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47 | Seen and Unforeseen

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48. Visto e Imprevisto
       
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  Seu sobrenome por acaso é Potter, querida? Vocês Weasley são sempre tão intrometidos!
 
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ᴿᵒˣᵃⁿⁿᵉ ᵂᵉᵃˢˡᵉʸ

    Eu estava extremamente cansada quando despertei no dia seguinte ao dia dos namorados, mas também era de se esperar que eu tivesse cansada mesmo. Esfreguei meus olhos sonolentos e soltei um bocejo enquanto procurava meu relógio pra ver que horas eram, tínhamos que retornar a Comunal da Gryffindor antes do café da manhã, não queria que notassem que eu não dormi lá, o que começou a dar errado a partir do momento que eu virei a maçaneta do meu dormitório uns bons minutos depois.

— Lav, meu amor. — Saltei com um sorrisinho nervoso, a capa da Invisibilidade e o mapa do maroto estava em minhas mãos

   A loira cruzou os braços e me olhava um tanto séria, como uma mãe que espera a filha adolescente rebelde retornar pra casa.

— Onde você tava, hem!? — Perguntou em um sussurro gritado, afinal ela não queria acordar as outras meninas

— Eu... bom, eu estava... — Por que ela me olhava séria, hem? Eu estava ficando mesmo com medo de contar — Hum... na... na...

— Você estava com o Lee Jordan, nera? — Perguntou seguida de um suspiro

   Eu respirei fundo, coloquei as coisas de Harry em cima das minha cama para devolver depois.

— Estava com ele ou não estava?

— Sim, Lav, eu estava com ele. — Revelei como se já fosse óbvio — Ele é meu namorado afinal, né?

   Os olhos dela se arregalaram e ela se aproximou de mim, meio perturbada, começando a me olhar como se procurasse alguma coisa em mim. Pareceu um tanto pirada.

— Que foi? — Ergui uma sobrancelha para ela

— Você dormiu com ele, Roxanne!? — Sua voz era da mais pura incredulidade com um misto de Indagação

— Bom... — E eu ri de leve — Não diria que passamos muito tempo dormindo.

  Os olhos dela, novamente, ficaram como duas laranjas e ela pareceu completamente incerta com o que eu falei.

— Que cê tem na cabeça?

— Ué, eu e ele namoramos há mais de um ano, o que esperava? — Cruzei os braços e encarei ela

— Sim, né, mas v-você... meu Deus, Rox. — Ela levou as mãos a cabeça — Eu sempre te vi como uma irmã caçula, e... e agora você não é nem mais virgem, virou adulta.

— Ah, mas eu nunca fui virgem. — Falei naturalmente

— Quê?

— Meu signo é peixes. — Dei de ombros e ela soltou uma risada enquanto batia com a mão no rosto

— Ah, Rox, só você mesmo, hem.

— Não vai perguntar como foi? — Propus com um risinho que a fez ir até o meu lado e sentar-se na minha cama

— Conta vai, tudo. Ou melhor tudo não, eu não quero detalhes, só por cima, o que for mais... importante, sei lá. — Ela se embolou toda ao falar, me fazendo rir — Afinal, onde vocês estavam?

— Primeiro estávamos no banheiro dos monitores e que banheiro incrível, hem? Fala sério aquela água é tão... perfeita! Tão... ahhh, meu Merlim, Incrível, cara. Mas aí depois fomos pra Sala Precisa, só dormir um pouquinho antes de voltar pra Comunal, já que não dava pra dormir no piso de um banheiro, né!? O Lee quase não acordou hoje cedo, ele não parece ser uma criatura muito matinal, bom, nem eu.

— Mas, e aí, foi... bom?

— Foi... é sim, foi incrível. — Eu sorri nervosa

— Ele não fez nada que você não queria, né? — Perguntou incerta

— Não, não. — Ri novamente

— Ok. — E ela deitou as costas e a cabeça na cama, de modo que só suas pernas ficaram para fora balançando, eu deitei também e nós duas ficamos lado a lado encarando o teto — Você... não gosta mesmo mais do Malfoy?

— Tinha que falar dele agora!? — Suspirei batendo com a mão no meu rosto e me levantando da cama

— Não vai me responder? — Indagou ela sentando-se

— Vou tomar um banho. — E apanhei minha toalha, indo na direção do banheiro — Minha madrugada foi cheia, sabe...

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  É normal ficar tímida depois que se dorme com o namorado? Bom, eu mal consegui encarar Lee quando nos vimos no café da manhã aquele dia, mas depois de suspirar fundo, tentei agir como se tudo tivesse normal. Tinha sido ótimo afinal, Lee é um fofo, safado, mas um fofo, não tinha como negar. Ele até me preparou a poção... sim, a droga da poção pra não engravidar, credo. Queria muito saber o que meus irmãos pensariam se vissem Lee me entregar ela depois do café, tenho certeza que ele estaria mortinho. Os meninos entenderiam logo o que aconteceu, até porque sei bem que eles conhecem essa poção, eu já vi George entregando uma pra Amélia no ano passado. Embora não tenha comentado nada.

   Mas agora, já que está tudo bem em questão a isso, eu tinha outras preocupações e era o quadribol. O jogo de sábado que seria contra a Huflepuff estava cada dia mais próximo e os treinos estavam uma merda, sem Fred e George como batedores a coisa estava realmente feia. E não posso negar que Harry seja mil vezes melhor que eu como apanhador, até porque meu lance é fazer gols, não correr atrás de um pomo de ouro.

   Havia ainda, além da minha preocupação com o jogo, Arc, ele voltara a me perturbar falando de Amélia, diz ele que agora que ela terminou com meu irmão estava ainda mais suspeita. O que não fazia sentido algum, embora eu concordasse que ela andava esquisita.
  
   Então, entre um acontecimento ou outro, sábado chegou, e não foi um bom dia. Na verdade foi um dia pior que horrível.
  
    A melhor coisa que se poderia dizer sobre a partida é que foi curta; os espectadores da Gryffindor só precisaram suportar vinte e dois minutos de agonia. Era difícil dizer o que foi pior:  Achei o páreo duro entre o décimo quarto frango de Rony, Sloper acertar a boca de Angelina em vez do balaço e Kirke gritar e cair para trás, quando Zacarias Smith passou veloz por ele carregando a goles. O milagre foi que a Gryffindor só perdeu por dez pontos: Eu consegui capturar o pomo bem embaixo do nariz do apanhador da Huflepuff, Summerby, de modo que o placar final foi duzentos e quarenta a duzentos e trinta.

— Boa captura. — Disse Harry já na sala comunal, onde a atmosfera lembrava a de um enterro particularmente desanimado

— Acredite, foi sorte. — Falei encolhendo os ombros — Não era um pomo muito veloz e Summerby está gripado, espirrou e fechou os olhos exatamente na hora errada.

— Mas realmente você foi boa. — Alegou Ginny

— Sou melhor fazendo gols, mas obrigada. — E abri um sorriso, não era todo dia que minha irmã me elogiava afinal

— Então, em todo o caso, você pode voltar pro seu posto quando Harry tiver voltado à equipe...

— Ginny, fui proibido de jogar para sempre.

— Você foi proibido enquanto Umbridge estiver na escola. — Corrigiu a garota — Faz diferença. De qualquer maneira, quando você tiver voltado, Rox pode retornar ao posto dela, e eu e ela seremos artilheiras junto com Katie Bell, já que Angelina vai sair no ano que vem.

    Eu olhei para Rony, que estava encolhido a um canto, contemplando os próprios joelhos, uma garrafa de cerveja amanteigada na mão.
   
— Angelina continua a não querer que ele se demita. — Falei lendo os pensamentos de Harry que também o olhava — Diz que sabe que ele tem jeito para a coisa.

   Eu gostava de Angelina pela fé que demonstrava ter no meu irmão, mas, ao mesmo tempo, achava que seria realmente mais caridoso permitir que ele saísse da equipe. Rony deixara o campo sob outro coro atroador de “Weasley é nosso rei”, cantado com o maior gosto pelos alunos da Slytherin, casa que agora era a favorita para a Copa de Quadribol.

   Fred e George se aproximaram.
  
— Não tenho nem coragem de curtir com a cara dele. — Disse Fred, olhando para o irmão encolhido — Veja bem... quando ele perdeu o décimo quarto...

   E fez gestos desencontrados como se fosse um cachorrinho nadando.
  
— ... bom, vou guardar para as festinhas, eh?

   Rony arrastou-se para a cama depois disso. Por respeito aos seus sentimentos, Harry aguardou um pouco antes de subir para o dormitório, para que meu irmão pudesse fingir que estava dormindo, se quisesse.

   Eu continuei na Comunal, apenas refletindo sobre tudo e observando as pessoas. Lee estava sentado do meu lado, sem falar nada, apenas mehxendo carinhosamente no meu cabelo. Então eu vi quando alguém passou pelo buraco do retrato, com seu cabelo cacheado cheio de sempre e com o ar tão estranho que ela já tinha adquirido desde o dia que Cedric morrera. Sim, era Amélia Hughes.

   Parecendo desconfortável, ela colocou as mãos nos bolsos da calça e apressou o passo para o dormitório, mas em meio a tal percurso George olhou para ela e os dois meio que se encararam por alguns segundos, carregados de ressentimento, George estava com raiva dela e magoado, já Amélia, ela é indecifrável, eu continuava sem conseguir captar nenhum dos seus sentimentos, mas sei que ela não estava bem. Uma lágrima brilhou nos olhos da menina e ela logo voltou a caminhar depressa sumindo no caminho para o dormitório. George continuou a encarar.

   Eu só queria entender o que estava acontecendo.

— Vou dormir. — Disse George, deixando transparecer que não estava com um humor nada legal, e antes mesmo que alguém pudesse falar algo, ele já tinha saído

— George, espera. — Chamou Fred, já estava dando uns passos para lá, quando virou pra trás e disse: — Que você está esperando, Lee? Vamos!

   E puxou Lee pelo braço fazendo-o se levantar.

— Ok, ok. — Suspirou Lee e se voltou pra mim para me dá um beijo de boa noite — Nos vemos amanhã, honey e...

— Anda logo. — Fred agora o puxava pra ele apertar o passo

— Ok, cara, calma! — Resmungou Lee

   Eu sorri e acenei para os dois. Então decidi também ir me deitar enquanto pensava em Amélia e no que ela poderia está passando. Estava começando a ficar perturbada com isso e agradecia quando não via mortos na minha frente constantemente.

   Entrei no Salão Principal para tomar o café da manhã exatamente na hora em que as corujas chegavam com o correio na segunda-feira. Rony e Harry já estavam lá, assim como Hermione, que não era a única pessoa que esperava ansiosa pelo Profeta Diário: quase todos ansiavam por ler mais notícias sobre os Comensais da Morte fugitivos, que, apesar de avistados várias vezes, ainda não tinham sido recapturados. Ela pagou à coruja o nuque da entrega e desdobrou o jornal depressa enquanto eu me servia de suco de laranja; tive uma grande surpresa quando a primeira coruja pousou com um baque à frente de Harry.

— Quem é que você está procurando? — O menino perguntou, tendo certeza que a carta não era pra si e puxando languidamente o seu suco debaixo do bico da ave e se curvando para verificar o nome e o endereço do destinatário:

Harry Potter
Salão Principal
Escola de Hogwarts

    Enrugando a testa, ele fez menção de tirar a carta da coruja, mas, antes que o fizesse, mais três, quatro, cinco corujas pousaram ao lado da primeira e procuraram uma posição, pisando na manteiga, derrubando o saleiro, tentando entregar a carta antes das outras.

— Que é que está acontecendo? —Indagou Rony espantado, quando a mesa da Gryffindor inteira se inclinou para olhar, e outras sete corujas pousaram entre as primeiras, berrando, piando e batendo as asas. Peguei a bandeja com torradas antes que elas a derrubassem e coloquei-a no meu colo enquanto eu continuava a comer

— Harry! — Disse Hermione sem fôlego, enfiando as mãos naquele ajuntamento de penas e retirando uma coruja-das-torres que trazia um embrulho comprido e cilíndrico — Acho que sei o que significa isso: abra este aqui primeiro!

   Harry abriu o embrulho pardo. Dele rolou um exemplar compactamente dobrado da edição de março do Pasquim. Ele o desenrolou, eu me estiquei para o lado para poder ver também e vi o próprio rosto de Harry sorrindo acanhado para nós na capa da revista. Enormes letras vermelhas atravessadas na foto anunciavam:

HARRY POTTER ENFIM REVELA: A VERDADE SOBRE AQUELE-QUE-NÃO-DEVE-SER-NOMEADO E A NOITE EM QUE VIU O SEU RETORNO

— Parece bom, não? — Comentou Luna, que vagara até a mesa da Gryffindor e agora se apertava no banco entre Fred e Rony — Saiu ontem, pedi ao papai para lhe mandar um exemplar de cortesia. Imagino que tudo isso — Ela acenou abarcando as corujas que se empurravam sobre a mesa diante de Harry — sejam cartas dos leitores.

— Foi o que pensei. — Disse Hermione, ansiosa — Harry você se importa se a gente...?

— Sirvam-se. — Respondeu ele, parecendo um pouco confuso

    Eu, Rony, Hermione e Vega ( Que eu nem tinha visto que também estava lá ) começamos a abrir os envelopes.
   
— Esta é de um cara que acha que você pirou de vez. — Disse Rony correndo os olhos pela carta — Ah, bom...

— Esta mulher aqui recomenda que você experimente uma série de Feitiços de Choque no St. Mungus. — Disse Hermione, parecendo desapontada e amassando uma segunda

— Hum... este babaca aqui diz que você é um retardado e desesperado por atenção, fala sério! — Revirei os olhos e amassei a terceira carta que era de uma bruxa em Paisley

— Mas esta aqui parece o.k. — Disse Harry lentamente lendo uma longa carta  — Ei, ela diz que acredita em mim!

— Este aqui está dividido. — Disse Fred, que se juntara com entusiasmo à tarefa de abrir as cartas — Diz que você não passa a impressão de ser maluco, mas que ele realmente não acredita que Você-Sabe-Quem tenha retornado, então, agora não sabe o que pensar. Caracas, que desperdício de pergaminho.

— Tem um aqui que você convenceu, Harry! — Disse Vega excitada — Tendo lido a sua versão da história, sou forçado a concluir que o Profeta Diário tem sido injusto com você... por menos que eu queira pensar que Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado retornou, sou forçado a aceitar que você está falando a verdade... Ah, é maravilhoso! As pessoas estão percebendo que só tem retardados no Ministério da Magia.

— Fala baixo, Vega! — Eu, Harry e Hermione dissemos em unissono

— Bom, esta acha que você está só ladrando. — Disse Rony atirando a carta que amassara por cima do ombro — ... mas esta outra diz que você a converteu e ela agora acha que você é um verdadeiro herói: e manda junto uma foto, uau!

— Que é que está acontecendo aqui? — Perguntou uma voz falsamente meiga e infantil

    Ergui a cabeça com uma das mãos cheia de envelopes e a outra com torradas, A Profa. Umbridge estava em pé atrás de Fred e Luna, seus olhos de sapo esbugalhados esquadrinhando a confusão de corujas e cartas em cima da mesa diante de Harry. Às suas costas, vi muitos alunos nos observando com avidez.

— Por que recebeu todas essas cartas, Sr. Potter? — Perguntou ela lentamente

— Isso agora é crime?! — Exclamou Fred em voz alta — Receber cartas?

— Cuidado, Sr. Weasley, ou será que terei de lhe dar uma detenção? — Disse Umbridge — Então, Sr. Potter?

— É aniversário dele. — Retruquei

— Seu sobrenome por acaso é Potter, querida? — Rebateu a vaca rosa me fazendo revirar os olhos — Vocês Weasley são sempre tão intrometidos! E eu sei que não é aniversário dele.

    Harry hesitou, mas não tina como abafar o que fizera; agora era apenas uma questão de tempo até um exemplar do Pasquim chegar à atenção de Umbridge.
   
— As pessoas estão me escrevendo porque dei uma entrevista. Sobre o que me aconteceu em junho passado.

    Por alguma razão ele olhou para a mesa dos professores ao dizer isso. Dumbledore estivera o observando um segundo antes, mas, quando ele se virou, o diretor voltou-se absorto em conversa com o Prof. Flitwick.

— Uma entrevista? — Repetiu Umbridge, sua voz mais fina e aguda que nunca — Como assim?

— Uma repórter me fez perguntas e eu respondi. — Disse Harry — Aqui...

    E atirou à professora o exemplar do Pasquim. Ela o apanhou e arregalou os olhos para a capa. Seu rosto, cor de massa de pão, ficou malhado de violeta.

— Quando foi que você fez isso? —Perguntou ela, sua voz ligeiramente trêmula

— No último fim de semana em Hogsmeade.

    Ela o encarou, incandescente de fúria, a revista tremendo em seus dedos curtos e grossos.
   
— Não haverá mais passeios a Hogsmeade para o senhor, Sr. Potter. — Sussurrou ela — Como se atreveu... como pôde... — Ela tomou fôlego —Tenho tentado repetidamente ensinar você a não contar mentiras. A mensagem, pelo visto, ainda não entrou em sua cabeça. Cinquenta pontos a menos para a Gryffindor e mais uma semana de detenções.

    Ela se afastou, apertando o exemplar do Pasquim contra o peito, seguida pelos olhares de muitos alunos.

   No meio da manhã, enormes avisos haviam sido afixados por toda a escola, não apenas nos quadros das Casas, mas nos corredores e salas de aula também.
  
POR ORDEM DA ALTA INQUISIDORA DE HOGWARTS

   O estudante que for encontrado de posse da revista O Pasquim será expulso.
  
    A ordem acima está de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Sete.
   
Assinado: Dolores Joana Umbridge, Alta Inquisidora

   Por alguma razão, toda as vezes que Hermione avistava um desses avisos seu rosto se iluminava de prazer.

— Com que é, exatamente, que você está tão satisfeita? — Perguntei interessada

— Ah, Rox, você não está vendo? — Sussurrou Hermione — Se ela quisesse fazer uma única coisa para garantir que todo aluno da escola lesse a entrevista de Harry, era exatamente proibir sua leitura!

   E parece que Hermione tinha toda a razão. Até o fim do dia, embora eu não tivesse visto nem um pedacinho do Pasquim em lugar algum da escola, todos pareciam estar citando a entrevista uns para os outros. Eu os ouvi cochichando nas filas às portas das salas de aulas, discutindo-a no almoço e no fundo das salas, e Hermione chegou a contar que as meninas que estavam usando os boxes nos banheiros falavam nisso quando ela passou por lá antes da aula de Runas Antigas.

— Então elas me viram, e obviamente sabem que sei, então me bombardearam com perguntas. — Contou Hermione a mim, Rony e Harry, com os olhos brilhando — E Harry, acho que elas acreditam em você, realmente, acho que enfim você as convenceu!

   Entrementes, a Profa. Umbridge rondava a escola, parando alunos a esmo e mandando-os mostrar os livros e os bolsos. Eu sabia que a professora procurava exemplares do Pasquim, mas os estudantes estavam muito à frente dela. As páginas que continham a entrevista de Harry tinham sido reformatadas por meio de feitiços para parecer cópias de livros-texto se mais alguém as lesse, ou apagadas por magia até que seus donos quisessem tornar a lê-las. Logo pareceu que todo o mundo na escola vira a entrevista.

   Os professores obviamente tinham sido proibidos de mencionar a entrevista pelo Decreto Educacional Número Vinte e Seis, mas assim mesmo encontraram maneiras de expressar suas opiniões. A Profa. Sprout concedeu à Gryffindor vinte pontos quando Harry lhe passou o regador de água; um sorridente Prof. Flitwick deu a Harry uma caixa de ratinhos de açúcar que guinchavam, ao fim da aula de Feitiços, fazendo: “Psiu!”, e se afastando depressa; e a Profa. Trelawney irrompeu em soluços nervosos durante a aula de Adivinhação e anunciou à turma surpresa, e a uma Umbridge extremamente desaprovadora, que Harry não ia morrer cedo, viveria até uma velhice madura, seria ministro da Magia e teria doze filhos.

  “Três”, disse algo com convicção na minha mente, “Harry teria três filhos e Hermione quem seria Ministra da Magia.”

   Com uma sobrancelha erguida olhei para Hermione e depois para Harry. Bom, eu teria que esperar os anos passar pra saber quem teve a visão certa, eu ou Trelawney?
  
   Bom, Cho também voltara a falar com Harry pelo que eu soube, mas o mais inacreditável aconteceu assim que chegamos à porta da sala de Transfiguração, aconteceu uma coisa igualmente boa. Seamus saiu da fila para falar com Harry.

— Eu só queria dizer — Murmurou, fixando com os olhos apertados o joelho esquerdo de Harry — que acredito em você. E mandei um exemplar da revista para minha mãe.

   E se ainda fosse preciso mais alguma coisa para completar a felicidade, vieram as reações de Malfoy, Crabbe e Goyle. O vimos de cabeças juntas na biblioteca mais para o fim da tarde; estavam em companhia de um garoto, o tal Theodore Nott. Os quatro se viraram para olhar Harry, que procurava nas prateleiras um livro sobre Sumiço Parcial: Goyle estalou as juntas dos dedos ameaçadoramente e Draco cochichou alguma coisa sem dúvida ruim para Crabbe. Eu sabia muito bem por que estavam agindo assim: Harry citara os pais deles como Comensais da Morte, só faltava Matheo Burke para ficar igualmente irritado com Harry.

— E o melhor — Sussurrou Hermione alegremente quando saímos da biblioteca — é que eles não podem contradizer você, Harry, porque não podem admitir que leram o artigo!

   E, para coroar, Luna nos comunicou ao jantar que nunca uma tiragem do Pasquim se esgotara tão rápido.

— Papai vai fazer uma segunda tiragem! — Contou ela, com os olhos arregalados de excitação — Ele nem consegue acreditar, diz que as pessoas parecem ainda mais interessadas na entrevista do que nos Bufadores de Chifre Enrugado!

   Tive que cobrir a boca de Vega com minha mão antes que ela dissesse a Luna que ninguém se importava com Bufadores de não sei o quê.

— Ela parece você. — Arc caçoava de Mia constantemente dizendo o quanto Luna e ela tinham personalidades parecidas. Mia, que achava Luna muito fofa, não ligava pra comparação

    Harry foi herói na sala comunal da Gryffindor àquela noite. Atrevidos, Fred, George, e, é claro, Lee tinham lançado um Feitiço Ampliador na capa do Pasquim e a penduraram na parede, para que a cabeça gigantesca de Harry contemplasse os colegas do alto e ocasionalmente dissesse frases do tipo: O
MINISTÉRIO É RETARDADO e COMA BOSTA, UMBRIDGE em voz ressonante. Hermione não achou isso muito divertido; disse que interferia com sua concentração e acabou indo se deitar cedo, irritada. Tive de admitir que o cartaz perdeu a graça uma ou duas horas depois, principalmente quando o Feitiço da Fala começou a se desgastar e se ouviam apenas palavras desconexas como “BOSTA” e “UMBRIDGE”, a intervalos sempre mais frequentes, em um tom progressivamente mais alto. De fato, começou a me dar dor de cabeça, e eu resolvi me deitar mais cedo já que também estava cansada.

    O dormitório estava vazio quando cheguei lá. Vesti meu pijama e me deitei, desejando que a dor de cabeça passasse. Senti também um pouco de enjôo. Virei-me de lado, fechei os olhos e adormeci quase instantaneamente.

   Tive um sonho estranho, mostrava um centauro e algumas estrelas girando ao redor dele, eu não entendi direito, me mexi para um lado na cama e não sonhei com mais nada.

    No dia seguinte Harry e Rony contaram a mim e Hermione o que acontecera na noite anterior, queriam ter absoluta certeza de que ninguém os ouviria. Então, parados no canto habitual do pátio frio e ventoso, Harry contou cada detalhe do sonho de que pôde se lembrar. Pelo que parece, ele teve outra daquelas visões com Você-Sabe-Quem. Voldemort estava conversando com Rookwood e mencionaram algo sobre Bode e o Departamento de Mistérios. Parece que Bode estava sobre efeito da Maldição Imperius lançada pelo pai de Draco, ele deveria pegar algo, mas Rookwood alegou que Bode não poderia ter feito isso, ele não podia retirar essa coisa, então por isso resistiu tanto a Maldição. Mas ele estava furioso com Avery, pois esse o passou informações erradas. Pelo que os meninos falaram, acho que eles acreditavam que Lucius Malfoy queria fazer Bode pegar a arma, e realmente fazia muito sentido.
   
    Quando Harry terminou, eu fiquei bastante pensativa, não tinha visões há uns bons dias, então não sabia o que pensar. Assim como eu, Hermione continuou calada por um momento, mas fixou com uma intensidade penosa Fred e George, que estavam sem cabeça vendendo seus chapéus mágicos por baixo das capas, do outro lado do pátio.

— Então foi por isso que o mataram. — Concluiu em voz baixa, desviando finalmente o olhar de Fred e George — Quando Bode tentou roubar a arma, lhe aconteceu alguma coisa estranha. Acho que deve haver feitiços defensivos na arma, ou em volta dela, para impedir que as pessoas a peguem. Era por isso que ele estava no St. Mungus, com o cérebro destrambelhado, sem conseguir falar. Mas lembram do que a Curandeira nos disse? Bode estava se recuperando. E não podiam arriscar que ele melhorasse, não é? Quero dizer, o choque do que aconteceu quando ele tocou naquela arma provavelmente desfez a Maldição Imperius. Quando recuperasse a voz, ele explicaria o que estivera fazendo, não é? Então saberiam que ele fora enviado para roubar a arma. Naturalmente, teria sido fácil para Lucius Malfoy lançar a maldição sobre Bode. Nunca sai do Ministério, não é?

— E ele andava por lá no dia da minha audiência. — Disse Harry — No... calma aí... — Disse lentamente — Estava no corredor do Departamento de Mistérios naquele dia! O Sr. Weasley comentou que ele provavelmente estava querendo bisbilhotar e descobrir o que tinha acontecido na minha audiência, mas e se...

— Estúrgio! — Exclamei, estupefata

— Como disse? — Perguntou Rony, parecendo confuso

— Meu Merlim, sim! — Disse Hermione arregalando os olhos — Você também acha ou viu algo sobre isso?

— Só um palpite.

— Vão nos dizer logo do que estão falando!? — Indagou Rony

— Estúrgio Podmore. — Disse Hermione sem fôlego — Preso por tentar passar por uma porta! Lucius Malfoy deve ter pego ele também! Aposto que fez isso no dia em que você o viu lá, Harry. Estúrgio estava usando a Capa da Invisibilidade de Moody, certo? Então, e se ele estivesse guardando a porta, invisível, e Malfoy o ouvisse mexer, ou adivinhasse que tinha alguém ali, ou simplesmente tivesse lançado a Maldição Imperius contando que houvesse alguém guardando a sala? Portanto, quando Estúrgio teve oportunidade, quando foi novamente sua vez de tirar serviço, ele tentou entrar no Departamento de Mistérios para roubar a arma para Voldemort, Rony, fique quieto, mas foi apanhado e mandado para Azkaban...

   Ela olhou para Harry, logo depois de me olhar e dá um sorriso.

— E agora Rookwood disse a Voldemort como conseguir a arma?

— Eu não ouvi a conversa toda, mas foi o que me pareceu. — Disse Harry — Rookwood costumava trabalhar lá... quem sabe Voldemort vai mandar o Rookwood fazer o serviço?

— Mas e se ele também não conseguir? O que tem naquela arma que ninguém pode colocar as mãos nela!? — Indaguei pensativa como se esperasse que caísse para mim uma resposta do céu

   Ao invés disso, apareceu foi um espírito idiota com cabelos negros e jaqueta de couro.

— Vocês nem sabem se é realmente uma arma ali, vocês só se precipitam com tudo, sabiam? — Suspirou Arc cruzando os braços

— Então, você sabe o que está lá no Departamento de Mistérios? — Perguntei, sem me importar com a presença dos meus amigos, eles já sabiam que eu via mortos afinal

— Não é como se pudéssemos te contar. — Cedric também aparecera

— Com quem você tá falando? Quem é que está aqui? — Rony perguntou arregalando os olhos e olhando pro ponto que eu olhava

— Vocês são meio inúteis, sabiam? — Resmunguei

— Uh, assim magoa. — Mia colocou a mão no coração ao aparecer fazendo drama

— Quem são? — Hermione reforçou a pergunta de Rony

— Cedric, Mia e Arc. — Suspirei e Mia acenou como se eles a pudessem ver — Eles não podem te ver, Miriam, não adianta acenar... Ah, ela tá mandando Oi, respondam mal-educados!

— Oi... — Os três disseram ao mesmo tempo, meio acanhados. Hermione estava com a mente longe

   Arc riu.

— Rox, cê é louca, mas eu te adoro, sabia?

   Hermione acenou a cabeça, aparentemente com os pensamentos ainda longe. Então, de repente, falou:

— Não adianta falarmos sobre isso. O fato é que você não devia ter visto isso, Harry, de jeito nenhum.

— Quê?! — Exclamou ele, surpreso.

— Você devia estar aprendendo a fechar a mente a esse tipo de coisa. — Disse Hermione, com inesperada severidade

— Uh, ela tá certa. — Cantarolou Mia

— Sei que devia. — Disse Harry — Mas...

— Que foi? Acha legal ficar vendo essas coisas da cabeça de Voldemort? — Perguntei ignorando a cara de Rony

— Não é isso, é que...

— Bom, acho que você devia tentar esquecer o que viu. — Hermione falou com firmeza — E de agora em diante se esforçar mais para aprender sua Oclumência.

   A semana não melhorou com o passar dos dias. Harry recebeu outros dois “D” em Poções, Arc quem me dissera, minhas notas continuavam iguais ao menos. Mas Harry estava decididamente preocupado e apreensivo com coisas demais, inclusive com as aulas de Oclumência. Eu só desejava uma coisa: Que esse ano acabasse logo.

   Passadas duas semanas desde o sonho de Harry com Rookwood, as coisas pareciam estar se arrastando e eu continuava com a mente distante e sem visões. Porém, em um dia no horário do jantar, eu estava com uma sensação bem estranha.

   Harry estava em sua aula de Oclumência, então eu estava na companhia de Rony e Hermione, que discutiam por algo que nem lembro. Eu levava a colher cheia de risoto à minha boca quando percebi a atomosfera ao meu lado mudar. Eu estava na Sala Precisa, via claramente o pessoal da AD ao meu lado, todos, intrigados. Harry estava um pouco a frente e conversava com Dobby que tinha uma expressão desesperada no rosto.

— Harry Potter... ela... ela...

   Dobby deu um forte soco no nariz com o punho livre. Harry agarrou-o assim como fizera com o outro para impedir que o elfo se machucasse.
  
— Quem é “ela”, Dobby?

   Mas eu achava que sabia; certamente só havia uma “ela” capaz de induzir tal pavor em Dobby. O elfo ergueu os olhos, ligeiramente vesgo, e pronunciou silenciosamente.

— Umbridge? — Perguntou Harry, horrorizado

   Eu senti meu coração bater forte quando Dobby confirmou, e em seguida tentou bater a cabeça nos joelhos de Harry. O garoto o segurou à distância dos braços.

— Que tem a Umbridge? Dobby... ela não descobriu isso... nós... a AD?

   Algo segurou meu ombro, olhei pra trás e percebi que era Lee, ele me olha de um jeito apreensivo, mas significativo.
  
   Consegui ler a resposta no rosto aflito de Dobby, assim que voltei a os olhar. Com as mãos presas por Harry, ele tentou se chutar e caiu de joelhos.
  
— Ela está vindo? — Perguntou Harry calmamente

    Dobby deixou escapar um uivo.
   
— Está, Harry Potter, está!

   Harry se endireitou e olhou para nós, imóveis e aterrorizados, que contemplavamos o elfo a se debater.

—  QUE É QUE VOCÊS ESTÃO ESPERANDO! — Berrou Harry — CORRAM!

   Todos se arremessaram para a saída na mesma hora, embolando na porta, então passaram num ímpeto. Eu nem tive qualquer reação, só senti a mão de Lee a me puxar pra sair dali, porém eu estava tão incrédula com o que tinha acontecido que não tinha reação.

— ROX! — Um grito me trouxe de volta a tona

   Pisquei os olhos e vi que Hermione e Rony me encararam, Rony balançava a mão na frente do rosto. Eu abri a boca pra tentar os contar o que eu vi, mas Hermione já falava na minha frente.

— O que vo...

— Depois, Mione. Temos que ir, vamos! — Se adiantou Rony a atropelando

— Ir pra ond...

   Em algum lugar uma mulher gritou. Olhei a volta e percebi grande parte dos estudantes saindo apressados do salão principal pra ver o que acontecia, Rony e Mione já se levantaram, então fiz o mesmo.
  
   Os gritos vinham do Saguão de Entrada; tornaram-se mais fortes à medida que me aproximava atrás dos outros dois. Quando cheguei ao alto, encontrei o saguão já praticamente cheio; os alunos tinham acorrido em massa do Salão Principal para ver o que estava acontecendo; outros lotavam a escadaria de mármore. Seguindo Rony e Mione abri caminho por um grupo compacto de alunos altos da Slytherin, e vi que os espectadores haviam formado um grande círculo, uns pareciam chocados, outros até temerosos. A Profa. McGonagall estava defronte a mim do outro lado do saguão; dava a impressão de estar se sentindo ligeiramente nauseada com o que via.

   A Profa. Trelawney encontrava-se no meio do Saguão de Entrada com a varinha em uma das mãos e uma garrafa vazia de xerez na outra, parecendo completamente tresloucada. Seus cabelos estavam em pé, os óculos de tal maneira tortos que um olho estava mais aumentado do que o outro; seus inúmeros xales e cachecóis caíam desalinhados dos ombros, dando a impressão de que ela própria estava se rompendo. Havia dois malões no chão aos seus pés, um deles de tampa para baixo; dava a impressão de que fora atirado atrás dela. A Profa. Trelawney olhava fixamente, cheia de terror, para alguma coisa que eu não podia ver, mas que parecia estar parada ao pé da escadaria.

— Não! — Gritava ela — NÃO! Isto não pode estar acontecendo... não posso... me recuso a aceitar!

— Você não viu que isso ia acontecer? — Perguntou uma voz infantil e aguda, parecendo insensivelmente risonha, e deslocando-me ligeiramente para a direita, constatei que a visão aterrorizante de Trelawney era nada mais que a Profa. Umbridge — Incapaz como você é de prever até o tempo que vai fazer amanhã, certamente deve ter percebido que o seu lamentável desempenho durante as minhas inspeções, e a ausência de melhoria, tornaria inevitável a sua demissão?

— Você não p-pode! — Berrou a Profa. Trelawney, as lágrimas escorrendo pelo rosto por baixo das lentes enormes — Você não pode me demitir! Est-tou aqui há dezesseis anos! H-Hogwarts é a minha c...c-casa!

— Era sua casa... — Disse a Profa. Umbridge, e senti revolta de ver o prazer que distendia a cara de sapo da Umbridge enquanto apreciava a Trelawney afundar, soluçando descontrolada, sobre um dos malões — ... até uma hora atrás, quando o ministro da Magia contra-assinou a ordem para sua demissão. Agora, tenha a bondade de se retirar do saguão. Você está nos constrangendo.

   Mas ela continuou contemplando, com uma expressão de prazer triunfante, a Profa. Trelawney tremer e gemer, balançando-se para a frente e para trás em seu malão, tomada de paroxismos de pesar. Eu ouvi um soluço abafado à minha esquerda e me virei. Lavender e Parvati choravam baixinho abraçadas, Amélia, porém, não estava com elas.

    Ouvi então passos. A Profa. McGonagall se destacava dos espectadores, marchara direto para Trelawney e estava lhe dando palmadinhas firmes nas costas, ao mesmo tempo que puxava um enorme lenço de dentro das vestes.

— Pronto, pronto, Sibila... se acalme... assoe o nariz no lenço... não é tão ruim quanto você está pensando, agora... você não vai precisar sair de Hogwarts...

— Ah, sério, Profa. McGonagall?! —Exclamou Umbridge em tom letal, dando alguns passos à frente.

— E a sua autoridade para afirmar isso é...?

— A minha. — Disse uma voz grave

   As portas de carvalho da entrada tinham se aberto. Os estudantes de ambos os lados se afastaram depressa, e Dumbledore apareceu na entrada. O que ele andara fazendo lá fora eu nem podia imaginar, mas havia algo impressionante naquela visão recortada contra a noite estranhamente brumosa. Deixando as portas escancaradas, ele atravessou o círculo de espectadores em direção à trêmula Profa. Trelawney, sentada no malão com o rosto manchado de lágrimas, e à Profa. McGonagall ao seu lado. Dentre os alunos que se afastaram, consegui ver ao longe, os negros e cheios cabelos de Amélia, mas ao lado de outros louros-brancos. O que ela estava fazendo falando com o Draco!? Por que ela está com ele!? Falando com ele!?  Nem tive tempo de pensar muito, pois Umbridge tornara a falar.

— Sua, Prof. Dumbledore? — Disse ela com uma risadinha particularmente desagradável — Receio que o senhor não esteja entendendo a situação. Tenho aqui... — Ela puxou um pergaminho de dentro das vestes — uma ordem de demissão assinada por mim e pelo ministro da Magia. De acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Três, a Alta Inquisidora de Hogwarts tem o poder de inspecionar, colocar sob observação e demitir qualquer professor que ela, isto é, eu, ache que não está desempenhando suas funções conforme exige o Ministério da Magia. Eu decidi que a Profa. Trelawney está abaixo do padrão esperado. Eu a demiti.

    Para minha grande surpresa, Dumbledore continuou a sorrir. Ele baixou os olhos para a Profa. Trelawney, que continuava a soluçar e a engasgar em cima do malão, e disse:

— A senhora está certa, é claro, Profa. Umbridge. Como Alta Inquisidora, a senhora tem todo o direito de despedir meus professores. No entanto, não tem autoridade para expulsá-los do castelo. Receio — Continuou ele com uma leve reverência — que o poder de fazer isto ainda pertença ao diretor, e é meu desejo que a Profa. Trelawney continue a residir em Hogwarts.

   Ao ouvir isso, Trelawney deu uma risadinha tresloucada que mal escondia um soluço.
  
— Não... não, eu v-vou, Dumbledore! V-vou embora de Hogwarts p-procurar minha fortuna algures...

— Não. — Afirmou Dumbledore com severidade — É meu desejo que você permaneça, Sibila.

   Ele se virou então para a Profa. McGonagall.

— Será que posso lhe pedir para acompanhar Sibila de volta aos aposentos dela?

— É claro. — Disse McGonagall — Vamos, levante-se, Sibila...

    A Profa. Misttigan saiu correndo da aglomeração e segurou o outro braço de Trelawney, a Profa. Sprout também se aproximou. Juntas, elas passaram por Umbridge e subiram a escadaria de mármore. O Prof. Flitwick se apressou em segui- las, empunhando a varinha à frente; disse com a vozinha esganiçada: “Locomotor malas!”, e a bagagem da Profa. Trelawney se ergueu no ar e subiu as escadas atrás dela, o Prof. Flitwick fechou o cortejo.

    A Profa. Umbridge estava paralisada, encarando Dumbledore, que continuava a sorrir bondosamente.

— E o que — Perguntou ela com um sussurro que ecoou pelo saguão — você vai fazer com Sibila quando eu nomear uma nova professora de Adivinhação e precisar dos aposentos dela?

— Ah, isso não será problema. — Disse Dumbledore em tom agradável — Sabe, já encontrei um novo professor de Adivinhação, e ele prefere ficar no andar térreo.

— Você encontrou...?! — Exclamou Umbridge estridentemente — Você encontrou? Permita-me lembrar-lhe, Dumbledore, que, de acordo com o Decreto Educacional Número Vinte e Dois...

— O ministro tem o direito de indicar um candidato adequado se, e apenas se, o diretor não puder encontrar um. — Citou Dumbledore — Tenho o prazer de lhe informar que desta vez o encontrei. Posso apresentá-lo a você?

   E se virou para as portas abertas, pelas quais agora entrava a névoa noturna. Eu ouvi o ruído de cascos. Correu um murmúrio de espanto pelo saguão e os que estavam mais próximos das portas rapidamente recuaram mais, alguns tropeçando na pressa de abrir caminho para o recém-chegado.

   Em meio à névoa surgiu um rosto que eu acreditei conhecer: cabelos louro-prateados e surpreendentes olhos azuis; a cabeça e o tronco de um homem se completavam com o corpo de um cavalo baio.

— Este é Firenze. — Disse Dumbledore, feliz, a uma assombrada Umbridge — Creio que você o aprovará.

  Hello bruxinhoooos!!!

  Como estamos?

   Primeiro capítulo da maratona de hoje disponível. Mais tarde estarei disponibilizando o bônus do Draco... e de noite o último capítulo da maratona.

   É isso, amo tanto vocês que sempre arrumo um tempinho, desculpem a demora pra postar o capítulo, estava ocupada mais cedo hihihi...

   Nos vemos mais tarde

—  Bjocasss da tia Nick que finalmente é maior de idade agora kkkk

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