57 | From Bad to Worse
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57. De Mal a Pior
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O que Cornélio não vê,
Cornélio não sente
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O Prof. Tofty ajudou Harry e o tirou do Salão Principal, enquanto a Profa. Marchbanks insistia que todos os demais voltassem a atenção aos seus exames. Foi com muito esforço que tentei me concentrar nas questões que faltavam, já que estava muito preocupada com Harry.
A sineta finalmente tocou, e eu saí às pressas do Salão Principal, Rony e Hermione me alcançaram com a mesma sensação de assombro no rosto, ambos preocupados com Harry.
— O que acham que aconteceu? —Perguntou Rony, nervoso
— Algo com a cicatriz, ele estava apertando ela, vocês viram ? — Fez Hermione
— Meu Merlim, onde será que ele foi? — Perguntei receosa, olhando para os lados
Então percebi quando uma figura branca de cabelos ondulados e louros se aproximou, seus olhos azuis arregalados, ela estava mais pálida que o normal, estava quase tão branca quanto Draco.
— Lav, você está bem? — Perguntei, preocupa
— Ele viu. — Ela falou em voz etérea, Harry e a Hermione a olharam sem entender, e ela se aproximou meio sussurrando — Sirius Black, ele viu Voldemort torturando Sirius Black.
— O Harry? — Me surpreendi
— Sim.
— Quê!? — Hermione a olhou, incrédula — Como você pode saber disso?
— Afinal, é normal ele ver essas coisas? — A loura pareceu nervosa — Foi tão real, parecia que estava realmente acontecendo. Não seria melhor vermos se ele está bem?
E se aproximou das escadas de mármore para começar a subir.
— Como você sabe o que o Harry viu? —Hermione tornou a perguntar
Lavender se virou.
— Eu sou Legilimente. — Falou simplesmente — E estava sentada atrás dele, ele estava agitado, e eu não escolho a mente que leio, simplesmente acontece quando as pessoas extravasam de emoções… então eu vi tudo que ele viu, simplesmente.
— Uau. — Fez Rony, os olhos arregalados
— Vamos procurar ele, logo. —Apressei-os, e nós quatro corremos em subir as escadas, empurrando os estudantes para os lados, surdos aos seus protestos indignados.
Já estávamos no alto da escadaria de mármore quando vimos Harry que vinha apressado em nossa direção.
— Harry! — Chamou Hermione na mesma hora, muito assustada — Que aconteceu? Você está bem? Está doente?
— Onde você esteve? — Quis saber Rony
— Você viu mesmo!? — Perguntou Lavender, ainda parecendo abalada com o que vira
— Que aconteceu, Harry? — Perguntei por minha vez
— Venham comigo. — Disse Harry muito agitado — Depressa, tenho de falar uma coisa para vocês.
Ele nos levou para o corredor do primeiro andar, espiando pelos portais, e finalmente encontrou uma sala de aula vazia em que mergulhou, fechando a porta logo que eu, Rony, Lavender e Hermione entramos, e se apoiou na porta para nos encarar.
— Então, você viu mesmo V-voldemort? Voldemort torturar Sirius Black? — Perguntou Lavender e Harry arregalou os olhos
— Como você sabe?
— Espera, você viu isso mesmo, Harry!? — Exclamou Hermione
— Sim. Você também viu isso, Rox? — Ele olhou pra mim
— Não, a Lavender é Legilimente. — Expliquei — Mas você viu isso mesmo? Voldemort está com o Sirius?
— Sim. Eu vi agorinha. Quando adormeci no exame.
— Mas... onde? Como? — Perguntou Hermione, cujo rosto estava branco
— Não sei como. — Falou Harry — Mas sei exatamente onde. Tem uma sala no Departamento de Mistérios cheia de estantes com pequenas esferas de vidro, e eles estão no fim do corredor noventa e sete... ele está tentando usar Sirius para apanhar alguma coisa que quer lá de dentro... está torturando ele... diz que quando terminar vai matá-lo!
A voz de Harry estava trêmula, como seus joelhos. Foi até uma carteira e se sentou, tentando se controlar.
— Como é que vamos chegar lá? — Perguntou para nós
Fez-se um momento de silêncio, eu olhei pra Lavender, que continuava pálida, olhando para as próprias mãos, como se horrorizada por ter presenciado alguém ser torturada. Então Rony perguntou:
— Ch-chegar lá?
— Chegar ao Departamento de Mistérios para poder salvar Sirius! — Disse Harry em voz alta
— Mas... Harry… — Disse Rony com a voz fraca
— Quê? Quê? — Exclamou Harry
Eu não sabia o que pensar.
— Harry. — Disse Hermione com a voz muito assustada — Ah... como... como foi que Voldemort entrou no Ministério da Magia sem ninguém perceber a presença dele?
— Como é que eu vou saber? — Urrou Harry — A questão é como nós vamos entrar lá!
— M-meu pai… — Falou Lavender, ainda meio nervosa — trabalha no Departamento de Mistérios, Christopher Brown, sabem? Eu posso ir com vocês? Gostaria de ajudar.
— Bom, sendo assim, claro. — Concordou Harry, meio impaciente, mas feliz com a ajuda
— Mas... Harry, pense. — Disse Hermione, chegando mais perto dele — São cinco horas da tarde... o Ministério da Magia deve estar cheio de funcionários... como é que Voldemort e Sirius entraram lá sem serem vistos? Harry... eles são provavelmente os dois bruxos mais procurados do mundo... você acha que poderiam entrar em um prédio cheio de Aurores sem ninguém perceber?
— Eu não sei, Voldemort usou uma Capa da Invisibilidade ou qualquer outra coisa! — Gritou Harry — De qualquer maneira, o Departamento de Mistérios sempre esteve completamente vazio nas vezes que estive…
— Você nunca esteve lá, Harry. — Disse Hermione com a voz calma — Você sonhou com aquele lugar, foi só.
— Não são sonhos normais! — Gritou Harry para ela, se levantando e por sua vez se aproximando mais dela — Como é que você explica, então, o pai dos gêmeos, o que foi aquilo, como é que eu soube o que tinha acontecido a ele?
— Ele tem razão. — Disse Rony baixinho, olhando para Hermione
— Realmente não são sonhos normais, Hermione. — Comentei
— Mas isto é simplesmente... simplesmente tão improvável! — Disse Hermione, desesperada — Harry, como é que Voldemort poderia ter pegado Sirius se ele tem ficado o tempo todo no largo Grimmauld?
— Sirius pode ter pirado e tido vontade de tomar um ar fresco. — Disse Rony, parecendo preocupado
— O que seria bem do feitio dele. — Completei — Está desesperado para sair daquela casa há séculos…
— Mas por que — Insistiu Hermione — Voldemort iria querer usar Sirius para apanhar a arma, ou seja lá o que for a tal coisa?
— A Arma? — Lavender meio que arregalou seus olhos novamente
— Fica quieta! Você age como se soubesse de tudo, mas não sabe da arma, ótimo não precisamos de sua ajuda! — Disse Hermione olhando para minha amiga que ergueu uma sobrancelha
— Mas a Arma não está no Dep… — Lav começara, mas foi cortada
— Não importa. Pode haver um monte de razões! — Berrou Harry — Vai ver Sirius é só alguém que Voldemort não se importa de ferir…
— Sabe de uma coisa, acabou de me ocorrer. — Disse Rony aos sussurros — O irmão de Sirius não era um Comensal da Morte? Talvez tenha contado a Sirius o segredo para conseguir a arma!
Nesse momento eu ergui as sobrancelhas. Era uma possibilidade, mas não acreditava que fosse isso.
— É... e é por isso que Dumbledore tem insistido tanto em manter o Sirius trancado o tempo todo! — Disse Harry
— Olhem, sinto muito. — Disse Hermione — Mas nenhum de vocês dois está fazendo sentido, e não temos provas de nada disso, nem mesmo uma prova de que Voldemort e Sirius estejam lá…
— Hermione, Harry viu os dois! — Disse Rony, se voltando para ela — E a Lav também viu!
Hermione olhou para Lavender como se não acreditasse nela, talvez fosse porque minha amiga gostava muito de adivinhação, ou não sei.
— O.k. — Cedeu Hermione, parecendo assustada, mas decidida — Mas tenho que lhe dizer uma coisa…
— O quê?
— Você... e isto não é uma crítica, Harry! Mas você tem... meio que... quero dizer... você não acha que tem um pouco a... a... mania de salvar as pessoas?
Harry lançou a Hermione um olhar feroz.
— E o que quer dizer com “mania de salvar as pessoas”?
— Bom... você... — Ela parecia mais apreensiva que nunca — Quero dizer... no ano passado, por exemplo... no lago... durante o Torneio... você não devia... quero dizer, você não precisava salvar a menininha Delacour… você se... se empolgou um pouco…
Vi o rosto de Harry se contorcer de raiva, e uma onda de fúria parecia invadir o seu corpo.
— Quero dizer, foi realmente legal de sua parte e tudo. — Acrescentou Hermione depressa, parecendo positivamente petrificada com a expressão mortal no rosto de Harry — Todos acharam que foi um gesto maravilhoso…
— Que engraçado. — Disse Harry com a voz trêmula — Porque me lembro com certeza de ter ouvido os gêmeos, e quando falo de gêmeos, estou falando desses dois — E apontou pra mim e Rony — dizerem que perdi tempo bancando o herói... é isso que você acha que é? Você supõe que eu queira agir como herói outra vez?
— Não, não, não! — Disse Hermione, estupefata — Eu não quis dizer nada disso!
— Bom, então desembucha logo o que você quer dizer, porque estamos perdendo tempo aqui! — Gritou Harry
— Estou tentando dizer: Voldemort conhece você, Harry! Ele levou Ginny para a Câmara Secreta para atraí-lo, é o tipo de coisa que ele faz, ele sabe que você é... uma pessoa que iria em socorro de Sirius! E se agora estiver só tentando atrair você ao Departamento de Mist...?
— Hermione, não faz diferença se ele fez isso para me atrair ou não, levaram McGonagall para o St. Mungus, não restou ninguém da Ordem em Hogwarts a quem a gente possa contar nada, e se não formos, Sirius morre!
— Tem a Prof. Misttigan. — Lembrei
— Sienna, isso. — O rosto de Hermione brilhara — Podemos falar com ela…
Mas Harry continuava sério.
— Ela não está no castelo também, não tem aulas hoje, e parece que teve um problema pra resolver… eu não sei! Sei que ela não vai está em Hogwarts, não tem ninguém da Ordem aqui!
— Mas, Harry... e se o seu sonho foi... foi apenas isso: um sonho? — Falou Hermione, incerta
Harry deixou escapar um urro de frustração. Hermione chegou a recuar para longe, assustada.
— Você não está entendendo! — Gritou Harry para ela — Não estou tendo pesadelos, não estou apenas sonhando! Para que você acha que foi toda aquela Oclumência, por que você acha que Dumbledore queria me impedir de ver essas coisas? Porque elas são REAIS, Hermione: Sirius caiu em uma armadilha, eu vi. Voldemort o pegou, e mais ninguém sabe disso, o que significa que somos os únicos que podemos salvá-lo, e se você não quiser me acompanhar, ótimo, mas eu vou, entendeu? E se me lembro corretamente, você não fez nenhuma objeção à minha mania de salvar pessoas quando eu estava salvando você dos Dementadores ou — E se virou para mim e Rony — quando eu estava salvando a irmã de vocês do basilisco…
— Eu nunca disse que fazia objeção! — Replicou Rony, indignado
— Muito menos eu! — Completei cruzando os braços
— Mas, Harry, você acabou de dizer. — Lembrou Hermione, zangada —Dumbledore queria que você aprendesse a fechar sua mente a essas visões, e se você tivesse aprendido Oclumência direito nunca teria visto nada.
— SE VOCÊ ACHA QUE EU VOU AGIR COMO SE NÃO TIVESSE VISTO…
— Sirius lhe disse que não havia nada mais importante do que aprender a fechar sua mente!
— BOM, ACHO QUE ELE DIRIA OUTRA COISA SE SOUBESSE O QUE ACABEI DE…
A porta da sala de aula se abriu. Eu, Rony, Harry, Lavender e Hermione se viramos depressa. Ginny entrou, curiosa, acompanhada por Luna que, como sempre, parecia que fora parar ali por acaso. Vega entrou logo depois, parecendo meio intrigada.
— Oi. — Disse Ginny, insegura —Reconhecemos a voz de Harry. Por que é que você está gritando?
— Não é da sua conta. — Respondeu Harry grosseiramente.
Ginny ergueu as sobrancelhas.
— Não precisa usar esse tom de voz comigo. — Disse tranquila — Eu só pensei que talvez pudesse ajudar.
— Pois não pode. — Respondeu ele secamente
— Que é isso, Harry Potter!? —Esbravejou Vega, franzindo a testa
— Você está sendo muito grosseiro, sabe? — Disse Luna com serenidade
Harry disse um palavrão e deu as costas.
— Espere. — Disse Hermione de repente — Espere... Harry, elas podem ajudar.
Eu, Rony e Harry olhamos para Hermione. Lavender havia se sentado em cima de uma mesa e olhava a janela.
— Escute. — Disse Hermione com urgência — Harry, precisamos determinar se Sirius realmente deixou a sede.
— Meu pai!? — Exclamou Vega — Alguém pode me explicar que diabretes tá acontecendo?
— Voldemort está com Sirius, está o torturando! — Disse Harry muito sério
— O quê!? — A garota gritou, sem captar as palavras
Hermione explicou por cima, para ela, tudo o quanto tinha acontecido.
— Mas, como eu ia dizendo Harry! — Ela voltou a o olhar — Estou lhe suplicando, por favor! — Insistiu Hermione, desesperada — Por favor, vamos verificar se Sirius está em casa antes de sair correndo para Londres. Se descobrirmos que ele não está lá, então juro que não vou tentar impedir você. Vou junto, f-farei o que for preciso para tentar salvá-lo.
— Sirius está sendo torturado AGORA! — Gritou Harry, Vega olhava tudo horrorizada — Não temos tempo a perder.
— Mas, se isso for um truque de Voldemort, Harry, precisamos verificar, simplesmente precisamos.
— Como? — Quis saber Vega, a voz ligeiramente trêmula — Como é que vamos verificar?
— Teremos de usar a lareira da Umbridge e ver se conseguimos falar com ele. — Disse Hermione, que agora parecia decididamente aterrorizada com sua ideia — Vamos afastar Umbridge da sala outra vez, precisaremos de vigias, e é aí que podemos usar você, Ginny e Luna.
— Mas eu quero falar com o meu pai! — Insistiu a garota — Preciso lembrar que sou filha dele!?
— Eu vigio com Ginny e Luna. — Se prontificou Lavender se levantando — Tudo bem, meninas?
— Sim, nós faremos. — Embora fosse visível que Ginny se esforçava para entender o que estava acontecendo, ela concordou imediatamente
— Quando você diz “Sirius”, você está se referindo ao Toquinho Boardman? — Disse Luna
Ninguém lhe respondeu.
— O.k. — Disse Harry agressivamente a Hermione — O.k., se você puder pensar em um jeito de fazer isso rápido, estou com você, do contrário estou indo para o Departamento de Mistérios agora mesmo. Você vem comigo, Vega?
— Claro. — Disse a menina
— O Departamento de Mistérios? — Perguntou Luna, parecendo ligeiramente surpresa — Mas como é que você vai chegar lá?
De novo, Harry a ignorou.
— Certo. — Disse Hermione, torcendo as mãos e andando para cima e para baixo entre as carteiras — Certo... bom... um de nós tem de ir procurar a Umbridge e despachá-la na direção oposta, para mantê-la afastada da sala dela. Podiam dizer... sei lá... que Pirraça está fazendo alguma barbaridade como sempre…
— Farei isso. — Disse Rony na mesma hora
— Faremos. — Completei, ele me olhou e me deu um sorriso cúmplice — Sim, diremos que Pirraça está destruindo o departamento de Transfiguração ou outra coisa qualquer que fique a quilômetros do escritório dela.
— Pensando bem, poderíamos provavelmente convencer Pirraça a fazer isso se o encontrarmos pelo caminho.
Foi um sinal da gravidade da situação que Hermione não fizesse objeções a destruir o departamento de Transfiguração.
— O.k. — Disse a garota, a testa enrugada, enquanto continuava a andar para lá e para cá — Agora precisamos afastar imediatamente os estudantes da sala da Umbridge enquanto forçamos a entrada, ou algum aluno da Slytherin vai acabar informando a ela.
— Luna e eu podemos ficar uma em cada ponta do corredor. — Disse Ginny prontamente — E avisar às pessoas para não descerem até lá porque alguém soltou uma carga de Gás Garroteante. — Hermione pareceu surpresa com a rapidez com que Gina inventara essa mentira; a garota encolheu os ombros e disse: — Fred e George estavam planejando fazer isso antes de ir embora.
— Bom, eu vou tentar afastar os alunos da Slytherin, tenho facilidade pra conversar com eles. — Disse Lavender
— O.k. — Concordou Hermione — Bom, então, Harry, você, Vega e eu vamos usar a Capa da Invisibilidade e entrar na sala da Umbridge, e vocês dois podem falar com o Sirius.
— Ele não está lá, Hermione!
— Quero dizer, vocês podem... podem verificar se Sirius está ou não em casa enquanto eu vigio, acho que vocês não deviam ficar na sala sozinhos. Lee já provou que a janela é um ponto fraco, mandando aqueles pelúcios por lá.
Mesmo em sua raiva e impaciência, Harry reconheceu no oferecimento de Hermione para acompanhá-lo à sala da Umbridge um sinal de solidariedade e lealdade.
— Eu... o.k., obrigado. — Murmurou
— Certo, bom, mesmo se fizermos tudo isso, acho que não vamos poder contar com mais de cinco minutos. — Disse Hermione, com um ar de alívio ao ver que Harry parecia ter aceitado o plano — Não com o Filch e a maldita Brigada Inquisitorial soltos pelos corredores.
— Cinco minutos serão suficientes. — Disse Harry — Vamos andando, então…
— Agora?! — Exclamou Hermione, parecendo chocada
— Claro que é agora! — Disse Vega, zangada — O meu pai está sendo torturado, Hermione! Que é que você pensou, que íamos esperar até depois do jantar ou outra hora qualquer?
— Eu... ah, tudo bem. — Disse a garota, desesperada — Vai apanhar a Capa da Invisibilidade, Harry, e encontraremos você no fim do corredor da Umbridge, o.k.?
Harry não respondeu, precipitou-se para fora da sala e sumiu na busca da Capa.
— Você não poderia tentar ver nada? — Hermione olhou para mim — Nenhum dos mortos podem ver se o Sirius está mesmo no Largo Grimmauld?
— Poderiam… — Falei me levantando — Mas me deram um descanso pra eu poder me concentrar nos exames, então não estão aqui.
— Por que não convoca eles? — Lavender me olhou
— Porque eu não sei! — Respondi como se fosse óbvio e saí da sala, os demais me seguiram
Dois minutinhos depois Harry nos alcançou, já agrupados no fim do corredor da Umbridge. Nesse meio tempo, Hermione já tinha combinado conosco um sinal, se vissemos Umbridge se aproximar. E era um coro em altas vozes de “Weaaley é nosso rei”.
— Estão comigo. — Ofegou Harry — Prontos para ir, então?
— Vamos. — Cochichou Hermione, quando passava uma turma de sextanistas barulhentos — Então Rony, Rox... vocês dois vão despistar a Umbridge... Ginny, Lavender e Luna, podem começar a tirar as pessoas do corredor… Harry, Vega e eu vamos pôr a Capa da Invisibilidade e esperar até a barra ficar limpa…
Eu e Rony nos entreolharmos e logo andamos, se afastando, nossos cabelos muito ruivos e flamejantes vivídos a balançar com o vento. Enquanto isso, Ginny, Lav e Luna se importavam em fazer seus trabalhos.
Mal tínhamos descido para o segundo andar quando avistamos Umbridge, que não parecia com um humor muito legal, caminhando até algum lugar.
— Professora. — Rony foi o primeiro a chamar
— Hey, professora!? — Chamei outra vez
— Professora Umbridge?
A professora se virou, não muito feliz em ver quem a chamava e nos olhou, como se dissesse com a cara “Eu odeio vocês”.
— Professora, acabamos de presenciar uma coisa horrível, viemos te avisar imediatamente. — Comecei a falar
— Sim, Profa. Umbridge, Pirraça, o poltergeist está destruindo o Departamento de Transfiguração, causando um completo caos.
Ela meio que franziu a testa, incrédula.
— Pirraça? No departamento de Transfiguração?
— Sim, professora. Está uma zona, seria melhor a senhora ir lá urgentemente antes que ele destrua tudo, professora.
— Hum… — E ela deu um risinho irritante — Imagino que seja mesmo importante que eu vá lá agora, não?
Eu e Rony nos entreolhamos antes de voltar a olhar pra ela, e respondemos juntos:
— Sim.
— Oh, claro. — E ela começou a andar no sentido oposto, nos forçando a seguir-la
— Professora? O Departamento de Transfiguração fica no andar de baixo. — Lembrei, meio incerta e ficando nervosa
— Eu sei, Weasley. Mas creio que preciso pegar minha bolsa primeiro antes de ir me certificar do problema que Pirraça causou.
Eu e Rony sentimos o nervosismo crescer.
— Não, professora. — Disse Rony, meio abobalhado — É melhor a senhora ir agora, depressa.
Ela parou e se virou, olhando nitidamente para mim e Rony, e então para algo atrás de nós, que não tivemos vontade de olhar.
— Agora, não é? — E deu aquele sorriso horrível novamente — Grimmett, Warrignton, peguem eles!
Eu e Rony nem tivemos tempo de reagir, quando vi dois braços já tinham me agarrado com força e senti meus pés quase deixarem o chão, a medida que a pessoa tentava me segurar, mesmo sendo bem mais alta, e achou melhor me levantar do que se abaixar. Vi que quem prendera Rony fora Warrignton, então obviamente Nicholas Grimmett era o responsável por apertar meus braços.
— Amordacem eles e peguem as varinhas, vamos e tragam-os à minha sala imediatamente! — Ordenou Umbridge e se virou começando a caminhar para a escadaria de mármore — Vou indo na frente.
Nicholas Grimmett tentara colocar algo na minha boca, mas eu mordi sua mão, fazendo-o resmungar um “Ai” e logo depois dá um forte tapa na minha cara.
— O Draco vai te matar. — Escutei Warrignton sibilar para Grimmett, com uma risada, enquanto pegava a varinha de Rony e forçava uma mordaça em sua boca
— Isso se ele souber. Eu não conto se você não contar. — Devolveu Grimmett e colocou um tecido na minha boca fazendo-me se calar, mas eu me mexia furiosamente tentando o chutar e esmurrar Warrignton assim que percebi que o nariz de Rony o sangrava — Quietinha, garota, quietinha!
Senti a mão dele descer pela minha roupa a procura da minha varinha e meu ódio cresceu, se eu ao menos soubesse usar um dos meus poderes, além da ilusão, eu faria esse menino queimar no fogo do inferno, só por me tocar.
— Achei. — Ele finalmente pegou minha varinha, mas continuou apertando meus braços, enquanto me empurrava pra frente
Rony estava agitado tentando se soltar de Warrington pra me ajudar e eu querendo me soltar de Grimmett para o ajudar. Não fiquei quieta um único minuto, me remexendo o máximo que podia pra fazer o brutamonte me largar, e assim chegamos até o andar de cima.
Então vi, Umbridge já deveria ter entrado em sua sala, e os demais da Brigada Inquisitorial se preocupavam em pegar a Ginny, Luna e Lavender. Vi quando Tracey Davis, Daphne Greengrass e Gregório Goyle as pegaram a força, forçando-as a entrar na sala, logo depois de apanharem suas varinhas e as amordaçarem, Neville ainda tentou ajudar Ginny, mas acabou preso por Crabbe que forçou a gravata no pescoço do garoto, de modo que vi a hora dele acabar sufocado.
— Apanhei todos. — Disse um feliz Warrington, ao empurrar Rony com violência para dentro da sala, Grimmett fez o mesmo comigo. — Aquele ali — E indicou Neville com um dedo grosso — tentou me impedir de apanhar essa outra — e indicou Ginny, que tentava chutar as canelas de Tracey Davis que a prendia — então trouxe-o também.
Soltei um resmungo e passei o olhar pela sala. Harry estava encostado na escrivaninha, com Umbridge a sua frente, parecendo que o interrogava; Hermione manietada na parede por Emília Bulstrode, já Vega era segurada por Pansy Parkinson, e soltava vários muxoxos tentando se soltar. Então meus olhos encontraram os cinza dele. Draco Malfoy estava encostado no parapeito da janela, seu sorriso morreu ao me ver, e ele parou de brincar de atirar uma varinha, que reconheci ser a de Harry, no ar com uma das mãos. Seus olhos se demoraram em Grimmett e na forma que o garoto apertava meus braços, e eu me remexia irritada.
— Ótimo, ótimo. — Aprovou Umbridge, observando a resistência de Ginny e depois olhando para mim — Bom, parece que em breve Hogwarts será uma zona livre dos Weasley, não?
Parkinson soltou uma risada alta de puxa-saco. Umbridge lançou à minha irmã um sorriso largo e indulgente, e se acomodou em sua poltrona forrada de chintz, piscando para os prisioneiros como um sapo em um canteiro de flor.
— Então, Potter, você colocou vigias ao redor da minha sala e mandou esses palhaços — Ela acenou para mim e Rony, Parkinson riu ainda mais alto, Draco tentou mostrar a mesma leveza que ela, porém, sem convicção — me dizerem que o poltergeist estava fazendo uma destruição no departamento de Transfiguração, quando eu sabia muito bem que ele estava ocupado em borrar de tinta as lentes dos telescópios: o Sr. Filch acabara de me informar isso.
“Pelo visto era muito importante para você falar com alguém. Era Alvo Dumbledore? Ou o mestiço Hagrid? Duvido que fosse Minerva McGonagall, soube que continua doente demais para falar.”
Draco e alguns membros da Brigada Inquisitorial deram mais risadas. Eu queria matar Nicholas Grimmett, como eu queria matar o idiota, que novamente fez meus pés saírem do chão, talvez estivesse achando difícil ter que se abaixar pra prender meus braços, mas aquilo estava me tirando do sério. Percebi então que Harry sentia tanta raiva e tanto ódio que estava tremendo.
— Não é de sua conta com quem eu falo. — Vociferou
O rosto flácido de Umbridge pareceu se contrair.
— Muito bem. — Disse em seu tom mais perigoso e falsamente meigo — Muito bem, Sr. Potter… Ofereci-lhe uma chance de me contar voluntariamente. O senhor a recusou. Não me resta alternativa senão forçá-lo. Draco, vá buscar o Prof. Snape.
Draco guardou a varinha de Harry no bolso interno das vestes e saiu da sala, lançando a Grimmett um olhar mortal ao passar, algo que só fora percebido por alguns. Vi Warrignton soltar uma risadinha enquanto sussurrava algo pra Grimmett que devolveu um “Cala a boca, ele não é nem doido, eu conto pra Umbridge”, mas eu nem reparei. Acabara de perceber uma coisa; não conseguia acreditar que tivéssemos sido tão burros de esquecê-la. Pensamos que todos os membros da Ordem, todos os que poderiam nos ajudar a salvar Sirius, tivessem partido – mas nos enganamos. Ainda havia um membro da Ordem da Fênix em Hogwarts – Snape.
Fez-se silêncio na sala exceto pela inquietação e o arrastar de pés dos alunos da Slytherin se esforçando para conter a mim, Rony e os outros. A boca do meu irmão sangrava no tapete da Umbridge, empenhado que estava em se livrar da chave de nuca que Warrington lhe aplicava; Ginny ainda tentava pisar os pés de Tracey que prendia seus braços. O rosto de Neville ia se tornando mais roxo enquanto o garoto fazia força para se desvencilhar da chave de Crabbe, Lavender bufava de todas as formas, tentando bater em Daphne com os cotovelos, mas a Slytherin parecia ter motivos pessoais para ter tanta raiva da minha amiga, pois a segurava com tanta força e ódio que vi a hora ela torcer o braço de Lav, eu tentava chutar Grimmett, mas dificilmente acertava, já que ele continuava brincando de levitar meu corpo; e Hermione tentava, em vão, jogar Emília Bulstrode longe, enquanto Vega tentava puxar os cabelos de Pansy, num esforço, que não fazia a menor diferença. Luna, porém, estava parada e descontraída ao lado do seu captor, olhando distraidamente pela janela, como se a cena a entediasse.
Eu olhei para Umbridge, que observava Harry com atenção. Mantinha o rosto deliberadamente sem rugas e vazio de expressão, quando ouvimos passos no corredor e Draco Malfoy entrou na sala e ficou segurando a porta aberta para Snape passar.
— A senhora queria me ver, diretora? — Disse Snape olhando para os pares de estudantes que se debatiam com uma expressão de completa indiferença
— Ah, Prof. Snape. — Disse Umbridge, abrindo um grande sorriso e se erguendo da mesa — Sim, gostaria que me desse mais um frasco de Veritaserum, o mais depressa possível, por favor.
— A senhora trouxe o meu último frasco para interrogar Potter. — Informou ele, estudando-a calmamente através de suas cortinas de cabelos negros oleosos — Certamente a senhora não o gastou todo? Eu a preveni que três gotas seriam suficientes.
Umbridge corou.
— O senhor pode preparar mais um pouco, não pode? — Perguntou, sua voz mais meiga e mais infantil como sempre acontecia quando estava furiosa
— Com certeza. — Respondeu Snape crispando os lábios — Leva um ciclo de plenilúnio para maturar, portanto eu o terei pronto mais ou menos dentro de um mês.
— Um mês? — Grasnou Umbridge, inchando como um sapo — Um mês? Mas preciso para hoje à noite, Snape! Acabei de encontrar Potter e a garota Misttigan usando a minha lareira para se comunicar com uma pessoa ou pessoas desconhecidas!
— Sério? — Admirou-se Snape, mostrando seu primeiro e pálido sinal de interesse e se virando para Harry e depois para Vega — Bom, não me surpreende. Potter jamais manifestou grande respeito pelo regulamento da escola, e Misttigan, sinto dizer que puxou mais o pai do que a mãe.
Seus olhos frios e escuros se demoraram brevemente em Vega e perfuraram os de Harry, que sustentou o seu olhar sem piscar.
— Gostaria de interrogá-lo! — Gritou Umbridge, zangada, e Snape desviou o olhar de Harry, para o rosto furioso e trêmulo da diretora — Gostaria que o senhor me fornecesse uma poção que o force a me contar a verdade!
— Eu já lhe disse — Respondeu Snape suavemente — que acabou o meu estoque de Veritaserum. A não ser que a senhora tencione envenenar Potter, e posso lhe garantir que teria a minha solidariedade se fizesse isso, não posso ajudá-la. O único problema é que a maioria dos venenos age com rapidez excessiva e não deixa à vítima muito tempo para contar a verdade.
Snape tornou a olhar para Harry, que retribuiu o olhar.
— O senhor está em observação! — Guinchou Umbridge, e Snape tornou a olhá-la, com as sobrancelhas ligeiramente erguidas — O senhor está sendo deliberadamente imprestável! Eu esperava mais, Lucius Malfoy sempre me fala muitíssimo bem do senhor! Agora saia da minha sala!
Snape fez uma curvatura irônica para a diretora e se virou para sair.
— Ele tem Almofadinhas! — Gritou Harry, que parecia também ter entendido que Snape era nossa última esperança — Tem Almofadinhas no lugar em que está escondido!
Snape parara com a mão na maçaneta da porta.
— Almofadinhas! — Exclamou a Profa. Umbridge, olhando ansiosa de Harry para Snape — Que é Almofadinhas? Onde o que está escondido? Que é que ele está dizendo, Snape?
Snape se virou para Harry. Seu rosto estava inescrutável. Eu não sabia dizer se ele entendera, mas Harry não podia falar mais claramente na presença de Umbridge.
— Não faço ideia. — Respondeu o professor com frieza — Potter, quando eu quiser que você grite bobagens, lhe darei uma Poção da Incoerência. E Crabbe, afrouxe o seu golpe um pouco. Se Longbottom sufocar teremos muitos documentos para preencher e receio que serei obrigado a mencionar isso em suas referências, se algum dia você se candidatar a um emprego. E Grimmett, eu imagino que Weasley saiba andar, então não há necessidades dos pés dela ficarem a cinco centímetros do chão.
Snape fechou a porta com um estalo ao passar, deixando-me mais perturbada do que antes. Embora o olhar mortal de Draco sobre Grimmett e o fato de meus pés terem voltado ao chão fosse bastante satisfatório. Mas o problema era que Snape fora nossa última chance. Eu olhei para Umbridge, que parecia estar em situação igual; seu peito arfava de raiva e frustração.
— Muito bem. — Disse a diretora e puxou a varinha — Muito bem... você não me deixa alternativa… isto é mais do que um caso de disciplina escolar... é uma questão de segurança ministerial... sim… sim…
Parecia estar querendo se convencer de alguma coisa. Mudava o apoio do corpo nervosamente de um pé para o outro, encarando Harry, batendo a varinha na palma da mão vazia e respirando com esforço.
— Você está me obrigando... eu não quero. — Disse Umbridge, ainda se mexendo inquieta no mesmo lugar — Mas às vezes as circunstâncias justificam o uso... Tenho certeza de que o ministro entenderá que não tive escolha…
Draco a observava com uma expressão voraz no rosto.
— A Maldição Cruciatus deverá soltar a sua língua. — Disse Umbridge em voz baixa
Eu arregalei os olhos e quase saltei em cima dela, porém, senti as unhas de Grimmett agora apertarem mais meu braço, enquanto ele bufava, por ter se abaixado um pouco.
— Não! — Berrou Vega — Você não pode fazer isso! Não pode tocar no meu irmão!
— Professora Umbridge: isto é ilegal. — Gritou Hermione
Mas Umbridge não lhe deu atenção. Tinha uma expressão maligna, ansiosa, excitada no rosto que eu nunca vira antes. Ergueu a varinha.
— O ministro não iria querer que a senhora desrespeitasse a lei, Profa. Umbridge! — Exclamou Hermione
— O que Cornélio não vê, Cornélio não sente. — Disse Umbridge, que agora ofegava levemente ao apontar a varinha para uma parte diferente do corpo de Harry de cada vez, aparentemente tentando se decidir onde doeria mais — Ele nunca soube que mandei Dementadores atrás de Potter no verão passado, mas ainda assim ficou encantado de ter a oportunidade de expulsá-lo.
— Foi a senhora? — Admirou-se Harry — A senhora mandou os Dementadores atrás de mim?
— Alguém tinha de agir. — Sussurrou Umbridge, a varinha apontada diretamente para a testa de Harry — Estavam todos se queixando que queriam silenciá-lo, desacreditá-lo, mas eu fui a pessoa que realmente fez alguma coisa... mas você conseguiu se livrar, não foi, Potter? Mas não hoje, nem agora. — E inspirando profundamente, ordenou: — Cruc…
— NÃO! — Gritou Vega, desesperada
— Não… — Imitou-a Hermione com a voz entrecortada por trás de Emília Bulstrode — Não... Harry… teremos de contar a ela!
— Nem pensar! — Berrou Harry, encarando o pedacinho de Hermione que conseguia ver
— Teremos, Harry, ela obrigará você a falar, de... de que adianta?
E Hermione começou a chorar baixinho nas costas das vestes de Emília. A garota parou imediatamente de querer esmagá-la contra a parede e se afastou com nojo.
— Ora, ora, ora! — Disse Umbridge, com uma expressão triunfante — A Senhorita Perguntadeira vai nos dar algumas respostas. Vamos, então, menina, fale!
— Her... mi... ni... não! — Gritou Rony através da mordaça
Tentei gritar algo, mas só o que saiu foi ruídos estranhos e indecifráveis. Ginny arregalava os olhos para Hermione como se nunca a tivesse visto antes. Neville, ainda tentando respirar, encarava-a também. Lavender meramente a olhava como se visse além, então eu reparei em uma coisa a mais. Embora Hermione estivesse soluçando desesperadamente com o rosto nas mãos, não havia nem sinal de lágrimas. E então eu entendi… era tudo um plano.
— Desculpe... desculpe, gente. — Disse Hermione — Mas... não dá para aguentar…
— Certo, certo, garota! — Disse Umbridge, agarrando Hermione pelos ombros, atirando-a no cadeirão de chintz e se curvando para ela — Agora, então... com quem Potter e Misttigan estavam se comunicando ainda há pouco?
— Bom — Hermione engoliu em seco, ainda com as mãos no rosto — Bom, eles estavam tentando falar com o Prof. Dumbledore.
Rony congelou, os olhos arregalados; Ginny parou de tentar pisar os dedos dos pés de sua captora; e até Luna pareceu meio surpresa. Eu fiquei decididamente quieta, sem nem ter notado que meus pés voltaram a flutuar. Felizmente, a atenção de Umbridge e seus policiais estava concentrada muito exclusivamente em Hermione para reparar nesses indícios suspeitos.
— Dumbledore! — Exclamou Umbridge, ansiosa — Você sabe onde Dumbledore está, então?
— Bom… não sabemos! — Soluçou Vega, entrando no jogo. Umbridge lhe fez um sinal e Pansy a soltou, de modo que a garota se aproximou de Hermione e da vaca rosa
— Sim… — Hermione completou — Já experimentamos o Caldeirão Furado, no Beco Diagonal e o Três Vassouras e até o Cabeça de Javali…
— Menina idiota... Dumbledore não vai ficar sentado em um pub com o Ministério todo à procura dele! — Gritou Umbridge, o desapontamento gravado em cada ruga frouxa de seu rosto
— Mas... mas precisávamos contar a ele uma coisa importante! — Gemeu Vega, fingindo soluçar, assim como Hermione, apertando ainda mais as mãos contra o rosto, não, sabia eu, de aflição, mas para disfarçar a contínua ausência de lágrimas.
— Então? — Perguntou Umbridge com um súbito arroubo de excitação, olhando de Vega pra Hermione — Que é que vocês queriam contar a ele?
— Nós... nós queríamos contar que está p-pronta! — Engasgou-se Hermione
— Que é que está pronta! — Umbridge exigiu saber, e tornou a agarrar Hermione pelos ombros e a sacudi-la de leve — Que é que está pronta, menina?
— A... a arma.
— Arma? Arma? — Repetiu Umbridge, e seus olhos saltaram de excitação — Vocês estiveram pesquisando algum método de defesa? Uma arma que poderiam usar contra o Ministério? Por ordem do Prof. Dumbledore, é claro.
— S-s-im. — Ofegou Hermione — Mas ele teve de partir antes de terminar, e ag-g-ora terminamos e não c-c-conseguimos encontrá-lo p-p-para avisar!
— Que tipo de arma é? — Perguntou Umbridge asperamente, suas mãos curtas ainda apertando os ombros de Hermione
— Não sabemos r-r-realmente. — Disse Vega fungando alto —Só f-f-fizemos o que o P-P-Prof. Dumbledore nos disse p-p-para fazer.
Umbridge se endireitou, parecendo exultante.
— Me leve até a arma. — Disse
— Não vamos mostrar a... eles. — Disse Vega com a voz aguda, olhando para os alunos da Slytherin por entre os dedos
— Não cabe a você impor condições. — Disse a professora com aspereza
— Ótimo. — Argumentou Hermione, agora soluçando, o rosto nas mãos — Ótimo... deixe eles verem, espero que a usem contra a senhora! Na verdade, eu gostaria que a senhora convidasse uma multidão para vir ver! S-seria bem feito... ah, eu adoraria que a escola t-toda soubesse onde está e como usá-la, e quando a senhora aborrecesse alguém, ele poderia d-dar um jeito na senhora!
Essas palavras produziram um forte impacto em Umbridge: ela olhou com rapidez e desconfiança para sua Brigada Inquisitorial, seus olhos saltados detendo-se por um momento em Draco, que foi lento demais para disfarçar a expressão de ansiedade e cobiça que apareceu em seu rosto.
Umbridge estudou Hermione e Vega por outro longo momento, então falou num tom que claramente pensava ser maternal.
— Muito bem, queridas, então vamos só vocês e eu... e levaremos Potter também, está bem? Levantem-se agora.
— Professora. — Chamou Draco, ansioso — Profa. Umbridge, acho que alguns membros da Brigada deveriam ir com a senhora para cuidar…
— Eu sou funcionária credenciada do Ministério, Malfoy, você acha realmente que não posso cuidar de três adolescentes sem varinha? — Perguntou com rispidez — De qualquer modo, não me parece que essa arma deva ser vista por alunos. Você vai ficar aqui até a minha volta garantindo que nenhum desses — Ela fez um gesto abarcando a mim, Rony, Ginny, Lavender, Neville e Luna — fujam.
— Certo. — Disse Draco, parecendo ofendido e desapontado
— E vocês três podem ir à minha frente para indicar o caminho. — Disse Umbridge, apontando Harry, Hermione e Vega com a varinha — Andem então.
Hello bruxinhoooos!!!
Vou logo pedindo desculpas pela demora, mas eu - não sei como - acordei 5 horas da tarde kkkkkkk, então acabei atrasando a postagem de hoje, mas bom aqui está.
Como estamos???
Como podem ver, é a Lav tem o seu devido destaque e vai continuar tendo muito, no 6° ano conheceremos mais um pouco da Família Brown, e umas outras coisas que vocês verão futuramente...
Caramba, nem da pra acreditar que Ordem da Fênix está quase acabando, né??? Só depressão nos próximos capítulos, e em breve a verdade sobre Sol Lestrange.
Ansiosos?? Kkkkk
Nos vemos Quarta-feira.
– Bjosss da tia Nick.
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