura envolta em xales, os olhos enormes por trás dos óculos que girou lentamente, os pés dentro da bacia. Mas quando Sibila Trelawney falou, não foi com sua voz normal, etérea e mística, mas em tom áspero e rouco.

  “Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver… aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...  Mas existe alguém... aquela que é a escolhida para salvar o Lorde das Trevas… nascida de seus servos mais leais, nascida em meados do quinto mês... ela será amiga daquele capaz de vencer o Lorde das Trevas, dele ela se aproximará, com intenções antes boas que se tornaram más... ela levará ao Lorde uma arma, uma poderosa arma que poderá o fazer vencer a guerra... aquela nascida de uma dupla gestação, nascida no início do terceiro mês... aquela com o dom de ver o futuro e falar com os mortos... ela é a arma... arma que a escondida levará, a arma que poderá causar a vitória ou a destruição do Lorde das Trevas... aquela com o dom de falar com os mortos despertará, com um feitiço de tortura sua mente acordará…”

   A Profa. Trelawney girando lentamente tornou a afundar no líquido prateado e desapareceu.

   O silêncio no escritório era absoluto. Nem eu, nem, Dumbledore nem Harry, nem nenhum dos quadros, e muito menos Cedric fazíamos o menor som. Até Fawkes silenciara.

   Eu pisquei os olhos para o nada por alguns segundos, a compreensão tomando conta de mim. Por isso alguns Comensais me chamaram de demônio, eles não sabem dos outros poderes.

— Prof. Dumbledore? — Disse Harry baixinho, porque o diretor, ainda contemplando a Penseira, parecia completamente absorto em pensamentos — ... Isso... isso significava... que significava isso?

— Significava que a pessoa que tem a única chance de vencer Lorde Voldemort para sempre nasceu no fim de julho, há quase dezesseis anos. Este menino nasceria de pais que já haviam desafiado Voldemort três vezes. Enquanto a arma, seria uma garota de gestação de gêmeos, nascida no começo do terceiro mês, que a partir de uma maldição de tortura seria submetida a falar com os mortos e ver o futuro, embora a Profecia não especifique o motivo pra isso.

   Senti como se alguma coisa se fechasse sobre mim. Minha respiração parecia outra vez penosa.

— Significa... eu — Começou Harry, incerto — e Rox? Nós?

   Dumbledore respirou profundamente.

— A Profecia não especifica isso, mas você é uma Médiumaga desde que nasceu, Rox. — Disse Dumbledore me fazer erguer uma sobrancelha — Oh, sim, embora esses dons, que sua mãe ver como maldição, possa ficar adormecido pela vida toda, exclusivamente quando a feiticeira que o possuí dividiu a placenta, ou seja, ela nasça de uma gravidez de gêmeos univitelinos ou mesmo bivitelinos, como você. Isso fez com que todos os seus poderes adormecessem, e somente um trauma terrível poderia despertá-lo.

  “A Maldição Cruciatus é conhecida por não mexer apenas com dor física e sim psicológica, ao você ser submetida a ela, seus poderes despertaram, isso dá a sensação de que a maldição lhe trouxe poderes, mas não, ela só os acordou.”

— Ficariam adormecido pra sempre se eu nunca tivesse sido torturada? — Perguntei em voz baixa

— Certamente que sim, embora, já estava profetizado antes que você nascesse, que isso aconteceria, embora na Profecia só seja mencionado dois dos seus dons, e eu sei que você consegue muito mais.

   Ele respirou fundo e olhou para Harry.

— Mas respondendo sua pergunta, Harry. — Disse ele mansamente — O estranho, é que talvez nem significasse você. A profecia de Sibila poderia se aplicar a dois meninos bruxos, ambos nascidos no mês de julho daquele ano, os dois com pais na Ordem da Fênix, os pais de ambos tendo escapado por um triz de Voldemort três vezes. Um, é claro, era você. O outro era Neville Longbottom.

— Mas então... então, por que era o meu nome e não o de Neville que estava na profecia?

— O registro oficial foi rotulado de novo depois que Voldemort o atacou na infância. O nome de Rox sempre esteve lá, porque não havia registro de nenhuma outra menina de gestação de gêmeos no mês de março, mesmo que Molly se negasse a aceitar isso, e Sol Lestrange também era a única bebê do meio de maio, filha de Comensais da Morte, por isso o nome delas foram rotulados junto com o seu. Pareceu claro para o encarregado da Sala da Profecia que Voldemort só poderia ter tentado matá-lo porque sabia que você era aquele a quem Sibila se referia.

— Então... talvez não fosse eu?

— Receio — Disse Dumbledore lentamente, como se cada palavra lhe custasse um grande esforço — não haver dúvidas de que seja você.

— Mas o senhor disse... Neville nasceu no fim de julho também... e a mãe e o pai dele…

— Você está se esquecendo do resto da profecia, do sinal que identifica o menino capaz de vencer Voldemort... o próprio Voldemort o marcaria como seu igual. E ele fez isso, Harry. Ele escolheu você, e não Neville. Marcou-o com essa cicatriz que tem provado ser uma bênção e uma maldição.

— Mas ele pode ter escolhido errado! Pode ter marcado a pessoa errada!

— Ele escolheu o menino que considerou ter maior probabilidade de lhe oferecer perigo. E repare, Harry: ele não escolheu o Sangue puro (que, de acordo com o credo dele, é o único tipo de bruxo que vale a pena ser ou conhecer), mas o mestiço, como ele próprio. Viu-se em você antes mesmo de ter visto você, e, ao marcá-lo com essa cicatriz, ele não o matou conforme pretendia, mas lhe concedeu poderes e um futuro, que o equiparam para escapar dele, não uma mas quatro vezes até o momento… algo que nem os seus pais nem os de Neville jamais conseguiram.

— Por que ele fez isso então? — Perguntou Harry, que se sentia entorpecido e gelado — Por que tentou me matar ainda bebê? Ele deveria ter esperado para ver se Neville ou eu parecíamos mais perigosos quando estivéssemos mais velhos e tentado matar quem fosse então…

   Eu me remexi no assento, atenta, mas atordoada com mil pensamentos.

— Este teria sido, de fato, o caminho mais prático, exceto que a informação que Voldemort tinha sobre a profecia estava incompleta. O Cabeça de Javali, que Sibila escolheu por ser mais barato, há muito tempo atrai, digamos, uma clientela mais interessante do que o Três Vassouras. Como vocês e seus amigos descobriram às próprias custas, e eu à minha, àquela noite, é um lugar em que jamais é seguro supor que ninguém está nos ouvindo. Naturalmente, eu nem sonhava, quando saí para me encontrar com Sibila Trelawney, que fosse ouvir alguma coisa que valesse a pena. Minha... nossa… única sorte foi que a pessoa que nos ouvia, além de ser meio surdo, foi descoberto logo e expulso do prédio.

— Meio surdo? — Perguntei franzindo a testa

— Então — Disse Harry — só ouviu...?

— Ele só ouviu partes soltas, a parte que predizia o nascimento de um menino em julho, cujos pais haviam desafiado Voldemort três vezes e então sobre uma escolhida, nascida no meio de maio e filha de seus servos mais leais, que deveria entregar a ele uma arma, uma garota que podia falar com os mortos, era nascida de gêmeos no terceiro mês. As outras partes da Profecia foram esquecidas na cabeça dele. Em consequência, ele não pôde avisar ao seu senhor que atacá-lo, Harry, seria correr o risco de transferir poderes para você e marcá-lo como seu igual, e mesmo, que a arma também pode ver o futuro e causar a destruição ou salvação dele próprio. Então Voldemort nunca soube que poderia ser perigoso atacar a você, Harry, que poderia ser mais sensato esperar, saber mais. Ele não sabia que você teria o poder que o Lorde das Trevas desconhece…

— Mas eu não tenho — Protestou Harry com a voz estrangulada, enquanto eu tentava raciocinar o que Dumbledore falara sobre “Salvação” e “Destruição” — Não tenho nenhum poder que o lorde não tenha, eu não poderia lutar como ele lutou esta noite, não sou capaz de possuir pessoas nem... nem matá-las…

— Há uma sala no Departamento de Mistérios — Interrompeu-o Dumbledore — que está sempre trancada. Contém uma força mais maravilhosa e mais terrível do que a morte, do que a inteligência humana, do que as forças da natureza. E talvez seja também o mais misterioso dos muitos objetos de estudo que são guardados lá. É o poder guardado naquela sala que você possui em grande quantidade, e que Voldemort não possui. Esse poder o levou a tentar salvar Sirius hoje à noite. Esse poder também o salvou de ser possuído por Voldemort, porque ele não poderia suportar residir em um corpo tomado por uma força que ele detesta. No fim, não teve importância que você não pudesse fechar sua mente. Foi o seu coração que o salvou.

   Harry fechou os olhos, parecia está pensando em Sirius novamente. Eu olhei para Cedric, amedrontada, depois fitei a parede, sem nem ao menos virar-me para Dumbledore, perguntei:

— O que ela quis dizer com… — Suspirei e abaixei meu olhar para o chão — causar a vitória ou destruição…?

— Que dependendo do lado que você lute, você poderá decidir o rumo da guerra. — Disse Dumbledore — Por isso Molly via a Profecia como maldição e se negava a pensar que você poderia ser a arma. Ela não queria… não quer esse destino pra você, achava que te tratando diferente, impediria que você seguisse seu destino, mas como bem notamos não é assim que as coisas funcionam.

   Eu olhava vidrada para Dumbledore, como minha mãe poderia achar que me privando de coisas de garota me faria deixar de ser uma menina e me impediria do meu destino?

— … E foi por isso que Molly sempre teve um cuidado com suas amizades, sempre teve medo que você recaísse ao lado… ruim.

   Sem querer, acabei me lembrando do primeiro ano, quando minha mãe me pediu que eu não fizesse amizade com o pessoal da Slytherin, ela tem medo que eu vire uma vilã… como pode achar isso de mim? E como pode ser tão preconceituosa a ponto de achar que todos os Slytherins são maus?

   Levantei o olhar pra Dumbledore, abri a boca pra falar, mas me calei, pensativa, e me remexendo mais uma vez na cadeira, pensando como a vida teria sido diferente se meus pais nunca tivessem tomado parte que eu poderia ser uma dos mencionados na Profecia.

  Harry suspirou e falou:

— Em uma parte da profecia... falava... nenhum poderá viver…

—  ... enquanto o outro sobreviver... — Completou Dumbledore

— Então. — Disse Harry, retirando do peito as palavras do que lhe parecia um poço de profundo desespero — Então isso significa que… que um de nós terá de matar o outro... no fim?

— Sim.

   Durante muito tempo, nenhum de nós três falamos, nem Cedric dera um pio. Em algum lugar muito distante das paredes do escritório, eu ouvi o som de vozes, de estudantes descendo para o Salão Principal para tomar café cedo, talvez. Parecia impossível que houvesse gente no mundo que ainda desejasse comer, que risse, que não soubesse nem ligasse pra nada do que acontecera hoje, e nem para o que eu e Harry acabamos de descobrir.

— Sinto que lhe devo mais uma explicação, Harry. — Disse Dumbledore hesitante — Você talvez tenha se perguntado por que nunca o escolhi para monitor? Devo confessar... que preferi... você já tinha responsabilidade suficiente. Quanto a Rox, pensei que você precisava de um pouco de alegria nesse ano.

  Eu e Harry erguemos a cabeça, no mesmo momento, para ele e vi uma lágrima escorrer pelo rosto de Dumbledore e desaparecer em suas longas barbas prateadas.

   Hello bruxinhoooos

   Finalmente veio a explicação da Profecia, estamos em um momento delicado da história e o próximo ano é fogo kkkkkk. Mas sei que vocês já estão preparados e todos de paraquedas, então menos mal kkkk.

   Tô atrasadinha nos novos capítulos de Relíquias da Morte, pois tô enrolada com a faculdade, roteiros, ensaios, trabalhos, provas kkkk, muita coisa por agora que é fim de semestre... E que ninguém pense que estudante de Artes cênicas não faz nada, porque é bocada kkkkk. Bom... saio de “férias” no fim de junho e só volto em Agosto pro 2° período da facul, então vou está mais livre nesse período pra conseguir voltar a escrever Relíquias... Modéstia a parte, tá muito bommmmm kkkkk, cena tensa do caramba, mas muito bommmmm

    Nos vemos sexta-feira bruxinhos. Antepenúltimo capítulo de Ordem da Fênix.

  – Bjosss da tia Nick.

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