35 | The Half-Blood and the Muggle-Born
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35. A Mestiça e a
Nascida Trouxa
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O ódio de si mesmo é a pior coisa que pode existir. É o que nos faz detestar tanto o próximo.
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— Entrem aqui embaixo! — Disse Harry depressa; agarrando a Capa da Invisibilidade, ele a rodou no ar para cobrir Hermione e ele, enquanto Rony e eu dávamos a volta na mesa e mergulhavámos sob a capa também
Agarrados, nós quatro recuamos para um canto. Canino latia nervoso para a porta. Hagrid parecia completamente confuso.
— Hagrid, esconda nossas canecas!
Hagrid apanhou as três canecas que eu, Harry e Rony usávamos e escondeu-as sob a almofada da cesta de Canino, queagora saltava contra a porta; Hagrid empurrou-o para o lado com o pé e a abriu.
A Profa. Umbridge estava parada ali, trajando o seu casaco de tweed verde e o gorro combinando, com abas sobre as orelhas. Os lábios contraídos, ela recuou para olhar o rosto de Hagrid; mal chegava ao seu umbigo.
— Então. — Disse ela devagar e em voz alta, como se estivesse falando com alguém surdo — Você é oHagrid, não é?
Sem esperar pela resposta, ela entrou na sala, os olhos saltados girando em todas as direções.
— Sai para lá! — Exclamou ela com rispidez, sacudindo a bolsa contra Canino, que saltara em cima dela e tentava lamber seu rosto
— Hum... não quero ser mal-educado. — Disse Hagrid, encarando-a — Mas, diabos, quem é a senhora?
— Meu nome é Dolores Umbridge.
Seus olhos esquadrinhavam a cabana. Duas vezes, olhou diretamente para o canto em que estávamos, como se de alguma forma pudesse nos ver ou estivesse a nossa procura.
— Dolores Umbridge?! — Exclamou Hagrid, parecendo inteiramente confuso — Pensei que a senhora fosse do Ministério, a senhora não trabalha com Fudge?
— Eu era subsecretária sênior do ministro. — Confirmou ela, agora andando pela cabana e obsorvendo cada mínimo detalhe, desde a mochila de viagem encostada à parede até a capa de viagem largada sobre a cadeira — Agora sou professora de Defesa Contra as Artes das Trevas...
— Tem muita coragem. — Disse Hagrid — Não tem mais muita gente que queira aceitar esse cargo.
— ... e Alta Inquisidora de Hogwarts. — Continuou ela, não demonstrando que o ouvira
— E o que é isso? — Perguntou Hagrid, franzindo a testa
— É exatamente o que eu ia perguntar. — Disse Umbridge, apontando para os cacos de louça no chão que restavam da caneca de Hermione
— Ah. — Disse Hagrid, com um olhar contrariado para o canto em que estávamos escondidos — Ah, isso foi... foi o Canino. Ele quebrou a caneca. Então tive de usar esta outra.
Hagrid apontou para a caneca da qual estava bebendo, uma das mãos ainda comprimindo a carne de dragão sobre o olho. Umbridge estava de frente para ele agora, examinando cada detalhe de sua aparência, como fizera com a cabana.
— Ouvi vozes. — Disse ela em voz baixa
— Tá precisando se tratar, hem. — Dizia a voz infantil de Mia, no qual Ced deixou escapar uma risada — Pois é, minha cara vaca cor-de-rosa, a velhice chega pra todos, menos pra quem já morreu.
— Cala a boca, Lourence. — Mandou Ced ainda sorrindo, eu abri um semi-sorriso
— Eu estava conversando com o Canino. — Respondeu Hagrid corajosamente
— E ele estava conversando com você?
— Bom... de certa maneira. — Respondeu Hagrid, parecendo pouco à vontade — Às vezes digo que Canino é quase humano...
— Há quatro pares de pegadas na neve que vêm do castelo à sua cabana. — Disse Umbridge com astúcia
Hermione ofegou; Harry tampou a boca da amiga com a mão. Por sorte, Canino estava farejando alto em volta da barra da saia da Profa Umbridge, e ela não pareceu ter ouvido. Arregalei meus olhos e apertei a mão de Rony nervosa.
— Bom, eu acabei de voltar. — Explicou Hagrid, indicando com sua manzorra a mochila — Talvez alguém tenha vindo me visitar mais cedo e não tenha me encontrado.
— Não há pegadas saindo de sua cabana.
— Bom, eu... eu não sei por que seria... — Respondeu Hagrid, puxando nervosamente a barba etornando a olhar para o canto em que estávamos, como se pedisse ajuda — Hum...
— Diz pra ela que eles viraram espíritos, Hagrid. — Sibilou Mia — E que vão puxar o pé dela de madrugada.
Umbridge se virou e andou pela cabana estudando tudo atentamente. Abaixou-se para espiar embaixo da cama. Abriu os armários de Hagrid. Passou a cinco centímetros de onde eu, Mione e os meninos estávamos colados contra a parede; Harry chegou a encolher a barriga quando ela passou.Depois de espiar dentro do enorme caldeirão que Hagrid usava para cozinhar, ( “A vaca é folgada, vum”, exclamou Mia, “será que ela achou que Hagrid fosse a versão masculina da bruxa de João e Maria? Porque pra achar que eles estariam em um caldeirão só pode ser isso.”) ela se virou e disse:
— Que foi que aconteceu com você? Como foi que se feriu dessa maneira?
Hagrid retirou depressa a carne de dragão do rosto, o que na minha opinião foi um erro, porque o hematoma preto e roxo em volta do seu olho agora estava claramente visível, sem falar no sanguerecente que congelara em seu rosto.
— Ah... tive um pequeno acidente. — Disse pouco convincente
— Que tipo de acidente?
— Aaa... tropecei.
— Tropeçou. — Repetiu ela calmamente
— É, foi. Na... na vassoura de um amigo. Eu não voo. Bom, olhe bem o meu tamanho, acho que não haveria vassoura que aguentasse comigo. Um amigo meu cria cavalos abraxanos. Não sei se a senhora já viu algum, bichos enormes, alados, sabe, eu tinha dado uma volta em um deles e estava...
— Onde é que você esteve? — Perguntou Umbridge interrompendo calmamente a tagarelice deHagrid
— Onde é que eu...?
— Esteve, isso mesmo. O trimestre começou há dois meses. Outra professora precisou cobrir suas aulas. Nenhum dos seus colegas soube me dar informação alguma sobre o seu paradeiro. Você nãodeixou endereço. Onde esteve?
Houve uma pausa em que Hagrid encarou Umbridge com o olho que acabara de destampar. Dava quase para ouvir seu cérebro trabalhando furiosamente.
— Estive... estive fora tratando da saúde.
— Tratando da saúde. — Repetiu a Profa. Umbridge. Seus olhos perpassaram o rosto descolorido e inchado de Hagrid; o sangue de dragão pingava lenta e silenciosamente em seu colete — Entendo.
— É. — Continuou Hagrid — Um pouco de ar fresco, a senhora entende...
— Entendo, como guarda-caça deve ser difícil encontrar ar fresco. — Disse Umbridge meigamente. Apequena área do rosto de Hagrid, que não estava preta ou roxa, corou.
— Bom... mudança de cenário, a senhora sabe...
— Cenário de montanhas? — Tornou Umbridge rápida
Ela sabe, pensei desesperada, mas como ela sabe!?
— Montanhas? — Repetiu Hagrid, claramente pensando rápido — Não, preferi o sul da França. Um pouco de sol e... e mar.
— Verdade? Você não parece ter se bronzeado muito
— Não... bom... pele sensível. — Respondeu Hagrid, tentando sorrir insinuante. Reparei então que ele havia perdido dois dentes.
Umbridge olhou-o com frieza; o sorriso dele vacilou. Então ela ergueu a bolsa para abraçá-la contra o corpo e disse:
— Naturalmente, vou informar ao ministro o seu atraso em voltar.
— Certo. — Respondeu Hagrid, confirmando com um aceno de cabeça
— Você precisa saber também que, como Alta Inquisidora, tenho o dever espinhoso mas necessário de inspecionar os meus colegas. Portanto, é provável que muito breve nos vejamos de novo.
Ela se virou bruscamente e se dirigiu à porta.
— A senhora está nos inspecionando? — Repetiu Hagrid sem entender, olhando para as costas da bruxa
— Ah, sim. — Respondeu Umbridge mansamente, virando-se para olhá-lo, a mão na maçaneta — O Ministério está resolvido a extirpar os professores incompetentes, Hagrid. Boa-noite.
Continuei olhando vidrada para vaca rosa, mas senti algo estranho, um formigamento e de repente eu não estava mais na cabana de Hagrid e sim em uma casa totalmente desconhecida. Era simples e diferenciada. Há um canto tinha uma lareira de tamanho mediano, em cima da qual havia alguns vasos de plantas esquisitos. Próximo a lareira, estantes de madeira de carvalho cheia de livros. Comecei a olhar a volta, tinham quadros que misteriosamente não se mexiam, uma escrivaninha com alguns cadernos em cima. Uma poltrona de couro, um sofá chesterfield e duas poltronas de chintz florido, isso além de um papel de parede amarelado e esquisito, em alguns pontos preenchido com pratos ornamentais de gatos ou flores. Andei até um canto da sala que havia uma mesinha forrada com um tecido rendado e com um objeto estranhíssimo em cima. Parecia uma caixa, aqueles botões não faziam o menor sentido. Seria um rádio? Mas rádios não tem tela. Ela meio que tinha quatro perninhas e o que pareciam ser antenas, aquilo era totalmente esquisito.
Toquei em um dos botões e de repente ouvi um barulho, um chiado. Eu saltei para trás quando a caixa se acendeu e apareceu umas pessoas em miniatura conversando. Eram tipo formiguinhas, será que estavam presos lá dentro?
— Isso só pode ser magia das trevas. — Sussurrei assustada
Mas então ouvi gritos e pessoas descendo pelo corrimão.
— ENTÃO É ISSO QUE VOCÊ ACHA, ORFORD? TÁ DIZENDO QUE A CULPA É MINHA! — Ia gritando uma mulher que aparentava ter uns trinta anos. Seu cabelo louro preso em um coque bem alinhado e usando roupas que pareciam ser dos anos 70. Ela descia a escada parecendo vermelha de raiva, um homem baixo e calvo vinha atrás dela igualmente irritado
— ESSAS COISAS QUE VOCÊ TROUXE PARA CÁ. ESSA MERDA DO SEU MUNDO! ESSA TELEVISÃO, ESSA IMUNDICE, EU NÃO AGUENTO MAIS ISSO, ELLEN! — Revidou ele
— EU NUNCA PEDI PRA FAZER PARTE DO SEU MUNDO, EU GOSTAVA BASTANTE DA MINHA VIDA SEM MAGIA ALGUMA!
Eu dei passos pra trás. Não entendia porquê eu estava nessa memória, ou muito menos quem eram essas pessoas.
— VOCÊ NÃO PEDIU!? HÁ, ENTÃO VOLTA PRO SEU MUNDINHO TROUXA, PRA SUA VIDINHA, APROVEITA E LEVA O ABORTO DO SEU FILHO COM VOCÊ!
— O DANNIEL TAMBÉM É SEU FILHO, ORFORD!
— ELE DEIXOU DE SER MEU FILHO A PARTIR DO MOMENTO QUE NASCEU SEM MAGIA!
Ouvi um pigarro parecido com o de choro. Tinham mais duas pessoas ali. O que parecia chorar era um menino baixinho e gordinho de cabelos louros repartidos no meio, parecia não ter mais que doze anos, e a outra era uma garota também gordinha e pequena, estava de braços cruzados e parecia irritada, ela estranhamente me lembrava um sapo horrível de vestido florido cor-de-rosa.
— VOCÊ QUER QUE EU VÁ EMBORA ENTÃO? VOCÊ TÁ EXPULSANDO A MIM E O DANNIEL? VOCÊ QUER QUE EU DEIXE MINHA FILHA COM VOCÊ!?
— Eu mesma nunca que iria pro mundo trouxa com você. — Disse uma voz infantil com uma risadinha — Eu tenho nojo de ser sua filha, eu tenho nojo de trouxas como você. Eu sou uma bruxa e vou ser grande!
— Dolores... — A mulher de repente parou de gritar e sua expressão se tornou amargurada. Só então eu reconheci a garota gorda e baixa que aparentava ter entre catorze e dezesseis anos, era Umbridge
— Acho que você entendeu, Ellen Cracknell. Você e seu filho podem voltar pro mundinho de merda de vocês se quiserem. Eu e o papai ficamos no NOSSO mundo. — O olhar da garota continha ambição, fúria, superioridade. Nem parecia que falava com a própria mãe
Ellen olhou para Orford e depois para o pequeno Danniel sentado na calçada chorando baixinho.
— Vem, meu filho, vamos pegar nossas coisas.
Eu pisquei, estava de volta na cabana de Hagrid. Olhos arregalados e perplexos. Alguém bateu palmas na frente de meus olhos e eu olhei para o lado vendo Rony me olhando assustado.
— Que foi?
— Eu é quem pergunto. Você paralisou. — Suspirou ele. Harry e Hermione também me olhavam sem entender.
— Está voltando para o castelo. — Escutei a voz baixa de Hagrid — Caramba... inspecionando as pessoas, é-é?
— É. — Confirmou Harry retirando a capa, eu fiz o mesmo, embora meio atordoada pelo que eu tinha visto — Trelawney já está em observação...
— Hum... que tipo de coisa você está planejando fazer com a gente em aula, Hagrid? — Perguntou Hermione
— Ah, não se preocupe, tenho um monte de aulas preparadas. — Disse Hagrid entusiasmado, recolhendo a carne de dragão da mesa e chapando-a novamente em cima do olho — Tenho uns dois bichos que andei criando para o ano do N.O.M.; esperem para ver, são realmente especiais.
— Hum... especiais de que maneira? — Perguntou Hermione sondando
— Não vou dizer. — Respondeu ele, feliz — Não quero estragar a surpresa.
— Escute, Hagrid. — Disse Hermione com urgência, deixando de lado todo o fingimento — A Profa. Umbridge não vai ficar nada satisfeita se você trouxer para a aula alguma coisa que seja perigosademais.
— Perigosa? — Disse Hagrid jovialmente, sem entender — Não seja boba, eu não traria para vocês nada que fosse perigoso! Quero dizer, tudo bem, eles sabem se defender...
— Hagrid, você precisa passar na inspeção da Umbridge, e para conseguir isso seria realmente melhor que ela o visse nos ensinando a cuidar de pocotós, como diferenciar ouriços de porcos-espinhos, coisas desse gênero. — Disse Hermione, séria
— Mas isso não é muito interessante, Mione. — Replicou Hagrid — O que eu tenho é muito mais impressionante. Venho criando eles há anos. Calculo que eu tenha o único rebanho domesticado da Grã-Bretanha.
— Hagrid... por favor... — Pediu Hermione, com uma nota de verdadeiro desespero na voz — Umbridge está procurando qualquer desculpa para se livrar de professores que ela acha que são muito próximos de Dumbledore. Por favor, Hagrid, ensine a gente alguma coisa sem graça que vaiser pedida no nosso exame.
Mas Hagrid meramente deu um enorme bocejo e lançou um olhar ansioso de um único olho para a vasta cama a um canto.
— Escute, foi um dia comprido e está tarde. — Disse ele, dando uma palmadinha carinhosa no ombro de Hermione, que fez os joelhos da garota dobrarem e bater no chão com um ruído surdo — Ah... desculpe... — E puxou-a para cima pela gola das vestes — Olhe, pare de se preocupar comigo, juro quetenho material realmente bom programado para as aulas, agora que voltei... é melhor vocês voltarempara o castelo e não se esqueçam de apagar as pegadas por onde vão passar, eh?
— Não sei se Hagrid conseguiu entender o seu recado. — Comentou Rony um pouco mais tarde quando, depois de verificarmos que a barra estava limpa, voltamos para o castelo pela neve que se acumulava, sem deixar vestígios, graças ao Feitiço que Hermione lançava ao passarmos. Eu ainda tinha a cabeça no que eu vira da infância de Umbridge
— Então voltarei amanhã. — Disse Hermione, decidida — Vou planejar as aulas para ele, se for preciso. Não me importo que mande a Trelawney embora, mas ela não vai se livrar de Hagrid, não!
Avistar a porta de carvalho do castelo trazia sempre uma lembrança de que Hogwarts era minha casa, apesar dos acontecidos. Mas naquele momento, estar ali dentro não era algo que eu queria muito, lembrar que a Umbridge estava lá era tudo menos reconfortante.
Cada um foi direto para o seu dormitório assim que entramos. Mione em instantes entrou dentro de suas cobertas logo depois de me dar boa-noite. Eu, porém, peguei Marshall no braço e sentei-me no tapete de leão no meio do quarto pensando.
— O que você viu naquela hora? — Perguntou Cedric ao aparecer sentado ao meu lado
Levantei minha cabeça ainda acariciando o pelo do meu furão de estimação e o contei em sussurro cada detalhe daquela memória que eu tive.
— Uau! — Exclamou ele de olhos arregalados assim que eu terminei de contar — Ela e o pai humilharam a mãe dela por ser trouxa?
— Pelo que parece sim... — Suspirei — Mas, Ced. Ela odeia mestiços, diz que são imundos, mas ela própria é uma mestiça!
— O ódio de si mesmo é a pior coisa que pode existir. — Disse Cedric — É o que nos faz detestar tanto o próximo. Acho que isso explica porque ela é dessa forma.
Nós nos entreolhamos, olhares pesados e pensativos, até que...
— Keep dreaming like we'll live forever. — Uma cantoria alegre e animada vinda de um ponto atrás de nós — But live it like it's now or never!
— Mia! — Eu e Ced falamos ao mesmo tempo em que viramos para trás, apenas para vislumbrar a loira bancando de roqueira sentada em cima da minha cama
— Hear the noise in my head. — Cantarolou despreocupada
— Deveria procurar um médico então. — Disse Ced a fazendo revirar os olhos e parar de cantar — Escutar barulhos na cabeça não é nada normal.
Eu deixei escapar uma risada.
— Qual é a da roupa, Lourence?
Ela se levantou, apenas para dar uma voltinha e me mostrar melhor o look, só então notei a corrente prata em sua calça, junto com o cinto, e um brinco em formato de cruz no ouvido da garota.
— Nunca ouviu falar da Sunset curve? — Perguntou como se a banda fosse a coisa mais famosa do mundo e era uma ofensa eu não conhecer
— Se são trouxas então não. — Dei de ombros — Por quê?
— É uma banda bem famosa sabia! — Alegou ela
— Era. — Alfinetou Cedric
— Cala a boca, Diggory! — Reclamou a menina parecendo prestes a chorar. Eu olhei os dois sem entender — Os membros tinham em cerca de dezessete anos e estavam no começo da carreira. Conseguiram uma boa, digo excelente ajuda sabe para ficarem ainda mais famosos. Eles deveriam tocar no Teatro The Orpheum ontem a noite.
— E...? — Perguntei querendo entender o motivo da tristeza dela
— Morreram! — Exclamou irritada, mas com os olhos pesados — Não os quatro, o mais feio ainda tá vivo. Mas os outros três foram com Deus. Ahh, meus meninos! Eu fui pra Londres só pra assistir o show deles e eles vão e morrem.
Olhei para Ced sem saber o que dizer para Mia, e ele me devolveu o olhar sem expressão.
— Eu tô de luto! E em homenagem a eles que eu tô vestida assim e cantando as músicas deles. Eles precisam saber que nunca vou esquecê-los. Luke, Alex, Reggie, vocês estarão pra sempre no coração de suas verdadeiras fãs!
Mia caiu de joelhos no chão, as mãos levantadas para o teto e chorando. Eu estava perplexa, a testa franzida, enquanto Cedric, sem querer ou querendo mesmo, deixou escapar uma risada.
— Mirian, levanta daí vai! — Mandou ele meio rindo
— Não posso ficar de luto!? — Resmungou ela quase gritando
— É que... você meio que está morta, não é? — Tentei falar sem ser indelicada. Mia enxugou as lágrimas, se levantou e cruzou os braços — Do que eles morreram?
— Intoxicação alimentar. Antes do show foram a um lugar fazer um lanche e a comida estava estragada. — Explicou ela — O Bobby não foi com eles porque era vegetariano... espera um segundo. — Então ela fez algo com a mão e apareceu um jornal nela que ela tratou de me mostrar — Aqui.
— Tragédia em Hollywood. — Li o texto da matéria que mostrava o que acontecera com os tais membros da Sunset curve, então eu vi uma foto de quatro garotos um pouco abaixo que estranhamente não se mexia — Interessante. São eles?
— Esse de preto que está mais pra cima é o gato do Luke. — Começou ela já do meu lado e apontando para cada um dos meninos na foto — O loirinho de branco é o Alex, o baterista, juro que pegava se ele não fosse gay e eu e ele não estivéssemos mortos, o do meio com a camisa meio florida branco e preto é o Bobby, o único vivo agora, e o gato de jaqueta de couro todo estilosinho é o Reggie, meu marido, sabe.
— Seu marido, é? — Cedric riu
— Cala a boca, defunto!
— Você também tá morta, ô cadáver, há quase quinze anos. — Devolveu ele
Eu, porém, desviei o olhar dos dois. Tinha algo estranho acontecendo comigo, estava quase tremendo e minhas mãos vibraram um pouco, tinha uma aura roxa nelas, aquilo era interessante, mas esquisito.
— Mia, segura esse jornal. — Falei tentando a entregar o papel e fazendo os dois olharem pra mim e estranharem aquilo também. A garota tocou em meu braço para apanhar o papel, mas algo estranho aconteceu
Vários flashes começaram a invadir minha cabeça, muitas coisas aparecendo na frente dos meus olhos. As memórias rodaram, em volta de uma aura roxa estranha, e sem hesitar, com um sentimento esquisito, eu mergulhei a fundo neles, sem saber como fugir.
Quando me dei conta, percebi que estava caída no chão, foi como se tivesse mergulhado em encontro àquele asfalto gelado. Havia caído em uma rua que eu não conhecia, as casas eram todas alinhadas e parecidas, mas não pude prestar atenção em muita coisa, pois era noite. Um vento cortante balançava meu cabelo, abracei meu próprio corpo por causa do frio e comecei a olhar em volta.
Alguns postes de luz eram a única e pouca iluminação do local, então olhei melhor as casas e observei que todas elas pareciam ser iguais, retangulares e grandes, ambas com primeiro andar. Possuindo um pequeno jardim na entrada com canteiros de flores e uma chaminé encarraptada no teto de carvalho.
Não sei ao certo que horas deviam ser, mas se não tinha ninguém na rua, devia ser tarde. A lua brilhava bela e cheia no céu, era uma linda noite, as estrelas estavam tão lindas, e tudo tão calmo. Mas o que eu viera fazer aqui e porque não havia ninguém?
De repente escutei um barulho e uma luz forte. Coloquei minhas mãos sobre o rosto enquanto observava a luz se aproximando cada vez mais, e então se dividir em duas. Era um carro preto que se aproximava a toda velocidade quebrando o silêncio e calmaria do local. O carro parou, um pouco longe de mim, então me aproximei melhor para ver quem se tratava, ouvi umas risadinhas vindo de dentro quando a primeira pessoa desceu do banco de passageiro na frente. Era uma garota de cabelos negros, parecia ter cerca de vinte e poucos anos, ela usava uma capa preta e segura uma mochila em uma das mãos e uma varinha com a outra.
— Você tem certeza que é aqui? —Perguntou ela passando seu olhar por uma das casas; era a que tinha uma placa prateada com um grande número 'seis'
— Portobello Road, número seis. — Disse uma voz masculina entediada. Um garoto de cabelos também negros e encaracolados acabara de colocar a cabeça para fora da janela do motorista — Exatamente como a Gene falou.
— Então vamos acabar logo com isso. — Disse outra pessoa em um tom determinado. Uma outra garota desceu do banco de trás do carro e caminhou para o lado da morena, ficando também em frente ao automóvel, com capa preta e segurando uma varinha — Me dá isso, Courtney.
Indicou a mochila que a tal Courtney segurava. Dando de ombros ela logo fez questão de a entregar enquanto chamava as outras três pessoas que continuavam no carro.
— Jonathan, Christopher, Genevieve, vocês não vão descer? — Perguntou
Dois garotos desceram. O que estava no banco do motorista e o que vinha atrás, que diferente dos demais era loiro. Mas a tal Genevieve continuou dentro do carro.
— Que foi, Gene? Não quer ver o show? — Perguntou a garota com a mochila, que percebi apanhar algumas máscaras assustadoras de dentro do objeto, eram parecidas com a dos Comensais da Morte
— Eu entro quando vocês terminarem. — Anunciou uma voz quase infantil. Olhei bem para a única que restava no automóvel, ela aparentava não ter mais que quinze anos, seus cabelos negros eram longos e ondulados e ela usava uma franjinha como a de Parkinson, além de ter um jeito muito parecido com a mesma
— Se você diz. — O garoto moreno riu — Bom, então vamos fazer o show. Hadley, que horas são?
— Quase duas da madrugada. —Respondeu a menina com a mochila entregando máscaras a cada um deles. Na perspectiva de entregar uma para o garoto loiro, eu vi seu braço, era definitivamente uma das marcas dos Comensais da Morte, olhei melhor e percebi que os quatro tinham uma igual. Um crânio colossal com uma cobra saindo de sua boca. Então eu estou em uma das memórias de Mia? Seriam eles os que mataram ela? Eram mesmo Comensais da Morte?
— Vamos mostrar pra essa sujeitinha de sangue-ruim que não se deve mexer com a nossa irmã. — Courtney ria deliberadamente de forma maliciosa enquanto ajeitava a máscara em seu rosto
— Quem mexe com um Burke, mexe com todos. — Devolveu Hadley fazendo o mesmo que Courtney, assim como os demais
Eu tremi quando me dei conta do sobrenome que eles falaram. Burke!? Seriam eles família de Matheo. Pais dele? Não, o nome dos pais de Matt eram outros, então quem seria esses garotos? E porque trouxeram uma criança para presenciar isso? O que Mia fez pra tal Genevieve? Mia não parece fazer mal nem a um mosca. Isso está cada vez mais esquisito.
Acompanhei Courtney, Hadley, Jonathan e Christopher em cada passo deles, cada vez mais amedrontada. Sem nenhum trabalho, Hadley usou do Alohomora para abrir a casa número 6 de Portobello Road e em silêncio os quatro começaram a observar a casa.
— Os trouxas e suas breguices. — Resmungou um dos garotos — Olha só isso. Pra quê isso serve? E esses quadros que nem ao menos se mexem? Ah, que decoração péssima.
— Virou decorador de ambiente quando, hem Chris? — Alfinetou Courtney em sussurro
O menino loiro revirou os olhos, mas deu um sorrisinho pra menina, que me fez pensar se eles dois talvez fossem outra coisa a mais. O garoto moreno que deveria ser Jonathan parecia ser irmão de Courtney, Hadley e Genevieve, então, provavelmente o loiro Christopher era namorado da Courtney.
— Vamos lá, casalzinho, não é hora de brincar. — Chamou Hadley confirmando meus pensamentos
Eu queria fazer algo, mas o que se pode fazer em uma memória além de assisti-la?
Os quatro jovens fizeram a maior bagunça brincando de quebrar alguns objetos, um deles usou um feitiço para impedir que as pessoas lá fora ouvissem o barulho. Eu já estava ficando transtornada. Então um som chamou minha atenção, uns passos na escada, ao me virar vi, não Mia, mas um menino. Um menino pequenininho, não parecia ter mais que três anos de idade, ele coçava seu olho delicadamente com sua mão direita enquanto com a esquerda segurava um grande urso marrom. Usava um pijaminha azul, e tinha uma chupeta na boca, olhava pra tudo com a maior inocência de uma criança, não parecia entender coisa alguma.
— Olha aquilo. — Hadley começou a rir indicando as escadas
Não, me desesperei, eles não vão fazer nada com um bebê, vão? Que tipo de pessoa seria tão sangue frio!?
— Eu odeio crianças. — Courtney revirou os olhos enquanto mirava a varinha pro bebê. Os outros riam em aprovação
— NÃO! — Gritei, mas eles não podiam me ouvir. Era só uma memória — NÃO! NÃO!
— Crucio. — A voz doce de Courtney Burke não combinou nada com o choro e gritos que começaram a ser escutados assim que a luz vermelha de sua varinha tocou no bebê
Eu estava desesperada e sem reação. Mais passos. Os pais da criança acordaram.
— Adam? — Chamava uma voz adulta — Adam?
Um casal apareceu nas escadas, ambos de camisola e amedrontados. Courtney e Hadley balançavam o pequeno Adam de um canto a outro, o levitando com a varinha e se revezando para o torturar. Vi os olhos de medo da Sra. Lourence e os indagadores de seu marido, eles mal tiveram tempo de compreender o que acontecera quando Jonathan e Christopher recitaram um Avada Kedavra. O casal estava morto antes mesmo de seus corpos caírem no chão e embolarem pela escada, olhos verdes abertos e vidrados, os cabelos louros bagunçados. Lá se foram os pais de Mia.
— Matem logo o bebê pra irmos atrás da sangue-ruim. — Resmungou Jonathan ao começar a subir as escadas
— Você é tão sem graça! — Disse uma Courtney emburrada ao abaixar a varinha e fazer o bebê cair no chão, ainda berrando e chorando muito. Revirando os olhos ela recitou o feitiço da morte e o pequeno Adam Lourence se calou para sempre, o urso ainda em seus braços, a chupeta caída de lado
Antes mesmo que eu percebesse já estava chorando enquanto observava os corpos que aqueles quatro jovens mataram a sangue frio. Eu não podia acreditar. Não podia raciocinar. Eles mataram um bebê, eles torturaram e mataram sem dó.
— Mirian... — Hadley começou a cantarolar a medida que subia a escada, indo atrás de Jonathan — Cadê você, sangue ruim?
Christopher e Courtney se entreolharam e sorriram antes de fazer o mesmo. Eu não esperei eles chegarem pra ir andando atrás dos mesmos, então me teletransportei para o primeiro andar enquanto procurava por Mia. Não demorei a achar. Tinha um quarto de porta rosa no corredor, uma placa colocada em que se lia ‘MIRIAN J. LOURENCE’.
Entrei no quarto atravessando a porta e observei ao redor. Tinha uma cama de forros rosa com branco perto da parede, prateleiras com ursos, bonecas e livros cobrindo o papel de parede rosa com nuvens brancas, um malão de Hogwarts em cima do qual se via um cachecol e gravata amarelo e preto, da Huflepuff. A um canto tinha um guarda-roupa, uma gaiola em cima de uma cômoda branca e mais livros. Parecia um quarto de princesa, mas Mia não estava em canto algum.
Então ouvi um gemido, um choro.
Caminhei lentamente e a achei, agachada atrás da cômoda, a garota de quinze anos e cabelos caramelos que eu conhecia e achava tão fofa. Usando um pijaminha rosa e segurando sua varinha contra o peito e chorando.
— Eles me acharam... — Ela sussurrou chorando, então eu vi uma coruja bege a frente da menina que parecia a escutar com atenção — Mataram o papai, a mamãe e o Adam. Você não pode ficar aqui, Missy. Eu não posso aparatar, mas você pode voar, se salva. Vai pra casa do Trevor, ele vai cuidar de você. — A coruja piou baixo em reprovação — Não me olha assim, Missy, vai. Conta pro Trevor o que aconteceu comigo e... se conseguir diz pra ele que eu o amo. A carta, sim, a carta, mas...
As lágrimas de Mia ainda caíam quando a porta do quarto foi derrubada com um chute e ela jogou a coruja em direção a janela.
— Pra casa do Trevor, Missy, vai! — Insistiu ela, seu corpo tremia quando ela se virou lentamente para os quatro jovens de máscara que tinham suas varinhas apontadas para a menina. Dava pena de ver, ela ali sozinha apontando a varinha para aqueles Comensais tão mais velhos que ela, sua mão tremia, ela chorava
— Achamos a fedelha. — Courtney ria por debaixo da máscara
— Eaí, sangue ruim, tá pronta pra morrer como seus pais?
Mia chorava mais e mais. Eu estava começando a ficar irritada, não sabia o que fazer.
— Por favor... — Pediu Mia — Por favor...
— Isso é pra você aprender a nunca mexer com alguém da minha família! — Dizia uma voz séria e masculina, provavelmente Jonathan — Você vai aprender a não brincar com um sangue-puro, sua fedelha.
— Deixa ela comigo. — Pediu Hadley que sorria maliciosa
— Exx... — Mia tentava começar um feitiço mesmo tremendo
— AVADA KEDAVRA! — Se adiantou Hadley, e Mia caiu no chão inconfudivelmente morta
Eu caí de joelhos ao redor dela, olhando para aquela garota que tinha tudo pela frente, mas acabara de perder sua vida aos quinze anos. Os Burke e Christopher riam, quando mais uma voz se juntou a eles.
— Cheiro de morte. — Infantil, mas maléfica. Genevieve chegara
— Como dito, irmãzinha, matamos a sangue ruim. — Comunicou Hadley
Genevieve deu pulos de alegria e gritinhos enquanto se aproximava do corpo sem vida de Lourence.
— Eu te disse pra não mexer comigo, não disse, Lourence? — Ela ria vitoriosa. Eu via naqueles olhos castanhos uma fúria inigualável para uma garota de quinze anos — O Trevor é meu! Trevor Fawley vai ser meu namorado e não há nada que você possa fazer agora, sangue ruim.
Meus olhos se arregalaram quando voltei a fitar Genevieve. Trevor? Isso tudo era por causa de um garoto? Mataram Mia, os pais e um bebê de três anos porque Genevieve queria o garoto que Mia gostava!?
Genevieve Burke olhava com uma superioridade para o corpo sem vida de Mia, como se quisesse a estrangular ou se certificar que ela estivesse mesmo morta. Se abaixou e arrancou de seu braço uma pulseira prateada que ela olhava com nítida animação.
— Não, acho que você não precisa mais da pulseira do Trevor no mundo dos mortos, não é? — Perguntou ela rindo maleficamente enquanto colocava a jóia em seu próprio braço
— Gene... — Courtney chamou — Isso foi por causa de um garoto?
A morena se virou para encarar a irmã mais velha, ainda sorrindo maléfica.
— Ora, vocês quatro são Comensais da Morte, não são? — Falou com naturalidade e com a voz cínica — Tenho certeza que o Lorde vai ficar orgulhoso de saber que vocês acabaram com uma fedelha de sangue ruim que era uma tremenda pedra no meu sapato.
— Você realmente é uma Burke. — Elogiou Jonathan como se a parabenizando
— Eu sei. — Ela riu olhando o brilho da pulseira hipnotizada, mas logo acrescentou — Vamos embora, cansei dele lugar imundo, e tô louca pra dormir um pouco antes de ir pro beco diagonal mais tarde encontrar com o Trevor. Tadinho... — E fez um biquinho fingindo tristeza — ele vai precisar de alguém pra conversar sobre o luto. Deve ser tão triste perder a melhor amiga, não é?
Batendo seu sapato ela saiu da sala, os quatro mais velhos logo indo em seu encalço. Eu estava perplexa quando voltei a mirar o corpo sem vida de Mia, e em um piscar de olhos, me vi novamente no meu dormitório. Em pé no tapete de leão, Mia a minha frente, e Cedric do lado.
— Ai, Rox. Você tá apertando a minha mão! — Resmungava Mia tentando puxar sua mão que eu ainda segurava — Que te deu? Vai ter visão justo agora!?
Soltei devagar a não da garota enquanto piscava novamente.
— Você tá legal? — Cedric perguntou — O que você viu?
— Mia. — Falei fazendo a loira deixar de abrir e fechar a mão e olhar para mim — Quem é Genevieve?
Hello bruxinhoooos!!!
Esse capítulo é bem profundo. Aqui entendemos com clareza, ou quase, como realmente a Mia morreu. Ainda vai ter muita coisa sobre isso e logo vocês saberão mais sobre Trevor Fawley e Genevieve Burke.
Outra coisa... Eu disse, não disse que tinha feito uma árvore genealógica para os Burkes??? Aqui vocês conhecerem possíveis parentes do Matheo, esses nenhum pouco bonzinhos, se bem que... Quem disse que a Carolla e os irmãos dela são bonzinhos né? Kkkk
Eu vi gente falando sobre a Mimi no bônus ontem, no caso a Myrella Burke. Só avisando que ela não tem nada do Matheo kkkkk. Sabemos que mesmo namorando, o Matt passou toda a vida traindo a namorada, enquanto Myrella tem que suportar as traições do James Sirius Potter. Ser a garota mais popular da Gryffindor não muda muita coisa.
Tadinha, não? Kkkkk. Ela paga o pato pelo que o pai dela fez.
Tô ansiosa pra iniciar as postagens da terceira temporada e vocês conhecerem mais e melhor toda a terceira geração. Vi muita gente com raiva da Kiki Creevey, do Albus Potter, da Dove Zabini e gente se apaixonando pelo Cam Zabini kkkkk. Vocês não sabem um terço de quem eles são aindaaa kkkkkkk.
Essa foi a semana especial de The Weasley.
Amo vocês!!!
Nos vemos Segunda-feira.
– Bjos da tia Nick.
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