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44 | Anatidaephobia and the Vision of Freedom

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44. Anatidaefobia
e a Visão de Liberdade
       
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  A pergunta certa seria: “Onde está o George?”
 
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   Eu realmente estava com saudade de Hogwarts, mesmo com todos os acontecimentos era ótimo estar de volta. Nem imaginava o tanto que estava ansiosa pra ver Lavender, é difícil ficar longe da minha melhor amiga, além dela, foi ótimo rever Parvati, a quem eu agradeci pelos maravilhosos doces indianos, também senti falta de Amélia, a qual eu não conversei muito, ela estava meio distante. E além das minhas melhores, havia, é claro, meu namorado.

— Que saudade! — Exclamou ele assim que me encontrou na Comunal — Como foi o Natal? Como seu pai está? Meu Deus, parece que se passaram séculos sem a gente se ver.

   Lee Jordan é um fofo, não tinha como negar.

   Quando chegou o dia seguinte, não pude deixar de notar que Harry passou a maior parte dele com medo do anoitecer. Medo, o medo é uma sensação forte, forte demais, era como se eu sentisse fragmentos dessa emoção mesmo estando a metros de distância. Diria que os dois tempos de Poções pela manhã nada fizeram para dissipar a agitação do menino, pois Snape foi desagradável como sempre. Seu desânimo se acentuou porque os membros da AD o procuraram constantemente pelos corredores durante os intervalos das aulas, perguntando, esperançosos, se haveria reunião àquela noite.

— Avisarei a vocês como de costume quando marcar a próximo. — Repetiu Harry várias vezes — Mas não pode ser hoje à noite, tenho que ir... hum... a uma aula de reforço de Poções.

— É, jeito errado. — Sibilou Mia em risinhos, ela vinha flutuando ao meu lado e mexia no cabelo despreocupada como se o penteasse com os dedos — Eu sendo ele diria “tenho detenção”, ir pra detenção com o Snape é melhor do que dizer que tem aulas de reforço com ele.

— Detenção é melhor que reforço? — Indagou Cedric franzindo a testa pra garota — Desde quando?

   Eu só os escutava sem me preocupar,
mas logo percebi que no fundo Mia tinha um ponto, e foi quando Harry repetiu a história das aulas de reforço para o idiota da Huflepuff, por nome de Zacarias Smith.
  
— Você tem aula de reforço em Poções? — Perguntou ele com ar de superioridade, abordando-nos no Saguão de Entrada, depois do almoço — Puxa vida, você deve ser péssimo. Snape não costuma dar aulas particulares, ou costuma?

   Quando Zacarias se afastou com irritante vivacidade, Rony acompanhou-o de cara feia.
  
— Devo azará-lo?, ainda dá para acertar daqui. — Disse, erguendo a varinha e mirando entre as espáduas de Zacarias

— Se quiser eu faço ele pensar que tem uma cobra seguindo ele. — Propus, deixando Marshall pular no chão e o observando sair saltitando a procura de qualquer um dos meus elfos

— Deixa pra lá. — Disse Harry, deprimido — É o que todos vão pensar, não é? Que sou realmente bur...

— Oi, Harry. — Disse uma voz a nossas costas. Ao mesmo tempo que nos viramos, vimos Cho Chang

— Ah! — Exclamou Harry, seu estômago dando um salto desconfortável — Oi.

  “Saiam daqui, vamos sumam logo.”, a mente de Harry implorava, “Não me façam passar vergonha na frente dela de novo.” Será que ele sabia que eu podia ouvir?
 
— Vamos estar na biblioteca, Harry. — Disse Hermione com firmeza, agarrando Rony acima do cotovelo, depois me puxando com o outro braço e nos arrastando em direção à escadaria de mármore

— Parece que você ler mentes. — Ri de leve pra Hermione, que me olhou com um ‘quê’ desentendido — O Harry estava dizendo algo como “Saiam daqui, vamos sumam logo, não me façam passar vergonha de novo.”, só não sei se ele sabia que eu estava lendo a mente dele.

— Você ler mentes!? — Exclamou Rony, incrédulo

   A essa altura Hermione já soltara nossos braços e subiamos livremente os degraus.
  
— A Rox não ler mentes, Rony. — Interveio Mione — Como uma Médiumaga, ela apenas é excepcionalmente competente em Legilimência...

— Na tradução significa: Ler mentes. — Rony retrucou

— Não. — A garota revirou os olhos, impaciente — Legilimência é a capacidade de extrair sentimentos e lembranças da memória de outras pessoas...

— Ou seja, ler mentes!

— Ah, Rony! Somente os trouxas falam a expressão “ler mentes”, você devia saber disso. A mente não é um livro que se abre quando se quer e se examina ao bel-prazer. Os pensamentos não estão gravados no interior do crânio, para serem examinados por qualquer invasor. A mente é algo complexo e multiestratificado, ou pelo menos a maioria das mentes é.

   Rony piscou os olhos para Hermione e deu de ombros, como se não estivesse nem aí e de qualquer forma para ele Legilimência é a arte de ler mentes, Hermione no entanto continuou a falar:

— ... mas é verdade que aqueles que dominam a Legilimência são capazes, sob determinadas condições, de penetrar as mentes de suas vítimas e interpretar suas conclusões corretamente. Acredito que Você-Sabe-Quem é Legilimente, ou seja, quase sempre ele sabe quando alguém está mentindo para ele e pode entrar na mente de qualquer pessoa. Somente os peritos em Oclumência podem ocultar os sentimentos e lembranças que contradiriam a mentira, e conseguem dizer falsidades em sua presença sem serem apanhados.

— Por isso o Harry precisa aprender Oclumência, não é? — Perguntei, mesmo sabendo a resposta

— Sim, é por isso. — Respondeu Hermione

   Eu então lembrei de algo. Quando eu e Harry contamos a Dumbledore da visão que a cobra atacava meu pai, ele sussurrou “Oclumente”, será que eu, além de ter Legilimência, também possuía Oclumência?

— Tá me escutando!? — Rony me balançou, me fazendo voltar a tona e olhar para ele

— Que foi?

— Se, por um acaso, eu descobrir que você tá lendo minha mente, vou dizer a todo mundo que você dorme com ursinho de pelúcia, e que além de Aracnofobia, você tem medo de patos. — Ameaçou ele me fazendo recuar

— Cala a boca! — Mandei, sentindo minhas bochechas corarem, meu rosto devia estar totalmente vermelho

— Você tem medo de patos? — Hermione arqueou uma sobrancelha

— Como alguém pode confiar naqueles bichos, eles nos olham como se soubessem nossa vida, o jeito que nos perseguem, que...

— Quack! — Junto com a perfeita imitação senti algo que lembrava uma bicada na minha perna, e saltei para longe dando um alto grito e suando frio

— RONALD! — Berrei irritada ao ver que meu irmão gargalhava. Ele tinha se abaixado e similou uma bicada de pato junto com a imitação — NÃO TEVE GRAÇA!

   Ele ainda ria. Hermione deixou escapar uma risada também, e vi Mia cobrir a boca com as mãos.

— Espero que você morra engasgado com uma bala cheia de bicho gosmento. — Rosnei para meu irmão, ajeitando minha mochila nas costas, apressei o passo e andei pra qualquer canto

   Agora pronto, era errado ser  apaixonada por animais e ter Aracnofobia e Anatidaefobia?

//
1989

— Vocês vem ou não? — A pergunta vinha de Fred e George

   Os dois já estavam parados na porta da Toca, ambos segurando um pote de vidro na mão e com uma mochila nas costas, apressados, mas esperando...

— Tô indo! Tô indo! — Me apressei em dizer posicionando meu boné azul marinho em minha cabeça, ele caía bem no meu cabelo ruivo, era como se destacasse a tonalidade; corri então para sala onde os gêmeos esperavam, eu segurava uma maçã que havia pegado na fruteira e joguei-a na mochila azul que carregava, também com um frasco de vidro em seu bolso

   Rony ainda estava sentado amarrando o cadarço do seu sapato. Seu próprio pote de vidro em cima da mesa a sua frente, além de um pacote de salgadinhos e uma lanterna.

— Posso ir com vocês? — Perguntou uma voz mimada. Ginny estava com seu vestido amarelo com pequenas flores, parada à mesa da cozinha nos olhando

— Não. — Dissemos Fred, George e eu ao mesmo tempo

— Mas eu também quero caçar vagalumes. — Protestou com voz mimada

— Princesas não caçam vagalumes, Ginny. — A olhei com seriedade, ela devolveu o olhar intensivo, mesmo parecendo querer se ajoelhar e implorar pra ir junto

   Já fora suficientemente difícil fazer mamãe nos deixar sair no pôr do sol para ir ao pântano, que ficava a uns metros da Toca, para caçar vagalumes – mentira, não fora nada difícil – imagina só, levarmos ela. Não dá, né!?

— Tô pronto. — Anunciou meu irmão gêmeo finalmente levantando-se da cadeira

— Aleluia, vamos? — Chamei animada enquanto Rony apanhava suas coisas

   Saímos de casa sem se preocupar para cara que nossa irmã caçula fazia, ninguém se importava, só queríamos ver quem pegaria mais vagalumes, esse era o caso.

   Os gêmeos estavam tão chatos como sempre, e amavam irritar a mim e Rony, mas como havíamos feito uma aposta em relação aos vagalumes, eles estavam um pouco mais legais.

— Segura o lampião direito, Rony! — Exclamei para meu irmão; ok, eu sabia que nem estava tão escuro, a noite estava claríssima e o sol nem tinha se posto ainda, mas incomodava ver meu irmão tremendo a mão que segurava o objeto

— Quer segurar? — Perguntou bravo

— Me dá vai. — E arranquei dele enquanto continuavamos a caminhada

   Foram quase seis minutos andando, Rony meio reclamando, meio com medo. Fred e George cantarolando e dando sustos no meu irmão gêmeo, mas felizmente chegamos no local onde os vagalumes costumavam ficar.

   As árvores eram altas e espessas, tinham folhas e galhos quebrados por toda parte, além de bichinhos.

— Aí, cópias baratas, não morram ou se machuquem ou a mamãe mata a gente. — Mandou Fred e saiu para um canto enquanto abria o pote

   Eu coloquei o lampião no chão, o dia estava começando a ficar escuro, mas as estrelas iluminavam bem a noite. Rony se sentou no chão e encostou-se na árvore para terminar seus salgadinhos, disse que só levantaria ou caçaria vagalumes depois de comer. Eu dei de ombros e apanhei então a maçã da minha mochila, logo a largando no chão, estava com fome.

   Dei uns passos pra perto da água, onde estava meio escuro e mordisquei a fruta em minhas mãos, despreocupadamente, mas atenta a qualquer luz que indicasse a aproximação de um vagalume.

   Vi, então, uma duas pequenas luzinhas como se flutuando pouco acima da água e fiquei parada apenas vendo se aproximar e se aproximar mais, duas luzes âmbar envoltas de uma camada vermelha e esquisita... continuei olhando, a maçã indo ao encontro da minha boca de novo, as luzes me observando atentamente, e aí...

— AAH! — Berrei assim que me notei já caída no chão, pequenos galhinhos haviam se partido e minha cabeça meio que atingiu uma pequena pedra; um animal saíra da água, bateu as asas em questões de segundos e se atirou em meu rosto, tão depressa que me fez cair, e agora ele estava em cima de mim que gritava — AHHH! SAI! SAI! SAI!

   Eu amava animais, sempre amei, mas aquele pelo negro com apenas uns detalhes branco não me trazia uma sensação boa, nem a maneira que eu era bicada. Continuei a gritar e atirei a maçã na água, apenas para ver se àquela ave ia embora, mas não funcionou, senti asas sendo batidas bem a frente do meu rosto, e o bico da ave ainda tocava minha pele agressivamente.

— Rox. — Dizia um Rony apreensivo, mas sem atitude alguma

   Até que percebi alguém tirar o animal de cima de mim, o jogando novamente na água.

— Um pato? — Fred piscou os olhos, uma mescla de surpresa e desentendimento, olhou do animal para mim, deitada no chão atordoada — Como assim, tu fosse atacada por um pato?

— Era um monstro. — Abracei meu corpo, eu tremia e suava frio, olhei para o lago vendo mais pares de olhos âmbar envoltos de uma tonalidade avermelhada e me afastei depressa da água

— Foi só um pato. — Alegou George, parecendo com vontade de rir

   Eu continuava me arrastando pra longe da água, mais aí ouvi um “Quack, quack” e uma segunda ave de pelos pretos com uma linha branca, olhos âmbar e um bico, se aproximou.

Aaahhhhh, patos, patos! — Me levantei e simplesmente saí correndo dali
  
//

   Essa fobia podia ser tudo, menos frescura. Atualmente não posso ver um pato, ou mesmo um cisne, ganso ou marreco, sem gritar, tremer e suar frio, podendo até passar mal e desmaiar... eu tinha nove anos, nunca pensei que essas aves fossem agressivas. Respirei fundo e voltei a andar, indo até a biblioteca de Hogwarts. Hermione e Rony chegaram alguns minutos depois e sentaram na mesma mesa que eu, ao qual meu irmão pediu desculpas ainda meio rindo quando Hermione lhe deu uma cotovelada. Eu só dei de ombros e fingi não escutar enquanto olhava algo no livro de Transfiguração.

   Quando Harry chegou estava saltitante de felicidade e nos contou estusiasmado que chamara Cho para ir a Hogsmeade com ele no Dia dos Namorados e que nada no mundo o entristeceria naquele dia.
  
   Às seis da tarde, no entanto, nem o clarão de ter conseguido convidar Cho Chang para sair parecia ser o suficiente para desanuviar a sensação agourenta que se intensificava nele quando se despediu de mim, Mione e Rony para ir a Sala do Snape.

— Boa sorte. — Sibilei para o garoto, tentando-lhe transmitir conforto

   Eu, meu irmão e Mione estávamos agora separando alguns livros na mochila, já que íamos novamente na biblioteca preparar uma verdadeira resma de dever que Umbridge passara recentemente. Então me despedi de Lee com um beijo e saí acompanhada pelos outros dois.

   Em silêncio, despejamos penas, pergaminhos e tinta na mesa, logo começando os afazeres. Outros alunos, quase todos do quinto ano, estavam sentados às mesas próximas, iluminadas por abajures, com o nariz grudado nos livros, as penas arranhando o papel febrilmente, enquanto o céu emoldurado pelas janelas de caixilhos escurecia sempre mais.
  
   Eu tinha a cabeça baixa e tentava formular meus pensamentos no assunto, isso até sentir uma fumaça baixa que me fez tossir de leve. Levantei meu olhar para todos os lados, mas com certeza eu não estava em Hogwarts, isso era certo... o lugar que eu estava era assustador e esquisito, a noite estava horrível, nublada. Mas, pelo que percebi, parecia que eu estava em uma torre, andando até a sacada notei a altura que eu estava e era enorme, extremamente alto, incalculável e a torre era totalmente cercada pelo mar, a água estava forte e violenta.

   Continuei pensativa, tentava entender onde estava, virei-me e observei a parede, as janelas com grade, a porta, mas só quando vi um ser de vestes pretas, encapuzado foi que eu juntei as peças.

— Azkaban... — Sussurrei horrorizada

    Mas algo estranho acontecia, ouvi vozes, gargalhadas, passos, um som nitidamente estranho.  Algo tipo uma explosão, fazendo pedras voarem pra todo lado e abrir-se um bom espaço de modo que agora eu podia ver lá dentro, se bem que não tinha nada mesmo pra se ver, até que...

    Passos, uma gargalhada horrível, vestes cinza de preso, cabelos horríveis e mal-cuidados. Era Bellatrix Black, que ria com ativez. Livre, liberta da prisão.

— Eu vou atrás de você. — Ela gargalhava para o nada, parecia biruta — Vou te encontrar, Carolla! Eu vou descobrir o que você fez com minha filha! Você vai pagar por isso!

   Meus olhos continuavam arregalados e senti cada pelo do meu corpo se arrepiar, mas foi só piscar os olhos para notar que eu estava de volta a biblioteca de Hogwarts.

— Tudo bem? — Perguntou Rony me observando, intrigado

— Espero que sim. — Suspirei voltando a olhar pro livro, mas em vão, não conseguia raciocinar nada do que estava descrito ali

   Harry apareceu na biblioteca algum tempo depois. O único outro som, que havia no ambiente agora, era o ligeiro rangido dos sapatos de Madame Pince, que percorria os corredores entre as estantes ameaçadoramente, bufando no pescoço dos que tocavam seus preciosos livros.

    Harry não parecia nada bem, quando se sentou defronte a mim e a Hermione, ficando ao lado de Rony, logo percebi que ele estava muito branco e a cicatriz parecia mais visível do que o normal.

— Como foi? — Sussurrou Hermione, e então com o ar preocupado: — Você está bem, Harry?

— Tô... ótimo... não sei. — Respondeu impaciente, fazendo careta como se estivesse sentindo alguma dor, não demorei a perceber que era por causa da sua cicatriz — Escutem... acabei de compreender uma coisa...

   E contou sobre o que acontecera na Sala de Snape, detalhe por detalhe, das vezes que ele não conseguiu fechar a mente e o professor viu suas lembranças e então no ponto que enquanto via suas memórias, lembrou-se de uma coisa importante. Harry andava sonhando havia meses com um corredor sem janelas que terminava em uma porta trancada, sem se dar conta de que era um lugar real. Revivendo a lembrança, ele entendeu que o tempo todo esteve sonhando com o corredor pelo qual correra com papai no dia doze de agosto, quando se dirigiam apressados para os tribunais no Ministério; era o corredor que levava ao Departamento de Mistérios, e era onde papai estivera na noite em que a cobra de Voldemort o atacara. E acrescentou que Snape ficara irritadiço, pra não dizer nervoso, quando Harry lhe perguntou o que tinha nesse Departamento.
  
— Então... então você está dizendo... — Sussurrou Rony, quando Madame Pince passava, rangendo os sapatos — que a arma, a coisa que Você-Sabe-Quem está procurando... está no Ministério da Magia?

   Eu não ia os dizer que tinha desconfianças que eu fosse “a arma”, estava feliz de possivelmente não ser eu.
  
— No Departamento de Mistérios, tem de estar. — Cochichou Harry — Vi a porta quando o seu pai me levou à audiência nos tribunais, e decididamente é a mesma que ele estava guardando quando a cobra o mordeu.

   Hermione deixou escapar um suspiro longo e lento.
  
— Claro. — Sussurrou

— Claro o quê? — Perguntei, meio impaciente.

— Rox, pare e pense... Estúrgio Podmore estava tentando passar por uma porta no Ministério da Magia... deve ter sido a mesma, seria coincidência demais!

— Como é que o Estúrgio estava tentando arrombar a porta se ele está do nosso lado?— Perguntou Rony

— Bom, não sei. — Admitiu Hermione — É meio estranho...

— Então o que é que tem no Departamento de Mistérios? — Perguntou Harry a mim e Rony — O pai de vocês alguma vez disse alguma coisa?

— Eu sei que eles chamam as pessoas que trabalham lá de “Inomináveis”. — Falei franzindo a testa.— Porque ninguém parece saber realmente o que elas fazem.

— Um lugar um tanto esquisito para guardar uma arma, não? — Comentou Ron

— Não é nada esquisito, faz absoluto sentido. — Retrucou Hermione — Deverá ser alguma coisa ultrassecreta que o Ministério está desenvolvendo, imagino... Harry, você tem certeza de que está se sentindo bem?

   Harry acabara de correr as duas mãos com força pela testa, como se estivesse tentando passá-la a ferro.

— Tô... ótimo... — Respondeu, baixando as mãos, que tremiam — Só estou me sentindo um pouco... não gosto muito dessa tal Oclumência.

— Acho que qualquer um se sentiria abalado se tivesse a mente atacada tantas vezes seguidas. — Suspirei baixando a cabeça e a deitando sobre um livro

— Ela tem razão. — Consolou-o Hermione — Não seria melhor voltarmos à sala comunal? Ficaremos um pouco mais confortáveis lá.

    Mas encontramos a sala comunal lotada, cheia de gritos, risos e agitação; Fred estava demonstrando sua última invenção para a loja de logros e brincadeiras, porém, estranhamente George não estava com ele e sim Lee Jordan.
   
— Chapéus sem Cabeças! — Anunciava Lee, enquanto Fred apontava para um chapéu cônico decorado com uma pluma cor-de-rosa para os colegas que assistiam a ele — Dois galeões cada, olhem só o Fred, agora!

   Fred levou o chapéu à cabeça com um gesto largo, sorrindo. Por um segundo, ele pareceu realmente idiota; então ambos, chapéu e cabeça, desapareceram. Várias meninas soltaram gritinhos, mas todos os outros deram gostosas gargalhadas.

— Tire o chapéu! — Gritou Lee, e a mão de Fred apalpou por um momento o que parecia ser apenas vento sobre o seu ombro; então a cabeça reapareceu quando, com um novo gesto largo, ele tirou o chapéu emplumado

— Qual é a mágica desses chapéus, então? — Perguntou Hermione, distraindo-se do dever que estava fazendo para apreciar Lee e Fred —Quero dizer, obviamente usaram algum tipo de Feitiço da Invisibilidade, mas é muito criativo ampliar o campo da invisibilidade para além dos limites do objeto enfeitiçado... Mas imagino que o feitiço não dure muito tempo.

— A pergunta certa seria: “Onde está o George?” — Disse Rony

   Harry não falava coisa alguma; parecia estar se sentindo muito mal.

— Boa pergunta. Vou lá descobrir. — Falei para Ron já indo de encontro ao meu namorado e meu irmão mais velho — Oi.

— Olha só se não é a menina mais linda de Hogwarts. — Lee me comprimentou com um abraço e um beijo no topo da cabeça, no qual Fred fingiu vomitar

— Você disse que ia me ajudar, então tenta não flertar com a minha irmã mais nova enquanto isso!? Pode ser? — Propôs o ruivo

— Cadê o George, hem?

   Fred e Lee se entreolharam, porém, enquanto meu namorado parecia hesitar, Fred mostrou-se um tanto irritado.

— Por que não pergunta pra sua amiga, hem!? Aí ela te diz. — Resmungou

   Eu olhei pra Lee, sem entender, o moreno lançou um olhar sério, mas impassível, para o meu irmão, como se o mandasse se acalmar e me puxou pra um lado.

— Que amiga? Eu não entendi. — Revelei quando paramos um pouco longe de Fred

— Amélia e George terminaram. — Explicou suspirando — Na verdade ela terminou com ele, ele tá arrasado, gostava mesmo dela, e olha que nunca vi George tão gamado em uma garota assim.

   Meu queixo caiu. Amélia era caída de amores por George, como ela podia ter simplesmente terminado? Era uma pegadinha, não é?

— A Lia...? — Eu olhei pra Lee, incrédula, e depois observei Fred de longe que disfarçava sua irritação mostrando o chapéu para as pessoas

— É.

— Por que?

— Acha que eu sei? Eles tavam ótimos antes do Natal, depois ele disse que ela estava esquisita e do nada terminou. Ela é sua amiga, não é? Você não sabe de nada?

— Não. — Revelei ainda sem conseguir raciocinar — Mas a Amélia é apaixonada pelo George.

— Apaixonada ou não, a garota quebrou o coraçãozinho do meu brother, esse é o caso. Fred tá uma fera com a menina, por isso eu vim ajudar na divulgação do produto novo deles.

— Mas onde o George está?

— Dormitório, ou no banheiro tentando se matar afogado, falando nisso... vou ter mesmo que subir daqui a pouco pra ver se ele está vivo.

— Lee você vem ou não!? — Chamou um Fred impaciente do outro lado da sala

— Tô indo, tô indo! — Suspirou Lee, logo voltando a me olhar — Melhor eu ir, boa noite, estrelinha.

— Boa noite, gatinho. — Ele se abaixou e me deu um beijo antes de voltar até onde Fred estava e eu ir onde o meu trio me esperava, ambos largados em poltronas com os livros espalhados na mesa

— E... ? — Perguntou um Rony ríspido

— George e Amélia terminaram, ele não está bem em condições de fazer qualquer coisa. — Revelei me jogando em uma poltrona e arrancando olhares perplexos dos três

— Quê? — Rony quase se engasgara com ar

— A Amélia? — Hermione parecia tão incrédula quanto eu

— Eles tavam namorando? — Harry franziu a testa, nos fazendo o olhar — Que foi? Eu não sabia.

— Desde o baile de inverno, eu acho.

   Encostei meu cotovelo no braço da poltrona e deitei minha cabeça na mão, soltando um leve bocejo e com a mínima vontade de fazer qualquer coisa.
  
— Desisto. — Anunciou Harry — Vou ter de fazer isso amanhã. — E tornou a enfiar na mochila os livros que acabara de tirar

— Bom, anote na sua agenda de deveres então! — Disse Hermione animando-o — Para não esquecer.

   Harry e Rony se entreolharam quando ele meteu a mão na mochila, tirou a agenda e abriu-a hesitante. Eu continuava com a cabeça deitada na mão.

   “Não deixe o dever para mais tarde, seu grande preguiçoso!”, ralhou o livro enquanto Harry anotava o dever da Umbridge. Hermione sorriu.

— Acho que vou me deitar. — Disse Harry, guardando a agenda na mochila e registrando mentalmente a intenção de jogá-la na lareira na primeira oportunidade que tivesse

    Atravessou então a sala comunal, fugindo de Fred, que tentava colocar nele o Chapéu sem Cabeça, e alcançando o frescor da escada de pedra para o dormitório dos meninos.

— Também vou dormir. Noite, pessoas. — E me levantei arrastando minha mochila comigo, e logo subindo a escada em aspiral para o dormitório, Hermione resolveu ficar por lá já que ainda estava cedo

   Eu esperava encontrar o quarto vazio, mas no fundo eu já imaginava que não estaria.

— Lia... — Chamei em voz baixa assim que adentrei o local e vi a garota de cabelos cacheados sentada em sua cama, segurava uma coisa pequena que lembrava um ursinho de pelúcia e ela chorava, chorava muito, apenas observando o objeto

   Ela levantou a cabeça assim que me viu e ouviu minha voz, fungou tentando disfarçar e agir como se não estivesse chorando.

— O-oi... oi, Rox.

— Eu já sei do que houve, por que você terminou? Você é louca por ele.

   Amélia estava estranha a tanto tempo que eu não fazia mais ideia do que passava na cabeça dela. Mais lágrimas caíram de seus olhos de chocolate, eu me aproximei um pouco, Lia então virou a pelúcia para que eu pudesse ver, era uma pequena raposinha com um vestido rosa, quando a menina apertou a barriga do animal, a pelúcia disse com voz doce: “Te adoro, docinho.”

— O George me deu no Natal. — Ela chorava mais agora

— Lia... me diz o que você tem, por favor. — Insisti, estava começando a ficar amargurada por ela

— Amanhã vai ser um dia longo. — Ela falou olhando para um ponto vago no quarto, então suspirou voltando a me observar com seus olhos inchados — Melhor eu ir dormir, não me pergunta mais sobre isso, por favor.

   Ela agarrou a raposa e se escondeu nas cobertas da sua cama, fazendo questão de puxar as cortinas e desaparecer nelas. Amélia não queria me contar, e sua mente parecia ter cadeados contra invasores, eu nunca consegui a decifrar, mas uma coisa ficou na minha cabeça... O que Amélia queria dizer com “Amanhã o dia vai ser longo.”?

  Hello bruxinhoooos!!

  E aí, como estamos?? Kkkkkk

  Sexta-feira é niver dos gêmeos, mas eu estou na mente é com uma ideia de fazer um bônus do Draco que vai ligar com os acontecimentos da história no presente momento...

   Bom não sei... Mas, talvez eu esteja trazendo uma surpresinha pra vocês segunda feira que vem, o que acham?

   Um presentinho de aniversário ( No caso o niver é meu mesmo _:)

  Kkkkkkkkkk. Bom, quarta-feira eu explico melhor pra você

– Bjos da tia Nick.

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